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TCC a importancia do brincar na Educacao Infantil

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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO NFANTIL
CARDOSO, Eliane 395366 Licenciatura em Pedagogia no Centro Universitário Internacional Uninter
RESUMO
Através da brincadeira a criança desenvolve suas habilidades psicomotoras, sociais, físicas, afetivas e cognitivas. Brincando a criança constrói sua identidade, o brincar é vital para que desenvolva sua mente e corpo, adquirindo de forma prazerosa e interessante a motivação necessária para uma boa aprendizagem. O objetivo deste artigo é mostrar a importância das brincadeiras, concentrando-se no brincar e sua contribuição para a educação infantil, o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e enfatizando a diversão das crianças. Tais atividades ajudam na construção do conhecimento e podem ser entendidas como situações em que a criança possa demonstrar seus diferentes tipos de sentimentos, sabendo aos poucos aceitar a existência do outro. É preciso também conceituar o papel do educador nesse processo lúdico e ainda os benefícios que o brincar proporciona, assim como ilustrar a importância da família, da comunidade e do poder público neste processo. O presente artigo tem por finalidade realizar uma fundamentação teórica em relação ao tema do brincar na educação infantil, para tanto, foi usado uma abordagem qualitativa no viés da reflexão, autores que abordam sobre o tema foram relacionados, assim como as Leis, que dão garantias de direitos sobre esse processo, sites, artigos e monografias para a concretização deste projeto de pesquisa bibliográfica. 
Palavras-chave: Brincar. Brinquedo. Aprendizagem. Educação Infantil. 
1. INTRODUÇÃO
	O brincar na educação infantil envolve um misto de conhecimento, diversos sujeitos e vários ambientes. Começamos com a seguinte indagação: que benefícios a brincadeira traz para o desenvolvimento da criança na educação infantil? No decorrer deste artigo encontraremos inúmeras respostas para essa pergunta. A brincadeira propõe experiências ricas e significativas, que promovem a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Consequentemente cabe ao futuro professor estar preparado para os inúmeros desafios que surgem ao longo do caminho.
	A brincadeira é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento social, físico, emocional, cultural e cognitivo da criança. O tema decorre de questões levantadas ao longo da trajetória de formação acadêmica na graduação e no Curso de Pedagogia, onde pode ser constatado que a brincadeira tem presença marcante nas instituições de educação infantil. 
	O objetivo central desse trabalho é identificar a importância da inserção dos jogos e brincadeiras na educação infantil, despertando o lúdico como um modelo prático de vivência, visando uma melhor prática no desenvolvimento da criança. Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da mesma, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem. A educação infantil, primeiro nível de ensino da educação básica, vem vivenciando transformações fundamentais nos seus aspectos pedagógicos. Tais transformações advêm da constante e dinâmica mudança nos papéis da família, da escola e da sociedade. 
	O presente artigo tem por metodologia estudos e pesquisas bibliográficas que teve início em artigos, trabalhos e em sites de internet, no acervo da biblioteca da creche, em livros e revistas. É uma pesquisa qualitativa que visa à qualidade das informações sobre o assunto e sobre os pensamentos dos autores e pesquisadores relacionados ao tema. Inicialmente será realizada uma revisão de alguns artigos que abordam a importância da brincadeira na educação infantil e quais são seus benefícios. Para a elaboração do estudo será primordial vários fundamentos teóricos e serão selecionados artigos abrangendo o tema que será pesquisado.
	O trabalho analisou como uma criança através da brincadeira desenvolve sua personalidade e habilidades, exercita sua imaginação, expressa sua autonomia nas coisas, exercita emoções e amplia horizontes participando de atividades lúdicas, descobrindo assim o mundo no espaço escolar. A pesquisa explorou diversos conceitos de infância partindo de uma visão histórica, social e cultural, que é a primeira fase do desenvolvimento humano, além de ter discutido teorias baseadas em pensadores como Piaget (1998) e Vygotsky (2003). Tais temas destaca a importância e exclusividade da jogabilidade no apoio à educação infantil.
O comportamento lúdico é fundamental para o amadurecimento infantil de forma geral, pois não é apenas um prazer momentâneo, mas também assimila o conhecimento da criança e a absorve em suas vidas futuras. É de grande relevância e importância a brincadeira ser vista como um recurso de aprendizagem, pois a criança demostra toda sua agilidade, crescimento e desenvolvimento nos aspectos sociais e culturais. 
