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Doenças exantemáticas

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1 
1 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
Doenças exantemáticas
INTRODUÇÃO 
Conceitos básicos (dermatologia): 
➢ Eritema: lesão de pele com coloração 
avermelhada ou rósea decorrente de alteração 
vascular, geralmente transitória; 
➢ Enantema: alteração vascular transitória com 
coloração avermelhada de mucosas; 
➢ Mácula: toda e qualquer alteração da cor da 
pele que não apresente relevo; 
➢ Pápula: lesão sólida, elevada com menos de 1 
cm de diâmetro. A confluência dessas lesões 
origina uma placa; 
➢ Vesícula: lesão elevada que contém em seu 
interior um líquido claro; 
➢ Pústula: lesão elevada que contém pus em seu 
interior; 
➢ Crostas: concreções que se formam em áreas de 
perda tecidual, como após a ruptura de uma 
vesícula. 
EXANTEMA NA PEDIATRIA 
Divide-se em dois tipos principais: 
EXANTEMA MACULOPAPULAR: composto por 
máculas e pápulas. É o tipo de exantema mais 
comum da infância, encontrado no sarampo | 
rubéola | eritema infeccioso | exantema súbito | 
escarlatina | doença de Kawasaki. 
 
CARACTERIZA-SE EM DIVERSOS TIPOS: 
MORBILIFORME: pequenas maculo-pápulas 
eritematosas (3 a 10 mm), avermelhadas, 
lenticulares ou numulares, permeadas por pele sã, 
podendo confluir. “Passa a mão e sente uma lixa”. 
É o exantema típico do sarampo, porém pode estar 
presente na rubéola | exantema súbito | 
enteroviroses| riquetsioses | dengue | leptospirose, 
toxoplasmose | hepatite viral | mononucleose | 
síndrome de Kawazaki | reações medicamentosas. 
 
ESCARLATINIFORME: eritema difuso, 
puntiforme, vermelho vivo, sem solução de 
continuidade, poupando a região perioral e áspero 
(sensação de + lixa ainda). Pode ser denominado 
micropapular. 
É a erupção típica da escarlatina, porém, pode ser 
observada na rubéola | síndrome de Kawazaki | 
reações medicamentosas | miliária | em 
queimaduras solares. 
 
RUBEOLIFORME: semelhante ao morbiliforme, 
porém de coloração rósea, com pápulas um pouco 
menores. 
É o exantema presente na rubéola | enteroviroses 
| viroses respiratórias | micoplasma. 
 
2 
2 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
 
URTICARIFORME: erupção papuloeritematosa de 
contornos irregulares. 
É mais típico em algumas reações medicamentosas 
| alergias alimentares | certas coxsackioses, 
mononucleose | malária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXANTEMA PAPULOVESICULAR: composto por 
pápulas e vesículas, que podem evoluir para 
pústulas e crostas. 
Encontrado na varicela | herpes-zóster | doença 
mão-pé-boca. 
 
EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO: alterações 
vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e 
de coagulação. 
Pode estar associado a infecções graves como 
meningococcemia | septicemias bacterianas | febre 
purpúrica brasileira | febre maculosa. 
Presente também em outras infecções como 
citomegalovirose | rubéola | enteroviroses | sífilis | 
dengue | reações por drogas. 
 
SARAMPO 
Doença de notificação compulsória! 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença viral aguda, causada pelo Morbilivirus 
(família Paramixoviridae). A transmissão ocorre 
através de aerossóis respiratórios. 
GRUPO ETÁRIO: 
Todos. Pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram 
a doença são suscetíveis. 
QUADRO CLÍNICO: 
Febre alta, acima de 38,5ºC, exantema 
maculopapular generalizado, tosse, coriza, 
conjuntivite e manchas de Koplik (enantema 
patognomônico de aspecto esbranquiçado localizado 
na mucosa bucal, antecedendo o exantema). As 
manifestações clínicas são divididas em três 
períodos (infecção | toxêmico | remissão) 
 
Imagem que identifica manchas de KOPLIK. 
 
