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Psicologia Organizacional - Estágio Basico II - Final 211111
202001
Psicologia (Anhanguera Educational)
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Psicologia Organizacional - Estágio Basico II - Final 211111
202001
Psicologia (Anhanguera Educational)
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FACULDADE ANHANGUERA- CAMPUS SÃO JOSÉ/ SC 
CURSO DE PSICOLOGIA 
ESTÁGIO BÁSICO – II 
 
 
FERNANDA COSTA BORGES 
IZADORA DE MAGALHÃES 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO NO ÂMBITO ORGANIZACIONAL 
 
Orientadora: Prof. Psicóloga Juliana CRP 12/16611 
 
 
Período de referência do estágio: Março a Junho de 2021 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ, 2021 
 
 
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RELATÓRIO DE INTERVENÇÃONO ÂMBITO ORGANIZACIONAL 
 
 
Relatório apresentado à disciplina de 
Estágio Básico II como requisito 
parcial para a nota de disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ, 2021 
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1. Relatório de Intervenção 
 
Através da leitura de livros de bibliotecas virtuais, artigos científicos 
relacionados à psicologia organizacional e qualidade de vida, dissertações 
obtidas em bibliotecas e bancos de dados da internet, onde a busca foi realizada 
com palavras chave "psicologia organizacional", "atuação do psicólogo nas 
organizações", "qualidade de vida no ambiente de trabalho", pretende-se 
responder alguns questionamentos e analisar as verdadeiras contribuições do 
profissional psicólogo inserido dentro das organizações. 
 
A psicologia organizacional surgiu de uma área de estudo conhecida como 
"psicologia industrial". O foco até então era voltado para a testagem psicológica 
e os processos que envolvem o recrutamento e seleção. A psicologia industrial 
era direcionada para a produtividade e alcance de resultados, sem demandar 
atenção para a qualidade de vida na empresa e nem para a interação entre os 
grupos que a completam. 
 
Em meados dos anos 60, cientistas sociais, sindicalistas e empresários 
perceberam que a qualidade vida impacta diretamente na produtividade do 
colaborador, visto que, quando motivado e feliz, este produzirá mais e melhor, 
gerando resultados positivos para a organização. A partir daí a preocupação 
com o bem-estar dos trabalhadores se tornou constante, ganhando práticas 
de promoção da saúde e de qualidade de vida. 
 
Tannhauser (1994) define que a Qualidade de Vida no Trabalho estuda o 
impacto das atividades laborais na vida das pessoas, bem como sobre a 
eficácia organizacional, além de analisar a participação dos funcionários na 
busca de resoluções dos problemas que a empresa enfrenta. 
 
Com o passar do tempo e a evolução dos estudos relacionados às relações 
interpessoais no ambiente de trabalho, convivência entre colaboradores, bem 
estar da organização e com as referências da psicologia do trabalho, a psicologia 
organizacional foi se desenvolvendo e construindo uma base sólida, até alcançar 
o que conhecemos atualmente. 
 
Com o mundo corporativo cada vez mais disputado, surge cada vez mais a 
necessidade de manter as demandas de produção e lucro conciliadas com as 
necessidades dos profissionais, afinal, uma equipe só desenvolve um bom 
trabalho se estiver em adequadas condições físicas e sociais. 
 
Tannhauser (1994) define que a Qualidade de Vida no Trabalho estuda o 
impacto das atividades laborais na vida das pessoas, bem como sobre a 
eficácia organizacional, além de analisar a participação dos funcionários na 
busca de resoluções dos problemas que a empresa enfrenta. Em uma definição 
mais atual, Fernandes (1996) afirma que Qualidade de Vida no Trabalho 
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É um conjunto de fatores que, quando presentes numa situação de 
trabalho, tornam os cargos mais satisfatórios e produtivos. Na prática, 
Qualidade de Vida no Trabalho consiste na reformulação do desenho dos 
cargos/postos de trabalho, na criação de grupos de trabalho autônomos 
ou semi-autônomos, melhorias no ambiente com reflexos na 
produtividade e na satisfação dos empregados da empresa. (p. 12) 
 