	 A brincadeira é um dos caminhos que possibilitará o desenvolvimento da criança. O comportamento lúdico é de suma importância no processo de ensino-aprendizagem, pois não é apenas um momento divertido, é um momento em que adquire-se o conhecimento para a vida futura. Por meio dessa reflexão constatou-se que a importância da brincadeira são alguns dos recursos fornecidos para construção do saber da criança. É possível notar como elas constroem, desmontam, estabelecem regras, reconstroem, enfim, se organizam em sua cultura e na sociedade. 
A razão pela escolha deste tema nasce do interesse em compreender melhor o conceito da educação infantil como espaço privilegiado da aprendizagem, onde é possível assimilar o aprender com o brincar. De acordo com as pesquisas feitas e conhecendo a história da infância, aprendemos que a criança vê o mundo através dos brinquedos e das brincadeiras.
	Para Ferreiro o brincar é se envolver e divertir infinitamente, o lúdico é uma forma prazerosa da criança aprender brincando. A brincadeira é uma necessidade imprescindível do corpo e da mente (FERREIRO, 1988). 
2. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
	 O presente artigo tem por metodologia estudos e pesquisas bibliográficas que teve início em artigos, trabalhos e em sites de internet, no acervo da biblioteca da creche, em livros e revistas. É uma pesquisa qualitativa que visa à qualidade das informações sobre o assunto e sobre os pensamentos dos autores e pesquisadores relacionados ao tema. Inicialmente será realizada uma revisão de alguns artigos que abordam a importância da brincadeira na educação infantil e quais são seus benefícios.
A criança é um ser integral em suas potencialidades e está inserida em um contexto social em constante transformação. Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é “divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar”, também pode ser “entreter-se com jogos infantis”, ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.
	O ato de brincar desempenha um papel importante na infância, pois é brincando que a criança aprende e se desenvolve, experimenta e interage, relacionando aquilo que vivencia o que observa a sua volta, estabelecendo as relações necessárias para aquisição do conhecimento.
	De acordo com Kishimoto, (2011, p.44):
[...] O faz de conta permite não só a entrada no imaginário, mas a expressão de regras implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras. É importante registrar que o conteúdo do imaginário provém de experiências anteriores adquiridas pelas crianças, em diferentes contextos. [...] Os conteúdos veiculados durante as brincadeiras, os materiais para brincar, as oportunidades para interações sociais e o tempo disponível são todos fatores que dependem basicamente do currículo proposto pela escola. (Kishimoto, 2011, p. 44)
	Podemos dizer que a aprendizagem se dá de forma mais significativa se a criança vivenciar as situações pedagógicas através do movimento, experimentando, realizando, sentindo, percebendo,e tudo se dá pelo corpo. As brincadeiras e os jogos ocupam o papel principal nessa vivência, pois fazem parte do universo infantil. 
	A escola deve priorizar, em seu projeto político pedagógico (PPP), o desenvolvimento de atividades que privilegiem o lúdico. Os educadores, por sua vez, no espaço da sala de aula, devem fazer da ludicidade um dos principais eixos norteadores de sua prática pedagógica. 
Pelo que sabemos, a criança está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas, isto devido ao contato com o meio em que vive, obtendo também o domínio sobre o mundo com o passar dos anos. O ser humano nasceu para descobrir novos conhecimentos, aprender e garantir sua sobrevivência e a interação na sociedade como um ser crítico, dotado de identidade, com desejos que são descobertos durante o processo de desenvolvimento, e a criança atualmente é vista como um indivíduo que questiona, exige e detém seu espaço na sociedade, diferente de como era vista antigamente. 
	Segundo pesquisador francês Philippe Ariès, (1981), a criança era vista como um adulto em miniatura nos séculos XIV, XV e XVI, e o tratamento dado a ela era igual ao dos adultos, pois logo se misturavam com os mais velhos, o importante era que as crianças crescessem rapidamente para participarem do trabalho e atividades dos mais velhos, a criança aprendia através da prática, e os trabalhos domésticos eram considerados uma forma comum de educação.
