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Doenças Exantemáticas Infecciosas na infância

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Guilherme Okoti de Melo 
Doenças Exantemáticas Infecciosas 
na infância 
➢ Processos infecciosos, frequentes na infância, nos quais a erupção cutânea 
generalizada aguda é a característica dominante. 
Etiologia 
 Vírus, mais comum 
 Bactérias 
 Parasitas 
Mecanismo 
... a erupção cutânea ocorre por: 
▪ Invasão e multiplicação direta na pele, p. ex. varicela 
▪ Toxinas, p. ex. escarlatina via agente sistêmico na corrente sanguínea 
produtor de toxinas que atuam na pele 
▪ Ação imunoalérgica com expressão na pele 
▪ Dano vascular via meningococcemia 
Tipos de lesões 
o Máculas: lesões planas, não 
palpáveis, de coloração rosa ou 
vermelha, a depender do ag. 
etiológico 
Vasculossanguíneas 
Pigmentares 
o Pápulas/ Placas: lesões 
circunscritas, pequenas e 
palpáveis 
Pápula: <1 cm de diâmetro 
Placas: >1 cm de diâmetro 
 
o Vesículas/ Bolhas: lesões 
circunscritas elevadas com 
líquido 
Vesículas: <1 cm de diâmetro 
Bolhas: >1 cm de diâmetro 
o Pústulas: lesões com líquido 
purulento 
o Púrpuras: lesões arroxeadas, 
secundárias a hemorragia 
cutânea 
Petéquia: <1 cm de diâmetro, 
puntiforme, que não desaparece 
à digitopressão 
Equimose
Não infecciosos: 
 Farmacodermia: 
hipersensibilidade a 
medicamentos 
Comentado [GOdM1]: As erupções, muitas vezes, são 
clinicamente indistinguíveis e, dependendo do agente 
etiológico, a identificação só poderá ser determinada 
por métodos laboratoriais. 
Comentado [GOdM2]: 
Apertou e desapareceu? Pápula. 
Não desapareceu? Equimose ou petéquia. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
Classificação das lesões 
o Maculopapular, mais comum 
o Morbiliforme: máculas e 
pápulas avermelhadas 
com áreas de pele sadia, 
p. ex. sarampo 
o Rubeoliforme: pápulas de 
coloração rósea, 
entremeadas com áreas 
de pele sadia, p. ex. 
rubéola 
o Escarlatiniforme: 
acometimento difuso, 
puntiforme e uniforme, 
áspero ao toque, sem 
áreas de pele sadia, p. 
ex. escarlatina 
o Urticariforme: 
pápuloeritematoso com 
contornos irregulares, 
pruriginosas, p. ex. 
coxsakioses 
o Papulovesicular: sucessão de 
maculopápulas, p. ex. varicela 
o Vesículas 
o Pústulas 
o Crostas 
o Purpúrico: extravasamento de 
hemácias via meningococcemia 
 
Diagnóstico 
 Anamnese 
 Idade 
 Procedência 
 História da febre 
 Outros sintomas 
 Tipo de exantema 
 Sintomas associados 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
 Uso de medicamentos 
 História vacinal 
 Viagens 
 Contato com outros casos 
 Exame Físico 
 Estado geral 
 Meningococcemia 
 Tipo de lesão de pele 
 Adenomegalias (rubéola e 
mononucleose) – 
características e localização 
 Hepatoesplenomegalia 
 Sinais típicos 
 Manchas de Koplik 
(sarampo), contralateral 
aos molares, antes do 
exantema 
 
|Eritema infeccioso – parvovírus B19 
➢ Em qualquer idade, mas, principalmente, em crianças de 5 a 12 anos. 
 Quadro Clínico 
Período de incubação, de 4 a 14 dias, podendo ser de até 28 dias 
 Crise aplásica, por parada transitória na produção de hemácias com 
contagem de reticulócitos próxima a zero e queda brusca da 
hemoglobina sérica – mais comum em indivíduos que apresentam 
anemias hemolíticas crônicas, p. exs. talassemia ou anemia falciforme. 
 Transfundir, se. 
Período prodrômico, após a inoculação 
 Mal-estar, febre, rinorreia, cefaleia – ausentes ou inespecíficas 
 Não altera o estado geral. 
