Buscar

Apostila - Produtos e Serviços Financeiros codigo 621458

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSOS FIC NOVOS CAMINHOS 
 
Escriturário de Banco 
 
 
Disciplina - Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
 
 
Liviane S. Santos - Professora Conteudista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Novembro, 2022 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
 
Campus Carmo de Minas 
Projeto Instrucional da Disciplina 
Disciplina: Produtos e Serviços Financeiros (Carga horária: 20h). 
Objetivos: A disciplina Produtos e Serviços financeiros têm o objetivo de estudar os 
principais produtos e serviços financeiros ofertados pelos bancos, abordando conceitos e 
aplicações, tipos de produtos para Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas. 
Ementa: Noções dos principais produtos e serviços financeiros, negociados nas agências 
bancárias. Conta corrente. Conta-salário. Conta poupança. Cheque especial. Consórcios. 
Seguros (vida, auto, residência). Previdência privada e complementar (PGBL e VGBL). 
Títulos de capitalização. Principais produtos de investimentos de renda fixa, tais como 
poupança. Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). 
Certificado de Depósitos Bancários (CDB). Recebíveis de Depósitos de Cooperativas (RDC). 
Dinheiro digital: Blockchain, Bitcoin e demais criptomoedas. PIX - Pagamentos 
Instantâneos. Correspondentes bancários. 
INTRODUÇÃO 
Os chamados serviços bancários estão presentes no dia a dia dos consumidores. Pagamento 
de contas, depósitos à vista, cadernetas de poupança, recebimento de salário são alguns 
exemplos de serviços disponíveis. Ao analisarmos o custo de vida no Brasil e o valor do 
salário mínimo, chegamos à conclusão de que o salário mínimo não atende às necessidades 
da população brasileira, tanto que algumas pessoas buscam formas de fazer com que esse 
dinheiro multiplique. 
 
Uma das formas buscadas para esta multiplicação é o investimento, seja ele em ações ou na 
poupança. Cada cliente buscará a forma que julgar mais segura, mais rápida e lucrativa para 
aplicar o seu dinheiro. Antes de começar, é importante entender que cada banco terá seus 
próprios produtos e, por tanto, disponibiliza apenas estes aos seus correntistas. Ao ser 
correntista de determinado Banco, você terá acesso apenas aos produtos desta instituição. 
De qualquer maneira, os bancos fazem parte do nosso cotidiano e alguns de seus produtos 
possuem características próprias que valem o estudo. 
 
No Brasil, consumidores e trabalhadores bancários vivenciam dois lados de um mesmo 
problema. Por um deles, os bancos estabelecem metas abusivas de venda de serviços 
financeiros aos seus funcionários. Pelo outro, levam parte dos consumidores a adquirir 
produtos que não são necessários ou apropriados ao seu perfil. O resultado – fruto da forma 
de gestão dos bancos – não poderia ser outro: muitas reclamações de consumidores e 
bancários adoecidos em função da pressão pela venda desses produtos. 
 
Em 2011, as instituições financeiras conseguiram feito histórico: encerrar o ano na liderança 
do ranking de reclamações do Idec pela primeira vez em doze anos. As queixas: cobrança 
indevida, débito não autorizado, taxa de juros, renegociação de dívidas e venda casada de 
produtos financeiros. Os dados comprovam a pressão a que os bancários são submetidos 
diariamente. Por isso, consumidores e bancários se uniram em campanha pela venda 
responsável de produtos e serviços financeiros. O objetivo é fazer com que os bancos 
brasileiros se comprometam com a venda de produtos financeiros e com um 
assessoramento justo e transparente aos consumidores, além de promover ambiente de 
trabalho saudável aos seus funcionários, acesso a mais informação sobre produtos e 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a3
 
serviços financeiros.( 
https://spbancarios.com.br/sites/default/files/arquivo_destaque/venda_responsavel_livreto_2012.pdf). 
O que são produtos financeiros? 
Produtos financeiros são aqueles comercializados com o fim de captar e de atrair 
recursos. Eles envolvem, muito mais que interesses monetários, tendo em vista que 
incluem a prestação de serviços financeiros por valores baixos ou até mesmo gratuitos. 
Há uma série de produtos financeiros disponíveis no mercado. Cada uma deles, é claro, conta 
com as suas próprias características, o que torna cada um mais atrativo para cada perfil de 
investidor. 
Quais são os principais produtos financeiros populares no Brasil 
1 - Produtos Bancários de Operações Passivas 
 
❖ Depósitos à vista - Conta Corrente. 
❖ Depósitos a prazo - CDB e RDB. 
❖ Poupança. 
Depósitos à Vista 
O depósito nada mais é que a entrega de um numerário (dinheiro) ao Banco, para que 
este o guarde (ou aplique) para o cliente, e lhe restitua, total ou parcialmente, ou na 
época combinada, ou quando este pedir. Os depósitos são classificados em "depósito à 
vista" e "depósito a prazo". Os depósitos a vista são aqueles que o cliente quer deixar o 
dinheiro à sua pessoal disposição, para sacar tudo ou uma parcela, a hora que lhe 
https://spbancarios.com.br/sites/default/files/arquivo_destaque/venda_responsavel_livreto_2012.pdf
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a4
 
convier. Normalmente os depósitos a vista são feitos em conta corrente. Já os depósitos a 
prazo são investimentos, que não estão à imediata disposição e liberação ao cliente. Este 
deve ou aguardar um prazo de vencimento, para resgatá-los, ou dar um aviso 
antecipado, de que pretende seu numerário. 
 
Depósitos a Prazo (CDB E RDB) 
Os bancos de investimentos de natureza privada (que só podem ser constituídos com 
especial autorização do Banco Central), segundo a lei reguladora do Mercado de Capitais 
( Lei nº4.728- 14.07.65), podem receber dinheiro de investidores, com prazo superior a 
18 meses, aos quais pagarão rendimentos (juros, correção monetária, etc.). Quando um 
banco de investimento privado receber tais depósitos, deverá emitir um documento, que 
privado comprovará o crédito do investidor. Será um título, provando que o investidor 
tem tal importância (mais os juros e correção, que renderão) com aquele Banco. Esse 
recibo chama-se Certificado de Depósito Bancário, ou Recibo de Depósito Bancário, 
abreviadamente R.D.B. 
Caderneta de Poupança 
Vamos começar pelo produto mais simples, a caderneta de poupança. A caderneta de 
poupança é a escolha predominante entre as aplicações. Produto bastante conhecido dos 
brasileiros, a poupança funciona como um depósito a prazo que conta com um 
rendimento mensal. Sua rentabilidade, então, acontece na data de aniversário das 
aplicações; no entanto, no caso de pessoas jurídicas com fins lucrativos, o retorno ocorre 
a cada três meses. A principal vantagem da poupança é a possibilidade de investir um 
valor mais baixo. Do mesmo modo, ela conta com liquidez diária, assim como isenção de 
impostos para pessoas físicas e garantia conforme as regras do FGC. Já o cálculo de 
rendimento se dá de duas formas. Na primeira, há a remuneração de 70% da Selic, caso 
esta esteja em 8,5% ou menos, além do TR. Na segunda, há um retorno de 0,5%, ao mês, 
além de TR, caso a taxa básica de juros esteja acima de 8,5%. A grande vantagem é a 
facilidade de investir e retirar capital, sem incidência de imposto de renda. O devedor da 
poupança é o próprio banco e o saldo do investimento é segurado pelo FGC (Fundo 
Garantidor de Crédito). A alocação de dinheiro na poupança tem vencimento infinito, ou 
seja, você pode manter o capital alocado por quanto tempo quiser. Isso é diferente de 
outros produtos onde o vencimento é explícito e, após certa data, o montante final e os 
juros retornam para a conta corrente do aplicador. Grande parte do dinheiro em 
poupança é alocada para realizar financiamento imobiliário. Isto é, o banco capta 
recurso via poupança e empresta o valor para outros clientes que necessitam de 
dinheiro para financiar um imóvel. Atualmente, enquanto a poupança capta a uma taxa 
próxima de 4,50% ao ano, o banco empresta a juros entre 10% e 13% anuais. A 
diferença entre as taxasé o chamado spread e serve para bancar o operacional e o lucro 
dos bancos. O rendimento total da poupança, em 2022, está em aproximadamente 
8,22% ao ano ou 0,66% mensal. 
 
Serviços essenciais para os quais é vedada a cobrança de tarifa - Poupança 
a) fornecimento de cartão para movimentação; 
b) fornecimento de segunda via do cartão, exceto nos casos de perda, roubo, danificação 
e outras situações às quais o banco não deu causa; 
c) realização de até dois saques/mês, no caixa ou no terminal de autoatendimento; 
d) realização de até duas transferências para conta de depósitos de mesma titularidade; 
e) fornecimento de até dois extratos com a movimentação do mês; 
f) realização de consultas pela internet; 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a5
 
 
Conta Corrente 
É formalizada por meio de contrato de adesão, que é um contrato cujos termos são 
preestabelecidos pelo banco. Esse contrato determina os direitos e obrigações tanto do 
consumidor quanto do banco. A abertura é feita presencialmente ou, se o banco 
disponibilizar, também por meio eletrônico (ex.: internet banking ou aplicativo em 
smartphone). A conta corrente permite acesso a serviços como cartão de débito, talão de 
cheques, débito automático, pagamento de contas, transferências bancárias, linhas de 
crédito e demais serviços bancários. 
 