	Os colégios eram reservados a um pequeno número de clérigos. Foi entre os séculos XVI e XVII que a criança começa a ser percebida como um ser diferente dos adultos, a educação desse período pretendia torná-las pessoas honradas, portanto, a educação passou a ser teórica e não prática. Já no século XVIII, a criança foi vista como alguém que precisava ser cuidada e escolarizada. Nesta época, isolaram as crianças dos adultos e os ricos dos pobres. Em contrapartida, século XX, surge um novo sentimento em relação à infância, havendo um crescimento significativo quanto ao conhecimento da criança. 
	Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, (RCNEI), Brasil, (1988):
A criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se cada vez mais seguras para se expressar. (RCNEI, Brasil 1988 p.21).
	A criança é um ser que está em constante fase de crescimento, sendo capaz de agir, interagir, descobrir e transformar o mundo, com habilidades, limitações e potencialidades. Ter suas vivencias e sentimentos respeitados fazem dela um ser único e singular, caracterizando assim seu eu interior e valorizando-se sua própria maneira de estar no mundo, portanto, a infância é uma etapa fundamental na vida da criança para que ela aprenda a brincar, essa etapa é considerada a idade das brincadeiras, com isso destaca-se o lúdico, sendo algo que faz com que a criança reflita e descubra sobre o mundo em que vive.
	A principal finalidade do brincar é de favorecer o desenvolvimento da pessoa humana, numa dinâmica de interação lúdica, especialmente estimulando o processo de estruturação afetivo/cognitivo da criança, socializando criativamente o jovem e, manter o espírito de realização do adulto. As atividades lúdicas, oferecem como objetivo principal, oportunizar uma maneira diferente para a criança brincar e ao acesso a brinquedos diversificados. A brincadeira deve estar sempre presente na educação infantil, não para ocupar tempo mas, servindo para que a criança passe a desenvolver a intelectualidade, a autoconfiança, a exploração, a curiosidade, o raciocínio, a emoção, a psicomotricidade, que vai leva-la a ampliar os valores e agrupar-se de modo sadio com as pessoas. 
	A partir de estudos sobre os vínculos existentes entre os fenômenos tradicionais e o brincar, neste contexto, o meio lúdico pode ser visto como um ambiente capaz de acolher a espontaneidade da criança em busca do seu próprio ser, onde ela pode ser criativa, espontânea e sentir-se segura. A brincadeira é assunto que tem conquistado espaço cada vez maior no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo uma essência da infância e seu uso permitir um trabalho pedagógico que possibilite a produção do conhecimento da aprendizagem. 
A infância é, portanto, a aprendizagem necessária à idade adulta. Estudar na infância somente o crescimento, o desenvolvimento da funções, sem considerar o brinquedo, seria negligenciar esse impulso irresistível pelo qual a criança modela sua própria estatua. (CHATEAU, 1954, p. 14). 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), apresenta seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento para as crianças integrantes da educação infantil. São eles: conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se. Nela, a brincadeira figura como um dos direitos de aprendizagem e de desenvolvimento, assim como o direito de conviver, participar, explorar, comunicar e conhecer-se. É pois, direito da criança segundo a BNCC, “brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros ou seja, crianças e adultos, ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, sociais e relacionais”. (p.36).
“A Educação Infantil precisa promover experiências nas quais crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levando hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano”. (BRASIL 2017, p.41).
O brincar é essencial para vida da criança e revela-se de diversas formas, buscando maneiras, contextos, símbolos, objetos, movimentos reveladores do sujeito que os habita, constitui auxilio na boa formação infantil nos aspectos emocional, intelectivo, social e físico. O uso do brinquedo, jogo educativo com fins pedagógicos remete para a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil (KISHIMOTO, 1999. P. 36). Ele observa ainda a importância do jogo na educação infantil e em suas pesquisas, procura discutir o significado atual do jogo na educação, suas funções lúdicas e pedagógicas. O autor ainda ressalta que os jogos foram transmitidos de geração em geração por meio da prática, permanecendo na memória infantil e que, o tradicionalismo e a universalidade dos jogos são observados, fato este que os povos, distintos e antigos, como os da Grécia e do oriente, brincaram de amarelinha, empinar papagaio e jogar pedrinhas. O jogo tradicional infantil é do tipo livre, espontâneo, no qual a criança brinca pelo prazer de fazê-lo. 
[...] a brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típico da vida humana enquanto todo – da vida natural/interna do homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, e paz com o mundo [...] a criança que brinca sempre, com determinação auto - ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto sacrifício para o seu bem e dos outros [...] O brincar, em qualquer tempo, não é trivial, é altamente sério e de profunda significação (FROEBEL apud, KISHIMOTO, 1999, p.23). 