3 
3 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
Essas manchas desaparecem em 24 a 48h após início 
do exantema. 
PERÍODO DE INFECÇÃO: 
Dura cerca de sete dias, iniciando com período 
prodrômico, quando surge a febre, acompanhada 
de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e 
fotofobia. 
Do 2º ao 4º dia desse período surge o exantema (fase 
exantemática), quando se acentuam os sintomas 
iniciais. O paciente apresenta prostração, 
exantema cutâneo maculopapular de coloração 
vermelha, iniciando na região retro auricular. 
Nessa fase observa-se a fácies sarampenta, 
caracterizada pela hiperemia conjuntival, 
lacrimejamento, coriza mucopurulenta e rash 
facial. O período exantemático marca o início da 
produção de anticorpos. 
O exantema costuma iniciar atrás das orelhas e 
face, aí por volta de 3 dias depois atinge membros 
inferiores e vai se tornando acastanhado 
 
PERÍODO TOXÊMICO: 
A ocorrência de superinfeção viral ou bacteriana 
é facilitada pelo comprometimento da resistência 
do hospedeiro à doença. São frequentes as 
complicações, principalmente nas crianças até dois 
anos, especialmente as desnutridas e os adultos 
jovens. 
Complicações: as complicações agudas são 
relacionadas a imunossupressão do sarampo. Pode 
ocorrer: otite média aguda (OMA) | pneumonia | 
diarreia | desidratação | encefalite | apendicite | 
Panencefalite Esclerosante SubAguda (PESA) -> rara 
e grave, ocorre, normalmente entre 5 e 14 anos de 
idade nas crianças que tiveram sarampo antes dos 2 
anos de idade, pode ocorrer na idade adulta também 
Explicação - sintomas: A necrose do epitélio de 
toda a árvore traqueobrônquica provoca quadros de 
laringite, traqueíte, bronquite e pneumonia viral e 
caso a mucosa gastrointestinal seja afetada pode 
levar a quadros diarreicos, náuseas e vômitos 
associados aos sinais e sintomas. 
Apendicite: A intensa hiperplasia linfoide pode levar 
à obstrução da luz do apêndice. 
PESA: pode decorrer em mudanças súbitas de 
comportamento, seguida de mioclonias maciças de 
membros e de tronco e progressivamente instalam-
se os movimentos distônicos e a rigidez. 
Evolui com demência, estupor e coma perda do 
controle dos centros autonômicos do tronco 
encefálico óbito. 
REMISSÃO: 
Caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com 
declínio da febre. O exantema torna-se escurecido 
(acastanhado), em alguns casos surge descamação 
fina lembrando farinha (furfurácea). 
TRANSMISSIBILIDADE: 
De 4 a 6 dias antes do exantema, o período de maior 
transmissibilidade ocorre entre dois dias antes e dois 
dias após o início do exantema. O vírus vacinal não 
é transmissível. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em 
amostra coletada até 28 dias após o início do 
exantema. 
Hemograma: leucopenia com linfocitose, com PCR e 
VHS normais (caso não haja complicação 
bacteriana). Não é necessário para diagnóstico. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Existe vacina! 
VACINA: é de vírus vivos atenuados contra o 
sarampo, recomendada pelo Ministério da Saúde, 
aos 12 meses pela tríplice viral (sarampo, rubéola e 
caxumba) e, aos 15 meses, a vacina tetra viral 
(sarampo, rubéola, caxumba e varicela). 
PÓS-EXPOSIÇÃO: 
 
4 
4 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
 
Não há tratamento específico, sinais e sintomas 
apresentados devem ser tratados de acordo com a 
sintomatologia e a terapêutica adequada. A vacina 
é a única forma de prevenir a ocorrência de casos. 
Tratamento suporte: oferta de líquidos | 
antitérmicos p/ controle da febre | soro fisiológico 
p/ limpeza ocular (caso tenha conjuntivite) | 
antimicrobianos nos casos acompanhados de 
infecções secundárias | oxigênio umidificado se 
laringite ou traqueíte 
Vitamina A: administrada em 2 doses 
50.000 UI por via oral, para lactentes < 6 meses 
100.000 UI por via oral, para lactentes de 6 a 11 
meses 
200.000 UI por via oral, > 12 meses 
RUBÉOLA 
Doença de notificação compulsória! 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença exantemática aguda causada pelo Rubivírus 
(família togaviridae). 
Apresenta curso benigno, mas sua importância 
epidemiológica está relacionada à síndrome de 
rubéola congênita (SRC). 
Quando a infecção ocorre durante a gestaçãopode 
causar aborto, natimorto e malformações 
congênitas, tais como cardiopatias, catarata e 
surdez. 
TRANSMISSÃO: 
Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas 
infectadas. A transmissão indireta, mesmo sendo 
pouco frequente, ocorre mediante contato com 
objetos contaminados com secreções de nasofaringe 
nas fezes, sangue e urina. 
Via transplacentária: rubéola congênita. Quanto 
mais precocemente for a infecção (primeiras 8 
semanas) e sendo essa primoinfecção materna, 
maior a gravidade e o comprometimento fetal. 
GRUPO ETÁRIO: 
São suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou 
que não tiveram a doença. 
QUADRO CLÍNICO: 
É caracterizado por exantema maculopapular e 
puntiforme difuso, com início na face, couro 
cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente 
para tronco e membros. 
Febre baixa e linfadenopatia retroauricular, 
occiptal e cervical posterior também são possíveis 
de ocorrer. Geralmente antecedem o exantema, 
no período de 5 a 10 dias, e podem perdurar por 
algumas semanas. Formas inaparentes são 
frequentes, principalmente em crianças. 
 