Serviços essenciais para os quais é vedada a cobrança de tarifa - Conta Corrente 
a) Fornecimento de cartão com função débito; 
b) Fornecimento de 10 folhas de cheques/mês, desde que o correntista reúna os 
requisitos necessários à utilização de cheques; 
c) Fornecimento de segunda via do cartão acima referido, exceto nos casos de perda, 
roubo, danificação e outras situações às quais o banco não deu causa; 
d) Realização de até quatro saques/mês no caixa, inclusive por cheque ou cheque avulso, 
ou em terminal de autoatendimento; 
e) Fornecimento de até dois extratos com a movimentação do mês por meio de terminal 
de autoatendimento; 
f) Realização de consultas na internet (bankline); 
g) Realização de duas transferências mensais entre contas na própria instituição, no 
caixa, em terminal de autoatendimento e/ou pela internet; 
h) Compensação de cheques; 
i) Fornecimento aos consumidores pessoas físicas, até 28 de fevereiro de cada ano, a 
partir de 2009, de extrato consolidado discriminando, mês a mês, as tarifas cobradas no 
ano anterior em conta corrente. 
 
Conta Salário 
É uma conta destinada a receber salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e 
similares. Nela, não são permitidos depósitos ou outros créditos. A movimentação total 
ou parcial da conta salário só pode ser realizada por cartão (cinco saques por mês), sem 
direito a talão de cheques. Outras formas de movimentação, tais como transferências por 
DOC/TED podem ser tarifadas. 
Portabilidade Salarial 
É a transferência contínua e automática dos valores depositados na conta salário para 
uma conta corrente, ou conta poupança ou conta de pagamento pré-paga, que o 
consumidor possua na mesma ou em outra instituição. A portabilidade salarial é 
gratuita, mas só é permitida para outra conta de mesma titularidade. O consumidor pode 
pedir a portabilidade no próprio banco em que possui a conta salário ou na instituição 
para a qual deseja transferir mensalmente o seu salário. O prazo para que a 
transferência comece é de até 10 dias úteis. O cancelamento da portabilidade salarial 
pode ser feito a qualquer tempo, basta fazer o pedido ao banco que detém a conta 
salário. O prazo para a conclusão do processo de cancelamento é de 5 dias úteis, a partir 
da solicitação. Conta de pagamento pré-paga é um tipo de conta disponibilizada por 
Instituições de Pagamento ou bancos e pode oferecer serviços de depósitos, 
transferências, entre outros. Entretanto, não disponibiliza todos os serviços de uma 
conta corrente. 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a6
 
 
Encerramento da Conta Corrente ou Poupança 
O encerramento da Conta Corrente ou Poupança deverá ser solicitado quando não 
houver mais interesse em movimentá-la ou quando terminar o vínculo empregatício, no 
caso de conta salário. Ao fazer o pedido de encerramento da conta corrente o 
consumidor deve exigir um documento impresso, caso seja formalizado em uma agência. 
Se o banco permitir o encerramento por meio eletrônico, o consumidor deve guardar o 
número de protocolo, e-mail ou outro documento que comprove a solicitação de 
encerramento. Se a conta foi aberta por meio eletrônico, o banco tem a obrigação de 
oferecer a possibilidade de encerramento por esse meio. Em caso de conta conjunta, 
todos os titulares deverão assinar o pedido ou nomear um representante para fazê-lo 
por procuração (exceto se houver cláusula contratual que preveja encerramento da 
conta por parte de apenas um dos titulares). 
 
Cheque 
É uma ordem de pagamento à vista e deve ser paga pelo banco no momento da sua 
apresentação. Os bancos podem recusar a entrega de talões de cheques a clientes cujo 
nome esteja incluído no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). O 
emitente de cheques será incluído no CCF quando ocorrer devolução de cheques nas 
seguintes situações: falta de fundos na segunda apresentação (motivo 12), conta 
encerrada (motivo 13) e fraude (motivo 14). O banco é obrigado a comunicar ao cliente 
a ocorrência. Os estabelecimentos comerciais não são obrigados a aceitar cheques, mas 
em caso de recusa o consumidor deve ser informado previamente. 
 
Cheque Especial 
É um limite de crédito pré-aprovado, vinculado à conta corrente, que o banco coloca à 
disposição do consumidor. A taxa de juros desse crédito é uma das maiores do mercado 
e ao utilizar esse crédito, haverá cobrança de juros e IOF. Esses valores são calculados 
diariamente e cobrados proporcionalmente ao período do empréstimo. O extrato 
bancário deve informar qual é a taxa de juros cobrada pela utilização do cheque especial. 
Atualmente, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu 8% ao mês como taxa máxima 
de juros de cheque especial. A instituição financeira é proibida de aumentar seu limite 
de crédito, sem sua prévia autorização. 
2 - Produtos Bancários de Operações Ativas 
As operações bancárias ativas são os meios que as Instituições Financeiras utilizam para 
oferecer crédito e financiamento ao mercado. 
 
❖ Crédito Direto ao Consumidor - CDC 
❖ Cartão de Crédito 
Cartão de Débito e Crédito 
Também conhecido como dinheiro de plástico, eles contêm microchips que armazenam 
unidades digitais de valor que podem ser trocadas por bens e serviços, como o dinheiro 
tradicional. Esses cartões também são conhecidos por carteiras eletrônicas, tem o seu 
melhor uso como substituto do dinheiro em transações de pequeno porte. Os cartões 
magnéticos são utilizados para saques, extratos, autorizações para resgates e aplicações 
entre contas correntes e investimentos. O cartão tende a se tornar um cheque eletrônico, 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a7
 
com grande vantagem de redução de custo para os bancos, garantia de recebimento 
pelos estabelecimentos comerciais, rapidez nas operações de venda e eliminação das 
consultas prévias sobre a saúde financeira dos clientes, com economia de custos e de 
tráfego telefônico. 
Cartões de Débito 
Este cartão foi idealizado para garantia de venda, isto é, garante ao recebedor o crédito 
previamente aprovado para o usuário do cartão, que é um cliente preferencial. Há uma 
cobrança de juros sobre o saldo devedor no momento em que é efetuada a compra. Mas 
esse cartão poderá oferecer prazos, carências e taxas mais baixas do que as praticadas 
no mercado. 
 
Cartões de crédito 
O cartão de crédito se estabeleceu como uma das formas mais simples dos clientes 
adquirirem bens ou serviços, com a facilidade de terem um prazo para o seu pagamento, 
muitas vezes no valor à vista. E para quem vende há a garantia do recebimento da venda, 
havendo um estímulo no crescimento da aceitação dessecartão, apesar de suposta 
desvantagem pela demora no repasse do valor da venda. Existem dois tipos de cartões 
de crédito, quanto ao usuário: de pessoa física ou empresarial; e quanto à utilização: 
nacional ou internacional. 
 
A modernidade fez da pecúnia uma coisa obsoleta. Os cartões de crédito têm hoje maior 
poder liberatório que qualquer moeda, sendo mesmo o preferido nas transações 
comerciais, pela maior facilidade e segurança, que propicia aos contratantes. Há por trás 
de um cartão de crédito vários contratos, imprescindíveis à sua utilização: 
primeiramente, um contrato de crédito entre a entidade financeira e o usuário; depois, 
um outro contrato de crédito entre o comerciante e a entidade financeira; e, finalmente, 
o contrato entre o usuário e o comerciante, em que o pagamento será feito com o débito 
no cartão de crédito. 
 
A entidade financeira é denominada “emissora”, enquanto o comerciante (ou prestador 
de serviços), que o aceitará, se chama "fornecedor", e o usuário é o "titular do cartão". Ao 
emissor cabe a tarefa dedar lastro ao crédito, pois sua obrigação será pagar o 
fornecedor, ainda que não receba do "titular do cartão": é dele o maior risco da 
operação, razão porque lhe caberá o zelo de não conceder o crédito a que o não mereça. 
Naturalmente, será remunerado não só pelo titular do cartão, como também pelo 
fornecedor, já que concede crédito ao primeiro e facilita a venda para o segundo. 
 
O titular do cartão é o beneficiário do crédito concedido pelo emissor, e haverá de ser 
pessoa maior e capaz, para poder assumir as obrigações financeiras conexas ao uso do 
cartão, desde o pagamento das despesas, que fizer, até o pagamento do custo do crédito, 
que lhe foi dado pelo emissor. 
 
As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por instituições financeiras 
estão sujeitas à regulamentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo 
Banco Central do Brasil, nos termos dos artigos 49 e 109 da Lei 4.595, de 1964. Todavia, 
nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a participação de instituição 
financeira, não se aplica a regulamentação do CMN e do Banco Central. O maior ganho 
das instituições financeiras e das administradoras de cartão de crédito se dá no 
momento em que o cliente opta em não pagar o total de sua fatura no mês 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a8
 
correspondente, parcelando assim a sua dívida a uma taxa de juros geralmente elevada. 
Os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de 
crédito: 
 
1. Anuidade; 
2. Emissão de segunda via do cartão; 
3. Tarifa para uso na função saque; 
4. Tarifa para uso do cartão no pagamento de contas e, 
5. Tarifa no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito. 
O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No entanto, é 
importante salientar que o cancelamento do contrato de cartão de crédito não quita ou 
extingue dívidas pendentes. Assim, deve ser buscado entendimento com o emissor do 
cartão sobre a melhor forma de liquidação da dívida. 
 