Segundo este autor, como a criança brinca com os conhecimentos de arrastar, andar, pegar, entre outros e quando aprende a representá-los mentalmente, passa a jogar com eles, pois com o jogo, no qual a brincadeira está inserida, as representações mentais, que são construídas pelo sujeito vão se desenvolvendo e construindo a realidade do mesmo. Para o autor, as vezes umasimples brincadeira em uma caixa de areia em um parque da cidade traz mais alegria e conhecimento para a criança, porque ali ela pode formar castelos, sentir como ela escorrega de seus dedos, escrever com um graveto sobre a areia e infinitas atividades que vai lhe trazer aprendizado tanto individual como social, deve-se atrair o olhar de todos para as brincadeiras infantis, porque a brincadeira leva a criança a decidir, pensar, sentir emoções distintas, competir, cooperar, construir, experimentar, descobrir, aceitar limites, e surpreender-se.
Segundo Oliveira (2000) o brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
	A criança tem a necessidade de brincar, esta necessidade é assegurada por lei. O ato de brincar não se resume a brinquedos, mas na atitude que a criança expressa nas atividades realizadas. Essa experiência é cheia de alegria e satisfação. A falta de diversão ou satisfação pode causar alguns distúrbios comportamentais nas crianças. 
	Em cada estágio da evolução da criança, o jogo será modificado, mas é vital que permita que ela tenha a oportunidade de explorar todas as etapas do jogo. A importância dos brinquedos é a exploração e o aprendizado específico do mundo externo, que utiliza e estimula os sentidos, funções sensoriais, funções motoras e emocionais. Os jogos têm enormes funções sociais, desenvolvem conhecimento intelectual e, principalmente, criam oportunidades para as crianças explicarem e experimentarem as condições emocionais e os conflitos no cotidiano de cada criança (RIBEIRO; SOUZA, 2011). 
 	A ação lúdica proposta pelo jogo, pelo brinquedo e pela brincadeira, é, por excelência, um dos recursos pedagógicos que possibilitam o desenvolvimento integral da criança na educação infantil. Além de estimular diferentes áreas de desenvolvimento, pode ser utilizada como recurso pedagógico para o desenvolvimento de habilidades ligadas à aprendizagem de diferentes áreas de conhecimento. 
	Por meio de jogos, as crianças se desenvolvem, entendem e compreendem seu desenvolvimento a fim de aprender e se expressar no mundo que a cerca (FRIEDMAN, 1996). 
	A importância da aprendizagem, com base no desenvolvimento infantil, ajuda sempre, mas a criança finge que tem a oportunidade de se tornar a criança que ainda não se tornou. Em outras palavras, segundo a imaginação dela, ela vive sua fantasia em um mundo cheio de fantasia e encantamento. O comportamento das crianças parece ser mais antigo que elas e até imita os adultos, treinado sua compreensão dos papéis sociais e sendo capaz de simbolizar. Usa objetos e ações que ainda não são permitidas (VIGOTSKY, 2003). 
	Sobre a ludicidade na educação, Rau (2007, p. 32) afirma que “o pressuposto é de que uma prática pedagógica proporcione alegria aos alunos durante o processo de aprendizagem. Ou seja, um processo dialético de levar o lúdico a sério, proporcionando o aprender pelo jogo, logo, aprender brincando”.
	O uso de jogos e brincadeiras como recurso pedagógico possibilita a significação de conceitos para as crianças, por ser um dos únicos recursos que trabalha com diferentes tipos de linguagem ao mesmo tempo. Áreas como a pedagogia e a psicopedagogia destacam a importância do desenvolvimento das linguagens infantis nos primeiros anos de vida escolar. 
	Smith, citado por Moyles (2006, p. 27), destaca os benefícios do brincar para a criança, ao apontar que:
 “O brincar sociodramático pode favorecer as habilidades de linguagem e de desempenho de papéis, enquanto o brincar construtivo pode incentivar o desenvolvimento cognitivo e a formação de conceitos. Esses aspectos do desenvolvimento cognitivo podem se sobrepor a critérios escolares de realização acadêmica, embora não sejam idênticos a eles”. 