Sendo assim, o conceito de qualidade de vida no trabalho não se resume apenas 
a bons salários ou alguns benefícios, e sim à satisfação de um indivíduo em 
desenvolver sua carreira profissional e vida pessoal através de recursos que 
um ambiente de trabalho bem elaborado oferece. Tal satisfação é percebida 
por meio da compreensão das necessidades de cada colaborador, criando 
oportunidades de desenvolvimento e oferecendo ferramentas adequadas para 
o alcance dos objetivos almejados. 
 
De forma geral, o objetivo da psicologia organizacional é estudar e acompanhar 
a relação entre o colaborador e a empresa a qual está vinculada, 
analisando questões como comportamento organizacional, doenças 
ocupacionais, transtornos psicológicos relacionados ao trabalho, comunicação 
no ambiente de trabalho e averiguação dos motivos do aumento dos 
índices de rotatividade e absenteísmo. 
 
O cenário do mundo corporativo tem sofrido significativas alterações que 
implicam diretamente no papel dos profissionais que lidam com gestão de 
pessoas, impondo uma necessidade de reestruturação em diversos aspectos. O 
psicólogo, sendo o principal atuante na área da psicologia organizacional, 
também sofreu implicações acerca de sua atuação junto aos indivíduos que 
buscam reconhecimento e qualidade de vida dentro das organizações às quais 
fazem parte. 
 
 Dada a necessidade do momento atual, quando o psicólogo decide ingressar no 
contexto das organizações de trabalho, precisa estar preparado para enfrentar os 
obstáculos referentes a este novo cenário. Por este motivo, tal profissionalaprende a lidar não apenas com contratação de pessoas, mas também com 
formação profissional e identificação das necessidades do colaborador para a 
prática mais bem sucedida de suas atividades, evidenciando a relevância do 
papel do psicólogo organizacional, que busca ao mesmo tempo novas 
competências facilitadoras para as empresas e o bem estar para os colaboradores 
(Zanelli, 1994). 
 
Conforme Botelho, Cunha & Macedo (2011), a revisão bibliográfica é uma 
síntese de estudos que contém objetivos, materiais e métodos claramente 
explicitados com a finalidade de obter evidências teóricas e dar suporte às 
informações científicas de determinado tema, sendo muito utilizado nos estudos 
atuais. Desta forma, o presente estudo procura ampliar o conhecimento a 
respeito das contribuições que um Psicólogo Organizacional pode oferecer às 
organizações, principalmente quando se trata de qualidade de vida no trabalho. 
 
 
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2. Introdução do campo: 
2.1 Caracterização da instituição. 
 
Sobre a empresa: 
A Exact Sales é uma startup de Florianópolis com atuação há 6 anos. Atualmente 
conta com 320 colaboradores. 
Onde está localizada: 
A empresa está localizada em Florianópolis no bairro Saco Grande. 
Qual o objetivo da instituição 
Entregar os melhores resultados em "SaleEngagement" que é o que há de mais atual 
e eficaz em vendas complexas nas quais a boa gestão de dados e informações é o 
fator que potencializa o crescimento de uma empresa de forma veloz e consistente. 
Quais atividades realizam por lá? 
A Exact Sales éuma empresa com a veia comercial que tem como foco maior a 
venda de um software chamado de "spotter" que otimiza alguns processos de 
determinadas empresas. 
Quem é a população atendida? 
A população atendida são clientes e empresas no mercado B2B localizadas em todo 
o Brasil. 
 
