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PATOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

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Prévia do material em texto

» Sistema reprodutor da fêmea 
 
O sistema reprodutor das fêmeas dos animais 
domésticos, embora apresente uma diversidade 
anatômica, possui muitas similaridades em termos 
estruturais e funcionais. Acreditava-se que o trato 
reprodutor da fêmea se desenvolvia como um 
padrão embrionário quando o sistema reprodutor 
masculino não era formado, mas hoje sabemos que 
muitos genes singulares e processos subsequentes o 
controlam. 
 Os genes iniciam o processo de diferenciação e 
desenvolvimento dos ovários. O Dax1 é um desses 
genes que promove o desenvolvimento ovariano e a 
inibição do desenvolvimento testicular. 
 No desenvolvimento do ovário, as células 
germinativas sofrem meiose e as células de suporte 
ao redor dos oócitos se tornam células da teca e da 
granulosa foliculares. 
 
 A diferenciação de um fenótipo feminino ocorre a 
partir do desenvolvimento dos ductos 
paramesonéfricos (müllerianos), que originam a tuba 
uterina, o útero e a porção superior da vagina, e o 
tubérculo genital origina a porção distal da vagina e 
vulva. 
 
O arranjo estrutural do ovário é relativamente 
uniforme, com exceção da égua. 
 
 O ovário da égua difere das outras espécies em 
diversas maneiras. As gônadas fetais equinas sofrem 
hipertrofia, em que células endócrinas intersticiais 
estimuladas por gonadotrofina coriônica equina 
(anteriormente chamada gonadotrofina sérica da 
égua prenha) se expandem e formam uma gônada 
extremamente grande. Elas atrofiam e desaparecem 
antes do nascimento. 
 O ovário da égua tem o formato de um rim e 
apresenta uma depressão denominada fossa 
ovulatória. É a partir dessa depressão que o oócito é 
liberado. 
 
» Anomalias congênitas – resultam de 
anormalidade fenotípicas (característica física) sexual. 
Normalmente os machos são os mais acometidos 
com hermafrodismo. 
 
 O animal que é hermafrodita tem as 2 gônadas, 
testicular e ovário. Possuem cariótipo variável, sendo 
a maioria de cariótipo feminino normal. Confirmamos 
hermafroditas com genotipagem, ultrassonografia e 
histologia dos órgãos. 
 Eles podem ter tecido testicular e ovariano em uma 
única gônada (ovotestis) ou existentes em gônadas 
separadas. 
 Hermafroditismo é comum em caprinos e suínos. É 
raro em bovinos, equinos e caninos. Eles são 
inférteis/estéreis pois os ovários não serem bem 
desenvolvidos com capacidade de se 
desenvolver! 
 
 
» Anomalias maiores 
 
Pseudo-hermafroditas masculino é esperado que 
encontre genitália externa masculina com presença 
do osso peniano, criptorquidismo uni ou bilateral e 
dois cornos uterinos completos. 
 
Pseudo-hermafrodita feminino observamos genitália 
feminina com estruturas internas masculinas. 
 
Pseudo-hermafrodita X verdadeiro-hermafrodita 
 
Pseudo - não existe a coexistência das 2 gônadas. Se 
apresentam testículos são chamados masculinos e se 
apresentam ovários são chamados femininos. Não 
tem necessariamente as duas gônadas (testículo e 
ovário), vemos o desenvolvimento de um órgão, por 
exemplo, macho com glândula mamária bem 
desenvolvida. O órgão do sexo oposto é sutil e mal 
desenvolvido e não produz hormônios 
 
Verdadeiro – pode ter ou não genitália ambígua 
(tem as duas genitálias), seu diagnóstico exige a 
análise histológica de tecido ovariano e testicular. 
 
Há classificação dentro dos hermafroditas 
verdadeiros Ele tem as duas gônadas juntas (ovário 
e testículo), no ovário vemos folículos ou corpora 
albicans e no testículo vemos túbulos seminíferos, 
espermatogônias e espermatozoides). 
Podem ter tecido testicular e ovariano combinados 
em uma única gônada (ovotestis)., mais comum em 
caprinos e suínos / raros: Bovinos, equinos e caninos. 
- Unilateral (ovotestes unilateral): não possui corno 
uterino no lado masculino; ex: tem o ovário esquerdo 
sem que haja o corno uterino esquerdo. 
- Bilateral (ovoteste bilateral): útero hipoplásicos. 
- Lateral (ovário em um lado e testículo no outro), 
não possui corno uterino no lado masculino. 
 