O rash pode ser acompanhado das manchas de 
Forcheimer - lesões rosadas e petéquias em palato 
mole e amígdalas. Desaparece sem descamação. 
 
 
5 
5 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
Adolescentes e adultos podem apresentar um 
período prodrômico com febre baixa, cefaleia, 
dores generalizadas (artralgias e mialgias), 
conjuntivite, coriza e tosse. A leucopenia é comum 
e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. 
Complicações: Trombocitopenia pós-infecciosa 
(incomum após +/- 2 semanas do rash aparecem 
petéquias, epistaxe, sangramento do trato digestivo 
e hematúria -> quadro autolimitado) | Artrite 
(mulheres + jovens normalmente após 1 semana 
do rash -> afeta princ. pequenas articulações) 
|Encefalite pós-infecciosa (grave 7 dias após rash 
-> cefaleia, convulsões, confusão mental, 
manifestações focais e coma -> alta mortalidade e 
risco p/ sequelas) 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em 
amostra, coletada até 28 dias após o início do 
exantema. 
Hemograma: leucopenia, neutropenia e 
trombocitopenia. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Existe vacina! 
PRÉ-EXPOSIÇÃO: vacinas tríplice e tetra viral. 
PÓS-EXPOSIÇÃO: A vacinação de bloqueio pode ser 
feita com administração da vacina em até 72 horas 
após o contato 
Não há tratamento específico. Sinais e sintomas 
apresentados devem ser tratados de acordo com 
sintomatologia e terapêutica adequada. A vacina é 
a única forma de prevenir a ocorrência de casos. 
SINTOMÁTICOS: analgésicos e antitérmicos 
SE TROMBOCITOPENIA QUE NÃO REMITE 
ESPONTANEAMENTE: Corticoides e 
imunoglobulina podem ser considerados. 
ESCARLATINA 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Causada pelo Streptococcus pyogenes, uma 
bactéria beta hemolítica do Grupo A, produtora de 
toxina eritrogênica. 
A transmissão ocorre através do contato com 
secreções respiratórias. 
GRUPO ETÁRIO: 
Acomete principalmente crianças de 2-10 anos de 
idade. 
QUADRO CLÍNICO: 
Período de incubação de 2-5 dias. Concomitante ou 
após faringoamigdalite membranosa, apresenta-se 
com febre alta e mal-estar, exantema eritematoso 
puntiforme (pele áspera como uma lixa), bochechas 
eritematosas com palidez ao redor da boca (Face 
esbofeteada com sinal de Filatov), acentuação do 
exantema ao longo das pregas dos cotovelos, axilas 
e virilhas que aparece após 1 a 3 dias (Sinal de 
Pastia) e língua em framboesa. Descamação 
extensa em mãos e pés (em dedos de luva), inicia 
após uma semana. 
 
 
 
 
6 
6 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
Transmissibilidade de 10-21 dias em pacientes não 
tratados e sem complicações. 
Complicações podem ocorrer dentro de 1-5 semanas 
e incluem glomerulonefrite aguda e febre reumática 
aguda. Complicações tardias incluem coreia de 
Sydenham e cardiopatia reumática. 
Complicações supurativas: linfadenite 
cervical | abscesso peritonsilar | abscesso 
retrofaringeano. 
Complicações não supurativas: febre 
reumática (prevenível c/ antibioticoterapia nos 
primeiros 9 dias de doença) | glomerulonefrite pós-
estreptocócica (não é prevenível, se houver ocorrido 
infecção por uma cepa nefritogênica) 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através 
de teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção 
colhida de orofaringe. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há vacina! 
Tratamento específico com antibióticos. 
Contactantes portadores devem ser tratados. 
Exantema da escarlatina é autolimitado, mas 
recomenda-se antibiótico p/ não evoluir p/ febre 
reumática, encurtar o curso clínico da doença, 
reduzir a transmissão e prevenir as complicações 
supurativas. 
ANTIBIÓTICO DE ESCOLHA: penicilina benzatina 
intramuscular em dose única ou amoxicilina via oral 
por 10 dias. 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr, um 
herpesvírus. 
A transmissão ocorre principalmente de pessoa a 
pessoa por meio de contato com saliva de pessoas 
infectadas. Crianças pequenas podem infectar-se 
por contato com saliva em objetos ou mãos. Em 
adultos jovens, o beijo facilita a transmissão 
doença do beijo. 
GRUPO ETÁRIO: 
Atinge crianças e adolescentes. 
QUADRO CLÍNICO: 
Em 50% dos casos a infecção é sub-clínica ou 
assintomática. 
Em pacientes com a forma clínica, o pródromo é 
muito discreto ou ausente. O quadro clínico 
característico é de febre, linfoadenopatia 
(linfonodos axilares e inguinais podem estar 
aumentados, assim como linfonodos epitrocleares 
(muito sugestivos de mononucleose)), amigdalite 
membranosa e esplenomegalia. 
 
