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Doenças Parasitárias Resumo doenças parasitárias Erliquiose monocitotrópica canina Pancitopenia tropical canina (febre hemorrágica canina). Patogenia: Formação de imunocomplexos fixação ao sistema de complemento infiltração de polimorfonucleares (PMN) fagocitose de imunocomplexos inespecíficas e liberação de produtos secretórios de PMN Dano tecidual. Transmissão: Picada do Rhipicephalus sanguineus. Transfusão sanguínea. Sinais clínicos: Vasculite ocorre sangramento, diminuição de plaquetas e trombocitopenia. Epidemiologia: Distribuição mundial. Mais frequentemente em áreas urbanas com alta prevalência do carrapato. Erliquiose monocitotrópica canina aguda Período de incubação: 8 -20 dias Evolução clínica: 2 - 4 semanas. Sinais de hemorragia: petéquias e sufusões na mucosa oral e epistaxe. Palidez das mucosas e icterícia leve. Sinais oculares: uveíte Anemia regenerativa: resposta da medula óssea. Anemia mormocrônica: cor normal, sem resposta da medula óssea. Apatia, inapetência ou anorexia, febre, linfadenomegalia superficial generalizada, esplenomegalia, sinais neurológicos e Artralgia ou mialgia. Encontram-se mórulas ou corpos elementares. Erliquiose monocitotrópica canina subaguda Persistência do parasita. Ausência de sinais clínicos. Achados hematológicos são os mesmos da fase aguda. Erliquiose monocitotrópica canina subaguda A infecção precedente não confere imunidade protetora. Devem-se controlar os carrapatos e usar medicamentos ectoparasiticida. Pode levar a problemas secundários como pneumonia, Glomerulonefrite, insuficiência renal e artrite. Febre, apatia, intolerância ao exercício, palidez das mucosas, taquipneia, hemorragia, perda de peso, edema. Achados hematológicos: anemia arregenerativa, trombocitopenia arregenerativa, leucopenia. Doenças Parasitárias Trombocitopenia cíclica (TC)/ Trombocitopenia Infecciosa Cíclica canina. Período de incubação: 8 a 15 dias. Fase aguda: alta % de plaquetas infectadas. No diagnostico deve-se pesquisar mórulas. Exames como PCR e Imunofluorescência indireta. Quantidade de plaquetas é diminuída, pois são destruídas. Deve haver o controle de carrapatos e medicamentos ectoparasiticida. Trombocitopenia, raras hemorragias, sangue nas fezes, anorexia, letargia, depressão, perda de peso, pode haver transmissão concomitante com a babesia. Sinais menos graves que a erliquiose. Achados: trombocitopenia, macroplaquetas, monocitose, anemia, Hiperglobulinemia. Hiperplasia megacariocítica. Babesiose Depende de alguns fatores: idade do hospedeiro (bezerros possui maior resistência que filhotes de cães), estado nutricional, imunológico, grau de infestação, virulência do agente. Associação com outros patógenos, hemoparasitas. Período de incubação varia de 4 a 21 dias. Sobrecarga hepática: icterícia. Congestão hepática e esplênica, distensão vesícula biliar hiperplasia sistema fagocítico mononuclear, Hemoglobinemia e hemoglobinúria. Forma periférica – alta parasitemia, anemia hemolítica. Fica na circulação. Forma viscerotrópica (causada por babesia menores). Achados hematológicos: anemia hemolítica regenerativa, Reticulócitos, Anisocitose e policromasia. Forma hiperaguda Ocorre em cães muito jovens (menor de 4 semanas). Anemia intensa. Anemia, intensa hemoglobinúria, icterícia, hipotermia, choque, incoordenação motora e convulsões. Diagnóstico da babesiose: pode ser por métodos diretos (esfregaço sanguíneo, PCR e Necrópsia) e métodos indiretos (testes sorológicos, Elisa e Imunofluorescência indireta). Forma aguda Ocorre em cães muito jovens (menor de 1 ano). Perda de apetite Depressão, Febre Mucosas pálidas, icterícia, Linfadenopatia Esplenomegalia Doenças Parasitárias Hemoglobinúria (casos graves) Para prevenção e controle: controle de carrapatos (carrapaticidas), descarte de babesia sp. em cães doadores de sangue. Forma crônica Febre intermitente Anorexia Emaciação Fraqueza Esplenomegalia Hemoglobinúria Icterícia Anemia infecciosa felina Micoplasma haemofelis Período entre a infeção e os primeiros sinais de doença: 2 a 34 dias Bacteremia mais elevada: 14º-15º dia pós-infeção A fase pré-bacteremia dura de 2 a 21 dias. Não tem sinais clínicos, sem parasitas circulantes. Patogenia: Há destruição das hemácias e consequentemente anemia, hemácias perdem a forma bicôncava, Esferócitos e hemólise. Sinais clínicos: Apatia / Depressão, Letargia, Inapetência / Perda de peso, Desidratação, Hepatomegalia, Esplenomegalia, Febre, Linfadenopatia, Icterícia. Fase aguda 3 a 4 semanas de infecção Fase mais grave, pois a bacteremia é elevada o que leva a severa destruição das hemácias. Lesão