O verdadeiro produz homônimos., porém não é 
funcional pois são estéreos. É somente do sistema 
reprodutor feminino. Eles têm hipoplasia ovárica, 
maioria tem sido identificado como XX, tem a 
predominância das características da fêmea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
» Quimerismo (Anomalias nos crss) 
É muito raro ter, ocorre durante a gestação, mas 
não é algo exclusivo do sistema reprodutor feminino. 
O principal Quimerismo é a síndrome de 
FreeMArtin, ocorrem em caprinos, ovinos, suínos, 
equinos, bovinos. 
Ocorre com gêmeos, tem troca de genes sexuais 
entre eles se estivem na mesma placenta, 
normalmente as fêmeas recebem genética do 
macho. O macho é pouco afetado. É muito raro. 
 
Características – tufos de pelos na região vulvar, 
vagina ou vestíbulo em fundo cego, sem 
comunicação com o útero. Geralmente são estéreis, 
e as fêmeas têm sinais de masculinização. 
 
Patogenia: Freemartinismo resulta da modificação 
sexual da fêmea pela troca sanguínea in útero de um 
feto macho / representa a forma mais frequente de 
interesexualidade em animais (Padula, 2005; 
Jainudeen & Hafez, 2004) 
 
 
 
» Vulva e vagina (doenças não 
inflamatórias) 
 
Tumefação vulvar – pode ocorrer de forma 
fisiológica ou patológica. Fisiológica é quando a cadela 
está no cio e a vulva aumenta de tamanho, mas não 
fica inflamada. 
Patológico é quando tem por exemplo, 
hipertrogenismo, tumor ou problema no ovário que 
faz aumentar a vulva. 
As porcas podem ter intoxicação por milho mofado, 
tendo nela micotoxina estrogênica (fusarium spp) 
tendo eversao e prolapso. 
 
Tumefação é quando tem o aumento da vulva. 
 
 
 
 
» Inflamação 
 
Febre é um sinal de inflamação aguda, a maioria das 
doenças tem processo inflamatório associado. A 
inflamação é uma resposta do organismo frente a 
uma injúria. Se não inflamar, não cicatriza, tem que 
inflamar para poder cicatrizar. O corticoide retarda a 
cicatrização e com isso consegue inflamar para pode 
cicatrizar. 
 
Se tem muitos leucócitos tem inflamação e entra 
com antibiótico, mas a inflamação pode ser infecciosa 
ou não e com isso acaba não tendo necessidade de 
usar antibiótico. Sempre que tem inflamação tem 
aumento no número de células de defesa. 
 
Inflamação aguda – é imediata, tem exsudato, pus e 
Infecção. O pus é cemitério de neutrófilos e bactérias. 
Quando a aguda não consegue resolver vai para a 
crônica. Tem segmentados ou neutrófilos, basófilos e 
eosinófilos, mastócito (responsável pelo início da 
inflamação na pele, por exemplo, picada de abelha), 
monócito e macrófagos fazem parte da aguda. Início 
rápido e curta duração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inflamação crônica – é formada por células 
mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos). 
Faz parte de doenças mais graves. Todo câncer tem 
inflamação crônica. 
 Na inflamação crônica há o predomínio de 
fenômenos proliferativos, com estímulos para o 
organismo produzir colágeno, duplicar o número de 
células. Aparecem os MMN (linfócitos, plasmócitos, 
macrófagos, fibroblastos, monócitos). 
 
 
 
 
 
 
 
Soma das reações do organismo como 
consequência da persistência do agente agressor, 
que não foi eliminado pelos mecanismo da 
inflamação aguda 
 
Caracterizada por: 
- Células mononucleares: macrófagos, linfócitos e 
plasmocitos; 
- Destruição tecidual: produtos das células 
inflamatórias; 
- Reparo: proliferação de novos vasos (angiogênese) 
e deposição de tecido conjuntivo fibroso (fibrose). 
Formação de vasos sanguíneos. 
 
Mastócito libera histamina (processo inflamatório) 
 
 
 
 
» Inflamação Aguda X Crônica 
 
Inflamação aguda 
- início rápido e curta duração 
- exsudação de fluidos de proteínas plasmáticas e 
migração de leucócitos 
- Célula predominante: NEUTRÓFILOS 
Inflamação crônica 
- Maior duração 
- Proliferação de vasos sanguíneos e formação de 
tecido fibroso 
- Células predominantes: linfócitos e macrófagos. 
 