Pródromo de cefaleia, mal-estar, fadiga, dor de 
garganta e mialgia por 1 a 2 semanas, evoluindo 
com piora progressiva da dor de garganta e febre 
prolongada (principalmente em adolescentes, 
podendo durar de 1 a 2 semanas). 
Pode apresentar exantema, variável e inconstante 
que está associado ao uso de antibióticos 
(penicilinas, cefalosporinas e seus derivados). 
 
A maior parte dos sintomas dura menos de 10 dias, 
mas a fadiga e a linfadenopatia cervical podem 
persistir por mais de 3 semanas. 
O período de incubação é de 4-6 semanas. O Período 
de transmissibilidade é prolongado, podendo 
estender-se por um ano ou mais. 
Complicações: obstrução de via aérea superior 
por inflamação orofaríngea | meningoencefalite | 
 
7 
7 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
anemia hemolítica | trombocitopenia |rotura 
esplênica (+ comum em adolescentes em 2ª semana 
por traumatismo abdominal em esporte de contato) 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Sorologia para detecção de IgM anti-cápside viral 
(anti-VCA) em sangue coletado em fase aguda e IgG 
antiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da 
fase convalescente. 
No início da doença pode haver leucopenia, mas na 
2ª a 3ª semana ocorre um pico de leucocitose com 
linfocitose relativa e absoluta com linfócitos 
atípicos acima de 10% ou de 1.000/mm3. 
Pode ocorrer também uma trombocitopenia leve de 
50.000 a 200.000/mm3 e aumento das 
transaminases em até 75% dos casos (geralmente 
subclínica, sem associação com icterícia ou dor 
abdominal). 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há vacina! 
Não há tratamento específico. Orientar aos contatos 
próximos e minimizar o contato com saliva do 
indivíduo com mononucleose. 
ANTITÉRMICOS: febre + repouso (fadiga e risco de 
lesão esplênica com esportes de contato nos 
pacientes com esplenomegalia). 
CORTICOIDE: considerado em casos de obstrução 
de vias aéreas superiores por hipertrofia das 
amígdalas, anemia hemolítica, trombocitopenia 
com hemorragia, convulsões e meningite. 
FEBRE MACULOSA BRASILEIRA 
Doença de notificação compulsória! 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença infecciosa febril aguda,de gravidade 
variável, cujas apresentações clínicas podem variar 
de formas leves, atípicas até formas graves, 
apresentando elevada letalidade. 
É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia. 
Obs.: + lenta que doença de Lyme. 
TRANSMISSÃO: 
Picada do carrapato infectado com Rickettsia. 
QUADRO CLÍNICO: 
De início abrupto, febre elevada, cefaleia, mialgia 
intensa e/ou prostração. 
Entre o 2º e o 5º dia da doença surge o exantema 
maculopapular, de evolução centrípeta e 
predomínio nos membros inferiores, podendo 
acometer regiões palmar e plantar, que pode 
evoluir para petéquias equimoses e hemorragias. 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Realizado através da identificação de anticorpos 
por imunofluorescência indireta (RIFI) em 
amostras colhidas a partir do 7º dia do início dos 
sintomas. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Tratamento de suporte e administração de 
antibióticos. Orientar a população sobre a exposição 
em áreas com a presença de carrapatos. 
Tratamento introduzido nos primeiros 2 ou 3 dias 
maior chance de cura! 
 Ideal: manter a medicação por 10 a 14 dias, mas 
logo nas primeiras doses o quadro começa a regredir 
e evolui para a cura total. 
EXANTEMA SÚBITO 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença viral de evolução benigna causada pelo 
herpesvírus humano tipo 6 e 7. É conhecida pelo 
nome de Roseola infantum. 
Causa febre de três dias, sexta moléstia. 
TRANSMISSÃO: 
 
8 
8 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
Secreção oral do portador sadio para contatos 
próximos. 
GRUPO ETÁRIO: 
Ocorre tipicamente na infância, em especial nos 
menores de quatro anos. 
QUADRO CLÍNICO: 
Início súbito, febre alta (39º/40ºC) e extrema 
irritabilidade. 
O exantema é do tipo maculopapular, com lesões 
discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não coalescentes. 
 
