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Posicionamento Estratégico de Comunicação

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Planejamento e Gestão do Processo Publicitário
Aula 5: Posicionamento Estratégico de Comunicação
Apresentação
A de�nição do posicionamento de uma empresa requer desde o diagnóstico da atual posição que ela ocupa na mente do
consumidor até a de�nição dos principais diferenciais que a empresa pretende destacar para o mercado.
As estratégias de diferenciação no mercado podem privilegiar tanto pontos de diferença como pontos de paridade da
empresa em relação aos concorrentes; tais estruturas de referência competitiva devem ser trabalhadas no sentido de
gerar uma percepção positiva da marca no consumidor.
Objetivos
Explicar o cenário globalizado e a necessidade de adotar um posicionamento;
De�nir o processo de de�nição do posicionamento;
Listar as principais estratégias de posicionamento.
 Posicionamento de marca
A prática do Marketing tem como objetivo satisfazer as necessidades e desejos dos clientes. Todo tipo de negócio deve ter
como dever oferecer valor ao cliente e, por consequência, obter lucro com isso.
Entretanto, essa visão tradicional de oferecer algo e obter lucro em troca, só garante sucesso empresarial em economias
caracterizadas pela escassez de bens e de serviços.
Na nova visão do processo de negócios, ao invés de somente enfatizar a fabricação e a venda, as empresas se veem como
parte de uma sequência de criação e entrega de valor.
Atualmente, entre os objetivos de Marketing que as empresas devem estabelecer, estão:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Criar consciência do produto e induzir a experimentação. Maximizar a participação de mercado.
Maximizar os lucros enquanto defende a participação de
mercado.
Reduzir gastos e tirar o máximo da marca.
Como conseguir atingir esses objetivos e formular estratégias
de penetração, desenvolvimento e diversi�cação para
conquistar o mercado?
Diferenciar-se no cenário mercadológico atual nem é uma opção empresarial, mas, sim, uma questão de sobrevivência.
As empresas devem buscar se destacar em relação à concorrência, adotando algum tipo de vantagem que lhe con�ra
competitividade.
 Fonte: Shutterstock
Lupetti (2012, p. 78) a�rma que essa vantagem:
"Precisa ser única, difícil de imitar, sustentável, superior à
competição e aplicável em diversas situações."
Kotler; Keller (2012, p. 294) explicam que:
"Toda estratégia de Marketing se baseia em segmentação,
seleção de mercado-alvo e posicionamento (STP, sigla em
inglês que corresponde a segmentation, targeting e
positioning). Uma empresa identi�ca diferentes necessidades
e grupos no mercado, estabelece como alvo aqueles que são
capazes de atender melhor e, então, posiciona seus produtos
de modo que o mercado-alvo reconheça as ofertas e
imagens diferenciadas da empresa."
O posicionamento é a percepção do produto/serviço em
relação a produtos/serviços concorrentes na mente do
consumidor. Em outras palavras, posicionamento é o
conceito que as pessoas retêm na mente sobre
determinada marca ou produto.
A de�nição clássica de posicionamento, dos autores Al Ries
e Jack Trout (2009), determina que o posicionamento é
uma estratégia da marca para ocupar um lugar destacado
e único na memória do consumidor.
Kotler; Keller (2012) a�rmam que cada marca ou produto
ofertado por ela deve buscar algum tipo de associação na
mente do consumidor, que o diferencie da concorrência.
 Fonte: Freepik
Estabelecer um posicionamento persuasivo e diferenciado requer um estudo aprofundado das necessidades do público-alvo,
bem como o conhecimento das competências internas da empresa. A adoção do posicionamento ajuda a orientar a estratégia
de Marketing e a de�nir uma identidade para a marca:
"Um posicionamento e�caz tem um “pé no presente” e um
“pé no futuro”. Ele deve ser um tanto ambicioso para que a
marca tenha espaço para crescer e melhorar. O
posicionamento calcado na atual situação do mercado não é
su�cientemente voltado para o futuro, mas, ao mesmo
tempo, o posicionamento não pode se distanciar tanto da
realidade que se torne essencialmente impossível de atingir.
O verdadeiro segredo do posicionamento é alcançar o
equilíbrio entre o que a marca é e o que ela poderia ser."
(KOTLER; KELLER, 2012, p. 294)
No processo de de�nição do posicionamento, é importante questionar a respeito da posição que a empresa tem atualmente –
como os colaboradores e consumidores a veem –, e aonde ela quer chegar, ou seja, como ela quer ser conhecida.