Período exantemático, cerca de 6 a 10 dias após a inoculação, podendo estar 
acompanhado de outros sintomas 
 Exantema maculopapular, autolimitado e 
benigno, iniciando-se em região zigomática, 
poupando a região perioral – “face 
esbofeteada” – que se estende ao tronco e 
às partes proximais dos membros; 
empalidecimento central das lesões recém-
formadas 
 Prurido 
 Artrite 
Comentado [GOdM3]: Só se propaga em células 
derivadas da medula óssea humana ou em sangue do 
cordão umbilical, porque necessita de fatores das 
células hospedeiras que estão presentes somente em 
células estimuladas por eritropoetina. 
→ Pode atravessar a placenta e causar infecção fetal a 
partir da 6ª semana de gravidez, causando anemia fetal 
profunda, insuficiência cardíaca de alto débito, 
hidropsia fetal, aborto e óbito fetal. 
→ É transmitido até a aparição do exantema, por meio 
de gotículas grandes, provenientes da via respiratória, 
e por excreção viral nasofaríngea. Também pode ser 
transmitido em transfusões de sangue e 
hemoderivados. 
Comentado [GOdM4]: Autolimitadas com duração de 
7 – 10 dias e raramente recorrem. 
→ A principal diferença laboratorial entre estas crises e 
as de sequestro esplênico é a presença de 
reticulocitopenia na crise aplástica e reticulocitose na 
de sequestro. 
Comentado [GOdM5]: Presença de exantema 
papulopurpúrico de predomínio distal, com distribuição 
em mãos e pés? Síndrome "das luvas e meias". 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
 Não precisa e isolamento – fenômeno imune. 
? Recidiva do exantema, durante uma a três semanas, após exercícios 
físicos, exposição ao sol, estresse e banhos quentes. 
 Diagnóstico 
Clínico 
Laboratorial 
? Sorologia (IgM ou IgG anti-B19), reservado para grupos de risco ou 
pacientes com quadro clínico fora do habitual. 
? PCR ? Hibridização do ác. 
nucleico 
Diferencial 
 Sarampo 
 Rubéola 
 LES 
 Tratamento: uso de sintomáticos, se. 
 Imunoglobulina, em gestantes e anêmicos 
|Exantema súbito – herpes vírus humano tipos HHV-6 e HHV-7 
➢ Típica da fase mais precoce da infância, com pico de prevalência de 6 a 15 
meses, sendo mais comum em <11 meses – queda dos anticorpos maternos. 
 Período de incubação: 10 dias 
 Quadro Clínico 
 Em geral, não altera o estado geral. 
 Febre alta sem nenhum outro sintoma, com duração de 3 a 5 dias 
 Crise convulsiva febril 
 Exantema maculopapular difuso, 
após 12 a 24 horas do último pico 
febril, com progressão 
craniocaudal, com duração de 3 a 
7 dias, sem novos picos febris no 
período 
? Recidiva do exantema. 
 Diagnóstico 
Clínico 
Laboratorial 
Comentado [GOdM6]: → A transmissão ocorre até o 
fim da febre, a partir de indivíduos portadores e sadios 
por meio de saliva ou secreções e penetra no 
organismo hospedeiro pela mucosa oral, nasal ou 
conjuntival. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
? Sorologia (IgG para HHV-6), reservado para grupos de risco ou 
pacientes com quadro clínico fora do habitual. 
? PCR 
Diferencial 
 Sarampo  Rubéola 
 Tratamento: uso de sintomáticos, se. 
 Antitérmicos 
? Ganciclovir: sobre o HHV-6, em casos incomuns ou em que há 
morbidade significativa 
|Mononucleose infecciosa – Epstein-Barr vírus 
➢ A infecção primária pode ocorrer na infância e em geral é assintomática. 
 Período de incubação: 6 semanas 
 Quadro Clínico 
 Fadiga 
 Faringite com exsudato 
 Linfonodomegalia 
 Exantema maculopapular
 Diagnóstico 
Clínica 
Laboratorial 
 Hemograma: leucocitose com linfocitose (20-40% linfócitos atípicos) 
? Anticorpos heterofilos 
 Anticorpos específicos (IgM para VCA) 
? Antígenos precoces 
 Tratamento 
 ATB, sem resposta 
 Rash da ampicilina 
 Corticoide, em obstrução de VAS 
|Sarampo – Paramyxovirus 
➢ Condição infecciosa aguda, transmissível e 
extremamente contagiosa. 
 IgM: indica infecção ou vacinação recente 
 IgG: indica infecção anterior ou imune 
 Quadro Clínico 
Comentado [GOdM7]: De acordo com o período de 
diminuição da febre e surgimento do exantema. 
