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P1 NPJ - contestação (2)

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AO DOUTO JUÍZO DA ª VARA DE FAMILIA DO FÓRUM REGIONAL DE 
JACAREPAGUÁ DA COMARCA DA CAPITAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
 
 
AUTOS Nº ..... 
 
 
 
 
 
RAFAEL FERREIRA, brasileiro, casado, contador, portador da carteira de 
identidade nº 0000000000, expedida pelo DETRAN/RJ, inscrito no CPF sob o 
nº 0000000000-00, residente e domiciliado na Rua das Laranjeiras, nº 800 – 
aptº 101 – Laranjeiras – RJ - CEP 20.000-00, com endereço eletrônico 
rf@gmail.com, assistido pelo Núcleo de Prática Jurídica da Universidade 
Cândido Mendes – Centro, e representado pelo advogado infra assinado 
Thiago Luiz Neves de Melo, OAB/RJ 212767, onde recebe as intimações na 
Rua da Assembleia nº 10, térreo, sala 100, CEP: 22147-010 – Centro – Rio de 
Janeiro-RJ, e-mail: fucamcentro@gmail.com, nos autos do processo em 
epígrafe, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no 
artigos 335 e 336 do Código de Processo Civil, apresentar sua 
 
CONTESTAÇÃO 
Nos autos da ação de alimentos proposta por MARIANA FERREIRA, 
menor impúbere, e MARÍLIA FERREIRA, relativamente incapaz, 
representadas e assistidas por sua genitora, MARIA HELENA FERREIRA, 
brasileira, casada, dentista, portadora da carteira de identidade nº0000000000, 
expedida pelo DETRAN/RJ, inscrita no CPF sob o nº0000000000-00, 
residente domiciliado na Praça da Taquara, nº 80 – aptº 304 – Jacarepaguá – 
RJ - CEP 20.000-00, com endereço eletrônico mhf@gmail.com, pelos motivos 
de fato e de direito abaixo aduzidos. 
 
 
 
mailto:rf@gmail.com
mailto:fucamcentro@gmail.com
mailto:mhf@gmail.com,
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA 
CONTINÊNCIA 
O presente reputa-se continente com a Ação de Oferecimento de Alimentos 
sob o nº xxxxxxxxxxx, em trâmite perante o douto Juízo da Vara de Família 
desta Comarca, ajuizada em janeiro de 2021, em que figura no polo ativo o ora 
requerido, e no polo passivo os ora requerentes. 
Não resta, portanto, dúvidas de que ocorrem em ambas as medidas, a 
identidade do objeto, caracterizando a continência, conforme previsto no artigo 
56 do Código de Processo Civil brasileiro. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações 
quando houver identidade quanto às partes e à causa de 
pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange 
o das demais. 
 
Em virtude disso, requer seja acolhida a preliminar, a fim de que estes autos 
sejam remetidos ao douto Juízo da .... Vara de Família, que teve preventa sua 
competência, para se evitar decisões conflitantes ou contraditórias, caso 
decidido separadamente. Segundo as regras dos artigos 56,57 e 58 do Código 
de Processo Civil brasileiro. 
Neste sentido trazemos caso análogo: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS C/C 
GUARDA. CONTINÊNCIA COM AÇÃO DE 
REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA COMPARTILHADA E 
CONVIVÊNCIA. PREVENÇÃO. 1 - Dá-se a continência 
entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade 
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de 
uma, por ser mais amplo, abrange o das demais (art. 56 
do CPC). 2 - De acordo com os arts. 58 e 59 do CPC, a 
reunião das ações propostas em separado far-se-á no 
juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente, 
sendo certo que o registro ou a distribuição da petição 
inicial torna prevento o juiz. AGRAVO CONHECIDO E 
PARCIALMENTE PROVIDO. 
(TJ-GO - AI: 00030814520208090000, Relator: Des(a). 
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 
06/04/2020, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 
06/04/2020). 
 