É primordial que a empresa busque conhecimento sobre dois elementos importantes:
Público-alvo
É necessário conhecer quem é o público-alvo, pois, conforme
a�rmam Keller; Machado (2006), cada consumidor tem uma
estrutura de conhecimento de determinada marca, o que
permite diferentes percepções acerca dela.
Concorrência
Não se pode de�nir um posicionamento sem levar em conta a
concorrência: quem são os principais concorrentes e como
eles são vistos pelos consumidores. As decisões sobre
público-alvo, em geral, estão vinculadas às decisões quanto à
natureza da concorrência de uma empresa/marca.
Para estabelecer a estratégia de posicionamento de uma empresa é necessário:
O diagnóstico do posicionamento atual;
O entendimento das necessidades do consumidor;
O conhecimento da concorrência;
A de�nição das vantagens competitivas da empresa;
A seleção das principais diferenças a serem trabalhadas pela empresa, no sentido de proporcionar benefícios e vantagens
visíveis ao consumidor e difíceis de serem copiados pela concorrência.
Dica
Michael Porter, autor de referência em estudos de administração estratégica, aponta que a empresa pode optar pela liderança
em custos, atingindo assim um amplo mercado com pouca diferenciação em produtos; pode optar pela segmentação de
mercado, oferecendo um produto especí�co para um nicho especí�co de consumidores; ou pode optar pela exclusividade em
oferta de produtos/serviços, sendo única no mercado.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Divisão do processo de de�nição do posicionamento
Kotler; Keller (2012) dividem esse processo em três etapas, a saber:
Clique nos botões para ver as informações.
É preciso estabelecer o cenário competitivo, ou seja, com que marcas/produtos a empresa concorre, para que se possa
tomar decisões sobre público-alvo. Apesar de muitas empresas conseguirem estabelecer, com certa precisão, quem são
os seus concorrentes, nem sempre é possível enxergar, por exemplo, os concorrentes emergentes:
Em mercados estáveis, de�nir a concorrência pode ser mais simples;
Em mercados dinâmicos, no entanto, tal tarefa se torna muito mais complexa.
Há uma certa miopia em de�nir a concorrência apenas em termos de categoria e setor. Uma loja de produtos orgânicos,
por exemplo, pode errar em estabelecer como concorrentes apenas as lojas de produtos similares aos seus, pois há um
mercado de produtos industrializados que rouba clientes dos produtos orgânicos a todo momento.
Estabelecer uma estrutura de referência competitiva 
As empresas devem buscar pontos em que se diferem ou se aproximam das marcas concorrentes.
Os pontos de diferença permitem que uma marca desenvolva características fortes, exclusivas, e atributos que a
destaquem e façam como que os consumidores associem fortemente a marca àquela característica.
Os pontos de semelhança ou de paridade são aqueles em que uma marca possui associações que não são exclusivas e
que se assemelham a outras. Algumas possuem paridade por categoria, que são os atributos mínimos e necessários para
passar con�abilidade aos consumidores. As associações por paridade são planejadas para negar os pontos de diferença
entre os concorrentes e obter algum tipo de vantagem ao mostrar-se igual à concorrência.
Identi�car pontos de diferença e pontos de semelhança (paridade) 
De acordo com Kotler; Keller (2012, p. 300), “um mantra para a marca é uma articulação do coração e da alma da marca,
intimamente relacionada com outros conceitos de branding como essência da marca e promessa principalda marca”.
A empresa pode criar uma forma de ser vista, reconhecida e lembrada pelos consumidores, com uma frase curta que a
de�na. Trata-se de um forte recurso que pode inclusive orientar a tomada de decisões.
Exemplo: O mantra da Nike — seu slogan externo “Just Do It” (Simplesmente Faça), simboliza atitude e consegue cumprir
três critérios essenciais para um bom mantra: Comunicar (esclarecer o que é exclusivo da marca); Simpli�car (ser incisivo
e de fácil memorização); Inspirar (criar um território signi�cativo para a marca). Assim, a empresa focou no esporte, e não
no mundo fashion, passando a ideia de superioridade, autenticidade e poder.
De�nir um mantra para a marca 
Atenção
Para que um posicionamento seja e�caz, é necessário que cada uma das etapas descritas seja compreensível para o consumidor:
é preciso transmitir ao consumidor o que a marca tem de especial e porquê representa uma escolha superior.