A inflamação termina quando o agende agressor 
é eliminado e os mediadores secretadossão 
destruídos ou dispersos 
 
 
 
 
 
Processo inflamatório 
 
 
Angiogênese 
 
» Metaplasia 
Pode estar associada ao processo inflamatório, 
quando uma mesma célula se diferencia em outra, 
mas de mesma origem embriológica, as alterações 
reativas ou reparativas podem provocar mudanças 
nucleares ou citoplasmáticas nas células analisadas em 
um esfregaço vaginal. 
 
 
 
» Vulva e vagina (doenças 
inflamatórias) 
 
Vulvite e vaginite pós-parto – (traumática) parto 
distócico 
 
 
 
Vulvo-vaginite Pustular infecciosa (VVPI)- 
 
 
 
 
Herpesvirus bovis-1 (BHV1 semelhantes a rinotraqueíte 
infeciosa bovina) 
 
Erosão e ulceração de vulva e vagina (se perde a 
superfície de um tecido tem uma ferida aberta, mas 
chama-se de solução de continuidade, se for 
superficial é erosão e se for profunda é chamada 
úlcera;. 
 
Exsudato mucopurulento; 
 
Herpesvirus equi-3 – erosões e vesículas similares à 
VVPI 
 
 
Durina (mal do coito - Equinos) – é causada por um 
protozoário (trypanosoma equiperdum) uma doença 
venérea, que o mosquito carrega e pica inoculando o 
protozoário, fica na corrente sanguínea no animal e 
ele vive muito na região da vulga, pênis e quando 
tem o coite ele é transmitido. 
Causa lesão de pele, atinge o sistema nervoso, 
nervos cranianos e espinhais e leva a morte. 
tem hiperplasia do testículo e hiperplasia dos folículos 
linfoides genitais, secreção mucopurulenta.. 
 
 
 
 
» Neoplasias 
 
Tumor venero transmissível (TVT) – também 
conhecido como tumor de Sticker. É transmitido pelo 
coito e acontece somente nos cães (machos e 
fêmeas). É maligna, pode virar metástase. Ele já 
modificou demais, ou seja, ele muita demais. Pode ter 
origem de vírus, ele solta muitas células. Parece um 
couve-flor. 
 
 
 
 
Leiomioma – vagina e vulva. É benigno (OMA). É 
uma neoplasia benigna de músculo liso. 
 
Fibropapiloma da vulva da vaca – vírus do papiloma 
bovino. 
 
Carcinoma de células escamosas ou epidermóide 
(vulva) – é maligno de tecido epitelial (carcinoma), 
sarcoma é maligno de tecido conjuntivo. Todo 
carcinoma faz ferida (solução de continuidade). É 
perecido com TVT, mas ele não solta tantas células 
como o TVT, não consegue fazer imprint. 
 
 
Melanoma da vulva – é um câncer extremamente 
maligno. 
 
» Salpinges 
Problemas nas trompas. É também chamada de 
trompas de Fallopio ou oviduto. 
 
Hidrossalpinge – quando o oviduto ou salpinge 
acumula líquido por diversos motivos. A cadela tem 
presenças de cistos e quando se formam, acabam 
atrapalhando a drenagem linfática. É acúmulo de 
líquido não inflamatório no salpinge. Geralmente se dá 
por infecção ascendente. 
Normalmente é unilateral. Inflamação das trombas 
com pus. 
 
 
 
Piossalpinge - é o processo inflamatório da tuba 
uterina que se caracteriza pelo acúmulo de exsudato 
purulento no lúmen, sendo causada por agentes 
bacterianos piogenicos 
 
Salpingite – inflamação do oviduto, do salpinge. Pode 
virar uma hidrossalpinge e se tiver os dois (salpingite 
e hidrossalpinge) chama-se hidrossalpinge quando for 
infecção ascendente, pode ser bilateral. Pode 
acometer também os ovários. 
 
 
 
 
 
Hipoplasia ovárica – mal desenvolvimento do útero e 
ovários. Pode ser congênito também e os 
hermafroditas têm. 
 
Cistos paraováricos – uma área nodular com líquido 
dentro 
 
Ooforite – inflamação dos ovários, é raro. Pode 
contaminar em uma cesariana por exemplo. 
 
