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TIAGO PEREIRA OLIVEIRA- ÔNUS DA PROVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CAMPUS DE PALMAS - CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA: Processo do Trabalho 
 
Professora: Ana Patrícia Rodrigues Pimentel 
 Discente: Tiago Pereira Oliveira 
 
 
Resumo sobre Ônus da Prova (Máximo 2 – duas - páginas). 
 
 
Em primeiro lugar, cabe pontuar mesmo que de forma de forma breve o que é o ônus da prova. 
Ônus vem do latim onus e significa aquilo que sobrecarrega; carga, peso. Ensina Amauri Mascaro 
Nascimento que "ônus da prova é a responsabilidade atribuída à parte, para produzir uma prova e que, 
uma vez não desempenhada satisfatoriamente, traz, como consequência, o não reconhecimento, pelo 
órgão jurisdicional, da existência do fato que a prova destina-se a demonstrar." 
Feitos esses apontamentos iniciais, é imperioso pontuar que na esfera trabalhista aplicam-se os 
artigos 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e o artigo 373 do Código de Processo Civil que, em 
suma, incumbe a prova dos fatos para a parte que os alegar; os fatos narrados pelo Requerente são os 
denominados “constitutivos” e os fatos narrados pelo Requerido são denominados “extintivos”, 
“impeditivos” e “modificativos”. 
O fato constitutivo será aquele que originou a relação jurídica deduzida em juízo; já o fato 
extintivo, é aquele que coloca fim à relação jurídica, a qual foi deduzida em juízo. Por sua vez, o fato 
impeditivo consiste na alegação de um fato que impede a formação válida da relação jurídica que foi 
deduzida em juízo; por fim, o fato modificativo é aquele que visa alterar a relação deduzida, como 
efetiva-se no pagamento parcial, por exemplo. 
Não obstante ainda, a antiga redação do art. 818 da CLT, utilizava o critério de quem alegasse a 
existência de um fato deveria provar a fim de auxiliar na convicção do juiz. 
Com a reforma trabalhista o critério utilizado ao ônus a partir da reforma é mais regrado, cabendo 
há quem reclama por um direito provar os fatos que deram ensejo a sua ação trabalhista e, ao reclamado, 
(aquele que sofre a ação) rebater as provas por meio de outras que façam desconstituir o suposto direito 
do reclamante. 
Vale ressaltar que a CLT ainda se preocupou com as provas que possam estar em posse da parte 
contrária. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Nesses casos, o Magistrado poderá diversificar a competência do ônus de produzir prova em 
decisão que o próprio juiz justifique o motivo, norteando o princípio da distribuição dinâmica do ônus 
da prova, implementado pelo Código de Processo Civil em seu art. 373 o qual o ônus será daquele que 
tem melhores condições de produzi-la. 
Por exemplo: casos em que o cartão ponto de determinado empregado está em posse da 
empresa/empregador e se trata de prova indispensável para o processo, assim, pode o juiz decidir com 
fundamentos a disponibilização dessa prova no processo por meio do empregador. Caso este não 
apresente, presume-se relativamente a jornada de trabalho apontada pelo reclamante (quem ingressou 
com a ação). 
Por fim, a inversão do ônus da prova no Processo do Trabalho tem por objetivo o equilíbrio na 
relação trabalhista, invertendo-se assim, o ônus da prova que seria do empregado ao empregador quando 
for o caso. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Decreto - Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943. Dispõe sobre a aprovação da Consolidação 
das Leis do Trabalho. In: Diário Oficial da União. Rio de Janeiro, 1º maio. 1.943. 
 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito Processo trabalho / Carlos Henrique Bezerra Leite. 
– 19. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.

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