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Leucose Enzóotica Bovina: Definição: degeneração de leucócitos- alteração de sentido neoplásicos em leucócitos, apesar de ser enzoótica acredita-se que hoje é uma zoonose- câncer de mama em mulheres que tomam leite de animais contaminados. É uma doença infecciosa, contagiosa, e está associada em quadros de linfoproliferação- alta taxa de mitose. O agente etiológico é o vírus da leucemia bovina (BLV) é um retrovírus oncogênico. Acomete principalmente bovinos. Na bovinocultura tem perdas financeiras relacionada ao diagnóstico, queda de produtividade, morte de animais, condenação de carcaças, proibição de exportações. É uma doença de curso longo, a medida que o animal envelhece a expressão do vírus aumenta, então rebanhos que mantem o animal por muito tempo tem mais chance de aparecimento dos sinais clínicos- aumenta a chance do animal ser infectado. Esse vírus é principalmente encontrado em gado de leite, porque os animais permanecem na propriedade por mais tempo, especialmente em esquema de produção de pequena propriedade. Etiologia: fazem parte da ordem Ortovirales, família: retrovidae, subgênero: oncovirinae (potencial de causar neoplasia) gênero: retrovírus. Está relacionado com o Vírus T-linfotrópico humano e o vírus linfotrópico de células T dos símios 1- lança a suspeita de ser uma zoonose. É um vírus RNA de 2 fitas positivas, esférico, possui 3 camadas: envelope, capsídeos, genoma formado por nucleoproteína, com o diâmetro de 80 a 130nm. Pode-se apresentar de duas formas, matura- com a diminuição do capsídeo em relação ao volume viral e imatura- onde as proteínas do capsídeo estão expressas em maior quantidade. A estrutura do genoma a primeira parte tem proteínas virais estruturais e de regulação (especialmente proteína K e G4 que interferem no metabolismo da célula hospedeira) e enzimas especialmente a enzima retroviral (transcriptase reversa- em determinado momento, esse vírus expressa essas proteínas que desligam o metabolismo proteico da célula hospedeira para que o vírus sintetize suas próprias proteínas. ➔ Há associação com algumas nucleoproteínas, nucleoproteases que clivam suas próprias proteínas da célula hospedeira e algumas glicoproteínas de superfície do vírus que são sempre candidatas a produzirem vacina- por isso o problema da mutação delas impedem a produção da vacina contra o retrovírus. Fatores de virulência: ➔ Inserção do genoma viral: alteração de genes (p53)- proteína do hospedeiro que sinaliza que a célula se tornou um célula neoplásica- ativa a via da apoptose para não prejudicar o organismo. A p53 para de funcionar. ➔ Ação da enzima dUTPase: indisponibilidade de nucleotídeo contendo uracila, indisponibiliza uracila para o DNA da célula do animal ➔ Expressão da proteína Tax- inibe a síntese de proteínas da célula hospedeira. Sensibilidade: ➔ Temperatura de 56° C durante 30 min ➔ Congelamento e descongelamento ➔ Solventes orgânicos e detergentes lipídicos: álcool, éter, cloro, iodo, clorofórmico ➔ Beta-propiolactona com irradiação UV. Epidemiologia: Não é uma doença de controle oficial, não é obrigatório fazer exame. É uma doença natural de bovinos, bubalinos e já foram identificados em capivara. Foi experimentalmente em ovinos, caprinos e coelhos. A infecção a pode ser horizontal por via iatrogênica: como agulhas, equipamentos e procedimentos e vertical da vaca para o feto- pasteurizar o colostro. Dentre os fatores de risco tem-se a presença de portadores assintomáticos, compra de animal sem exames, reaproveitamento de agulhas, reaproveitamento de luvas de toque. Patogenia: a viremia ocorre 2 semanas após a infecção, mitose da célula infectada propaga o vírus atingindo linfócitos (sofre muita mitose) a medida que os linfócitos vão sofrendo mitose, os linfócitos ajudam na propagação do vírus. As proteínas Tax e G4 começam a interferir no metabolismo do linfócito- a célula perda o controle do ciclo celular. Ciclo viral: o vírus adsorve, entra na célula, libera o RNA, que é transcrito em DNA, DNA entra incorporado no núcleo, faz a transcrição de RNA e a partir do RNA forma as cadeias glicopeptídicas das proteínas virais. É montado o vírus, feito o brotamento muito semelhante ao retrovírus da anemia infecciosa equina. O mecanismo da doença se dá através da infecção de linfócitos B, altera o genoma da célula hospedeira- incorpora o DNA e perde o controle da velocidade do ciclo celular. Os animais jovens conseguem controlar a replicação viral, mas em algum momento se perde o controle do sistema imune a célula que já é alta em mitoses começa a se intensificar mais forma tumores. Sinais clínicos: os sinais clínicos são decorrentes das presenças físicas dos sinais clínicos no individuo infectado e criar uma massa. Por exemplo, massa perto da medula- animal apresenta paresia. A maioria dos bovinos não apresentam sinais clínicos, mas quando apresenta diversidade de local, visto que os linfonodos estão em diferentes partes do corpo, linfonodos aumentados em determinada região- diferencial para tuberculose. Gera síndromes como vômito, diarreia, timpanismo (se tiver tumorações nas regiões do TGI), CCS aumentada no leite (mastite), exoftalmia (crescimento de massa no olho). Os sinais súbitos: paresia e paralisia- andar incoordenado, devido a compressão de medula- diferencial de raiva. O animal pode ter uma morte súbita Diagnóstico: o diagnóstico pode ser clínico (dependendo da suspeita- aumento de linfonodos), epidemiológico (histórico de ocorrência prévia), anatomopatológico, laboratorial (histopatológico, hematológico, indireto e direto). ➔ Anatomia patológica: • Tumores: 0,1 a 10% dos infectados, idade superior a 3 anos • Órgãos linfoides: baço, linfonodos, GALT (tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal) • Outros órgãos: coração (epicárdio), rim, medula ➔ Hematológico: linfocitose persistente: • 30 a 70% dos 1% infectados apresenta; • Aumento de 3 desvios padrão em relação ao valor normal: aumento da proliferação, redução do apoptose. ➔ Diagnóstico direto: isolamento viral, biologia molecular- PCR. ➔ Diagnóstico indireto: sorológico através de ELISA e imunodifusão em gel ágar (IDGA). ➔ Diferencial: raiva, mastite e tuberculose Prevenção e controle: Prevenção: examinar animais a serem adquiridos, cuidados com perfurocortantes, desinfecção de utensílios, pasteurização de leite Controle: intensificar medidas de prevenção; identificação de portadores, pasteurização do colostro.
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