» Neoplasias de ovários 
 
É bem raro, o carcinoma do ovário vem de todas as 
células que compõe o ovário. 
Alterações associadas a mudanças ciclais 
- Hemorragias foliculares; 
- Atresia folicular; 
- Folículos de graaf císticos; 
- Cistos Foliculares; 
- Cistos luteínicos anovulatórios; 
- Corpos amarelos císticos; 
- Folículos supernumerários. 
 
 
 
Disgerminoma – células germinativas primordiais 
 
Teratoma ovárico – de origem embriológica, pode 
ser maligno ou benigna. 
Tumor de células da camada granulosa-teca – 
acontece nas células da teca. 
 
 
» Neoplasias do útero 
 
Não são comuns nos animais domésticos; 
 
CA em vacas e Leiomiomas em cadelas; 
 
Leiomioma – é uma neoplasia benigna de músculo, 
geralmente as neoplasias de músculo vem do 
miométrio e endométrio, dificilmente perimétrio. 
 
 
 
Linfoma – em vasa é a neoplasia metastático mais 
encontrado. É muito raro linfoma no útero, por não 
ter muitos linfócitos no útero. 
 
» Doenças não inflamatórias do útero 
 
Torção do útero –É comum em grandes, ocorre 
em fêmeas gestantes ou quando o útero está 
aumentado devido a piometra, em vacas. É incomum 
em cadelas e gatas. 
 O útero gira em si mesmo, em até 360 graus. Essa 
rotação compromete a circulação. A ruptura é 
consequência da torção. O feto morre e mumifica ou 
apodrece. A solução é castração. 
 
 
 
Ruptura do útero – acontece peritonite devido a 
ruptura causada por uma piometra. É consequência 
da torção. Pode ser completa ou incompleta 
(envolvendo uma camada ou mais). Se houver 
ruptura da camada mais interna vai ter um 
sangramento pela vagina e vulva. O animal tem dor. 
 
 
 
 
 
Prolapso - Quando o útero sai para fora, está 
relacionada com fator hormonal geralmente. A 
solução é colocar o útero para dentro de novo e 
fazer uma sutura sem esquecer da uretra (xixi), 
castração é ideal nesses casos. 
 
 
 
Hiperplasia vaginal - é quando tem aumento no 
número de células, a vagina fica muito grande. Ambas 
são parecidas e deve ter cuidado para não confundir. 
 
Hiperplasia endometrial – é o aumento do número 
de células do endométrio. Igual a hiperplasia vaginal. 
 
Mucometra e hidrometra – ambos significam 
acúmulo de líquido no útero e esse acúmulo está 
relacionado a uma disfunção hormonal. 
O mucometra tem uma substância mais mucosa e a 
hidrometra uma substância mais aquosa. 
Ambas não querem dizer que seja infecção e 
acontecem devido ao hiperestrogenismo e podem 
virar inflamatório. Ocorre durante a pseudogestação e 
regride espontaneamente. A indicação é castração e 
o melhor exame é tomografia para o diagnóstico. 
Quando pegamos o útero e cortamos saí um líquido 
que pode ser aquoso ou mucoso. Não importa qual 
seja a patologia, o útero aumenta de tamanho e 
pode se romper. O útero que rompeu tem seu 
líquido extravasado e causa peritonite. 
 
Adenomiose – é encontrada em animais domésticos, 
cadelas, gatas e vacas. É um aglomerado de tecido 
endometrial no interior do miométrio, é um processo 
que eu vejo estruturas do endométrio dentro do 
miométrio. 
Esse quadro tem a ver com metaplasia, que é um 
tipo de alteração celular, diferenciação de uma célula 
em outra de mesma origem embriológica. A 
metaplasia é uma resposta celular frente a uma 
agressão, com isso o útero que esteja sofrendo 
qualquer agressão, as células do miométrio podem 
ser transformar em endométrio. O útero apresenta 
um número assimétrico focal ou difuso. 
Para confirmamos fazemos a biopsia, tem reversão 
da metaplasia. Não é comum a Adenomiose. 
 
 
 
Endometriose – é mais comum nas mulheres e em 
primatas e menos comum em gatas e cadelas. É um 
tipo de patologia não esclarecida e não sabemos ao 
certo como ocorre, ela imita uma metástase que é o 
foco de uma linha primária e essas células caem na 
corrente sanguínea e/ou linfática e param em outro 
lugar em um órgão distante. Por exemplo, cadela 
teve um câncer de mama que demorou para operar, 
fazemos uma radiografia do tórax e vemos vários 
focos nos pulmões, fazemos biopsia dos pulmões e 
encontro células de mama nele, isso significa 
metástase. Não exclusivo ao útero, pois na 
endometriose começamos a encontrar tecido 
endometrial em vários outros órgãos, como pleura, 
peritônio, parede abdominal. 
Ela pode ser espontânea ou adquirida (castração é a 
melhor opção) e nas mulheres existe tratamento ou 
histerectomia. Muitas vezes as mulheres se tornam 
inférteis, com disminorréia.. 
 