Outro julgado: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA. SENTENÇA QUE 
RECONHECEU LITISPENDÊNCIA ENTRE PROCESSOS E 
EXTINGUIU O FEITO. PLEITO DE DESCONSTITUIÇÃO DO 
DECISUM. ACOLHIMENTO. CASO DE CONTINÊNCIA. 
Caso dos autos em que a ação proposta pelos apelantes, 
embora posterior, é mais abrangente, contemplando a 
concessão da guarda de suas duas netas, o que 
evidencia caso de continência com a demanda proposta 
pela apelada (processo nº 047/1.18.0000283-2), que trata 
apenas da concessão da guarda de uma delas em face do 
genitor, a exigir a desconstituição da sentença e reunião 
dos processos para instrução e julgamento conjuntos, 
nos termos do artigo 57 do CPC/2015. Apelação provida. 
Sentença desconstituída. (Apelação Cível Nº 
70080219728, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do 
RS, Relator: José Antônio Daltoe Cezar, Julgado em 
28/02/2019). 
(TJ-RS - AC: 70080219728 RS, Relator: José Antônio 
Daltoe Cezar, Data de Julgamento: 28/02/2019, Oitava 
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do 
dia 12/03/2019) 
“Reconhecendo a existência de conexão, deve o juiz determinar, de ofício, a 
remessa dos autos ao juízo competente.” 
"O simples despacho exarado pelo juiz da causa, independentemente de ser 
ele meramente preparatório, torna prevento o magistrado, sendo irrelevante 
aferir-se em qual feito instaurou-se a relação processual em primeiro lugar." 
 
 
BREVE RELATO DOA FATOS 
O alimentante após a separação com Maria Helena Ferreira, que ocorreu em 
julho de 2020, vem pagando a titulo de pensão alimentícia a quantia de 4 
salários mínimos, bem como, o pagamento de previdência privada para suas 
filhas, independente de decisão judicial. Propôs em Janeiro de 2021, ação de 
oferecimento de alimentos no qual oferta a quantia de 1 salário mínimo, o 
equivalente a ½ salário para cada filha, a titulo de pensão alimentícia, em 
virtude da drástica redução de salário, pois o mesmo, foi demitido da Empresa 
X em novembro de 2020, rescisão em anexo. 
A genitora propôs esta ação de alimentos, no qual ficou fixado em 5 salários 
mínimos e o pagamento da previdência privada no valor de R$500,00 para 
cada filha, alegando que o alimentante tem ganhos próximos a 10 salários 
mínimos. 
 
 
CAPACIDADE FINANCEIRA 
A situação fática, exposta no tópico anterior, revela que o alimentante tivera 
sua situação financeira drasticamente reduzida. A mudança de moradia, a 
perda de emprego, as despesas fixas, sem dúvida, trouxera esse destino, 
máxime diante da prova documental carreada com esta peça vestibular. 
Cabe ressaltar, que em consequência, houve a necessidade de retorno a 
moradia de sua genitora, por conta da recente situação financeira, que não dá 
a possibilidade de pagamento de aluguel. 
O alimentante vem trabalhando como autônomo e seus ganhos mensais 
chegam a 2 salários mínimos, e mesmo trabalhando como autônomo a falta de 
clientela é impossível adimplir 5 salários mínimos, 2,5 Salário mínimos a para 
cada filha, bem como, a pagamento da previdência privada no valor de R$ 
500,00 para cada filha. 
 
 
OFERECIMENTO DE ALIMENTO 
Nos autos de Oferecimento de Alimentos, que tramita perante o Juízo da Vara 
da Família, sob o nº XXXXXXXXXX, o requerido pretende pensionar os 
requerentes para que não lhes advenham prejuízos decorrentes da falta de 
amparo material. 
 
Para tanto, ofereceu como pensão alimentícia o equivalente a R$ 1.100,00 
cumprindo relevar que tal valor apresenta-se como suficiente para atender às 
necessidades básicas das requerentes, sendo que a virago, ora detentora da 
guarda, dispõe de renda suficiente para as próprias despesas e daqueles que 
estão sob seus cuidados. A genitora é dentista possui consultório próprio. 
Convém ressaltar ainda que a obrigação alimentar não pode ser imputada 
somente ao genitor, mas à ambos os pais dos menores, em igualdade de 
condições, nos termos do art. 1.566, inciso IV e 1703 ambos do Código Civil. E 
mais, os menores estudam em escola pública e não tem convênio médico, 
necessitando apenas do necessário a sua subsistência. 
 
Nesse sentido destacamos as Jurisprudências abaixo: 
Ementa - APELAÇÃO CÍVEL - FAMÍLIA - ALIMENTOS - 
PENSÃO - VALOR - FIXAÇÃO - TRINÔMIO CAPACIDADE / 
NECESSIDADE /PROPORCIONALIDADE - OBRIGAÇÃO 
FAMILIAR: AMBOS OS PAIS - 1. Os alimentos são fixados 
em proporção à necessidade do alimentando e à 
possibilidade do alimentante, atentando-separa a 
condição econômico-financeira das partes. 2. A 
obrigação de prestar alimento aos filhos menores deriva 
do poder/dever familiar e incumbe a ambos os genitores, 
devendo cada qual contribuir na medida de sua 
capacidade. (TJ/MG - AC 10024097463202003 MG -Órgão 
Julgador -Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL - 
Publicação 14/02/2014 - Julgamento 11 de Fevereiro de 
2014 - Relator Oliveira Firmo). 
 
