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1 1 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Doenças exantemáticas INTRODUÇÃO Conceitos básicos (dermatologia): ➢ Eritema: lesão de pele com coloração avermelhada ou rósea decorrente de alteração vascular, geralmente transitória; ➢ Enantema: alteração vascular transitória com coloração avermelhada de mucosas; ➢ Mácula: toda e qualquer alteração da cor da pele que não apresente relevo; ➢ Pápula: lesão sólida, elevada com menos de 1 cm de diâmetro. A confluência dessas lesões origina uma placa; ➢ Vesícula: lesão elevada que contém em seu interior um líquido claro; ➢ Pústula: lesão elevada que contém pus em seu interior; ➢ Crostas: concreções que se formam em áreas de perda tecidual, como após a ruptura de uma vesícula. EXANTEMA NA PEDIATRIA Divide-se em dois tipos principais: EXANTEMA MACULOPAPULAR: composto por máculas e pápulas. É o tipo de exantema mais comum da infância, encontrado no sarampo | rubéola | eritema infeccioso | exantema súbito | escarlatina | doença de Kawasaki. CARACTERIZA-SE EM DIVERSOS TIPOS: MORBILIFORME: pequenas maculo-pápulas eritematosas (3 a 10 mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, permeadas por pele sã, podendo confluir. “Passa a mão e sente uma lixa”. É o exantema típico do sarampo, porém pode estar presente na rubéola | exantema súbito | enteroviroses| riquetsioses | dengue | leptospirose, toxoplasmose | hepatite viral | mononucleose | síndrome de Kawazaki | reações medicamentosas. ESCARLATINIFORME: eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade, poupando a região perioral e áspero (sensação de + lixa ainda). Pode ser denominado micropapular. É a erupção típica da escarlatina, porém, pode ser observada na rubéola | síndrome de Kawazaki | reações medicamentosas | miliária | em queimaduras solares. RUBEOLIFORME: semelhante ao morbiliforme, porém de coloração rósea, com pápulas um pouco menores. É o exantema presente na rubéola | enteroviroses | viroses respiratórias | micoplasma. 2 2 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 URTICARIFORME: erupção papuloeritematosa de contornos irregulares. É mais típico em algumas reações medicamentosas | alergias alimentares | certas coxsackioses, mononucleose | malária. EXANTEMA PAPULOVESICULAR: composto por pápulas e vesículas, que podem evoluir para pústulas e crostas. Encontrado na varicela | herpes-zóster | doença mão-pé-boca. EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO: alterações vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação. Pode estar associado a infecções graves como meningococcemia | septicemias bacterianas | febre purpúrica brasileira | febre maculosa. Presente também em outras infecções como citomegalovirose | rubéola | enteroviroses | sífilis | dengue | reações por drogas. SARAMPO Doença de notificação compulsória! ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença viral aguda, causada pelo Morbilivirus (família Paramixoviridae). A transmissão ocorre através de aerossóis respiratórios. GRUPO ETÁRIO: Todos. Pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença são suscetíveis. QUADRO CLÍNICO: Febre alta, acima de 38,5ºC, exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (enantema patognomônico de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa bucal, antecedendo o exantema). As manifestações clínicas são divididas em três períodos (infecção | toxêmico | remissão) Imagem que identifica manchas de KOPLIK. 3 3 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Essas manchas desaparecem em 24 a 48h após início do exantema. PERÍODO DE INFECÇÃO: Dura cerca de sete dias, iniciando com período prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2º ao 4º dia desse período surge o exantema (fase exantemática), quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração, exantema cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciando na região retro auricular. Nessa fase observa-se a fácies sarampenta, caracterizada pela hiperemia conjuntival, lacrimejamento, coriza mucopurulenta e rash facial. O período exantemático marca o início da produção de anticorpos. O exantema costuma iniciar atrás das orelhas e face, aí por volta de 3 dias depois atinge membros inferiores e vai se tornando acastanhado PERÍODO TOXÊMICO: A ocorrência de superinfeção viral ou bacteriana é facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. São frequentes as complicações, principalmente nas crianças até dois anos, especialmente as desnutridas e os adultos jovens. Complicações: as complicações agudas são relacionadas a imunossupressão do sarampo. Pode ocorrer: otite média aguda (OMA) | pneumonia | diarreia | desidratação | encefalite | apendicite | Panencefalite Esclerosante SubAguda (PESA) -> rara e grave, ocorre, normalmente entre 5 e 14 anos de idade nas crianças que tiveram sarampo antes dos 2 anos de idade, pode ocorrer na idade adulta também Explicação - sintomas: A necrose do epitélio de toda a árvore traqueobrônquica provoca quadros de laringite, traqueíte, bronquite e pneumonia viral e caso a mucosa gastrointestinal seja afetada pode levar a quadros diarreicos, náuseas e vômitos associados aos sinais e sintomas. Apendicite: A intensa hiperplasia linfoide pode levar à obstrução da luz do apêndice. PESA: pode decorrer em mudanças súbitas de comportamento, seguida de mioclonias maciças de membros e de tronco e progressivamente instalam- se os movimentos distônicos e a rigidez. Evolui com demência, estupor