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Patologias do sistema reprodutor - fêmeas

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Ana Carolina Santana – Função e disfunção II 
 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR – 
FÊMEAS 
HIPOPLASIA OVARIANA 
 Desenvolvimento incompleto de um ou ambos 
ovários, causando a ausência ou número reduzido de 
folículos; 
 Má formação congênita e hereditária; 
 Não se deve usar esses animais como reprodutores; 
 Acomete normalmente o ovário esquerdo 
(unilateral); 
 É a alteração mais comum e mais importante, 
causando subfertilidade ou infertilidade, 
principalmente em bovinos; 
 Em bovinos, a hipoplasia unilateral é a mais comum. 
HIPOTROFIA/ ATROFIA OVARIANA 
 É a diminuição ovariana por diminuição na produção 
e estimula das gonadotrofinas (FSH e LH), impedindo 
a maturação folicular e ovulação; 
 Geralmente acontece por uma lesão que diminui o 
aporte sanguíneo (adaptação celular); 
 Não passa geneticamente; 
 Outras causas são desnutrição (diminui as células 
para poupar energia) e amamentação (atrofia por 
não estar ovulando). 
HERMAFRODITISMO 
 Hermafroditismo verdadeiro: animal apresenta 
ambos os tipos de gônadas, maioria com fenótipo 
feminino e sinais masculinizados. São inférteis; 
 Pseudohermafroditismo: animal apresenta um tipo 
de gônada com genitália externa ambígua (por 
exemplo, dois ovários e um pênis); 
 Pseudohermafrodita masculino: gônada 
masculina presente; 
 Pseudohermafrodita feminino: gônada feminina 
presente. 
 
 
 
 
 
 
Suíno com testículo do lado direito e ovário do lado 
esquerdo, com a genitália tubular feminina. 
FREEMARTINISMO 
 Acomete bovinos principalmente, mas pode 
acontecer em suínos e outros ruminantes; 
 O animal precisa apresentar uma gestação gemelar e 
heterossexual; 
 Nos bovinos, a placenta apresenta anastomose, 
tendo comunicação e troca de sangue entre os fetos; 
 Se a gestação for heterossexual, o macho desenvolve 
os testículos antes da fêmea desenvolver os ovários; 
 O macho começa a produzir hormônios que se 
comunicam com a fêmea, fazendo com que ela nasça 
infértil (ovários rudimentares e vagina com fundo 
cego) e masculinizada; 
 Os machos acometidos por essa patologia têm uma 
menor qualidade de espermatozoides, mas de modo 
geral é fértil e bem formado. 
 
NEOPLASIAS 
 LEIOMIOMA: neoplasia benigna do músculo liso da 
parede uterina, de desenvolvimento lento; 
 LEIOMIOSSARCOMA: neoplasia maligna do 
músculo liso da parede uterina; 
 TVT: tumor venéreo transmissível, acomete 
normalmente a vulva da fêmea e a base do pênis do 
macho. Tem capacidade de fazer metástase! 
 FIBROPAPILOMA DA VULVA: estimulado por 
vírus; 
 NEOPLASIA DE CÉLULAS DA GRANULOSA: 
acomete o ovário, principalmente em éguas; 
 CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS : a 
ausência de pigmentação da vulva é um fator de 
risco, além da exposição dessa região ao sol. Ocorre 
principalmente em vacas, éguas e ovelhas. 
 
 
 
 
Ana Carolina Santana – Função e disfunção II 
 
TORÇÃO UTERINA 
 Comumente associada à piometra ou gestação; 
 Em cadelas e gatas, a torção ocorre na junção do 
corno e corpo uterinos; 
 Na vaca e na égua, ocorre no nível da cérvix; 
 Compromete a circulação e provoca infarto venoso. 
 
 
PERDA EMBRIONÁRIA 
 Perdas embrionárias são altas nas espécies 
domésticas (de 15 a 30%); 
 Podem acontecer alterações genéticas e aberrações 
cromossômicas; 
 Pode aumentar o intervalo para o próximo estro; 
 As causas dessas alterações podem ser vírus, 
medicamentos ou radiação. 
MORTE FETAL 
 O zigoto degenerado ou o embrião podem ser 
reabsorvidos ou expelidos do útero; 
 O feto em desenvolvimento pode ser mumificado, 
macerado ou abortado; 
 Aborto é definido como a expulsão do feto antes do 
tempo esperado para que ocorra o nascimento; 
 Natimorto refere-se ao feto completo (a termo) que 
nasce morto; 
 Mortalidade perinatal refere-se ao animal que 
nasceu e morreu próximo ao parto (em média 5 dias); 
 Natimorto e mortalidade perinatal é diferenciada 
pelo pulmão: quando afunda é natimorto, quando 
boia é mortalidade perinatal; 
 Animais uníparos: a morte do feto geralmente é 
seguida de aborto; 
 Animais multíparos: se a maioria dos fetos morrem 
ao mesmo tempo todos podem abortar, porém é 
mais comum que os fetos mortos fiquem retidos 
como os fetos viáveis e sejam liberados durante o 
parto. 
 MUMIFICAÇÃO DO FETO: resulta da morte do 
feto, com sua rebsorção incompleta. 
 Pode ser observado em qualquer espécie, mas é 
mais comum em fêmeas multíparas; 
 Ao invés de ser expelido logo após a morte, o feto 
é retido e desidrata (para isso acontecer, não 
pode existir infecção bacteriana); 
 A administração exógena de progestágenos pode 
causar mumificação, porque a progesterona inibe 
a contração uterina e se o feto morre, ela previne 
o aborto e consequentemente causa a 
mumificação fetal. 
 