Atividade
1. Comente as três etapas de de�nição do posicionamento empresarial, focando, sobretudo, a adoção de pontos de diferença e de
paridade.
Casos reais
Criar esse tipo de associação singular é um desa�o para as empresas. Vamos conhecer agora, alguns casos de empresas
reais.
Apple
Busca se diferenciar da
concorrência passando a
imagem de design original,
irreverência, facilidade de uso. A
empresa utiliza o slogan “Think
Different” (Pense Diferente),
convidando o consumidor a fugir
do comum, associando sua
marca a um estilo de vida criativo
e exclusivo, cultivando valores
como elegância e so�sticação.
Chanel
O perfume francês Chanel nº 5 —
A marca procura ser conhecida
como elegante e isso é visível
para o consumidor, inclusive pela
associação constante entre
Chanel e a moda de alta costura
(KOTLER; KELLER, 2012).
Coca-Cola
Foi uma das primeiras a se
posicionar como uma
experiência para o consumidor. A
marca consegue transformar a
ideia de tomar refrigerante em
sinônimo de felicidade e vem
associando isso à sua marca ao
longo de muitas décadas,
procurando cativar a memória
afetiva do consumidor para a
magia dos momentos alegres
entre amigos e família. Adota
mantras que se traduzem em
seus slogans Abra a felicidade,
Sinta o Sabor, Há razões para
acreditar e Vamos comer juntos,
por exemplo.
Domino’s Pizza
De�niu seu posicionamento, ao
longo dos últimos anos, com
base em uma proposta de valor
que agrega público-alvo,
benefícios e preços. Seu
consumidor-alvo é aquele que
ama pizza e deseja conveniência;
seu benefício é a rapidez na
entrega mantendo a boa
qualidade do produto; sua
proposta de valor é entregar uma
pizza gostosa, quente, com
rapidez e preço acessível.
Posicionamento duplo
Starbucks
A rede de cafeterias mais famosa do mundo, busca estabelecer tanto pontos de paridade como pontos de diferença
com a concorrência, com os seguintes tópicos:
Restaurantes de serviço rápido e lojas de conveniência (McDonald’s e Dunkin’ Donuts). Os pontos de diferença
pretendidos podem ser qualidade, imagem, experiência e variedade, enquanto os pontos de paridade podem ser
conveniência e valor.
Marcas de supermercados para consumo doméstico (Folgers e Nescafé). Os pontos de diferença pretendidos
podem ser qualidade, imagem, experiência, variedade e frescor, enquanto os pontos de paridade podem ser
conveniência e valor.
Cafés locais. Os pontos de diferença pretendidos podem ser conveniência e qualidade de serviço, enquanto os
pontos de paridade podem ser qualidade, variedade, preço e comunidade (KOTLER; KELLER, 2012, p. 300).
 Fonte: Shutterstock
Dica
Nesse caso, em que a empresa adota múltiplas estruturas de referência, é importante que ela tenha consciência de que não
tentará suprir todas as necessidades do consumidor. Então, de acordo com as circunstâncias do mercado em dado momento,
pode ser interessante para a empresa optar por priorizar uma estrutura e não outra. A Starbucks foca na experiência do
consumidor, buscando transformar o ato de compra de um café em algo memorável.
Subway
Outra empresa que adota um duplo posicionamento. Trata-se de uma rede de restaurantes com uma proposta de
sanduíches saudáveis. Ela adota um posicionamento diferencial em termos de saúde em relação aos fastfoods. Mas,
também, adota um posicionamento por paridade em sabor comparando com os mesmos concorrentes.
 Fonte: Shutterstock
De acordo com Kotler; Keller (2012, p. 300):
"O posicionamento duplo permite às marcas expandir sua
cobertura de mercado e base de clientes potenciais."
 Diferenciação
Os valores centrais que uma marca busca cultivar, ou seja, os aspectos essenciais de uma marca, devem servir de base para
de�nir o seu posicionamento perante o consumidor. Conforme Keller; Machado (2006, p. 87):
"A alma da marca é uma de�nição de 3 a 5 palavras que
captura a essência do posicionamento e dos valores da
marca."
A de�nição do posicionamento passa pela criação de uma vantagem competitiva que seja sustentável ou mesmo alavancável,
em outras palavras, que sirva de base para novas vantagens.
Kotler; Keller (2012) apontam para algumas formas de buscar diferenciação no mercado:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Diferenciação baseada em
determinadas dimensões
Funcionários (cujo qualidade de
atendimento seja superior);
Canal de distribuição (boa logística de
compra e de entrega);
Imagem (criar uma imagem atrativa para
o consumidor);
Serviços (prestação de serviços
con�áveis e inovadores).