e coma perda do controle dos centros autonômicos do tronco encefálico óbito. REMISSÃO: Caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. O exantema torna-se escurecido (acastanhado), em alguns casos surge descamação fina lembrando farinha (furfurácea). TRANSMISSIBILIDADE: De 4 a 6 dias antes do exantema, o período de maior transmissibilidade ocorre entre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em amostra coletada até 28 dias após o início do exantema. Hemograma: leucopenia com linfocitose, com PCR e VHS normais (caso não haja complicação bacteriana). Não é necessário para diagnóstico. PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Existe vacina! VACINA: é de vírus vivos atenuados contra o sarampo, recomendada pelo Ministério da Saúde, aos 12 meses pela tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e, aos 15 meses, a vacina tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). PÓS-EXPOSIÇÃO: 4 4 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Não há tratamento específico, sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e a terapêutica adequada. A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos. Tratamento suporte: oferta de líquidos | antitérmicos p/ controle da febre | soro fisiológico p/ limpeza ocular (caso tenha conjuntivite) | antimicrobianos nos casos acompanhados de infecções secundárias | oxigênio umidificado se laringite ou traqueíte Vitamina A: administrada em 2 doses 50.000 UI por via oral, para lactentes < 6 meses 100.000 UI por via oral, para lactentes de 6 a 11 meses 200.000 UI por via oral, > 12 meses RUBÉOLA Doença de notificação compulsória! ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença exantemática aguda causada pelo Rubivírus (família togaviridae). Apresenta curso benigno, mas sua importância epidemiológica está relacionada à síndrome de rubéola congênita (SRC). Quando a infecção ocorre durante a gestaçãopode causar aborto, natimorto e malformações congênitas, tais como cardiopatias, catarata e surdez. TRANSMISSÃO: Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções de nasofaringe nas fezes, sangue e urina. Via transplacentária: rubéola congênita. Quanto mais precocemente for a infecção (primeiras 8 semanas) e sendo essa primoinfecção materna, maior a gravidade e o comprometimento fetal. GRUPO ETÁRIO: São suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. QUADRO CLÍNICO: É caracterizado por exantema maculopapular e puntiforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para tronco e membros. Febre baixa e linfadenopatia retroauricular, occiptal e cervical posterior também são possíveis de ocorrer. Geralmente antecedem o exantema, no período de 5 a 10 dias, e podem perdurar por algumas semanas. Formas inaparentes são frequentes, principalmente em crianças. O rash pode ser acompanhado das manchas de Forcheimer - lesões rosadas e petéquias em palato mole e amígdalas. Desaparece sem descamação. 5 5 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Adolescentes e adultos podem apresentar um período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. A leucopenia é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. Complicações: Trombocitopenia pós-infecciosa (incomum após +/- 2 semanas do rash aparecem petéquias, epistaxe, sangramento do trato digestivo e hematúria -> quadro autolimitado) | Artrite (mulheres + jovens normalmente após 1 semana do rash -> afeta princ. pequenas articulações) |Encefalite pós-infecciosa (grave 7 dias após rash -> cefaleia, convulsões, confusão mental, manifestações focais e coma -> alta mortalidade e risco p/ sequelas) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em amostra, coletada até 28 dias após o início do exantema. Hemograma: leucopenia, neutropenia e trombocitopenia. PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Existe vacina! PRÉ-EXPOSIÇÃO: vacinas tríplice e tetra viral. PÓS-EXPOSIÇÃO: A vacinação de bloqueio pode ser feita com administração da vacina em até 72 horas após o contato Não há tratamento específico. Sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com sintomatologia e terapêutica adequada. A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos. SINTOMÁTICOS: analgésicos e antitérmicos SE TROMBOCITOPENIA QUE NÃO REMITE ESPONTANEAMENTE: Corticoides e imunoglobulina podem ser considerados. ESCARLATINA ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Causada pelo Streptococcus pyogenes, uma bactéria beta hemolítica do Grupo A, produtora de toxina eritrogênica. A transmissão ocorre através do contato com secreções respiratórias. GRUPO ETÁRIO: Acomete principalmente crianças de 2-10 anos de idade. QUADRO CLÍNICO: Período de incubação de 2-5 dias. Concomitante ou após faringoamigdalite membranosa, apresenta-se com febre alta e mal-estar, exantema eritematoso puntiforme (pele áspera como uma lixa), bochechas eritematosas com palidez ao redor da boca (Face esbofeteada com sinal de Filatov), acentuação do exantema ao longo das pregas dos cotovelos, axilas e virilhas que aparece após 1 a 3 dias (Sinal de Pastia) e língua em framboesa. Descamação extensa em mãos e pés (em dedos de luva), inicia após uma semana. 