Em geral, acomete inicialmente o tronco e em 
seguida a face, a região cervical e a raíz dos 
membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas sem 
descamação). 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Captura de anticorpos IgM e IgG para HHV-6 (ensaio 
imunoenzimático-Elisa). 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há vacina! 
Tratamento de suporte e administração de 
medicação sintomática, bem como a vigilância das 
complicações, especialmente às relacionadas ao 
sistema nervoso. 
 OBS: tratamento somente com antitérmicos 
devido o HVH6 ser resistente ao aciclovir e a doença 
ser autolimitada e benigna. 
ERITEMA INFECCIOSO 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença viral de evolução benigna, causada pelo 
parvovírus humano B19. 
TRANSMISSÃO: 
A via respiratória é a mais importante, 
principalmente em comunidades fechadas. A 
transmissibilidade máxima ocorre antes do 
exantema. 
GRUPO ETÁRIO: 
Acomete preferencialmente crianças de 2 a 14 anos. 
QUADRO CLÍNICO: 
Geralmente sem pródromos, podendo surgir alguns 
sinais inespecíficos, como febrícula, mialgia e 
cefaleia. 
O exantema inicia-se pela face sob a forma de 
eritema difuso, com distribuição em “vespertilho” 
e edema de bochechas (fácies esbofeteada). As 
outras regiões da face são poupadas. O exantema é 
tipo maculopapular, com palidez central que 
confere rendilhado à lesão. 
 
Aspecto rendilhado: 
 
Acomete o tronco e a face extensora dos membros, 
podendo regredir em até 3 semanas. Pode haver 
recorrência da doença pela ação de estímulos 
como o sol, o estresse e variação de temperatura. 
 
9 
9 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
DIAGNÓSTICO: 
Sorologia para detecção de anticorpos IgM (ensaio 
imunoenzimatico-Elisa) 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO: 
Não há vacina! 
Não há tratamento específico. Tratamento 
sintomático! 
ENTEROVIROSES (NÃO PÓLIO) 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Geralmente associado aos vírus ECHO ou Coxsackie 
A e B. Transmissão fecal-oral ou respiratória. 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA: frequentemente causada 
pelo coxsackievírus A 16, embora também possa 
ser causada pelo enterovírus 71, por outros tipos 
de coxsackievírus A e até B. 
HERPANGINA: frequentemente causada pelo 
coxsackievírus A, mas também ocorre em surtos 
associada ao enterovírus 71. 
MIOCARDITE E PERICARDITE: causadas, na maior 
parte dos casos, pelo coxsackievírus B. 
O período de transmissibilidade é longo, de 1 a 3 
semanas para a via respiratória e de 7 a 11 semanas 
para a via intestinal. 
GRUPO ETÁRIO: 
Mais frequente em crianças de baixa idade. 
QUADRO CLÍNICO: 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA 
Após um período de incubação de 3 a 6 dias, a 
criança evolui com um pródromo: febre baixa, 
irritabilidade e anorexia que tem duração de 48 
horas. 
Cerca de 1 a 2 dias após o início da febre aparece a 
hiperemia de orofaringe, com vesículas em língua, 
mucosa oral, faringe posterior, palato e até lábios. 
Essas lesões podem ulcerar, originando lesões de 4 a 
8 mm, com eritema ao redor (Figura 14). 
Surgem também lesões maculopapulosas com 
vesículas ou pústulas nas mãos, nos pés e na virilha, 
que podem ser dolorosas, mas não são pruriginosas 
e atingem até 7 mm (Figura 15), regredindo em até 
1 semana. 
 
 
A doença causada pelo enterovírus 71 
frequentemente é mais grave e pode se associar a 
doença neurológica, como encefalomielite de 
tronco cerebral, edema pulmonar, hemorragia 
pulmonar e até morte em crianças mais novas. 
HERPANGINA 
Doença da orofaringe caracterizada por febre alta 
súbita com dor de garganta e disfagia. À oroscopia 
são identificadas vesículas e úlceras circundadas 
por um halo eritematoso inicialmente pequenas e 
que 2 a 3 dias depois chegam até 4 mm de diâmetro, 
nos pilares anteriores, palato mole e até úvula 
(Figura 16). 
Geralmente encontra-se linfadenopatia cervical 
associada. A febre comumente dura até 4 dias, e o 
restante dos sintomas até 7 dias. Na maioria dos 
casos, a doença é leve sem complicações, mas 
também pode evoluir com meningite asséptica. 
 