Comentado [GOdM8]: → A transmissão ocorre até 6 
meses depois da infecção, por meio de saliva ou 
secreções. 
Comentado [GOdM9]: → O contágio se faz por 
gotículas contaminadas que entram em contato com as 
vias aéreas desde dois dias antes do início dos 
pródromos (viremia primária, período de maior 
disseminação), até quatro dias após o aparecimento do 
exantema (viremia secundária). 
→ Em razão de a vacinação específica ser utilizada de 
forma rotineira no calendário básico vacinal, o sarampo 
manifesta-se, na maioria das vezes, emcrianças ou 
adultos não vacinados. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
 Altera o estado geral. 
Viremia primária, período de incubação 
 Febre baixa a moderada 
 Tosse seca 
 Coriza 
 Conjuntivite e fotofobia
Período prodrômico 
 Manchas de Koplik: pontos branco-
acinzentados pequenos e com discreta 
hiperemia que surgem no revestimento 
interno das bochechas, mais 
frequentemente na região oposta aos 
dentes molares, desaparecendo em até 
48h após seu surgimento 
Período exantemático 
 Exantema maculopapular, morbiliforme, via reações imunoalérgicas 
com distribuição centrípeta com progressão craniocaudal, iniciando-se 
na região retroauricular e no pescoço, evoluindo para região torácica e 
dorso e, finalmente, para os membros 
 Febre  Fotofobia 
Viremia secundária 
 Acometimento de pele, conjuntiva e mucosa do trato respiratório. 
 Diagnóstico 
Clínico, com notificação compulsória 
 Deve-se suspeitar em todo paciente que apresenta febre e exantema 
maculopapular, acompanhado dos seguintes sinais e sintomas: tosse 
e/ou coriza, conjuntivite com ou sem fotofobia, independentemente da 
idade e da situação vacinal. 
Laboratorial, em todos os casos suspeitos 
 Sorologia: IgM e IgG 
 RT-PCR 
 Isolamento do 
Paramyxovirus 
Diferencial 
 Rubéola 
 Tratamento: medidas de apoio clínico e uso de sintomáticos. 
 Antitérmico  Vit. A: reduz 
morbimortalidade 
Comentado [GOdM10]: → Começa a esmaecer em 
torno do 3º ou 4º dia, na mesma sequência que 
apareceu, deixando manchas acastanhadas. 
Comentado [GOdM11]: Febre persistente após o 4º do 
exantema impõe minucioso exame clínico à procura de 
infecção bacteriana secundária. 
Comentado [GOdM12]: Fatores de risco e 
comorbidade: imunodeficiência, evidências de 
hipovitaminose A, cegueira noturna, manchas de Bitot 
ou xeroftalmia, doença intestinal, má absorção e 
desnutrição moderada 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
? ATB profilático: evita 
complicações 
 Hidratação. 
 Repouso. 
? Lavagem ocular com SF. 
? Internação.
 Prevenção 
 Tríplice viral (SCR) aos 12 meses de vida 
 Tetra viral (SCR+V) aos 15 meses de vida 
... pós-exposição 
 Vacinação de bloqueio, em até 72h da exposição, apenas em 
indivíduos sem esquema vacinal completo. 
 Imunoglobulina, em portadores de imunodeficiência e gestantes 
 Complicações: quando a febre e os sintomas respiratórios do sarampo não 
cederem após o 4º dia de exantema, ou se ocorrer agravamento, deverá 
suspeitar-se de complicações bacterianas, uma vez que a mucosa lesada 
pelo vírus está suscetível à invasão bacteriana secundária. 
 OMA 
 Pneumonia 
 Encefalite 
|Rubéola – togavírus 
 Formas 
o Congênita, verticalmente 
o Adquirida, horizontalmente 
 Diagnóstico 
Clínico 
 Exantema maculopapuloso craniocaudal com duração inferior a três 
dias, conjuntivite sem fotofobia, febre baixa ou inexistente e 
linfonodomegalia em regiões retroauricular, pós-occipital e cervical 
posterior precedendo o exantema. 
Laboratorial 
? Sorologia: principalmente IgM, para rastreamento em grupos de risco, 
p. ex. gestantes 
Diferencial 
 Todas as doenças exantemáticas, quadros alérgicos, 
inclusive de origem medicamentosa, e enteroviroses. 