	Nessa perspectiva, o brincar é uma abordagem fundamental para o desenvolvimento e a aprendizagem dos pequenos. O ensino, nesse sentido, possui diferentes objetivos a serem desenvolvidos, e o aluno é um sujeito ativo no processo de construção do conhecimento. Assim, as atividades dirigidas e orientadas no espaço escolar buscam um resultado e possuem finalidades pedagógicas. 
	Brincar é, por excelência, um recurso que favorece o desenvolvimento e a aprendizagem infantil. Autores que pesquisam as brincadeiras na infância e na educação, em diferentes países, descrevem o brincar como parte integrante do universo infantil. Entre esses autores, temos nas pesquisas de Friedmann (1996), Kishimotto (1998) e Moyles (2002) um suporte teórico importante. 
	Esses estudos justificam a inclusão das brincadeiras nos currículos nacionais para a educação infantil, pois elas fazem parte de um eixo que favorece o desenvolvimento das linguagens simbólicas, da autonomia, da atenção, da concentração e da cooperação. Nessa perspectiva, Moyles (2002, p. 106) explica que “o brincar é um processo no caminho para a aprendizagem, mas um processo vital e influenciável e é na implementação do currículo que o brincar mantém a sua posição, pois é no desenvolvimento de muitos aspectos intangíveis que o brincar se sobressai”.
	 
	Para Rau (2007, p. 50), “a utilização do lúdico como recurso pedagógico, na sala de aula, pode aparecer como um caminho possível para ir ao encontro da formação integral das crianças”. Você pode utilizar atividades significativas que atendam aos interesses e estilos de aprendizagem de cada criança, articulando, assim, a realidade sociocultural do educando ao processo de construção de conhecimento e valorizando o acesso aos conhecimentos do mundo.
	Cabe, então, ao professor estudar e entender a importância das brincadeiras na educação infantil. Sabemos que, atualmente, as crianças brincam menos, mesmo em seus momentos livres. A família busca preencher o tempo dos pequenos com cursos de línguas, informática, esportes, etc. isso não é necessariamente negativo para o desenvolvimento infantil, mas, se essas atividades ocuparem todo o tempo, elas deixam de ser prazerosas e interessantes para as crianças. Do mesmo modo, quando estimula as brincadeiras infantis, a família muitas vezes atende aos apelos da indústria fortalecidos pela mídia, oferecendo apenas brinquedos industrializados para as crianças. 
	Assim, cabe também aos profissionais que atuam nos cursos de Pedagogia buscar metodologias que considerem a ludicidade como um recurso para aprendizagens especificas, resgatar os jogos tradicionais e estimular a confecção de brinquedos com recursos oferecidos pela natureza, como palha, areia, água, pedras etc., elementos fundamentais para o desenvolvimento sensorial.
	Também é importante que o professor se lembre do repertório em que historicamente seu grupo de crianças está inserido, buscando atividades que envolvam o folclore, a música, as cantigas de roda e as parlendas. 
	Smith, citado por Moyles (2006), destaca o papel do adulto nas brincadeiras infantis, apontando que ele pode estimular ou desafiar os pequenos a brincar de formas mais desenvolvidas e complexas. O autor destaca que o adulto pode organizar materiais e propor desafios ao participar do brincar das crianças. 
	Segundo Vygotsky (1988), o educador poderá fazer uso dos jogos, brincadeiras, historias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que limite e recrie regras utilizadas pelo adulto. O lúdico pode ser usado como uma estratégia de ensino e aprendizagem, assim o ato de brincar na escola sob a perspectiva de Santos (2002) está relacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam convencê-lo sobre a importância dessaatividade para aprendizagem e para a evolução da criança. É necessário, também, que se estimule a sua autonomia em relação ao autocuidado e que se favoreça a expressão corporal dos sentimentos, sensações, formas de perceber os seres, objetos e fenômenos que as rodeiam.
	 É de extrema importância levar em consideração que as brincadeiras infantis são coisas serias e que podem transformar a vida de uma criança, os governantes, as instituições de ensino, os pais ou responsáveis devem se preocupar em oferecer melhores condições para que o brincar aconteça de forma afetiva. Outro fator importante é a criação de espaços públicos para todos, para isso, faz-se necessário que a população ajude a preservar os espaços públicos; como praças, parques, clubes, dentre outros, e lutem para consegui-los, além dos espaços, é importante que as brincadeiras e os brinquedos estejam presentes, disponíveis nesses espaços, seja eles antigos ou modernos desde que lhe traga diversão e aprendizado. 