Crédito Direto ao Consumidor - CDC 
Linha de crédito com objetivo de fomentar a atividade industrial e comercial, criando 
facilidades para o consumo: em período de rigoroso controle inflacionário é uma das 
primeiras e sofrerem restrições. O Crédito Direito ao Consumidor é o financiamento 
concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços por seus clientes sem 
propósitos específicos. Os próprios bens servirão de garantia à operação, ficando 
vinculados à financeira pela alienação fiduciária pela qual o cliente transfere a ela a 
propriedade dobem até o pagamento da dívida. O prazo do CDC varia de três a vinte de 
quatro meses e, normalmente financia de 50 a 80% do valor dobem. Muito utilizado na 
compra de veículos, móveis e eletrodomésticos Sempre que passível, o bem adquirido 
com o financiamento fica vinculado em garantia à operação. 
 
Crédito Direto ao Consumidor ou CDC, operações de credito concedidas pelos Bancos, ou 
pelas chamadas Financeiras, a pessoas físicas ou jurídicas, destinadas a empréstimos 
sem direcionamento ou financiamentos de bens ou serviços. É necessário ter uma conta 
corrente em um banco, por exemplo, com cadastro atualizado, sem restrições e limite de 
crédito aprovado. Depois de definido a limite, você pode acessar qualquer um dos 
Terminais de Autoatendimento, internet, agencias bancárias ou diretamente nos 
terminais eletrônicos, dependendo da linha a ser utilizada. 
 
CDC com Interveniência – CDCI 
São empréstimos concedidos às empresas clientes especiais dos bancos, geral mente 
empresas do comércio, que passam a ser o interveniente, para repasse aos seus clientes, 
de financiamentos vinculados à compra de um bem ou serviço específico, e amortizáveis 
em prestações iguais e sucessivas, com taxas pré ou pós-fixadas. Os prazos e taxas são 
idênticos aos do CDC, embora menores por não haver risco do banco no nível do cliente, 
e sim do interveniente. 
Crédito Direto – CD 
É uma modalidade do CDCI em que o banco assume a carteira dos lojistas e fica com os 
riscos do crédito. Para o lojista é interessante o CD, já que a perda do ganho financeiro 
do CDCI é compensado pela nenhum risco deperda. 
 
Crédito Automático por Cheque 
É um crédito concedido ao cliente preferencial, uma espécie de vendor para pessoa 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a9
 
física. 
 
 
OUTROS SERVIÇOS E PRODUTOS BANCÁRIOS 
Além de captarem recursos e emprestarem, os bancos oferecem uma série de outros 
produtos e prestações de serviços complementares com parceria com outras instituições 
financeiras ou até mesmo instituições próprias que fazem parte do mesmo 
conglomerado financeiro. Destacamos as principais delas abaixo: 
 
1. Consórcios 
2. Títulos de Capitalização 
3. Letra de Câmbio 
4. Seguros 
5. Previdência Privada e complementar 
6. Certificado de Depósitos Bancários (CDB). 
7. Recebíveis de Depósitos de Cooperativas (RDC). 
8. Dinheiro digital: Blockchain, Bitcoin e demais criptomoedas. 
10. PIX - Pagamentos Instantâneos. 
11. Correspondentes bancários. 
Consórcio 
O consórcio trata-se de uma parceria entre pessoas físicas e/ou pessoas jurídicas, cujo 
objetivo é a criação de uma poupança que possa ajudá-lo a adquirir certo bem ou algum 
serviço, cabendo a Administradora de Consórcio reunir os clientes interessados. Quando 
se fala em Administradora de Consórcios, entende-se que é a empresa pela organização 
e administração de grupos aderentes a esse sistema de aquisição de bens e serviços. 
Para a empresa atuar com o Sistema de Consórcios é necessária uma autorização do 
Banco Central, que como já foi discutido em questões anteriores, é o órgão normalizador 
e fiscalizador do Sistema. 
 
O consórcio teve início no país na década de 60, devido à baixa oferta de crédito dirigida 
diretamente ao consumidor, com isso funcionários do banco do Brasil criaram um fundo 
que fosse suficiente para a aquisição de automóveis para todos aqueles que dele 
participassem, dando origem, assim, ao Sistema de Consórcio no país. O consórcio é uma 
espécie de ferramenta que concede crédito de forma isenta de juros, cuja finalidade é a 
compra de bens de consumo. 
 
O consórcio foi um importante meio de crédito para empresas automobilísticas que 
chegaram ao país na época, tanto que em 1967, a Willys Overland do Brasil, chegou a 
possuir cerca de 55 mil consorciados, comprovando, assim, que o objetivo inicial do 
consórcio era relacionado à aquisição de automóveis, sendo que por muito tempo este 
era o único bem a ser adquirido por esse meio de crédito. 
 
No entanto, em 1979, o setor de consórcios começou a estudar a possibilidade de criação 
de grupos relacionados à compra de motocicletas, caminhões e eletroeletrônicos. Nos 
dias atuais, o consórcio se encontra mais consolidado, tanto que é possível adquirir 
desde imóveis a serviços. Além disso, este mecanismo movimentacerca de 14 bilhões de 
reais que corresponde a 1% do PIB, Produto Interno Bruto do Brasil. 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
0
 
 
Títulos de Capitalização 
A capitalização surgiu no ano de 1850, por meio de Paul Viget, na França, que era diretor 
de uma cooperativa de mineradores. O seu objetivo era criar um fundo que fosse uma 
espécie de auxílio financeiro aos que ele estivesse associado, assim ele formulou um 
modo pelo qual todos deviam contribuir mensalmente com certo valor, durante um 
período por ele determinado. 
 
Título de capitalização não é um investimento! É um tipo de aplicação na mesma 
modalidade de um seguro, cuja formação de capital é constituída em depósitos mensais 
ou num aporte único. Ao final do período de capitalização uma parte do saldo aplicado é 
resgatado, acrescido somente da correção monetária. Essa correção é feita de acordo 
com a Taxa Referencial (TR), a mesma que corrige a poupança. E, em caso de resgate 
antes do término da capitalização, o consumidor sofrerá perda de quantia considerável. 
 
É uma das piores aplicações disponíveis no mercado, mas todos os bancos negociam 
esse produto, já que é altamente rentável às instituições financeiras. A administradora 
divide o montante pago pelo consumidor em três: Quota de Capitalização, Quota de 
Carregamento e Quota de Sorteio. Do valor aplicado pelo investidor, a instituição 
financeira separa percentual para a poupança, outro para o sorteio e um terceiro para 
cobrir suas despesas. As primeiras parcelas pagas costumam destinar-se integralmente 
ao sorteio e às despesas de administração sem nenhum depósito para o aplicador. 
 
Os títulos de capitalização têm liquidez limitada, havendo uma carência para a retirada 
das parcelas depositadas, carência que pode variar de um a dois anos e na qual parar de 
pagar pode significar a perda de todo o valor já aplicado. 
 
Características 
✓ Capital nominal: é o valor que o investidor vai resgatar ao final do plano. Sobre ele 
incidem correção e juros de 0,5% ao mês. 
✓ Sorteios: podem ser semanais, mensais, etc. Alguns se baseiam em jogos, outros em 
sorteios próprios, outros misturam os dois. 
✓ Prêmio: é quanto o investidor paga pelo título, podendo ser parcela única ou mensal 
(reajustadas pela TR). 
✓ Prazo: os planos não podem ter prazos inferiores a um ano. 
✓ Provisão para sorteio: é a parcela da prestação que irá compor o prêmio dos 
sorteados. 
✓ Carregamento: é a parte da prestação que vai cobrir as despesas e o lucro da 
instituição. É a taxa de administração. 
✓ Provisão matemática: é a parcela da prestação que vai compor a poupança do 
investidor. 
Normalmente, é corrigida pela TR mais juros de, no máximo, 0,5% ao mês. A partir 
Do sexto mês do pagamento (inclusive), a instituição é obrigada a destinar no máximo, 
70% do prêmio para a provisão matemática. 
✓ Carência para resgate: não pode ser superior a 24 meses. Se o prazo de pagamento 
do título for inferior a 48 meses, ela cai para 12 meses, no máximo. 
 
 
Letras de Câmbio 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
1
 
Título de crédito de caráter financeiro. A letra de câmbio tem caráter nominal e só pode 
ser transferida por endosso. Consiste numa ordem de pagamento em que uma pessoa 
ordena que uma segunda pessoa pague determinado valor para uma terceira. Deve 
trazer, de forma explícita, o valor do pagamento, a data e o local para efetuá-lo. A 
emissão da letra de câmbio denomina-se saque, pois quem emite o título expede uma 
ordem de pagamento à pessoa que deverá liquidar o valor determinado no título. 
 
LCAs e LCIs 
As LCAs (Letras de Crédito Agropecuário) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) são 
investimentos muito parecidos com o CDB, possuindo uma remuneração prefixada ou 
pós-fixada e com data de vencimento. A grande diferença é que a LCA e a LCI são 
produtos incentivados pelo governo, isentos de imposto de renda. O capital levantado, 
porém, deve ser alocado em um fim específico, no financiamento agropecuário ou 
imobiliário de terceiros. Com a isenção do imposto, a emissão destes títulos torna-se 
mais barata, incentivando o direcionamento de recursos para os setores em questão. 
 