Contudo, comprometido com o sustento dos suas duas filhas, o Requerido 
requer a fixação dos alimentos aos menores no valor de R$ 1.100,00 mensais, 
correspondente a 50% do salário mínimo vigente, eis que referidos valores 
estão dentro das suas atuais condições financeiras e dentro das necessidades 
das crianças, sempre observando no caso, o binômio 
necessidade/possibilidade, conforme dispõe o art. 1694, § 1º do Código Civil. 
 
 
 ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Quanto aos alimentos fixados provisoriamente no valor de R$ 5.500,00, 
devidos a partir da citação, requer a reconsideração, visto que fixado sem 
qualquer informação da sua real situação financeira nos presentes autos e dos 
comprovantes de gastos mensais dos autores, não podendo o requerido arcar 
com tal valor na forma fixada, mas tão somente no valor que pode pagar 
atualmente de R$ 1.100,00, que corresponde 50% de seu ganho atual. 
 
 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Pleiteia se o alimentante que se digne V. Exa., em deferir os benefícios da 
Justiça Gratuita, nos temos do art. 5°, inciso LXXIV da Constituição Federal, 
das leis 1060/50 e 7510/86, bem como a Resolução n°08/97, que dá nova 
redação ao caput do artigo 595 e artigo 599 do Código de Normas da 
Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, uma vez que não 
tem condições econômico-financeiros para arcar com as custas judiciais e 
honorários advocatícios se, com isso, se comprometer sua própria subsistência 
e manutenção, situação que se comprova mediante documentos e Declaração 
de Hipossuficiência Econômica e de Patrocínio gratuito(anexo), hábeis para 
demonstrar sua incapacidade financeira do requerente. 
Cabe ressaltar, que por este motivo, encontra-se o requerente assistido pelo 
Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Candido Mendes – Centro. 
 
 
PEDIDOS 
Assim colocado e o mais que será suprido pelo notório saber jurídico de V. 
Exa., tanto assim na instrução da lide, requer seja acolhida a preliminar de 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA - CONTINÊNCIA, remetendo os autos do douto 
Juízo da ª Vara de Família, e assim evitar decisões conflitantes. 
No mérito, Julgar IMPROCEDENTE o valor pretendido na inicial, para ao 
final acatar a tese da presente defesa, para fixar a obrigação alimentar no 
valor ofertado na presente contestação de R$ 1.100,00 mensais, tendo em 
vista os parcos rendimentos do requerido. 
Que sejam deferidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, com fulcro na 
Constituição Federal de 1988, na Lei nº 1.060/50, com as alterações 
introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com à custa 
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de 
sua família. 
Sejam condenados os requeridos ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios 
 
Seja ocolhido e fixado o valor de 1 Salário Mínimo vigente, equivalente a ½ 
salário mínimo para cada alimentada, a título de pensão alimentícia, sem 
prejuízo de uma eventual ação revisional de alimentos se sobrevier melhora na 
situação financeira do alimentante. 
 
Determinar a INTIMAÇÃO DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
com atribuições perante esse Juízo para acompanhar o feito até o final, na 
qualidade de custos legis; 
 
 PROVAS 
 
Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial 
por meio documental , depoimento das partes e também da oitiva de 
testemunhas arroladas oportunamente, bem como as que se fizerem 
necessários 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 13.200,00 (treze mil e duzentos reais). 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Rio de Janeiro, 5 de março de 2021. 
 
 ________________________________ 
 THIAGO LUIZ NEVES DE MELO 
OAB/RJ nº 212767-e 
Núcleo de Prática Júridica da Universidade Candido Mendes – Centro 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
 
 Denise ferreira CPF nº000000000-00, RG nº00000000000, residente e 
domiciliado à Rua das Laranjeiras, nº 800 – aptº 101 – Laranjeiras – RJ - CEP 
20.000-00. 
 
Julia Campos, CPF nº0000000000-00, RG nº000000000, residente e 
domiciliado à Praça da Taquara, nº 80 – aptº 303 – Jacarepaguá – RJ - CEP 
20.000-00.

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