	Atualmente, as mudanças de hábitos, a falta de tempo dos pais em programar atividades lúdicas e de lazer com os filhos, os brinquedos industrializados e as novas tecnologias como; tabletes, videogame, internet, etc., todos esses comportamentos acabam interferindo na saúde e qualidade de vida dos seres humanos, principalmente de crianças e adolescentes. Portanto, a responsabilidade dos pais no incentivo de práticas que envolvem o corpo em movimento, incluindo brinquedos, brincadeiras e jogos são de fundamental importância. Pesquisas garantem que a criança que pratica atividade física, brinca, corre, anda de bicicleta, apresenta mais chances de tornar-se um adulto mais ativo e saudável. 
2.1. O brincar e a criatividade	
	 A criatividade não está separada de outras áreas, como a linguagem e a afetividade, sendo um aspecto importante a ser pesquisado por quem pretende lidar com as crianças em suas primeiras interações com o mundo. 
	Para Moyles (2002, p. 83), “a criança, como criadora, aparece na maioria dos contextos lúdicos”. É o que se percebe nos grupos de crianças ao redor de brinquedos de encaixe, jogos de construção, carrinhos, telefones e bonecas ou rolando na grama, subindo em árvores, fazendo bolo de areia. 
	 O RCNEI define que “estas aprendizagens devem estar baseadas não apenas nas propostas dos professores, mas, essencialmente, na escuta das crianças e na compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro na construção do conhecimento” (Brasil, 1998b, p. 30). 
	O brincar na educação infantil requer espaço e tempo mediados pelo professor. Quando fazemos referência à mediação, queremos dizer que as ações do professor antes e durante as brincadeiras devem considerar um espaço e tempo pensado e organizado, proporcionando, assim, interações entre as crianças e os objetos. Ao considerarmos que quem brinca está aprendendo, mesmo que não tenha a intenção da aprendizagem, referimo-nos ao tempo, não àquele que corre no relógio, mas ao tempo significativo para a criança. Cada criança, individualmente ou em grupo, tem um ritmo próprio para explorar, perceber, interagir, questionar, desconstruir e reconstruir pensamentos sobre o que vê e sente. 
	Nessa perspectiva, o professor, ao considerar a criança como sujeito do processo de ensino-aprendizagem, participa mediando interações e significações de seus alunos por meio da prática lúdica. Para que isso ocorra, ele deve ficar atento às linguagens das crianças no momento da brincadeira. O brincar, mesmo quando livre ou espontâneo, requer mediação. 
	Nesse contexto, Hurst, citado por Moyles (2006, p. 200), destaca que “a observação do brincar é, ao mesmo tempo, um processo exigente e gratificante para o profissional, desafiando-o a aprender a partir do que ele observa no comportamento espontâneo da criança”. 
	Durante nossa prática nas instituições de educação infantil, ao observarmos as crianças pequenas diante de um espelho, notamos como estas se comunicavam com suas imagens e com as dos outros, explorando movimentos, percebendo partes do corpo e colocando e tirando objetos como óculos, chapéus etc. É nesses momentos que se percebem as construções no plano da subjetividade de cada uma delas. 
2.2. O valor da brincadeira 
	O brincar é algo imprescindível para existência humana, pois desenvolve situações imaginárias e fantasiosas da realidade de forma a cooperar na capacidade de interpretação do indivíduo, possibilitando a construção de relações sociais com outras pessoas, para um melhor convívio na sociedade. 
	 A brincadeira provoca na criança diversas sensações, principalmente questões individuais do cotidiano que já tenha vivenciado, enfim, promove novas experiências que levam ao desenvolvimento, proporcionando novos conhecimentos, não deixando toda alegria e satisfação do brincar. Vygotsky diz que no contato que as crianças têm com as outras por meios das brincadeiras, permite a compreensão das relações interpessoais, estabelecendo dessa forma sua identidade própria (VIGOTSKY, 2003).
	Nessas brincadeiras, a criança usa seu corpo e movimento como forma de interagir com as outras pessoas e com o ambiente, criando culturas. Essas culturas são baseadas nos valores do jogo, da criatividade e da experiência de movimento. 