Mas saiba que, para o investidor, a isenção não é garantia de retorno real ou de ser 
melhor que CDBs. De fato, o que acontece no mercado de LCA e LCI é que o retorno 
contratual nestes investimentos diminui. Por exemplo, para o mesmo emissor e 
vencimento, se uma CDB paga 105% do CDI com Imposto de Renda, uma LCA paga 90% 
sem imposto. Em comparação, uma LCA que paga 90% do CDI é pior em termos de 
retorno que um CDB que paga 120%. Em muitos casos, o benefício fiscal do investidor é 
anulado pela diminuição da taxa de retorno oferecida. 
 
Seguros 
Os seguros têm como intenção proteger o bem material do indivíduo ou o investimento 
deste. Por isso, foram criados diversos tipos de seguros, dentre eles destacam-se: o 
seguro rural, que ampara o agricultor caso aconteça algo com sua plantação; o seguro de 
imóveis, que ampara o segurado em caso de roubo ao seu domicílio, entre outros. Este 
tópico dará destaque aos seguros de vida e de carro que estão entre os mais utilizados 
pela população brasileira. 
 
Seguro de Vida 
O seguro de vida é uma espécie de contrato pelo qual a seguradora contratada é 
obrigada a pagar ao segurado ou dependente deste, certa quantia em forma de capital ou 
de renda, dada a constatação do evento previsto. Além do seguro de vida há outra 
espécie de seguro, o chamado seguro de sobrevivência. O que se chama de seguro de 
vida tem como caráter determinante a morte do segurado ou de terceiro, para a 
efetuação de seu pagamento. O seguro pode ser feito durante toda a vida do segurado, 
sendo o risco coberto a partir de sua morte, seja o período que for que ela ocorra. Com 
relação ao seguro de sobrevivência, sabe-se que o segurador está sujeito a pagar dada 
quantia ao segurado, quando ele atingir certa idade ou se for vivo há certo tempo, este 
contrato é de caráter temporário. 
 
O seguro de vida é um contrato com a seguradora para garantir proteção financeira para 
familiares e/ou pessoas que dependem de segurado, no caso de sua falta, ou para você 
mesmo, no caso de invalidez permanente ou de uma doença grave. O preço e taxas 
cobradas são estipulados no momento da contratação, de acordo com as coberturas 
selecionadas. A diferença básica entre o seguro de vida e o seguro de acidentes pessoais 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
2
 
é que o primeiro garante indenização para morte natural ou acidental, enquanto a 
cobertura de acidentes pessoais, como o nome indica, é válida somente para o caso de 
falecimento por acidente. Isso faz com que ambos também difiram em relação ao preço. 
Como o primeiro tem cobertura mais ampla, o seu custo é maior do que o de acidentes 
pessoais. Ambos diferem, ainda, em relação ao cálculo do prêmio (preço pago pelo 
consumidor para ter direito ao seguro). O seguro de vida é calculado de acordo com a 
idade. A maioria das seguradoras faz restrições a pessoas com mais de 65 anos. 
 
Seguro de vida não é herança, assim os beneficiários do seguro não são, 
necessariamente, os herdeiros do segurado. Na falta de indicação de beneficiários ou se 
por qualquer motivo não prevalecer a que foi feita, metade do capital segurado será 
paga ao cônjuge não separado judicialmente e o restante, aos herdeiros do segurado 
obedecida a ordem da vocação hereditária. Uma exceção à regra é o seguro de vida 
contratado como garantia de pagamento de dívidas, como, por exemplo, um 
financiamento imobiliário ou um empréstimo pessoal. É bom lembrar que todas as 
coberturas possuem exclusões e condições específicas que você deve avaliar com 
atenção. As coberturas são inúmeras e podem ser contratadas juntas ou separadas. 
Preste atenção aos riscos excluídos de indenização e às condições específicas do 
contrato. 
 
Seguro de Automóveis 
O seguro de automóveis é a espécie de seguro mais conhecidado país, isto se deve ao 
alto nível de automóveis roubados ou envolvidos em algum tipo de colisão, 
principalmente, em cidades grandes. Para algumas pessoas é melhor pagar o seguro do 
que enfrentar os prejuízos sozinhas, comprometendo o seu orçamento. Sobre os carros 
esportivos, pode-se dizer que eles são mais visados, por isso o seu seguro costuma ser 
maior do que os dos carros populares. 
 
A apólice de seguro é um contrato bilateral, oneroso, aleatório, solene. Gera direitos e 
obrigações, onde são definidos: o bem coberto; a importância segurada; a localização 
dobem; o período de vigência; os riscos assumidos pela seguradora e demais condições 
contratuais. 
Previdência 
Aplicação financeira que tem como principal objetivo garantir renda mensal ao 
consumidor, quando esse desejar se aposentar. Renda extra, complementar ao que é 
pago pela previdência oficial, mas não necessariamente um produto exclusivo para 
quem trabalha. É um investimento que necessita de longo prazo, já que só se torna 
interessante após muitos anos de aporte. 
 
Não pode ser resgatado em dois ou três anos, mas em até 35 anos de investimentos. Mais 
que isso, trata-se de uma renda complementar até o final da vida. Portanto, na hora da 
escolha, é preciso verificar o número de consumidores atendidos, o histórico da 
instituição, bem como sua saúde financeira. Informe-se junto aos órgãos de defesa do 
consumidor e à Susep (Superintendência de Seguros Privados) se a empresa tem algum 
tipo de reclamação. 
 
A previdência privada conta com uma fase de acúmulo, na qual o consumidor deposita 
uma quantia estabelecida mensalmente durante um período longo de tempo. É a fase em 
que será feita a capitalização do recurso. Depois vem a fase de renda, quando o 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
3
 
consumidor começa a receber os valores investidos na fase anterior. Os planos de 
previdência privada podem ser feitos por pessoas físicas e por empresas, inclusive micro 
e pequenas empresas. 
 
VGBL e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): ideal para pessoas que fazem a 
declaração simplificada de IR, para profissionais liberais e/ou para quem já contribui 
com mais de 12%, pois não é dedutível do imposto de renda. É o plano preferido dos 
brasileiros, representando cerca de 67% do montante total investido. 
 
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre): ideal para quem faz a declaração completa de 
imposto de renda, pois ele é dedutível em até 12% da base tributável do IR. Corresponde 
por cerca de 15% do volume total investido do setor. 
 
Independente do plano escolhido (PGBL ou VGBL), você precisará definir o regime de 
tributação que incidirá sobre seu investimento. Para isso, reflita sobre o tempo e o valor 
da aplicação. Suas opções são: Tabela progressiva - tributação é de 15% na fonte. Tabela 
regressiva - tributação diminui com o tempo. 
 
As taxas são as grandes vilãs de qualquer plano de previdência privada. Fique atento a 
elas. Taxa de carregamento: incide sobre as contribuições realizadas e variam de 0 a 3%. 
Taxa de administração: custo da gestão dos ativos que incide sobre a rentabilidade total 
da aplicação. Varia entre 1,5% e 3%. 
 
A taxa é a de maior impacto na aplicação. Taxa de saída: cobrada no caso do resgate 
antecipado da aplicação. Contudo, a maioria das seguradoras executa essa cobrança 
apenas nos primeiros anos. Algumas impõem prazos de carência para resgates e 
transferências externas parciais ou totais. Renda temporária: você recebe uma pensão 
por um período determinado. Porém, quando você morrer, o benefício “cessa”, mesmo 
que haja “saldo remanescente”. Renda vitalícia: você recebe uma pensão mensal 
enquanto viver, ou seja, o benefício cessa imediatamente quando do seu falecimento, 
independente de eventuais “saldos remanescentes”. Renda vitalícia reversível ao 
beneficiário: você recebe uma pensão mensal até falecer, e quando isso ocorrer, um 
percentual desse dinheiro é revertido a um beneficiário (indicado em contrato) até sua 
morte. 
 
Certificado de Depósitos Bancários (CDB). 
O CDB (Certificado de Depósito Bancário), por sua vez, é um produto financeiro que os 
bancos de investimento, os bancos comerciais e os bancos múltiplos emitem. Quando 
você compra um CDB, está emprestando dinheiro para que os bancos possam financiar 
as suas atividades de crédito. De modo geral, o CDB promove a captação de recursos de 
investidores. Estes, aliás, podem ser tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas. Além 
disso, o CDB está disponível em grande parte dos bancos. 
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um tipo de dívida que os bancos emitem 
para financiar suas atividades. A grande diferença entre a poupança e o CDB é que este 
último geralmente possui prazo de validade e não tem liquidez, com exceção de um tipo 
especial com liquidez diária. Em outras palavras, quando um investidor compra um CDB 
tradicional, o dinheiro fica retido até a data de vencimento proposta no contrato. Para o 
caso de CDBs com liquidez diária, o investidor abre mão de maior rentabilidade pela 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
4
 