Diferenciação baseada no branding
emocional
Cria pontos de diferença e de paridade que
sensibilizem o emocional dos consumidores,
fazendo com que a marca seja amada pelos
consumidores e ganhe em participação de
mercado, share of mind (participação na
mente) e share of heart (participação na
preferência).
Diferenciação baseada no branding
por storytelling
Descreve o posicionamento da marca
contando uma narrativa ou história para o
consumidor.
Diferenciação baseada no branding
jornalístico
Posicionar a marca dentro dos
acontecimentos e fatos do mercado.
Diferenciação baseada no branding
cultural
Desenvolve estratégias de marca inseridas
em contextos culturais.
 O posicionamento dos pequenos negócios
Mesmo em negócios que dispõem de poucos recursos, é possível criar e posicionar marcas de sucesso. De acordo com Kotler;
Keller (2012, p. 310):
"De modo geral, quando os recursos de sustentação da
marca são limitados, o foco e a consistência em programas
de Marketing são de crucial importância. A criatividade
também é fundamental — isto é, encontrar novas formas de
divulgar novas ideias sobre produtos para os consumidores."
Neste cenário, os autores sugerem que as empresas
procurem:
Realizar pesquisas de Marketing de baixo custo;
Focar em uma ou duas marcas do portfólio e trabalhar
nos diferenciais delas;
Trabalhar no conhecimento e na imagem da marca por
meio do nome ou da embalagem por exemplo;
Criar um boca a boca de consumidores �éis à marca,
seja nas redes sociais, seja em ações de baixo custo.
 Fonte: Shutterstock.
Estudos de Caso
De acordo com Lupetti (2012), muitas empresas adotam diferenciais facilmente copiados pela concorrência. O benchmarking,
estratégia de observar a concorrência e adquirir competências para desenvolver produtos/serviços iguais ou superiores, acaba
por facilitar que os concorrentes se aproximem e até superem as vantagens competitivas de outras empresas. A alternativa
para di�cultar o benchmarking é adotar um posicionamento de comunicação associado a elementos que sejam signi�cativos
para os consumidores-alvo. Conheça dois casos interessantes de grandes empresas.
Casos Louis Vuitton e Havaianas
Clique no botão acima.
Caso 1: Louis Vuitton
A Louis Vuitton (LV) é uma das marcas mais lendárias do mundo, e é  sinônimo de luxo, riqueza e moda. A empresa é
conhecida por bolsas, artigos de couro, sapatos, relógios, joias, acessórios e óculos de sol que se tornaram ícones da
moda e sua marca de luxo ocupa o topo do ranking mundial. Foi em 1854que Louis Vuitton abriu sua primeira loja em
Paris para vender baús e malas de alta qualidade, feitas à mão. No �nal do século XIX, Vuitton introduziu seus modelos
em lona Damier e Monogram Canvas, que caracterizam o famoso design ainda usado na maioria dos produtos da
empresa. Ao longo do século XX, a empresa que leva o nome de seu criador continuou a crescer internacionalmente,
expandindo-se pelo mundo da moda na década de 1950 e atingindo a cifra de US$ 10 milhões em vendas em 1977.
Em 1987, a Louis Vuitton se fundiu com a Moët et Chandon e com a Hennessy, os principais fabricantes de
champanhe e conhaque, criando a LVMH, um conglomerado de bens de luxo.
Os produtos Louis Vuitton são feitos com materiais de primeira linha, e seus designers usam uma combinação de arte,
precisão e artesanato para produzir apenas os melhores produtos. O lendário monograma LV aparece em todos os
produtos da empresa, e representa a mais alta qualidade, status premium e viagens de luxo. No decorrer dos anos,
porém, a falsi�cação se tornou um enorme problema e um dos desa�os mais difíceis enfrentados pela Louis Vuitton. A
Louis Vuitton é uma das marcas mais falsi�cadas do mundo e a empresa leva o problema muito a sério por acreditar
que as falsi�cações diluem sua imagem de marca de prestígio. A Louis Vuitton emprega uma equipe completa de
advogados e combate à falsi�cação de várias maneiras com agências e equipes de investigação especiais. Até a
década de 1980, os produtos Louis Vuitton estavam disponíveis em uma ampla variedade de lojas de departamento.