 Tratamento: uso de sintomáticos, sem terapia antiviral específica 
Comentado [GOdM13]: A transmissão ocorre por meio 
da inalação de gotículas respiratórias em suspensão no 
ar ou pelo contato direto com o caso-índice. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
 Antitérmicos 
 Analgésicos 
 Prevenção 
 Tríplice viral (SCR) aos 12 meses de vida 
 Tetra viral (SCR+V) aos 15 meses de vida 
... pós-exposição 
 Vacinação de bloqueio. 
 Imunoglobulina, em gestantes 
 Complicação: 
 Sd. da rubéola congênita, em gestantes 
 
|Varicela – herpesvírus varicela-zóster 
 Quadro Clínico 
Período de incubação, viremia subclínica breve, de 10 a 21 dias 
 Febre baixa, mal-estar, anorexia e cefaleia, entre 24 e 48h antes da 
erupção das lesões cutâneas – inespecíficos, raramente subclínica 
Período exantemático 
 Exantemas papulovesiculosos pruriginosos, iniciando se em face e 
couro cabeludo com progressão craniocaudal; as lesões transformam-
se em vesículas com paredes muito finas que se rompem com 
facilidade, repletas de um líquido claro, 
formando crostas – polimorfismo regional 
 Intenso prurido 
 Febre 
 Diagnóstico 
Clínico 
Laboratorial 
? PCR, principalmente em imunodeprimidos 
Diferencial 
 Impetigo 
 Estrófulo 
 Escabiose 
 Tratamento: uso de sintomáticos, se. 
Comentado [GOdM14]: Apresenta neurotropismo, 
resultando em infecção latente nas células dos gânglios 
sensitivos em todos os indivíduos que apresentam ou 
apresentaram. 
→ A reativação subsequente do vírus latente da 
varicela causa herpes-zóster, um exantema vesiculoso 
que geralmente exibe distribuição em dermátomos - 
quando acometido, mostra-se extremamente dolorido. 
 → A transmissão ocorre até que todas as vesículas 
tenham desenvolvido crostas, por meio de secreções 
respiratórias, líquido das lesões cutâneas ou por 
propagação aérea, microgotículas e por transmissão 
vertical. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
 Antitérmicos 
 Anti-histamínicos 
 Evitar contaminação bacteriana nas feridas. 
? Aciclovir, não recomendado rotineiramente em crianças saudáveis 
? Cefalosporina, se infecção bacteriana secundária 
 Prevenção 
 1ª dose: Tetra viral (SCR+V) aos 15 meses de vida 
 2ª dose: formulação isolada aos 4 anos de vida 
... pós-exposição 
 Vacinação de bloqueio. 
 Imunoglobulina (VZIG), em RN de gestantes com varicela 
|Doença mão-pé-boca – Coxsackievirus (A16 ou A10) e enterovírus (71) 
➢ Benigna, autolimitada, mas altamente contagiosa, sendo mais frequente em 
menores de 5 anos. 
 Quadro Clínico 
Período de incubação, de 4 a 6 dias 
Período prodrômico, após 3 a 5 dias 
 Febre alta no início do quadro 
Período exantemático 
 Exantemas avermelhados com vesículas branco-acinzentadas centrais 
em amígdalas, palato e mucosa jugal, que podem evoluir para 
ulcerações dolorosas 
 Dor de garganta e recusa alimentar, devido às lesões 
 Desidratação: dificuldade de ingesta de líquidos pelas 
lesões aftosas na cavidade oral que algumas vezes 
resultam em dificuldade de engolir a própria saliva. 
 Irritabilidade 
 Exantemas vesicolobolhosos em palpas das mãos e plantas dos pés – 
podem aparecer ainda na região genital e nas nádegas 
 Diagnóstico 
Clínico 
Laboratorial, em manifestações neurológicas 
? PCR 
Comentado [GOdM15]: Apresenta tropismo pelo TGI e 
causa estomatite, lesões aftoides em cavidade oral, 
herpangina e a própria sd. “mão-pé-boca”. 
Comentado [GOdM16]: A doença é autolimitada, com 
duração de 5 a 7 dias. A manifestação nem sempre é 
completa, podendo haver apenas lesões orais ou 
amigdalianas. 
→ Três a oito semanas após a infecção aguda pode 
ocorrer onicomadese, que é o descolamento da unha a 
partir da sua base, nas mãos e/ou pés. 