possibilidade de sacar no momento que quiser. Assim como a poupança, o CDB também 
é garantido pelo FGC. Porém, existe incidência de imposto de renda sobre o ganho de 
capital. 
A rentabilidade do CDB é definida de duas formas: prefixada e pós-fixada. Na prefixada, 
o investidor sabe exatamente quanto irá ganhar de retorno. Por exemplo, um CDB que 
paga 8% ao ano é prefixado, pois a taxa exata do retorno nominal ao investidor está 
explicitamente definida. Note, porém, que o retorno real não está definido, pois a 
inflação futura é desconhecida. Portanto, ao investir em CDBs prefixados, toma-se o risco 
de inflação. Se a inflação futura aumentar, pior para o investidor do prefixado. 
Os pós-fixados são a solução para o problema do risco inflacionário, o que justifica sua 
maior popularidade. No CDB pós-fixado o investidor não sabe exatamente quanto irá 
ganhar, mas sim a qual índice de mercado o retorno estará relacionado. O índice mais 
comum é o CDI (veja seção 2.3.3). Por exemplo, um CDB que paga 110% do CDI é pós-
fixado. Após a compra do CDB, todos os retornos futuros do investimento serão 
atrelados à taxa corrente e atualizada do CDI. Neste caso, se o retorno interbancário 
subiu, então o retorno do CDB também irá subir. Outra fixação bastante comum é atrelar 
o retorno do CDB pós-fixado ao próprio índice de inflação, o IPCA. Um exemplo seria um 
CDB que paga IPCA + 4% anual. 
Recebíveis de Depósitos de Cooperativas (RDC). 
Sigla para Recibo de Depósito Cooperativo, essa é uma aplicação interessante pelas 
qualidades que oferece. É de renda fixa, o que traz maior proteção e previsão sobre o 
recebimento do dinheiro. 
O investimento funciona assim: quem aplica, destina um valor para que a cooperativa 
use em diversas operações. É o caso de empréstimos, financiamentos e operações 
bancárias, em geral. Em troca, o investidor recebe o dinheiro aplicado mais uma porção, 
que é a rentabilidade. Desse jeito, é possível conquistar uma remuneração bem atraente. 
A taxa de retorno acontece de maneira pré ou pós-fixada. No primeiro caso, você 
conhece o quanto vai ganhar, no momento do resgate. Já o contrato pós-fixado varia com 
um indicador. Normalmente, a opção escolhida é o CDI, que fica um pouco abaixo da taxa 
Selic. 
A liquidez é a capacidade que um investidor tem de transformar os seus investimentos 
em dinheiro. Quando precisa usar um valor imprevisto, por exemplo, contar com a 
liquidez é importante. Em geral, um maior nível de liquidez conduz a um aumento no 
nível de segurança. 
Ao entender o que é RDC, você verá que ele apresenta prazos variados e uma liquidez 
atraente. Quanto aos prazos de investimento, ele pode ser aplicado de forma curta ou 
longa, dependendo das suas necessidades. Em relação à liquidez, ela é diária. Ou seja, 
você pode resgatar o título a qualquer momento e até fazer retiradas periódicas,antes 
do vencimento. Por outro lado, vale considerar o investimento por mais tempo para 
pagar menos imposto. Essa aplicação é tributada pelo Imposto de Renda, segundo a 
tabela regressiva. Veja os prazos e as alíquotas sobre o rendimento: 
até 180 dias: 22,5%; 
https://www.msperlin.com/pirf/investindo.html#selic-cdi
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
5
 
de 181 a 360 dias: 20%; 
de 361 a 720 dias: 17,5% e 
mais de 720 dias: 15%. 
 
Então, embora você possa resgatar antes de 6 meses, vale considerar deixá-lo por mais 
tempo. Quanto mais tempo você deixa seu recurso aplicado, menos imposto de renda 
você paga. Os RDCs funcionam de forma muito parecida com os CDBs. A 
principal diferença é que enquanto os CDBs são emitidos por bancos, os RDCs são 
emitidos por cooperativas de crédito. Os recursos captados pela instituição são usados 
para financiar as atividades de crédito da organização, como empréstimos e outras 
operações. 
Dinheiro digital: Blockchain, Bitcoin e demais criptomoedas. 
As moedas digitais, também conhecidas como moedas virtuais ou criptomoedas, 
surgiram em 2009 e funcionam a partir de uma rede descentralizada (sistema ponto-a-
ponto, do inglês peer-to-peer), possibilitando transferências de uma pessoa para outra 
sem a intermediação de um banco. Por isso, elas não se submetem à regulamentação de 
sistemas monetários nem à uma autoridade financeira, como o Banco Central do Brasil, 
o que implica em praticamente não haver burocracia na negociação. As primeiras 
experiências de uma moeda digital surgiram no final da década de 1980. Vejamos: 
• Ecash: primeira tentativa de criação de um dinheiro digital, criada em 1983 pelo 
criptógrafo americano David Chaum. É reconhecido como o projeto que deu as bases 
para o DigiCash. 
• DigiCash: foi lançado em 1989. Centralizado, usou um sistema de chaves 
criptografadas com algumas semelhanças ao sistema usado pelo bitcoin hoje. 
• Hashcash: de 1997, foi inicialmente concebido como uma forma de limitar o 
recebimento de spam, forçando o remetente a resolver um enigma computacional. A 
ideia não foi para a frente, nem como um mecanismo de proteção a spam nem como 
instrumento financeiro. Porém, serviu de base para a lógica de Prova de Trabalho – 
Proof of Work (POW) – na mineração do Bitcoin: para criarem novos Bitcoins, os 
mineradores precisam resolver enigmas. 
• B-money: de 1998, explorava uma forma de criar uma moeda anônima, dentro de um 
sistema distribuído, no qual o dinheiro era criado pela resolução de enigmas similares 
ao proposto pelo Hashcash. 
• BitGold: também de 1998, desenhou um algoritmo baseado em resolução de enigmas 
(POW) que ajudou a criar o modelo de consenso existente na blockchain do Bitcoin, em 
que os usuários da rede precisam aprovar as transações. 
• PayPal: de 1998, é um primeiro caso de disrupção do meio de pagamento mundial. O 
PayPal, em si, não é uma moeda, mas foi a primeira plataforma a possibilitar transações 
financeiras ao redor do mundo em qualquer moeda. 
Um artigo publicado no dia 18 de agosto de 2008 por Satoshi Nakamoto intitulado: 
“Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System Bitcoin: um sistema de dinheiro 
eletrônico peer-to-peer, criou as bases para o surgimento do Bitcoin, uma moeda: 
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/como-ganhar-dinheiro-com-criptomoedas/
https://www.bcb.gov.br/
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
6
 
1. Digital; 
2. Neutra; 
3. Independente; 
4. Criptografada - garante a privacidade, elemento fundamental para que o dinheiro seja 
livre de verdade; 
5. Baseada na tecnologia conhecida como Blockchain. 
 
Blockchain 
Em relação à segurança, normalmente, as moedas digitais utilizam a criptografia e a 
tecnologia blockchain para garantir que as transações ocorram de maneira tranquila na 
internet. A blockchain funciona basicamente assim: qualquer transação envolvendo 
moedas digitais é reunida em blocos, os quais se conectam a outros blocos através de 
códigos, formando uma rede de códigos, que é protegida por criptografia. 
A blockchain é uma espécie de “livro-razão”: ela registra todos os movimentos da 
transação, como a quantia, quem enviou, quem recebeu e o lugar onde fica registrada a 
movimentação dentro deste livro. Quando uma transação ocorre em uma blockchain, ela 
é agrupada em um “bloco” criptografado com outras transações que ocorreram no 
mesmo período de tempo – cada bloco contém uma espécie de carimbo com a data e o 
horário da transação. O bloco é então transmitido para a rede. 
A rede blockchain é composta por nós (nodes), que são participantes que validam e 
retransmitem informações de transação. Essa participação é voluntária e o benefício é o 
de garantir a integridade da rede. É a mesma lógica do Torrent, programa usado para 
baixar filmes, músicas e jogos. Quando uma pessoa baixa um arquivo, você “puxa” o 
arquivo de outra pessoa (outro nó da rede). Depois de baixado, você também se torna 
apto a compartilhar e distribuir o arquivo, tornando-se também, um novo nó. 
Para que serve a Blockchain? 
Ela permite retirar os intermediários da transação sem comprometer a confiança e a 
segurança entre as partes interessadas. A blockchain não vale somente para dinheiro – 
transações financeiras ou monetárias – mas também com documentos variados, como 
contratos, dados médicos, registros pessoais, identificações ou qualquer outro tipo de 
informação que necessite ser armazenada com segurança. 
 