No entanto, para reduzir o risco de falsi�cação, a empresa passou a manter maior controle sobre seus canais de
distribuição. Atualmente, ela vende seus produtos somente em autênticas boutiques Louis Vuitton, localizadas em
áreas de compras de luxo e lojas de departamento so�sticadas, todas elas administradas de forma independente com
seus próprios funcionários e gerentes. Os preços da Louis Vuitton nunca são rebaixados, e só recentemente a empresa
começou a vender pela louisvuitton.com, na expectativa de alcançar novos consumidores e regiões.
Ao longo dos anos, inúmeras celebridades e supermodelos de destaque têm usado produtos LV, incluindo Madonna,
Audrey Hepburn e Jennifer Lopez. Em suas ações de Marketing, a empresa vem utilizando celebridades da alta-
costura, outdoors, anúncios impressos e sua própria regata internacional — a Louis Vuitton Cup. Recentemente, a LV
quebrou a tradição e exibiu celebridades não convencionais, como Ste� Graf, Mikhail Gorbachev, Buzz Aldrin e Keith
Richards em uma campanha intitulada “Core Values” (“Valores essenciais”). A LV também lançou seu primeiro
comercial de TV focado em viagens de luxo em vez da moda, e �rmou novas parcerias com artistas internacionais,
museus e organizações culturais, visando manter a marca renovada. Dito isso, a Louis Vuitton ainda gasta até 60
horas para fazer, à mão, uma mala, tipo bagagem de mão — do mesmo modo como era feito há 150 anos. Atualmente,
a Louis Vuitton detém um valor de marca de US$ 26 bilhões, de acordo com a Forbes, e está classi�cada como a 17ª
marca global mais poderosa, de acordo com a Interbrand. A empresa está focada na expansão de sua marca de luxo
para mercados em crescimento como a China e a Índia, além de continuar a crescer em mercados fortes como o
Japão e a Europa. Também continua a adicionar novas linhas de produtos a seu portfólio. (KELLER; MACHADO, 2006)
O relato nos leva a imaginar como uma marca consegue crescer e se renovar, mantendo todo o seu prestígio, por
tantos anos. Podemos pensar que a marca investe em branding emocional, identi�cando pontos de diferença
marcantes em relação às marcas concorrentes e de�ne um verdadeiro mantra para a marca, tornando-se uma
lovemark, ou seja, uma marca que é amada e desejada por um grande contingente de consumidores. A própria
falsi�cação da marca nem sempre gera repercussão negativa para ela. Pois ela re�ete o desejo de ter um produto de
uma marca cobiçada, cujo valor é inacessível para muitos consumidores. No entanto, os consumidores-alvo da marca,
de poder aquisitivo alto, costumam pagar pela exclusividade e luxo que a marca oferece.
Ao longo dos anos, inúmeras celebridades e supermodelos de destaque têm usado produtos LV, incluindo Madonna,
Audrey Hepburn e Jennifer Lopez. Em suas ações de Marketing, a empresa vem utilizando celebridades da alta-
costura, outdoors, anúncios impressos e sua própria regata internacional — a Louis Vuitton Cup. Recentemente, a LV
quebrou a tradição e exibiu celebridades não convencionais, como Ste� Graf, Mikhail Gorbachev, Buzz Aldrin e Keith
Richards em uma campanha intitulada “Core Values” (“Valores essenciais”). A LV também lançou seu primeiro
comercial de TV focado em viagens de luxo em vez da moda, e �rmou novas parcerias com artistas internacionais,
museus e organizações culturais, visando manter a marca renovada. Dito isso, a Louis Vuitton ainda gasta até 60
horas para fazer, à mão, uma mala, tipo bagagem de mão — do mesmo modo como era feito há 150 anos. Atualmente,
a Louis Vuitton detém um valor de marca de US$ 26 bilhões, de acordo com a Forbes, e está classi�cada como a 17ª
marca global mais poderosa, de acordo com a Interbrand. A empresa está focada na expansão de sua marca de luxo
para mercados em crescimento como a China e a Índia, além de continuar a crescer em mercados fortes como o
Japão e a Europa. Também continua a adicionar novas linhas de produtos a seu portfólio. (KELLER; MACHADO, 2006)
O relato nos leva a imaginar como uma marca consegue crescer e se renovar, mantendo todo o seu prestígio, por
tantos anos. Podemos pensar que a marca investe em branding emocional, identi�cando pontos de diferença
marcantes em relação às marcas concorrentes e de�ne um verdadeiro mantra para a marca, tornando-se uma
lovemark, ou seja, uma marca que é amada e desejada por um grande contingente de consumidores. A própria
falsi�cação da marca nem sempre gera repercussão negativa para ela. Pois ela re�ete o desejo de ter um produto de
uma marca cobiçada, cujo valor é inacessível para muitos consumidores. No entanto, os consumidores-alvo da marca,
de poder aquisitivo alto, costumam pagar pela exclusividade e luxo que a marca oferece.