10 
10 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
 
MIOCARDITE E PERICARDITE 
Os enterovírus são responsáveis por até 35% dos 
casos de miocardite e pericardite com agente 
etiológico comprovado, sendo mais comuns em 
adolescentes e adultos jovens do sexo masculino. 
Geralmente precedem sintomas de infecção de 
vias aéreas superiores, seguindo-se manifestações 
cardíacas como fadiga, dispneia, dor torácica, 
chegando até insuficiência cardíaca congestiva e 
arritmias. A presença de atrito pericárdico indica 
pericardite. 
A radiografia de tórax frequentemente demonstra 
alargamento de área cardíaca. Pode haver elevação 
de enzimas cardíacas e alteração do 
eletrocardiograma, com anormalidades do 
segmento ST, onda T e/ou do ritmo. A mortalidade 
pode chegar a 4%, mas geralmente ocorre resolução 
completa dos sintomas sem sequelas 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há vacina! 
Não há tratamento específico. Orientações para 
lavagem de mãos após manipulação de indivíduo 
infectado, sobretudo após troca de fraldas. 
TRATAMENTO DE SUPORTE: hidratação | casos 
graves: imunoglobulina pode ser usada com bons 
resultados. 
VARICELA 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Doença viral aguda, altamente contagiosa, causada 
pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ). 
A transmissão ocorre através de aerossóis 
respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com 
o liquido das lesões cutâneas. 
A transmissão ocorre a partir de dois dias antes do 
aparecimento do exantema e se mantém até 7 dias 
após (cessa no momento que as lesões ficarem 
crostosas). 
GRUPO ETÁRIO: 
Mais comum na infância, sendo suscetíveis todas as 
pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a 
doença. 
Costuma determinar imunidade duradoura, porém 
pode se manifestar como Herpes-Zoster, pela 
reativação do vírus latente em gânglios do sistema 
nervoso, por diferentes motivos. 
QUADRO CLÍNICO: 
Doença exantemática máculo papulovesicular 
Após um período de incubação em média de 2 
semanas, inicia-sequadro de febre, cefaleia, 
astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, 
pruriginoso, com manchas avermelhadas, que 
evoluem para vesículas, pústulas e crostas, sendo 
típico a presença de lesões em seus diversos estágios 
de evolução concomitantemente (polimorfismo). 
Pode acometer mucosas, levar ao aumento de 
gânglios. 
O exantema se inicia no couro cabeludo e face, se 
disseminando para o tronco e extremidades, 
havendo predomínio na face e tronco (distribuição 
centrípeta). 
 
O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 
dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio 
vírus, afecção no sistema nervoso, infecções 
bacterianas cutâneas. A doença pode ser mais grave 
 