Quais as principais características de uma Blockchain? 
• Mais que 50% dos participantes precisam concordar e sincronizar a cadeia de blocos 
para que as informações armazenadas sejam validadas; 
• Praticamente impossível alterar a informação gravada; 
• Cada novo bloco faz referência ao anterior, e, a cada nova entrada de ados, o último elo 
é verificado. 
• Utiliza criptografia em todas suas ligações, o que assegura que informações sigilosas 
possam ser armazenadas sem que nenhum ponto da rede tenha acesso ao conteúdo, que 
só se torna visível para quem possui a devida autorização. 
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/o-que-e-blockchain/
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
7
 
 
Qual a vantagem da tecnologia da Blockchain? 
• Quando se trata do dinheiro, o blockchain permite que haja transferência internacionais em 
cerca de duas horas; 
• Agilidade na prestação de serviços e oferta de produtos; 
• Produtos mais baratos e menos burocráticos. 
Criptomoeda 
A primeira criptomoeda a aparecer no mercado foi o Bitcoin, criada em 2009 por Satoshi 
Nakamoto, que não se sabe ao certo se é um único programador ou grupo de 
programadores. 
Criptomoeda é o nome genérico para moedas digitais descentralizadas, criadas em uma 
rede blockchain a partir de sistemas avançados de criptografia que protegem as 
transações, suas informações e os dados de quem transaciona. Veja as características: 
✓ Criptomoedas são moedas digitais porque, diferentemente do real, do dólar e de 
outras moedas que podem ser tocadas, elas só existem na internet. Ou seja, você 
sabe que elas são verdadeiras, mas não consegue pegá-las com as mãos – ou 
guardá-las na carteira, no cofre ou embaixo do colchão. 
✓ Descentralizadas porque não existe um órgão ou governo responsável por 
controlar, intermediar e autorizar emissões de moedas, transferências e outras 
operações. Quem faz isso são os próprios usuários. 
✓ Criadas em uma rede blockchain porque é essa tecnologia que está por trás das 
criptomoedas. Basicamente, blockchain é um sistema que permite o envio e o 
recebimento de alguns tipos de informação pela internet. Ela funciona como um 
grande banco de dados em que pedaços de código carregam informações 
conectadas, como blocos que formam uma corrente – por isso o nome “corrente 
de blocos”. 
✓ E em sistemas de criptografia porque é essa camada de segurança, garantida pela 
blockchain, que possibilita a emissão e a transação de moedas virtuaisde forma 
mais segura. É dessa tecnologia, inclusive, que vem o nome criptomoeda – moeda 
criptografada. 
Como as criptomoedas são criadas? 
Como você viu, as criptomoedas nascem em redes blockchain. E é isso que as diferencia 
de outros criptoativos, como tokens e NFTs. E como acontece esse “nascimento”? 
Depende. As principais criptomoedas são mineradas. A mineração de criptomoedas é o 
processo responsável por validar os dados na blockchain. Nele, vários mineradores 
tentam achar a solução de equações complexas com seus computadores ao mesmo 
tempo, na base da tentativa e erro. 
Minerar criptomoeda não é uma tarefa simples. Para fazer isso, é necessário ter um 
computador com alta capacidade de processamento – muito mais do que os 
computadores pessoais comuns. Por isso, os mineradores compram máquinas 
específicas para minerar. É por meio desse processo que novas transações são validadas 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
8
 
e incluídas na blockchain, o banco de dados que registra todas as movimentações dos 
usuários. Quando os mineradores conseguem acertar os cálculos, eles recebem 
criptomoedas como pagamento, de forma automática. Isso acontece com o bitcoin e 
ether (da rede Ethereum). São essas moedas, enfim, que entram no mercado e passam a 
ser comercializadas. Vale destacar que existem criptomoedas que não precisam ser 
mineradas. É o caso do tether, por exemplo, que é emitido pela Tether Limited e pode 
ser comprado por quem tiver interesse. 
Para que servem as criptomoedas? 
Assim como toda moeda, como dólar e o real, as criptomoedas servem para comprar 
serviços e produtos online. Contudo, não é essa a principal função que as criptos 
ganharam ao longo do tempo. Por causa das tecnologias que muitas delas carregam, elas 
foram vistas como oportunidade de reserva financeira de longo prazo por muita gente. 
Veja as principais funções das criptos. 
 
Moeda digital Bitcoin (BTC) 
Como já mencionado no tópico anterior, o Bitcoin foi a primeira moeda digital a 
surgir no mercado, em 2009. Ele é criado por um complexo processo computacional 
conhecido como mineração (mining, em inglês), e, uma vez que utiliza 
blockchain/criptografia, seus arquivos não podem ser copiados/fraudados nem as 
transações serem rastreadas. 
 
O preço de Bitcoin, assim como das outras moedas virtuais, não tem um valor intrínseco, 
sendo determinado pelo quanto às pessoas estão dispostas a pagar por ele (você 
entenderá isso melhor no tópico sobre as cotações de moedas digitais). No momento em 
que escrevemos esse artigo, existem cerca de 19 milhões de bitcoins em circulação e ele 
é de longe a moeda com a maior capitalização de mercado, atingindo quase 400 bilhões 
de dólares. Um único Bitcoin, em sua máxima histórica, chegou a valer 
aproximadamente US$ 69.000, em novembro de 2021. 
 
Cada usuário do sistema do Bitcoin possui um par de chaves criptografadas pública e 
privada. As chaves públicas servem como endereço da conta. A chave privada dá acesso 
à moeda. A maior parte das carteiras, tanto de aplicativos quanto em carteiras físicas, 
convertem a chave privada em uma sequência de doze a 24 palavras que funcionam 
como um backup. São as chamadas “palavras-semente”. Se você perder o código, perdeu 
o Bitcoin. 
Ex: se eu quiser enviar Bitcoin para um terceiro, eu irei enviar para a chave pública 
desse terceiro. Mas para o terceiro receber os meus Bitcoins, ele precisará usar sua 
chave privada. As transações são validadas e adicionadas à blockchain através de um 
processo chamado “mineração”, que também é o método pelo qual novos bitcoins são 
criados. O limite de Bitcoins é de cerca de 21 milhões. Até 2019, 18 milhões já foram 
emitidos. 
Você pode aceitar Bitcoins como forma de pagamento por produtos ou serviços, ou 
então compra-lo em corretoras (exchanges) usando moedas correntes nacionais, ou 
também usando outras moedas digitais, como o Ether (ETH) e Litecoin (LTC), etc. Uma 
terceira forma seria através da mineração. 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a1
9
 
Outras moedas 
O mercado de moedas virtuais cresceu bastante nos últimos anos e já existem mais de 2 
mil moedas negociadas. Como é praticamente impossível falar sobre todas, priorizamos 
as principais informações sobre as que atualmente estão no top 5 (lembrando que o 
valor delas varia bastante, então, quando você estiver lendo esse texto, já pode ter 
ocorrido alguma alteração). De todo modo, aqui estão as 20 outras moedas digitais que 
estão no top 100 e que já foram, em algum momento, bem avaliadas por especialistas, 
sendo consideradas as mais promissoras: Cardano, Bitcoin Cash, Polkadot, Stellar, 
Chainlink, Binance Coin, USD Coin, Wrapped Bitcoin, Bitcoin SV, Monero, EOS, TRON, 
NEM, THETA, Tezos, Neo, Crypto.com Coin, Synthetix, VeChain e Uniswap. 
 
Cotação das moedas digitais 
Diferentemente do que ocorre com as moedas tradicionais ou físicas, tais como: 
real, dólar e euro, a cotação das moedas digitais não tem relação direta com a política 
monetária imposta pelos governos. O principal fator que influencia na cotação é a 
proporção oferta x procura. Sendo assim, se mais pessoas estão interessadas em 
comprar, a cotação imediatamente sobe. Por outro lado, se há mais pessoas interessadas 
em vender determinada moeda virtual, a cotação cai. 
Um exemplo muito claro disso aconteceu em 2018, quando o preço do Bitcoin disparou 
no mercado e outras moedas digitais também tiveram uma valorização muito grande. 
Boa parte desse sucesso estava atrelado justamente ao fato de que muitas pessoas 
descobriram e passaram a investir no mercado das criptomoedas. Outro ponto bem 
interessante sobre a cotação das moedas digitais é que o mercado simplesmente não 
para. Ele funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. 
Site para acompanhar a cotação 
O principal site no mundo para acompanhar o valor das moedas digitais em tempo real é 
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/cardano-ada/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/bitcoin-cash/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/polkadot/
https://www.idinheiro.com.br/financaspessoais/cotacao-do-dolar-como-funciona/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/valor-das-criptomoedas/
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
0
 
o Coinmarketcap.com. Lá, você pode conferir, também, o ranking das moedas virtuais e 
saber se estão em alta ou queda. 
Como comprar moedas digitais no Brasil? 
Você já sabe que as moedas virtuais são comercializadas pela internet, não é mesmo? 
Pois bem, para comprar e vendê-las basta entrar em sites nacionais especializados como 
o Mercado Bitcoin , o Foxbit e a Braziliex. Depois disso, crie a sua conta gratuitamente 
e informe o valor em reais ou a quantidade de moedas virtuais desejada para comprar 
ou vender. Porém, se preferir, você também pode fazer as transações em empresas 
internacionais, tais como: a Bitfinex e a Poloniex. Elas permitem que qualquer pessoa 
invista em moedas digitais (utilizando dólares). 
Como investir em moedas digitais? 
Há casos em que as criptomoedas apresentam retornos bastante significativos, mas 
precisamos ter muito cuidado ao colocar dinheiro nesse mercado. Vale destacar que 
você pode investir tanto por conta própria como por meio de uma corretora, a qual vai 
ficar responsável por intermediar as transações, mas cobra uma taxa sobre o valor da 
operação. As principais formas de adquirir criptomoedas são: peer to peer; exchange; 
fundos de investimento; ETF. 
Independentemente de qual seja a forma escolhida, caso você decida mesmo fazer esse 
tipo de investimento, saiba que o valor das moedas digitais oscila de maneira 
frequente, com várias quedas ou altas durante o dia. A dica dos especialistas é que você 
nunca invista mais do que 5% do seu patrimônio em moedas digitais, principalmente se 
você não possui segurança financeira nem reserva de emergências. Agora, veja como 
funciona cada forma deinvestir: 
Peer to peer 
Em português, peer to peer significa “pessoa para pessoa”. Nessa forma de investir em 
criptomoedas a negociação é de usuário para usuário da rede blockchain. Normalmente 
o acordo é feito em algum canal de conversa, sem intermediação. 
Exchange 
Exchanges são um tipo de corretora para negociações de criptoativos. Nessa 
modalidade, a corretora faz a intermediação da sua transação. O cadastro nessa 
plataforma é bem simples e demanda que você insira alguns dados pessoais para criar 
sua conta. 
Real digital: A moeda digital brasileira 
O tema moeda digital de banco central (da sigla em inglês CBDC, Central Bank Digital 
Currency) tem chamado a atenção da comunidade global de bancos centrais. Uma parte 
significativa deles, representando quase a totalidade do PIB mundial, está estudando, 
explorando ou testando projetos, aspectos operacionais e tecnológicos de um sistema de 
CBDC. A maior parte dos países vê nas CBDCs o potencial de melhorar a eficiência do 
mercado de pagamentos de varejo e de promover a competição e a inclusão financeira 
para a população ainda inadequadamente atendida por serviços bancários. A crise da 
pandemia evidenciou a importância de os instrumentos digitais de pagamentos 
https://coinmarketcap.com/
https://apretailer.com.br/click/63583d502bfa81345432c379/178793/257941/subaccount
https://foxbit.com.br/
https://braziliex.com/
https://www.bitfinex.com/
https://poloniex.com/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/como-investir-dinheiro/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/melhores-corretoras-de-valores/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/peer-to-peer/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/fundos-de-criptomoedas/
https://www.idinheiro.com.br/financaspessoais/reserva-de-emergencia/
https://www.idinheiro.com.br/investimentos/criptomoedas/peer-to-peer/
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
1
 