	Dessa forma, pode-se entender que as atividades escolares devem ser respeitadas e compreendidas, e as crianças são convidadas a crescer, de forma a desenvolver na criança a capacidade de fornecer conhecimento básico para o seu desenvolvimento. No momento que as crianças estão se divertindo com as brincadeiras, ali também é um momento magico de aprendizado, permitindo as crianças descobrir novas habilidades possibilitando novas descobertas. 
	Quando as crianças brincam, aprendem o que acontece por meio da brincadeira, criando, recriando e repensando seus eventos imaginativos, e desenvolvem o aprendizado de uma forma divertida, mas os jogos nem sempre são guiados na mesma forma. É grátis jogar de diferentes maneiras, o que contribui para com a aprendizagem, que tem a função educativa de promover o crescimento das crianças. 
	Com o intuito de trazer obras mais confiáveis que oferecessem melhores resultados, vislumbraram-se os textos aplicados a uma pesquisa mais qualitativa que propusessem à qualidade das informações sobre o assunto e sobre os pensamentos dos autores e pesquisadores relacionados ao tema, tornou-se essencial ir atrás do acervo da biblioteca do Centro de Educação Infantil da cidade, onde foram buscados livros, revistas e documentos que retratavam sobre a importância do brincar na educação infantil.
	A partir daí o presente artigo embasou-se nessas informações, com o intuito de compreender, explorar e apresentar este tema. Os livros, revistas e documentos encontrados no Centro de Educação Infantil da cidade ajudaram a embasar este artigo. Onde o ponto mais importante foi compreender todos os aspectos relevantes para que se obtenha uma formação adequada e os benefícios que esse conhecimento traz para o futuro professor e para o desenvolvimento integral das crianças.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O objetivo geral desta pesquisa foi apresentar a importância do brincar na educação infantil, com intuito de refletir a importância e como vem sendo desenvolvido o trabalho com o lúdico nos Centros de Educação Infantil. Em contrapartida, analisar as contribuições que um ensino pedagógico oferece para a aprendizagem e para o desenvolvimento das crianças, assim como, para a formação do profissional.
	Os objetivos propostos na pesquisa como pode se verificar foi alcançado, pois o presente artigo decorreu sobre argumentos e citações que nos fizeram entender mais sobre a importância de trabalhar um lúdico de qualidade na educação infantil.	A partir de pesquisa bibliográficas vemos que a criança aprende enquanto brinca. De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas. Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas ealegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro. 
	Ao brincar a criança aprende a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, favorecendo o desenvolvimento da autoconfiança, curiosidade, autonomia, linguagem e pensamento.
	Portanto, o brincar não é apenas uma questão de diversão, mas uma forma de educar, de construir e de socializar. Constata-se que é necessário garantir o direito à educação evitando-se qualquer tipo de trabalho infantil, além de assegurarem-se espaços físicos e recursos materiais adequados para a garantia do brincar dentro dos Centros de Educação Infantil.
	O principal objetivo da brincadeira é explorar. Para uma criança pequena, tudo é experimentado, até jogar e brincar com o prato de comida. A brincadeira é um espaço para explorar sentimentos e valores, assim como para desenvolver suas habilidades. 
	Através do brincar e a partir do sentimento que aflora a cada brincadeira, a criança faz a leitura do mundo e aprende a lidar com ele, recria, repensa, imita, desenvolvendo, além de aspectos físicos e motores, aspectos cognitivos, bem como valores sociais e morais. 
	Nas pesquisas realizadas foi possível perceber que a infância é uma das fases na qual a criança está começando a desenvolver suas habilidades e potencialidades. Portanto, torna-se importante proporcionar-lhes momentos prazerosos e educativos, envolvendo brincadeiras, jogos, brinquedos, histórias, faz de conta, fazendo com que ela se sinta livre para que possa usar sua imaginação. 
	Portanto, trabalhar com o lúdico é importante na construção do conhecimento na educação infantil, pois ela auxilia no desenvolvimento da imaginação, do raciocínio e da criatividade. 
	Conclui-se que o aspecto lúdico voltado para as crianças facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, desenvolve o indivíduo como um todo, sendo assim, a educação infantil deve considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. 
REFERÊNCIAS
ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. 2.edi. Rio de Janeiro: LTC, 1991.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 14° ed. São Paulo, 2011.
KISHIMOTTO, Tizuca Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2006.
KISHIMOTTO, Tizuca Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Thompson Pioneira, 2006.
PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand, 1998.
 VIGOTSKY, L.S. Linguagem Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo: Martins, 1988

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