2.2. Apresentaros profissionais que serão entrevistados - caracterização deles - 
sexo, idade, escolaridade, ocupação. 
 
A primeira profissional entrevistada é Psicóloga formada há 3 anos pela faculdade 
CESUSC. Seu nome é Ana Maria Andrade, tem 28 anos, é casada e mamãe do 
Nicolas que acabou de completar 1 ano de idade. Atua na Exact Sales como 
Business Partner há 6 meses (antes trabalhava no RH). Além da Graduação em 
Psicologia, a entrevistada está finalizando agora uma Pós Graduação em Psicologia 
Organizacional. 
 
A segunda profissional entrevistada é a Cláudia Cruz, também Psicóloga e formada 
desde 2009. Atua na área organizacional desde 2010 e no time de talentos (RH) da 
Exact Sales há 6 meses. 
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2.3 Questões norteadoras e transcrições de trechos da entrevista 
Perguntas realizadas com as entrevistadas: 
- De que forma a sua formação e o seu cargo contribuem com a empresa? 
- Como é a sua rotina dentro da empresa? 
- Quais as principais atividades desenvolvidas? 
- Que caminhos você acredita que alguém que quer atuar como Psicólogo 
Organizacional precisa seguir? 
- Você se sente realizada com a sua atividade atual? Se não, o que gostaria de 
mudar? 
- Quais são as maiores dificuldades da profissão dentro do âmbito em que atua? 
- Quais as principais atividades que um Psicólogo pode exercer dentro de uma 
organização? 
- Se você pudesse alterar algo dentro da sua atuação, o que gostaria de fazer? 
- Como um Psicólogo pode agregar na organização de um modo geral? 
- Qual recado você deixaria para os acadêmicos interessados em trabalhar 
com Psicologia Organizacional? 
 
As entrevistas foram realizadas de forma online pela plataforma "Google Meet" no 
dia 14/05/2021. O tempo médio de entrevista com a primeira participante foi de 
aproximadamente 30 minutos e com a segunda participante, de aproximadamente 20 
minutos. A entrevista foi registrada em forma de gravação de áudio (utilizando 
gravador do celular). 
 
Segue abaixo trechos da entrevista com a primeira participante (Ana Maria 
Andrade): 
 
Aluna: Porque você escolheu a Psicologia? 
Ana Maria: "Eu costumo dizer que a Psicologia que me escolheu. Eu fui pensando 
em áreas da saúde, porque esse sempre foi meu objetivo. Pensei até mesmo em 
medicina, mas quando eu entendi que a Psicologia muda o contexto da pessoa 
através da aproximação e do acolhimento eu entendi que "era isso", ali que eu me 
encontrava". 
 
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Aluna: E quando você descobriu que gostaria de atuar na parte 
organizacional? 
Ana Maria: "Eu entrei na Psicologia imaginando meu consultório com um estilo 
bem tradicional, meu nome na porta de entrada... (risos). E sempre tive a ideia de 
trabalhar com crianças, adorava o mundo mágico das crianças. Ao longo da 
faculdade eu fui vendo que atuar com crianças não era o que eu esperava. A parte 
organizacional veio de uma curiosidade de querer entender mais do que era esse 
mundo. A partir disso, fui trocar uma ideia com uma professora que atuava na área 
organizacional e quando ela me apresentou os desafios, me mostrou o dia a dia, 
como o Psicólogo ficava inserido dentro da rotina da organização, eu achei incrível 
e pensei "Vou experimentar, vou atrás de um estágio." Fiz o estágio e aí me 
encontrei e tive certeza da prática." 
 
Aluna: De que forma você acredita que o Psicólogo contribui para a 
organização? 
Ana Maria: "Eu penso que o Psicólogo está ali para caminhar junto com a empresa 
e contribuir com o objetivo da empresa, mas pensando em todas as pessoas que 
estão ali dentro. Isso que é o mágico da questão: você tem uma empresa com muitas 
pessoas, cada uma com seu contexto, propósito, objetivo e você tem que entender 
cada uma dessas pessoas e fazer com que elas atendam o objetivo da organização". 
 