 
 
Metaplasia epidermóide do endométrio – o útero 
sofre algum tipo de alteração/estresse e o 
endométrio passa a ser substituídas por outras 
células, como epiteliaispor exemplo. Isso acontece 
por conta das células tronco que podem dar origem 
em qualquer tipo de célula. 
Em ovelhas temos intoxicação por naftaleno (veneno) 
que chega no útero e causa estresse nas células do 
útero, e o útero modifica o tipo de células. É 
reversível. 
 
 
Hiperplasia endometrial cística – as células estão 
aumento seu número e formando cistos pegando 
todo o corno uterino. Pode acontecer por 
hiperestrogenismo. 
 
» Útero doenças inflamatórias 
Tem associação com agentes infecciosos, pode ser 
por entrada via ascendente ou hematógena. É mais 
frequente durante o estro (estrogenismo). 
 
Endometrite – inflamação do endométrio 
 
Metrite – inflamação de todas as camadas do útero. 
 
Piometra – é inflamação com infecção do útero 
consequência da endometrite, metrite ou HE cística, 
que é acúmulo de pus devido à cérvix fechada. É a 
patologia mais comum que pega as 3 camadas do 
útero. Não usar antibiótico para resolver o problema 
e sim castração. Se o útero romper as chances de 
contornar o problema é muito difícil. Pode-se ter uma 
insuficiência renal aguda leve. 
Toda piometra leva a uma piossalpingite ou 
salpingite 
 
 
 
 
 
 
Metrite necrotizante – podemos encontrar 2-3 
alterações ao mesmo tempo. 
 
 
 
» Placenta e feto 
 
 Enfermidade não infecciosas - Acontece geralmente 
por falhas na gestação e podem ser por vários 
motivos. As não infecciosas acontecem por muita das 
vezes por erro de manejo. 
Tem retenção de membranas fetais nas éguas e 
não sabemos a causa. Gêmeos causam aborto por 
conta da insuficiência placentária. Pode ter o 
desenvolvimento inadequado das vilosidades com 
fibrose endometrial e isso pode acontecer por 
exemplo em uma cesárea complicada com corte 
grande no útero com fibrose e o tecido não é mais 
elástico. Pode ter anomalias do cordão umbilical com 
comprimento excessivo, torção ou muito curto 
matando o feto. Separação prematura da placenta. 
Animais com hipertensão pode levar a uma 
calcificação da placenta com isso não tem a 
passagem de nutrientes através dela. 
 
Enfermidades infecciosas – inflamatórias 
Tem a ver com a gestante contrair uma bactéria, 
protozoário ou vírus. 
 
Causas bacterianas - Brucella spp, Campylobacter 
spp., Chlamydophila psittaci, Leptospira spp no terço 
final da gestação, Listeria monocytogenes. 
 
Causas micóticas – Ficomicetos, Aspergillus spp. 
 
Causas protozoárias – Toxoplasma gondii, Neospora 
caninum 
 
Causas virais - Herpesvirus, Pestivirus 
 
» Abortos 
 
Quando ocorre a morte do filhote dentro da mãe 
pode acontecer dele se conservar ou pode ser 
destruído. 
 
Feto mumificado – quando o filhote morre dentro da 
mãe e não tem infecção bacteriana, esse filhote 
desidrata e mantem seu corpo ressecado. Morte fetal 
sem expulsão, ausência de bactérias líticas e cérvix 
fechada. Tem a conservação do feto. 
 
 
Feto saponificado – é mais difícil acontecer dentro 
do feto, ela ocorre quando há a morte e tem 
destruição das células de gordura no 
subcutâneo/hipoderme e quando morrem ela tem 
contato com o cálcio, com isso o feto fica 
conservado e tem a saponificação. Não ocorre muito 
dentro da mãe e sim mais fora da mãe. 
 
Feto macerado – o feto morre dentro da mãe e 
essa morte se dá por processos infecciosos. Se a 
mãe não expulsar ela morre. Tem bactérias líticas, 
putrefação. 
 