Comentado [GOdM17]: ... em menores de 5 anos de 
idade: 
x mioclonia 
x tremores, ataxia 
x paralisia dos nervos cranianos 
... lesões nos neurônios do SN autônomo? Pode haver 
falência cardiorrespiratória (sudorese fria, hipertensão, 
taquicardia, taquipneia e hiperglicemia) – disfunção 
cardíaca e edema pulmonar. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
? Sorologia 
 Tratamento: uso de sintomáticos, se. 
 Isolamento de contato. 
 Adequada higiene das mãos. 
? Internação, se lesões mão-pé-boca acompanhada de desidratação. 
? Imunoglobulina EV, em casos graves 
 
|Escarlatina – Streptococcus pyogenes, estreptococos beta hemolítico do grupo A 
➢ Infecção bacteriana mais frequente em crianças >5 anos de idade – é 
incomum em <3 anos. 
 Período de incubação: de 2 a 5 dias – após o contato, o estreptococo adere 
às células epiteliais respiratórias e, pela ação das enzimas digestivas 
extracelulares, há a propagação da infecção e formação de exsudato com 
intenso processo inflamatório local. 
Quadro Clínico 
 Altera o estado geral. 
 Faringoamigdalite associada à febre alta e erupção cutânea 
 Exantema escarlatiniforme, iniciando de 12 a 24 horas após o 
início do quadro febril e se caracteriza pelo seu aspecto típico, 
micropapular, confluente e que confere à pele textura áspera, 
iniciando no pescoço e 
pregas cutâneas e 
estendendo-se o ao 
restante do corpo em 
cerca de 24 horas, 
acometendo mãos e pés, 
mas poupando regiões 
palmares e plantares 
 Língua saburrosa: esbranquiçada 
 Língua “em fambroesa”: a camada 
esbranquiçada se desprende após 
o 3º ou 4º dia de doença, surgindo 
Comentado [GOdM18]: Produtor de toxina 
eritrogênica. 
→ A transmissão ocorre até o fim da febre, de pessoa a 
pessoa, por meio de gotículas de portadores sadios ou 
infectados, durante a doença aguda, mais comumente 
durante os meses frios e em locais com alguma 
aglomeração, como escolas e creches. 
Comentado [GOdM19]: Geralmente, os lactentes são 
menos afetados em função da existência de anticorpos 
maternos circulantes, bem como à falta de receptores 
faríngeos para fixação estreptocócica. 
Comentado [GOdM20]: Após aproximadamente cinco 
a sete dias, inicia-se a descamação, que pode durar até 
3 a 8 semanas, do tipo laminar nas extremidades. 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
hipertrofia e hiperemia das papilas linguais 
 Sinal de Filatov: palidez perioral 
 Sinal de Pastia: linhas que não somem a digitopressão 
 Odinofagia: tonsilas com edema, hiperemia e exsudato purulento 
 Anorexia 
 Recusa alimentar 
? Dor abdominal 
? Adenomegalia cervical e submandibular 
 Diagnóstico 
Clínico 
Laboratorial 
? Swab de orofaringe – o estreptococo do grupo A pode ser habitante 
comum da região 
? Teste de antígeno rápido 
 Tratamento: de todas as crianças com faringite, independentemente da 
apresentação ou não do quadro clássico de escarlatina. 
 Penicilina benzatina: 600.000 UI para crianças <25 kg e 1.200.000 UI 
para >25 kg, em dose única 
Alternativo: Amoxicilina, Eritromicina ou Clindamicina, por 10 dias 
 Isolamento do paciente doente até 24 horas após a primeira dose do 
antibiótico – após esse período a doença não é mais transmissível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guilherme Okoti de Melo 
Síndrome da pele escaldada estafilocócica 
Ocorre quando há quebra das barreiras protetoras da pele, permitindo a infecção 
pelas toxinas produzidas pelos S. aureus. 
<5 anos, com evolução rápida 
Exantemas maculopapular doloroso causada por alteração na desmogleína com 
desprendimento da epiderme da camada granulosa → descamação superficial da 
pele 
Sd da pele escaldada: ATB (oxacilina) e de suporte 
 
Meningococcemia 
Cefaleia, vômito e febre? Meningite. 
+ Sinal de irritação meníngea e exantema (petéquia)? Meningococcemia. 
Cefatrexona + monitorização 
Sem sinal de irritação meníngea e exantema (petéquia)? Meningococcemia 
Meningoccemia: ATB e de suporte

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