A resposta da candidata vai bastante de encontro com o que foi exposto 
anteriormente à respeito do papel do Psicólogo nas Organizações atualmente, onde 
contextualiza a importância de estabelecer um ambiente de trabalho saudável para o 
colaborador entendendo suas particularidades, propósitos, histórico, etc. 
 
Aluna: Como é a sua rotina como Business Partner? Eu acho esse cargo super 
complexo. Você poderia explicar um pouco mais? 
Ana Maria: "É verdade, é tão complexo que até eu demorei para entender o meu 
cargo, pois é um cargo muito novo aqui no Brasil. Não existe uma receita mágica 
para exercer esse cargo, existe uma formação, mas não receita pronta, o que é bom 
pois você consegue adaptar o cargo para a empresa. A minha rotina se resume 
basicamente em "ter contato" através de reuniões diárias com diretores, gestores, 
líderes e também com as pessoas que compõem esses times. Tem dentro da minha 
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rotina toda uma parte estratégica. Além de todo esse "contato" eu cruzo bastante 
informações, dados e indicadores para ver como estão indo essas pessoas 
(desempenho) dentro do objetivo que foi imposto pela empresa. Então eu busco 
descobrir se as pessoas estão engajadas, se o clima está bacana, se existe nível de 
satisfação de trabalhar na empresa e se não tiver, buscar o que está faltando através 
de estratégias. É um cargo estratégico, mas extremamente relacional." 
 
Aluna: E como você faz essas estratégias? Existe algum software para esse 
acompanhamento diário? 
Ana Maria: "Sim, usamos um software onde diariamente o colaborador preenche 
como está se sentindo e outras informações importantes."Aluna: Quais são as maiores dificuldades hoje do cargo para você? 
Ana Maria: "Acredito que a minha maior dificuldade são os desafios que surgem 
com as pessoas porque são sempre diferentes. O fato de ser inusitado é o maior 
dificultor. Descobrir como agir em determinadas situações é um grande desafio. A 
pandemia foi um grande exemplo, pois ninguém estava preparado para isso e 
tivemos que traçar soluções internas para todos sobreviverem da melhor forma 
possível". Preciso estar preparada para tudo e ter a resiliência para me conectar com 
todo novo momento". 
 
Essa resposta da entrevista condiz de forma significativa com um trecho da revisão 
teórica, onde explica que o profissional Psicólogo quando dentro da área 
organizacional, precisa estar preparado para enfrentar diversos tipos de desafios e 
identificar as necessidades dos colaboradores para melhor rendimento em suas 
atividades. É um trabalho que implica em equilíbrio entre as necessidades da 
empresa e do colaborador. 
 
Aluna: Qual recado deixaria para os estudantes de Psicologia que pretendem 
atuar na área organizacional? 
Ana Maria: "Primeiramente, gostar de desafio. Precisa ser criativo, não ter medo de 
inovar, colocar suas ideias. E ter muito conhecimento em relação ao que não está 
dentro da faculdade, olhar para o que está no mercado. Por exemplo se você ouviu 
falar em um cargo de "BP", vai atrás, pesquisa, busca o que é. E estar 
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constantemente se atualizando, assim como qualquer outra área de atuação de um 
Psicólogo. Já foi a época que o RH era somente recrutamento e seleção". 
 
Aluna: Que cursos ou caminhos você sugere? Pois a prática vem com o tempo, 
mas as pessoas que estão se formando precisam se preparar de alguma forma. 
Ana Maria: Buscar um bom curso de recrutamento por competência. Acredito que 
ainda é muito importante você saber como trazer as pessoas para o seu time, como 
avaliar, como entender o perfil, se essa pessoa é condizente com a cultura da 
empresa. Outro ponto: em primeira oportunidade faça um curso de inteligência 
emocional, pois é muito importante para as vivências do dia a dia. E um passo para 
depois, é entender e estudar sobre liderança ( através de leituras e materiais 
gratuitos, não necessariamente cursos). 
 