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11 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
em adultos, imunodeprimidos, gestantes ou recém-
natos. 
+/- 1:5 crianças vacinadas pode desenvolver varicela 
modificada após exposição a um surto escolar. 
É uma doença mais leve e menos contagiosa, 
geralmente com menos de 50 lesões, febre baixa ou 
ausente. O exantema é atípico, predominantemente 
maculopapular, sendo incomum o aparecimento de 
vesículas. 
Complicações: infecção bacteriana secundária 
de pele | hepatite | trombocitopenia | pneumonia 
(grave responsável pela maior morbimortalidade 
em adultos) | ataxia cerebelar (distúrbio da marcha, 
incoordenação, nistagmo e fala arrastada) | 
meningoencefalite (rigidez de nuca, alteração do 
nível de consciência e convulsões). 
O Herpes Zoster costuma ocorrer anos após a 
exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre 
base eritematosa, associada à sensação de dor, 
queimação e aumento da sensibilidade local, 
ocupando um ou mais dermátomos. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
O quadro típico costuma dispensar o recurso 
laboratorial, pode se detectar VVZ por PCR no 
liquido das vesículas, ou utilizar reações sorológicas 
IgM ou IgG. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
Impetigo | Escabiose | Estrófulo | Enteroviroses 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Existe vacina! 
Tratamento do prurido com soluções e creme 
tópicos, antialérgicos orais, cuidados de higiene 
para reduzir risco de infecções cutâneas secundárias 
e antibióticos. 
Antivirais sistêmicos podem ser utilizados nos casos 
de maior risco de complicação, ou na presença de 
doença mais grave. A vacina para varicela previne 
a ocorrência de casos. 
ANTI-HISTAMÍNICOS: objetiva o controle do 
prurido, o que reduz o risco de infecção bacteriana 
secundária. 
CRIANÇAS SAUDÁVEIS: grande maioria não 
necessita da terapia antiviral - doença com curso 
benigno e autolimitado. 
ACICLOVIR AMBULATORIAL - 20 mg/kg/dose 
(máximo 800 mg) em 4 doses/dia, por via oral por 5 
dias. Deve ser iniciado nas primeiras 24h do 
exantema até máximo de 72h. 
INDICAÇÕES: 
➢ Adolescente > 12 anos 
➢ Crianças > 12 meses com: doença cutânea ou 
pulmonar crônica 
➢ Usuário de corticoide inalatório ou sistêmico 
(dose não imunossupressora) 
➢ Usuários crônicos de ácido acetilsalicílico o 2º 
caso no mesmo domicílio. 
ACICLOVIR HOSPITALAR - 500 mg/m²/dose ou 10 
mg/kg/dose, intravenoso, 8/8 horas, por 7 dias, ou 
até 48 horas após o surgimento da última lesão 
ativa. 
INDICAÇÕES: 
➢ Imunocomprometidos (indicar mesmo após 72 
horas do início do rash) 
➢ Usuários de corticoide sistêmico em dose 
imunossupressora. 
➢ Acometimento sistêmico (=varicela grave; 
pneumonia, hepatite, trombocitopenia, 
encefalite). 
➢ Recém-nascidos com quadro adquirido no 
período perinatal (aciclovir 10 mg/kg de 8/8h). 
*Na gestação: aciclovir somente se a gestante 
desenvolver forma grave de varicela. 
#BIZU: O uso de ácido acetilsalicílico em 
pacientes com varicela está associado à síndrome de 
Reye, uma encefalopatia aguda não inflamatória 
que se associa à degeneração gordurosa hepática. 
Os sintomas começam nos últimos dias de exantema, 
com vômitos, letargia, confusão, irritabilidade e 
convulsão. Além disso, pode-se identificar 
hepatomegalia, elevação das transaminases e da 
amônia, sem icterícia. A mortalidade pode atingir 
30%, podendo ocorrer também em pacientes 
infectados pelo vírus influenza que fizeram uso de 
AAS. 
DENGUE 
Doença de notificação compulsória! 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
 
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12 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
É uma infecção causada por um flavivírus, que 
apresenta quatro sorotipos diferentes, DENV1, 
DENV2, DENV3, DENV4. 
A imunidade é permanente para um mesmo 
sorotipo. 
Transmitida pela picada da fêmea Aedes aegypti. 
GRUPO DE RISCO: 
Gestantes, menores de 2 anos, adultos com idade 
acima de 65 anos e pacientes com comorbidades. 
QUADRO CLÍNICO: 
Febre alta (acima de 38ºC) de início abrupto que 
geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de 
cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, 
dor retro-orbital, exantema e prurido cutâneo. 
Anorexia, náuseas e vômitos são comuns. 
Nessa fase febril inicial da doença, pode ser difícil 
diferenciá-la de outras doenças febris, por isso uma 
prova do laço positiva aumenta a probabilidade de 
dengue. 
No período de defervescência da febre, geralmente 
entre o 3º e o 7º dia da doença pode ocorrer o 
aumento da permeabilidade capilar, em paralelo 
com o aumento dos níveis de hematócrito. Isto 
marca o início da fase crítica da doença. 
Leucopenia progressiva seguida por uma rápida 
diminuição na contagem de plaquetas precede o 
extravasamento de plasma. O período médio de 
incubação da doença é de 5 a 6 dias (podendo variar 
de 4 a 10 dias). 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
É realizado por exames laboratoriais (testes que 
detectam fragmentos do vírus: NS1, PCR ou 
anticorpos IgM ou pela elevação de IgG pareado. 
TRATAMENTO: 
Existe vacina! Com ressalvas: 
 O imunizante usa a técnica de vírus atenuado 
contra a dengue, utilizando vírus enfraquecidos que 
induzem a produção de anticorpos sem causar a 
doença e com poucas reações adversas. É 
tetravalente, protegendo dos quatro tipos de 
dengue (tipo 1, 2, 3 e 4). 
O tratamento baseia-se principalmente em 
hidratação adequada, levando em consideração o 
estadiamento da doença (grupos A, B, C e D), 
segundo os sinais e sintomas apresentados pelo 
paciente. 
Não devem ser usados medicamentos à base de 
ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois 
podem aumentar o risco de hemorragias. 
MICOPLASMOSE 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Causada pelo Mycoplasma pneumoniae, podendo 
se manifestar em surtos ou epidemias. Altamente 
contagioso, a transmissão ocorre por contato com 
indivíduos infectados. 
GRUPO ETÁRIO: 
Acomete escolares e adolescentes. 
QUADRO CLÍNICO: 
Período de incubação de 1-4 semanas. 
Pródromo com febre, mal-estar, fadiga e febre. 
Tosse seca tem início em poucos dias, seguida de 
sintomas respiratórios e pneumonia atípica 
(intersticial), continuando com tosse prolongada e 
paroxística. 
Exantema maculopapular (em 10% dos pacientes) é 
confluente em tronco e dorso. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Isolamento do agente em culturas de materiais 
biológicos ou técnicas sorológicas, com títulos 
crescentes de IgG em amostras pareadas (fase aguda 
e convalescente). 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há vacina! 
Tratamento de suporte: hidratação | antitérmico e 
analgésico (se necessário) 
Bronquite e quadros respiratórios altos e leves se 
resolvem sem antibióticos. Quadros severos 
requerem antibioticoterapia (tetraciclina, 
eritomicina ou azitromicina). 
INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Gênero Adenovírus. 
 