 
 
Aborto – expulsão do feto antes do 
desenvolvimento 
As anomalias fetais podem ser causas de abortos ou 
natimorto. Especialmente em infecções víricas 
intrauterinas e intoxicação por plantas (alcaloides) e 
hipertermia (febre) podem causar abortos. 
 
A vacinação de raiva na mãe pode causar aborto 
também. 
 
Disgerminoma – é um câncer raro de ovário. 
Embora sejam raros eles são bem agressivos. São 
câncer de células que sintetizam o ovulo. 
 
 
 
» Glândula mamária 
 
Mastite ou mamite – é um processo inflamatório na 
glândula mamária. Devemos saber se essa inflamação 
é de origem infecciosa ou traumática. Nem toda 
inflamação é infecciosa. É aguda ou crônica, se for 
aguda ela carrega com ela os sinais clínicos da 
inflamação como febre, edema, vermelhidão. 
As infecções crônicas são mais raras no sentindo de 
que o animal teve mastite e o tratador não seguiu os 
pedidos médico. O problema das crônicas é a fibrose 
e são mais graves por conta disso, junto com 
infiltrado inflamatório linfoplasmocitário. 
 
Mais frequente em vacas, quase sempre está 
associada a microrganismos. 
 
As mastites se classificam como mastites clínicas que 
são identificadas por sinais clínicos aparentes tanto na 
vaca como no leite ou mastites subclínicas que são 
sem sinais visíveis, porém revelados somente por 
testes individuais e pela análise da qualidade do leite. 
(CCS) 
A maioria das contaminações são ascendentes 
atreves de equipamentos e manejo do tratador. 
 
 
 
 
3 principais grupos são: 
- Patógenos Gram (+) e (-) = dç necrosante aguda e 
severa 
- Patógenos Gram (+) = mastite crônica supurativa 
 
Os agentes nas vacas mais comuns são: 
 
- Streptococcus agalactiae (tecido de granulação e 
fibrose) 
- Staphylococcus aureus (mastite necrotizante e 
hemorrágica). 
- Coliformes (E. coli, Enterobacter, Klebsiella 
Pneumoniae) – Morte. 
 
Mastite Purulenta - Mycoplasma bovis; vários 
aeróbios e anaeróbios. 
 
 
Mastite Granulomatosa – pode ocorrer por aplicação 
de medicações contaminadas ou Mycobacterium 
bovis. 
 
 
 
 
Muitas das vezes têm que fazer cirurgia para retirada 
da mama. 
 
Outros agentes = (Prototheca [alga], Criptococcus). 
 
Galactoforite – inflamação dos ductos mamários. 
 
Galactorréia – lactação inapropriada ou precoce. 
 
- Mycoplasma agalactiae: Ovelha e cabra; 
 
- Mannheimia haemolyticae Staphylococcus Aureus: 
Rebanho de Ovelhas; 
 
- Morte inesperada; 
- Mastite aguda, necrosante ou gangrenosa; 
- Morbidade 5% e mortalidade 20%. 
 
» Neoplasias 
 
Os cães têm a maior incidência, 50% dos casos tem 
comportamento benigno e 50% malignos. Os 
malignos são 5 tipos histológicos. (carcinomas!!) 
 
- Composto por tumores de origem epiteliais e 
mioepiteliais; 
-Tumores no estroma –fibrossarcomae OSA menos 
comuns; 
 
É comum ver osteossarcoma nas mamas. 
 
Carcinoma = tecido epitelial 
Adenocarcinoma = tecido granular 
Sarcoma = maligno do tecido conjuntivo. 
 
Em gatos 90% tem comportamento maligno com 2 
tipos histológico. Não deve ser confundido com 
hiperplasia. 
 
É benéfico castrar antes do primeiro cio, com 
chances de 0,05% de ter uma neoplasia. Após o 
primeiro cio já sobe para 8% as chances e 
depois do segundo cio fica em 26% de chances. 
 
Pode se obter algum resultado até no máximo 2 
anos; 
- Geralmente cadelas entre 10 anos, sem 
predisposição racial; 
 
Hoje retira o lado inteiro da mama acometida. 
 
Cadelas: é comum as neoplasias nas mamas inguinais 
e abdominais caudais, neoplasias mamárias malignas 
60% do total. 
 
Gatas: é mais comum nas mamas torácicas e muitas 
delas apresentam metástases no momento do 
diagnóstico. 80% do total.

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