chegarem aos segmentos mais vulneráveis e afetados da população. 
No Brasil, o BC vem acompanhando o tema há alguns anos e em agosto de 2020 
organizou um grupo de trabalho, constituído pela Portaria nº 108.092/20, para a 
realização de estudos sobre a emissão de uma moeda digital pela instituição. O grupo 
teve representantes de todas as áreas do BC e contou com o envolvimento direto dos 
departamentos de Assuntos Internacionais, Estudos e Pesquisas, Meio Circulante, 
Monitoramento do Sistema Financeiro, Operações Bancárias e de Sistema de 
Pagamentos, Promoção da Cidadania Financeira, Regulação, Supervisão e Conduta e, 
ainda, de Tecnologia da Informação, além da Procuradoria do BC. 
A moeda digital brasileira atenderá pela sigla CBDC que corresponde à Central Bank 
Digital Currency e funciona como a versão virtual do dinheiro de um país. O Brasil ainda 
não emite o real digital, mas a tecnologia está na pauta do Banco Central. A agenda para 
a implementação do CBDC está prevista para iniciar em 2022. 
Basicamente, cada país é soberano na emissão do dinheiro que entra em circulação e 
pode ser movimentado pela população. Hoje, todo dinheiro regulado pelo Banco Central 
é emitido em espécie, ou seja, é um papel moeda que corresponde à riqueza que circula e 
é regulada pelo Banco Central, operada pelas instituições autorizadas como bancos e 
instituições financeiras. 
O Banco Central dedica 1% do PIB anual, que é a riqueza de bens e serviços produzidos 
no país, para a emissão, impressão, tutela, transporte e segurança do papel moeda. Em 
2020, com a pandemia, houve um aumento na demanda pela impressão de dinheiro. 
A autoridade reguladora chegou a emitir a nota de R$ 200 para atender à demanda do 
dinheiro em espécie que entrou em circulação. Mas segundo o analista Fabio Araujo, da 
Secretaria Executiva do Banco Central, a tendência de longo prazo é diminuir a 
impressão – assim como hoje praticamente não se usa o formato cheque, apesar de ser 
uma opção ainda disponível. 
“A gente não tem interesse em acabar com o dinheiro papel, essa é uma escolha das 
pessoas e nós queremos dar conveniência para que elas possam optar por não usar o 
papel. A gente não pretende proibir o papel moeda. As alternativas têm de estar abertas 
às pessoas para elas fazerem o mais conveniente”, explica Araújo. 
Apesar de as transações financeiras já acontecerem em formatos digitais como 
pagamentos, transferências e Pix, o dinheiro que circula virtualmente também existe em 
espécie. Com a emissão da moeda digital, o Banco Central emitirá dois formatos: o 
impresso e o digital. A moeda digital será similar ao bitcoin, porém regulada pela 
autoridade monetária dos países. 
 
Entenda a diferença entre o bitcoin e a moeda digital 
Há diferenças importantes entre o bitcoin e a moeda digital. O bitcoin é uma 
criptomoeda emitida e distribuída de forma descentralizada, com regras de autogestão 
pela própria rede de usuários, sem intermediação de uma instituição. Já a moeda digital, 
como o real digital, nasce a partir de uma política implementada por uma autoridade 
monetária nacional. As regras são claras e só operam os agentes autorizados. 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
2
 
Outra questão importante é sobre o uso que se pode fazer com as moedas. Enquanto a 
bitcoin funciona como um ativo financeiro que só pode ser liquidada em uma moeda 
nacional ou negociada em ativos no mercado, o real digital poderá ser usado para pagar 
contas, transferir dinheiro, investir, assim como fazemos com o dinheiro em espécie. 
“A CBDC entra como uma forma nativa de liquidar transações nesse mercado com 
características cripto. A intenção não é levar a moeda para o mercado cripto, é trazer 
características hoje disponíveis apenas no mercado cripto para dentro do perímetro 
regulatório do Banco Central, para você permitir uma inovação maior”, explica Araújo. 
A vantagem de criar um ambiente para negócios em moeda digital é justamente garantir 
segurança para operações voláteis. Segundo Araújo, muitas vezes acontecem prejuízos 
importantes porque as pessoas investem sem entender os riscos. “Os casos estão cada 
vez mais frequentes, então é melhor trazer as características deste mercado cripto para 
dentro de um ambiente seguro para que as pessoas tenham acesso a esse serviço”, 
complementa. 
 
Entenda por que a moeda digital aumenta a cibersegurança 
O Banco Central programa que o desenvolvimento da plataforma integrada de operação 
em moeda digital deve entrar na agenda a partir de 2022. Isso porque as soluções de 
segurança terão de ser robustas e integradas ao atual ecossistema financeiro nacional. 
A infraestrutura de operação financeira do Banco Central nunca teve registro de falhas, 
porém, a moeda digital pode acentuar os golpes e fraudes. Uma questão central é a 
segurança pública. No caso do pagamento com Pix, por exemplo, houve aumento do 
sequestro das vítimas para saque. O Banco Central limitou o valor para transferência à 
noite, mas a solução nem sempre estará ao alcance da autoridade financeira. 
Araújo explica que o BC pode adotar regras que reduzem o risco, como foi o caso do Pix 
ou mesmo programar a carteira digital para só funcionar em determinada localização 
geográfica. “É uma questão de engenharia social ou de segurança pública, que escapa do 
escopo do Banco Central. Mas se a tecnologia puder ajudar, vamos implementar”, 
conclui. 
As fraudes e golpes digitais também são uma preocupação, pois a cada anúncio do BC as 
táticas criminosas são atualizadas. Os ataques normalmente ocorrem à margem do 
sistema financeiro nacional. As vítimas são cooptadas por métodos de phishing ou roubo 
de senhas. Neste caso, é o próprio consumidor que vulnerabiliza as informações, 
enganado por um golpista ardiloso. Se um criminoso tiver acesso ao login e à senha do 
banco, o acesso poderá ser concedido. 
O universo tecnológico proporciona cada vez mais facilidades para transações, compras, 
vendas e pagamentos. Mas é importante o consumidor estar atento para os dados 
pessoais e financeirose adotar uma conduta preventiva desde já. Mesmo assim, a 
engenharia social, ou seja, táticas enganosas para roubar informações ou dinheiro não 
são previsíveis. Da mesma forma, os ataques hackers a e-mails ou outras contas pessoais 
onde possam estar guardadas suas informações também são usuais. Todos os cuidados 
são importantes. Além do uso atento, o monitoramento regular do CPF é uma estratégia 
https://www.serasa.com.br/carteira-digital
https://www.serasa.com.br/premium/blog/o-que-e-phishing
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
3
 