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13 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
Transmissão através de contato com secreções 
respiratórias. Incidência maior no final do inverno, 
primavera e início do verão. 
GRUPO ETÁRIO: 
Principalmente pré-escolares, especialmente 
crianças de 6 meses a 2 anos que em creches. 
QUADRO CLÍNICO: 
Período de incubação de 2-14 dias. 
Sintomas respiratórios,otite média, e 
conjuntivite acompanhado de febre. Exantema 
maculopapular pode ocorrer, geralmente 
confundível com alergia à antibióticos. 
Transmissibilidade maior nos primeiros dias, 
podendo durar meses. Infecções assintomáticas são 
frequentes e pode ocorrer reinfecção. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
Isolamento viral a partir de amostras de orofaringe 
colhidas nos primeiros 5 dias após o aparecimento 
do exantema. Exame de neutralização é realizado 
em sangue (fase aguda). 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há vacina! 
Tratamento de suporte e sintomático. Pacientes 
com conjuntivite oftalmologista! 
REAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 
Hipersensibilidade do tipo I ocorre após 
exposição à diversas drogas como: quinino | 
atropina | antipirina | hidantoínas | alopurinol | 
salvarsan | sulfonamidas | penicilinas. 
Ainda, ocorre por intoxicação por mercúrio, ouro ou 
arsênico. Após uso de imunobiológicos pode ocorrer 
a doença do soro. 
GRUPO ETÁRIO: 
Qualquer grupo. 
QUADRO CLÍNICO: 
Não há pródromos, pode ocorre febre, mialgia e 
prurido. O exantema pode ser macular, máculo-
papular, urticariforme ou eritrodérmico. 
Exantema morbiliforme: 
 
Exantema escarlatiniforme: 
 
Doença da IgA linear induzida por vancomicina. 
Pênfigo fármaco-induzido: 
 
Reações mais severas podem ser facilmente 
confundidas com exantema do sarampo ou 
escarlatina. Adenopatia, hepatoesplenomegalia e 
toxicidade intensa podem ocorrer. 
Necrólise epidérmica tóxica 17 dias após iniciar a 
terapia com fenitoína: 
 
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14 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
O diagnóstico é clínico e exames laboratoriais 
servem p/ ver quantidade de medicamento no 
sangue, por exemplo. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Antes de iniciar o tratamento, deve ser interrompido 
o medicamento responsável. 
ANTI-HISTAMÍNICOS: podem ser indicados. 
CORTICOIDE TÓPICO DE ALTA POTÊNCIA ANTI-
INFLAMATÓRIA: nos casos leves, pode controlar a 
doença. 
CORTICOIDE, VO, POR 5 – 7 DIAS: p/ aqueles com 
comprometimento de grande extensão da pele. 
 
 
 
15 
15 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 
 
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OMS. Febre maculosa brasileira | Biblioteca 
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Doenças Exantemáticas: Eritema Infeccioso e 
Exantema Súbito | Colunistas - Sanar Medicina. 
Disponível em: 
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exantematicas-eritema-infeccioso-e-exantema-
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 JAZZZ AGÊNCIA DIGITAL. Erupção exantemática 
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