Aluna: A maioria dos gestores da empresa hoje possuem postura de Líder? Isso 
já é bem trabalhado? 
Ana Maria: Não. Porque a Exact cresceu muito rápido e boa parte dos nossos líderes 
cresceram aqui dentro então os cargos foram surgindo e as pessoas que estavam 
"prontas" ou em "destaque" foram assumindo os cargos de liderança. Aqui funciona 
tipo "trocar o pneu do carro com ele em movimento". Não digo que é certo e nem 
errado, mas é o que funcionou aqui. Mas as "dores do crescimento" aparecem com o 
tempo, claro." 
 
Segue abaixo trechos da entrevista com a segunda participante (Cláudia Cruz): 
 
Aluna: Qual foi o motivo de você escolher a psicologia? 
Cláudiz Cruz: "Eu escolhi a Psicologia porque eu gostava muito da área de saúde 
mental desde sempre, criança... acompanhava outras pessoas da área até mesmo na 
família e aí quando eu fui escolher fiquei em dúvida sobre Direito, Medicina 
(Psiquiatria) ou Psicologia. Acabei indo para a Psicologia e me encantei". 
 
Aluna: De que forma você acredita que a Psicologia contribui para a área 
organizacional? 
Cláudia Cruz: "Eu vejo que é um diferencial. Quando tem um profissional Psicólogo 
eu vejo que faz os processos do dia a dia de uma maneira muito diferenciada por 
conta de toda a base que a gente tem de pensar no sujeito como um todo, conceito 
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social, técnicas de entrevista com foco no sujeito, saúde mental... Quando é um 
Psicólogo por trás desse processo eu vejo que é muito mais assertivo." 
 
Aluna: Quais caminhos que você acredita que alguém que deseja atuar na área 
organizacional precisa seguir? 
Cláudia Cruz: Eu percebo que o mercado mudou muito. Nós estamos em uma fase 
do RH que eu chamaria de "4.0", os processos são muito permeados pela tecnologia, 
então eu acho que eu trabalharia muito essa lacuna que a graduação hoje acaba não 
abordando, que é a questão de entrevista online, uso de ferramentas para isso... 
Trabalharia muito mais nessa ordem pois o mercado e as empresas hoje são muito 
mais velozes. Abordaria também questões de endomarketing, cultura 
organizacional, experiência do colaborador, do candidato no processo... Buscaria 
mais experiências nesses contextos do que nos cursos tradicionais". 
 
Aluna: Quais são as maiores dificuldades que você acredita que existam dentro 
da área? 
Cláudia Cruz: "Pensando no recrutamento e seleção que é a área em que eu mais 
atuo, acredito que seja atrair pessoas diversas, que estejam alinhadas tanto na parte 
técnica quanto comportamental e que façam sentido para a empresa e também para a 
pessoa (alinhar ambos). 
 
Aluna: Qual recado você deixaria para os acadêmicos que gostariam de atuar 
na área organizacional? 
Cláudia Cruz: "Eu diria para olharem muito para o mercado, porque a academia vai 
trazer várias informações e espaço para estimular essa busca por conhecimento, mas 
o mercado muda muito mais rápido do que as informações da academia, então essa 
busca precisa ser feita. Olhem para a região onde estão, olhem para as empresas que 
gostariam de atuar e façam um estudo sobre ela e desenvolvam conhecimentos sobre 
o cenário em que a empresa está inserida." 
 
Conforme exposto no primeiro momento, as atividades do profissional Psicólogo 
vem sofrendo significativas alterações ao longo dos anos e isso continua 
acontecendo constantemente. É necessário estar atento às novas demandas para uma 
melhor atuação e entendimento da área, suas necessidades e consequentemente, de 
mercado. 
 