 
 MACERAÇÃO FETAL: processo secundário à 
infecção bacteriana. 
 Além da desintegração do feto, o útero também 
apresenta lesões (endometrite ou piometra). 
 
 
Ana Carolina Santana – Função e disfunção II 
 
 
 ABORTO, NATIMORTO E PERDA NEONATAL: 
as causam pode ser 
 Não infecciosas: toxinas drogas, metabólicas, 
anormalidades cromossômicas e outras (torção 
umbilical); 
 Infecciosas: mais fáceis de determinar. 
Agentes abortivos: 
 Brucella sp; 
 Campylobacter sp; 
 Chlamydophila abortus; 
 Coxiella burnetii; 
 Herpesvirus; 
 Leptospira spp; 
 Listeria monocytogenes; 
 Mycoplasma; 
 Neospora caninum; 
 Salmonella sp; 
 Toxoplasma gondii; 
 BVD. 
BRUCELOSE BOVINA 
 Doença infectocontagiosa de evolução crônica, 
caracterizada pela ocorrência de abortos seguidos de 
retenção placentária e metrite; 
 Causa perdas econômicas na produção leiteira devido 
aos abortos e problemas de fertilidade; 
 Causada por bactérias do gênero Brucella (cocobacilo 
gram-negativo, intracelular facultativo); 
 Seis espécies: 
 B. melitensis e B. suis: podem infectar bovinos; 
 B. abortus: principal agente da infecção em 
bovinos; 
 B. ovis e B. neotomae: não são capazes de 
infectar seres humanos; 
 B. canis. 
 Infecção humana acontece através da ingestão de 
leite e queijo não pasteurizado ou exposição 
ocupacional (animais ou carcaças infectadas, 
secreções uterinas ou fetos abortados); 
 Epidemiologia: bovinos adultos machos e fêmeas 
(vacas prenhes são mais susceptíveis); 
 TRANSMISSÃO E INFECÇÃO: 
 Contato com fetos abortados, placentas e 
secreções uterinas (vias mais importantes de 
contaminação); 
 Transmissão vertical; 
 Leite contaminado; 
 Transmissão venérea; 
 Transmissão por inseminação artificial. 
 A infecção pode ocorrer por contato com a pele, 
conjuntiva, mucosa respiratória por inalação e 
ingestão (forma mais importante); 
 PATOGENIA: 
 A bactéria penetra pela mucosa do TGI (oral, 
nasofaríngea, conjuntival, genital ou pelo 
contato direto com a pele), depois migra para 
linfonodos regionais e é fagocitada pelos 
macrófagos, causando uma bacteremia 
(bactéria na corrente sanguínea). Isso acarreta 
em uma infecção sistêmica e colonização do 
útero gravídico, testículos e glândula mamária; 
 B. abortus tem tropismo pelo útero no terço 
final da gestação devido às altas concentrações 
de eritritol e hormônios esteroides; 
 Abortos: multiplicação da bactéria provoca 
inflamação, necrose de trofoblastos (células que 
formam e parte externa da placenta), vasculite e 
ulceração, comprometendo a troca metabólica 
materno-fetal. 
 SINAIS CLÍNICOS: 
 Fêmeas 
Abortos a partir do 5° ou 6° mês da gestação; 
Nascimento de animais mortos ou fracos; 
Retenção de placenta; 
Metrite; 
Redução na produção de leite; 
Diminuição da eficiência reprodutiva. 
 Machos 
Orquite; 
Degeneração, aderência e fibrose testicular; 
Infertilidade permanente. 
HERPESVIRUS CANINO 
 Em cadelas prenhes, após a viremia sistêmica, o vírus 
pode passar pela placenta e infectar o feto, causando 
abortos,mumificação fetal, infertilidade e filhotes 
fracos; 
 A mortalidade pode chegar a 100%; 
 Macro: hemorragias em diversos órgãos (petéquias e 
equimoses no fígado e nos rins – turkey egg kidney); 
 Micro: focos de necrose com corpúsculos de inclusão 
intranuclear nos rins, fígado e pulmão. 
 
 
 
 
 
	Patologias do sistema reprodutor – fêmeas
	Hipoplasia ovariana
	Hipotrofia/ atrofia ovariana
	Hermafroditismo
	freemartinismo
	neoplasias
	torção uterina
	perda embrionária
	Morte fetal
	Brucelose bovina
	Herpesvirus canino

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