direta por bactérias – ocorre na membrana da hemácia. Lesão imuno-mediada Anemia macrocítica hipocrômica (regenerativa) Achados hematológicos: anemia regenerativa, anisocitose e policromasia, Reticulócitos e corpúsculos de Howell–Jolly. Doenças Parasitárias Fase crônica Meses ou anos Bactérias fagocitadas por macrófagos no baço e pulmões Número de bactérias: baixo na corrente sanguínea Hematócrito pode ser normal ou apresentar uma anemia regenerativa leve a moderada Portador assintomático O Mycoplasma haemofelis é um agente oportunista. Pode existir em animais aparentemente saudáveis. Potencial zoonótico. Probabilidade de recidiva: Estresse agudo, Baixa de imunidade, Período pós-operatório, gestação e doença oncológica. Prevenção e controle: controle de ectoparasitas e testar ara MHF com PCR para felinos doadores de sangue. Secadera Trypanosoma vivax Causa: Choque intravascular disseminado, alterações reprodutivas, anemia, ceratite e lesões hemorrágicas. África – mosca tsé-tsé (cíclica) Mecânica pos moscas hematófagas (África, Américas) – transporta os tripomastigotas na probóscide. (quente e úmido maior número de vetores). Diagnostico: esfregaço sanguíneo, técnica de WHO, sorologia Imunofluorescência indireta e PCR Controle: através do controle de insetos ( retirada das fezes, higiene de estábulo, sala de ordenha, drenagem de estábulos). Surra ou Mal das Cadeiras Trypanosoma evansi Sinonímia: -T. equinum -T. hippicum T. soudanense -T. venezuelense Equinos/asininos Cães, camelos, bovinos e búfalos e suínos e silvestres: capivara, quati, veados, marsupiais, tatu. Brasil é uma região endêmica: pantanal com surtos em capivaras precedem os surtos em equinos. Rio Grande do Sul Patogênese: picos febris, resposta inflamatória, anemia, hemossiderose, eritropoiese deficiente. Anemia segundaria a infeção. Tratamento em equinos: Aceturato de diminazeno Dose 7mg/kg 3 doses – intervalo de 7 dias. Doenças Parasitárias Leishmaniose Patogenia: ocorre a ruptura do macrófago e liberação de amastigotas ocorre disseminação no organismo, leva a infecção sistêmica. Sinais clínicos cão exposto: PCR negativo, níveis de Ac baixos ou médios, sem sinais clínicos, negativo na citologia. Infectado sadio: assintomático, sorologia reagente em níveis médios ou altos, citologia/PCR positivo. Infectado doente: sintomático, sorologia reagente em níveis médios ou altos, citologia/PCR positivo. Tratamento: diminuir a carga parasitaria reduzir capacidade de transmissão, remissãodas manifestações clínicas, prevenir recidivas, melhorar ou prevenir doença renal. Combate ao vetor: ambiente (saneamento básico, educação da população, borrifação) remoção da meteria orgânica, repelentes, mosqueteiro com malha fina, tela em portas e janelas. Neosporose HI: bovinos, ovinos, caprinos, equinos, gatos, cervídeos e bubalinos. HD: cão, coiote, lobo cinzento. Patogenia: doença neuromuscular: multiplicação ativa de taquizoítos leva a lesões necróticas levando a morte celular em células nervosas, nervos cranianos e espinhais o que diminui a condutividade das células parasitadas levando a paralisia do neurônio motor. Aborto: ocorre a redução da produção de interferon-y, reativação de cistos levando a liberação de bradizoítos nos tecidos, ocorre a multiplicação dos parasitos na placenta – lesão na placenta, infecção do feto, nutrição e oxigenação insuficiente o que leva ao aborto. Sinais clínicos: membros anteriores e/ou posteriores. Aparência assimétrica dos olhos. Doença neuromuscular Insuficiência cardíaca, convulsões, flacidez e atrofia muscular, hiperextensão dos membros, incontinência urinaria e fecal. Não há tratamento prevenção da transmissão congênita. Prevenção vacina inativada, usada em bovinos, eficaz na redução do índice geral de abortamentos em bovinos. As riquétsia são bactérias que necessitam de uma célula eucarionte para se multiplicar (intracelular obrigatória). Pancitopenia diminui a linhagem de células da medula óssea. Fases da erliquiose: Ocorre à infecção, de 8 a 20 dias evolui para a fase aguda que dura de 2 a 4 semanas podendo evoluir para animal sadio ou para a fase subclínica (até 4 a 5 anos de infecção), podendo evoluir para a fase crônica. Doenças Parasitárias Controle da Neosporose: evitar alimentar cães domésticos com carnes cruas, enterrar ou cremar os abortos e natimortos, evitar ingestão de oocistos (proteger os alimentos dos herbívoros), matriz infecta deve ser eliminada. Transferência de embrião ( doadoras podem ser positivas ou negativas; as receptoras são sempre negativas). A inseminação artificial sempre auxilia no controle.
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