inteligente para aumentar a sua segurança. 
As moedas digitais vão substituir as moedas tradicionais e o dinheiro físico? 
Essa é uma discussão muito válida e que vem, cada vez mais, intrigando desde pessoas 
comuns até economistas e outros especialistas do mercado financeiro, principalmente 
por causa da digitalização dos bancos e dos processos bancários. O estrategista do 
Deutsche Bank, 17º maior banco do mundo, Jim Reid, acredita que até 2030 as moedas 
digitais vão, sim, substituir o dinheiro físico. Ele diz que: 
“os benefícios das criptomoedas, como segurança, velocidade, taxas baixas de transação, 
facilidade de armazenamento e “relevância na era digital” podem ajudar a impulsionar a 
adoção em massa nos próximos anos”. 
Aqui no Brasil, Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central, falou, em 2020, 
sobre a criação de uma moeda digital brasileira, o real digital. Mesmo assim, a 
substituição de ativos físicos pelos digitais ainda encontra muitos obstáculos. Nas 
palavras do presidente: 
“nós estamos avançando nesse caminho de ter uma moeda digital, ter um processo mais 
digital, mas isso não significa que vai substituir a moeda física totalmente em um 
primeiro momento, e isso também não quer dizer que o intuito é fazer moeda só para 
câmbio ou só para um produto. Não. O intuito é ter uma moeda digital como um todo. É 
ter o real digitalizado”. 
Uma grande parte desse obstáculo é o fato de ainda termos uma população considerável 
que não tem conta em banco ou que é pouco familiarizada com o meio digital. 
Mas, talvez, esse problema já não seja tão considerável. Isso porque, segundo dados do 
Banco Central, com a pandemia do coronavírus, quase 10 milhões de brasileiros abriram 
conta em instituições financeiras para receber benefícios, por exemplo. Mesmo assim, 36 
milhões de pessoas ainda estão fora do sistema financeiro. Portanto, ainda precisamos 
avançar muito, em termos de inclusão digital, para que possamos falar em substituição 
do dinheiro físico. 
Conclusão 
Como você viu, embora tenha surgido há mais de 10 anos, com o Bitcoin, o mercado de 
moedas digitais está em constante evolução. Hoje, temos uma infinidade de opções para 
explorar. A tecnologia por trás das criptomoedas é muito interessante e diferente de 
tudo o que conhecemos sobre o dinheiro físico. 
Por causa de suas vantagens, não é à toa que os bancos estão cogitando utilizá-la nas 
transferências interbancárias. Mesmo assim, ainda não se sabe, ao certo, qual o futuro 
desses ativos. Mas, se você quer começar a investir nesse mercado, vale estudar bastante 
para entender como funciona, os riscos e o processo de compra e venda. 
Quando decidir investir, reserve uma pequena parte do seu dinheiro que você sabe que 
não vai precisar no médio/curto prazo. Lembre-se, investir em moedas digitais pode 
gerar um grande retorno no longo prazo, você deve ter cuidado, porque os riscos 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
4
 
envolvidos permanecem muito altos. 
PIX - Sistema de Pagamentos Instantâneos. 
O nome “Pix” não é nenhuma sigla, mas um termo, escolhido pelo Banco Central, que 
remete a conceitos como tecnologia, transação e pixel. O Pix é um novo meio de 
pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, que se utiliza da tecnologia 
blockchain e vai representar uma opção ao lado de TED, DOC e cartões para que pessoas 
e empresas façam transferências de valores, realizem ou recebam pagamentos. 
Com o Pix, as pessoas físicas e jurídicas poderão, segundo anunciam as empresas do 
setor financeiro na mídia, realizar essas transações em menos de 10 segundos, usando 
apenas aplicativos de celular. Apesar de criado pelo Banco Central, serão as instituições 
financeiras (bancos tradicionais, bancos digitais, fintechs, cooperativas de crédito e 
afins) que irão oferecer este serviço. Gratuito para pessoas físicas, inclusive MEIs 
(microempreendedores individuais). Por sua vez, entre as instituições e atores mais 
impactados estão: bancos, bandeiras de cartão, adquirentes, empresas, estabelecimentos 
comerciais, consumidores, fintechs, startups. 
Para usar o serviço, o cliente deverá ter uma conta corrente, conta poupança ou uma 
carteira digital de uma instituição financeira com cadastro no Pix. A opção estará dentro 
do aplicativo bancário e no internet banking do cliente, assim como já estão outras 
funcionalidades, como DOC e TED. Para aderir ao Pix, o cliente deverá criar a “chave Pix”. 
Para isso, a pessoa deverá usar os canais de atendimento do banco ou instituição 
financeira onde tem conta. 
 
Limite de valor nas transações via Pix 
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que 
você pode fazer transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo 
de valores. Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites 
máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios 
de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários 
podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar 
imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor. 
 
Correspondentes bancários. 
O Banco Central define correspondente bancário como “empresa contratada por 
instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a 
prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições.” Em 
outras palavras é uma empresa não bancária (pessoa jurídica) responsável por mediar 
instituições financeiras e clientes. Essas empresas realizam operações de crédito e 
outros serviços, em nome de um banco, e podem estar conveniadas a mais de uma 
companhia. 
Entre os correspondentes mais conhecidos encontram-se as lotéricas e o banco postal, 
marca utilizada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. O principal 
objetivo é levar serviços bancários à maior parte da população, estender a lugares onde 
não há agência dos principais bancos, por exemplo. Dessa forma, consegue acelerar o 
atendimento ao cliente e facilitar o acesso ao crédito. Além disso, muitas organizações 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
5
 
apostam em parcerias de vendas com outras empresas para alcançar um maior número 
de clientes. Por exemplo, várias fintechs, companhias especializadas em finanças, 
concedem crédito, mas precisam de instituições parceiras para emitir propriamente o 
capital e outras para captar público. 
Para quê serve um correspondente bancário 
De acordo com a regulamentação do Banco Central, essas instituições podem realizar 
serviços financeiros variados, como: 
 
✓ Recebimentos e pagamentos de contas qualquer natureza. 
✓ Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à 
vista e a prazo. 
✓ Coleta de informações cadastrais e análise de crédito. 
✓ Serviços de cobranças. 
✓ Ordens de pagamento. 
✓ Solicitação de empréstimos pessoais, empresariais e financiamentos. 
✓ Solicitação de cartão de crédito e débito para trabalhadores e aposentados. 
✓ Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à 
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela 
instituição contratante. 
✓ Aplicação e resgate em fundo de investimento. 
✓ Realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição 
contratante. 
Como funciona o correspondentebancário 
Um correspondente bancário pode não só representar um serviço financeiro de um 
banco, mas também usar os recursos deste para conceder crédito. Muitas companhias 
que oferecem empréstimo, por exemplo, fecham parcerias com outras com público 
propenso à contratação do recurso. Assim, suponhamos que uma pessoa queira 
reformar a casa própria com uma equipe de arquitetos, mas não tem dinheiro para pagar 
tudo. 
A empresa responsável pela obra pode indicar o cliente à instituição de crédito 
imobiliário. Em troca, os parceiros recebem uma bonificação. Quando uma organização 
não tem um fundo creditório próprio, de onde emite o capital, também precisa recorrer 
a bancos maiores e reconhecidos para isso. 
Vantagens e cuidados 
O correspondente bancário facilita o acesso a inúmeras operações, sem que você precise 
se deslocar até uma agência. Assim, ganha tempo, pode continuar no conforto do seu lar 
e não corre perigo na rua. Também é possível resolver tudo em um lugar só. Por 
exemplo, uma padaria, além de vender produtos próprios, pode disponibilizar saques, 
pagamento, abertura de contas, recarga de celular e seguros. Poderia até oferecer 
empréstimos, mas isso não costuma acontecer, pois a operação é um pouco mais 
rebuscada. 
Outra vantagem é que é muito mais barato para os bancos e financeiras ter 
correspondentes em diferentes lugares em vez de instalar várias agências ou caixas 
eletrônicos. Com custos baixos, as empresas credoras também conseguem oferecer 
 
Produtos e Serviços Financeiros 
 
 
P
ág
in
a2
6
 
condições de pagamento melhores. Então, no caso de empréstimos e financiamentos, 
você encara juros bem menores que a média, e prazos mais longos. 
Por outro lado, é importante ressaltar o que essas empresas NÃO podem fazer, segundo 
a lei. Estão proibidas de: Cobrar pagamento adiantado. Impor tarifas sobre o serviço de 
intermediação prestado. Liberar empréstimo sem ter parceria com um banco. 
5 dicas para evitar golpes 
Agora que você já sabe o que essas companhias não podem fazer, saiba como se livrar de 
fraudes e garantir uma experiência segura. Portanto, desconfie se a instituição se diz 
correspondente, mas não tem ligação com organizações bancárias. E nunca deposite 
antecipadamente as parcelas ou tarifas pelo serviço. 
1.Consulte o CNPJ e a Razão Social da empresa no Banco Central. Para saber se a 
empresa realmente existe entre no site da Receita Federal para saber se é verdadeiro 
2.Verifique o certificado de segurança do site. Antes de navegar no site, você deve 
verificar se tem o certificado de segurança. Fica do lado esquerdo do campo da URL, 
onde está escrito “seguro”. Observe, ainda, o rodapé da página inicial, onde deve haver 
um selo SSL, um padrão global em tecnologia de segurança. 
3. Veja a reputação da empresa na internet. Entre em sites como Reclame Aqui, procure 
pelo nome da empresa e confira as avaliações dos consumidores. Não deixe de pesquisar 
nas redes sociais. Assim, além de perceber a credibilidade, também é possível verificar 
outras opiniões. É importante, ainda, ver como é apontada pela mídia e se já foi 
mencionada em reportagens ou anúncios da TV. 
4. Não pague parcelas adiantadas ou taxa de avalista. Saiba que nenhuma empresa pode 
cobrar quaisquer taxas para liberar o crédito (taxa de avalista). Assim como não pode 
exigir pagamento adiantado. Se isso ocorrer, desconfie. 
5. Avalie o contrato com cuidado. Quando o empréstimo estiver em fase de fechamento, 
leia o contrato com atenção. Se possível, avalie o documento junto de um profissional da 
área. 
Inclusive, é importante destacar que quando as instituições contam com bancos 
parceiros para emissão de crédito, o contrato pode vir com nome de outras empresas 
diferentes de onde você fechou negócio. Se tiver qualquer dúvida quanto a isso, contate a 
empresa antes de assinar o documento.

Continue navegando