2.4 Elaboração de diagnóstico 
 
A partir das entrevistas realizadas, notamos que uma das dores da empresa que 
precisa ser resolvida (com uma certa urgência, inclusive), é a questão do 
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desenvolvimento de lideranças e das equipes de um modo geral. Como a empresa 
cresceu muito rápido e os antigos funcionários foram assumindo novas posições, 
não houve o processo de desenvolvimento dessas pessoas e consequentemente, não 
há desenvolvimento dos novos integrantes. 
Esse tipo de problema é mais comum do que imaginamos, pois ainda são poucas as 
organizações que enxergam o desenvolvimento de equipes como algo importante e 
normalmente não entendem que esse processo é essencial para tornar as pessoas 
mais produtivas, eficientes, engajadas com o time e assim, trazendo melhores e 
maiores resultados. 
 
2.5 Elaboração de proposta de intervenção 
 
Para ajudar a empresa a solucionar o problema citado no item acima, pensamos que 
o melhor caminho seja a busca por empresas externas que façam o trabalho de 
desenvolvimento de equipes. Como a empresa está trabalhando em formato 100% 
online, o treinamento terá que seguir este mesmo formato. Nossa função como 
estagiárias, seria buscar essas empresas que trabalham com desenvolvimento 
profissional e encontrar a que se encaixe melhor pensando na cultura da empresa, no 
formato de atuação que se encontra e no orçamento destinado à esse fim. Depois 
dessa etapa, poderíamos acompanhar o treinamento e aplicar uma pesquisa de 
satisfação para entender o nível de aproveitamento. 
 
3. Discussão e conclusão 
 
Com as pesquisas realizadas para o desenvolvimento deste trabalho, pudemos 
concluir que a área organizacional se tornou bastante promissora e oferece aos 
Psicólogos diversas áreas de atuação no mercado atualmente, tanto de forma internanas organizações quanto de forma externa (atuando como prestador de serviço, por 
exemplo). 
 
O estágio agregou bastante para o nosso conhecimento e vivência, pois mesmo de 
forma online, pudemos entrar em contato com diversos segmentos e profissionais 
que compartilharam as suas rotinas, suas dificuldades e apresentaram muito bem as 
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áreas em que atuam, o que facilita bastante nosso processo de identificação e 
escolha daqui para frente enquanto profissionais psicólogos. 
 
Acreditamos que o que pode ser melhorado para a próxima turma de estágio, é a 
oportunidade de os estudantes vivenciarem mais áreas de atuação do profissional 
psicólogo, principalmente aquelas consideradas "fora do comum", como Psicologia 
Forense e Psicologia Hospitalar, por exemplo. A graduação não nos possibilita 
muitas visões à respeito do mercado de trabalho e suas possibilidades, portanto a 
matéria de estágio II se torna essencial. 
 
4. Referências 
 
FERNANDES, E. C. (1996). Qualidade de vida no trabalho: como medir para 
melhorar (3a ed.).Salvador, BA: Casa da Qualidade. 
RODRIGUES, M. V. C. (2001). Qualidade de vida no trabalho: evolução e análise no nível 
gerencial. Petrópolis, RJ: Vozes 
ROTHMANN, IAN; COOPER L. CARY. Fundamentos de Psicologia Organizacional e do 
Trabalho. Rio de Janeiro. Elsevier, 2015. 
TANNHAUSER, C. L. (1994). Qualidade de vida no trabalho: o papel do 
psicólogo.Dissertação de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil. 
TONETTO, M. ALINE; AMAZARRAY, R. MAYTE; KOLLER, H. SÍLVIA; GOMES B. 
WILLIAM. Psicologia organizacional e do trabalho no Brasil: desenvolvimento científico 
contemporâneo. 
ZANELLI, J. C. (1994). Movimentos emergentes na prática dos psicólogos brasileiros 
nas organizações de trabalho: implicações para a formação.São Paulo, SP: Casa do Psicólogo. 
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