Caso 2: Havaianas
A empresa criou suas famosas sandálias de borracha em 1962 e baseou todo o Marketing na praticidade, custo-
benefício e resistência dos calçados. No entanto, com as mudanças no mercado, mergulhou em uma crise sem
precedentes no início dos anos 1990. O mundo já havia mudado, mas as Havaianas continuavam as mesmas: a
palmilha branca com tira azul claro, amarela ou preta. O resultado foi a queda expressiva nas vendas e uma posição
que nenhuma marca quer: a de commodity, ordinária, igual a todas as outras. Então, em 1994, houve uma quebra de
paradigma. Um dos responsáveis foi o consultor de comunicação Rui Porto, que conta à Revista Exame como pensou
em revolucionar o posicionamento da marca. A solução foi criar mais de 40 opções de cores e triplicar o preço, além
de investir em publicidade com celebridades ostentando suas Havaianas. Com isso, a Havaianas passou uma
mensagem clara: todo mundo usa, todo mundo quer. De fato, o posicionamento da marca permanece forte até hoje,
como um produto de sucesso internacional e desejado por todos – inclusive pelas elites. (PATEL, s/d)
A história de superação da marca Havaianas re�ete uma decisão de posicionamento ousada: após virar sinônimo de
produto barato e sem diferenciação, a empresa quis desatrelar sua imagem à satisfação de uma necessidade e
associá-la a objeto de desejo. A diversi�cação de modelos e o uso de testemunhais de pessoas famosas ajudou a
alavancar a marca e atrair as elites.
Cada consumidor tem suas preferências e enxerga produtos e serviços de maneira particular. As empresas devem
olhar para isso e adotar estratégias de segmentação e posicionamento para que possam obter vantagens
competitivas no mercado.
Atividade
2. Leia os trechosdo case da empresa Granado, a seguir, retirados do livro Administração de Marketing, de Philip Kotler e Kevin
Keller (2012, p. 310), e responda: como você julga o posicionamento da marca Granado?
javascript:void(0);
3. Ainda com base no case da Granado, como você avalia o fato de a empresa não se posicionar como opção de cosméticos de
menor preço?
4. Que tipos de estratégias as pequenas empresas podem lançar mão para de�nir um posicionamento no mercado?
Notas
Prosumer1
Um consumidor que é, ao mesmo tempo, produtor de conteúdo
Unicórnio2
Termo introduzido em 2013 por Aileen Lee, referindo-se a empresas que conseguem algo que parece impossível (como achar
um unicórnio), que é ser avaliada em 1 bilhão de dólares antes mesmo de abrir seu capital nas bolsas de valores. E o que elas
fazem para conseguir esse feito? Introduzem grandes inovações no mercado, enxergam a riqueza de dados que a internet
fornece e conseguem ter o controle deles extraindo valor das transações de dados.
Cibridismo3
É estar on e off o tempo todo.
Somos seres ciber-hídridos, ou seja, temos uma constituição biológica, expandida por todas as interfaces tecnológicas que
adquirimos, e, cada vez mais, estaremos replicados em todas essas plataformas. Nossos conteúdos, dados pessoais, fotos,
vídeos, leituras, tudo o que faz parte da nossa vida está integrado nas interfaces que utilizamos, e não vivemos sem eles. Isso é
ser cíbrido.
Referências
KELLER, Kevin Lane; MACHADO, Marcos. Gestão Estratégica de Marcas. Tradução: Arlete Simille Marques. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2006.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. Tradução Sônia Midori Yamamoto; revisão técnica Edson
Crescitelli. – 14. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
LUPETTI, Marcélia. Gestão Estratégica da Comunicação Mercadológica: planejamento. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
PATEL, N. Posicionamento de marca: o que é e 15 exemplos para se inspirar. Disponível em:
https://neilpatel.com/br/blog/posicionamento-de-marca/
RIES, Al; JACK, Trout. Posicionamento: a batalha pela sua mente. São Paulo: Pearson Makron Books, 2009.
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Próxima aula
O Branding como estratégia de valorização da marca
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