6 6 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Transmissibilidade de 10-21 dias em pacientes não tratados e sem complicações. Complicações podem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluem glomerulonefrite aguda e febre reumática aguda. Complicações tardias incluem coreia de Sydenham e cardiopatia reumática. Complicações supurativas: linfadenite cervical | abscesso peritonsilar | abscesso retrofaringeano. Complicações não supurativas: febre reumática (prevenível c/ antibioticoterapia nos primeiros 9 dias de doença) | glomerulonefrite pós- estreptocócica (não é prevenível, se houver ocorrido infecção por uma cepa nefritogênica) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através de teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção colhida de orofaringe. PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há vacina! Tratamento específico com antibióticos. Contactantes portadores devem ser tratados. Exantema da escarlatina é autolimitado, mas recomenda-se antibiótico p/ não evoluir p/ febre reumática, encurtar o curso clínico da doença, reduzir a transmissão e prevenir as complicações supurativas. ANTIBIÓTICO DE ESCOLHA: penicilina benzatina intramuscular em dose única ou amoxicilina via oral por 10 dias. MONONUCLEOSE INFECCIOSA ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr, um herpesvírus. A transmissão ocorre principalmente de pessoa a pessoa por meio de contato com saliva de pessoas infectadas. Crianças pequenas podem infectar-se por contato com saliva em objetos ou mãos. Em adultos jovens, o beijo facilita a transmissão doença do beijo. GRUPO ETÁRIO: Atinge crianças e adolescentes. QUADRO CLÍNICO: Em 50% dos casos a infecção é sub-clínica ou assintomática. Em pacientes com a forma clínica, o pródromo é muito discreto ou ausente. O quadro clínico característico é de febre, linfoadenopatia (linfonodos axilares e inguinais podem estar aumentados, assim como linfonodos epitrocleares (muito sugestivos de mononucleose)), amigdalite membranosa e esplenomegalia. Pródromo de cefaleia, mal-estar, fadiga, dor de garganta e mialgia por 1 a 2 semanas, evoluindo com piora progressiva da dor de garganta e febre prolongada (principalmente em adolescentes, podendo durar de 1 a 2 semanas). Pode apresentar exantema, variável e inconstante que está associado ao uso de antibióticos (penicilinas, cefalosporinas e seus derivados). A maior parte dos sintomas dura menos de 10 dias, mas a fadiga e a linfadenopatia cervical podem persistir por mais de 3 semanas. O período de incubação é de 4-6 semanas. O Período de transmissibilidade é prolongado, podendo estender-se por um ano ou mais. Complicações: obstrução de via aérea superior por inflamação orofaríngea | meningoencefalite | 7 7 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 anemia hemolítica | trombocitopenia |rotura esplênica (+ comum em adolescentes em 2ª semana por traumatismo abdominal em esporte de contato) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Sorologia para detecção de IgM anti-cápside viral (anti-VCA) em sangue coletado em fase aguda e IgG antiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da fase convalescente. No início da doença pode haver leucopenia, mas na 2ª a 3ª semana ocorre um pico de leucocitose com linfocitose relativa e absoluta com linfócitos atípicos acima de 10% ou de 1.000/mm3. Pode ocorrer também uma trombocitopenia leve de 50.000 a 200.000/mm3 e aumento das transaminases em até 75% dos casos (geralmente subclínica, sem associação com icterícia ou dor abdominal). PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há vacina! Não há tratamento específico. Orientar aos contatos próximos e minimizar o contato com saliva do indivíduo com mononucleose. ANTITÉRMICOS: febre + repouso (fadiga e risco de lesão esplênica com esportes de contato nos pacientes com esplenomegalia). CORTICOIDE: considerado em casos de obstrução de vias aéreas superiores por hipertrofia das amígdalas, anemia hemolítica, trombocitopenia com hemorragia, convulsões e meningite. FEBRE MACULOSA BRASILEIRA Doença de notificação compulsória! ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença infecciosa febril aguda,de gravidade variável, cujas apresentações clínicas podem variar de formas leves, atípicas até formas graves, apresentando elevada letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia. Obs.: + lenta que doença de Lyme. TRANSMISSÃO: Picada do carrapato infectado com Rickettsia. QUADRO CLÍNICO: De início abrupto, febre elevada, cefaleia, mialgia intensa e/ou prostração. Entre o 2º e o 5º dia da doença surge o exantema maculopapular, de evolução centrípeta e predomínio nos membros inferiores, podendo acometer regiões palmar e plantar, que pode evoluir para petéquias equimoses e hemorragias. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Realizado através da identificação de anticorpos por imunofluorescência indireta (RIFI) em amostras colhidas a partir do 7º dia do início dos sintomas. PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Tratamento de suporte e administração de antibióticos. Orientar a população sobre a exposição em áreas com a presença de carrapatos. Tratamento introduzido nos primeiros 2 ou 3 dias maior chance de cura! Ideal: manter a medicação por 10 a 14 dias, mas logo nas primeiras doses o quadro começa a regredir e evolui para a cura total. EXANTEMA SÚBITO ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença viral de evolução benigna causada pelo herpesvírus humano tipo 6 e 7. É conhecida pelo nome de Roseola infantum. Causa febre de três dias, sexta moléstia. TRANSMISSÃO: 8 8 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Secreção oral do portador sadio para contatos próximos. GRUPO ETÁRIO: Ocorre tipicamente na infância, em especial nos menores de quatro anos. QUADRO CLÍNICO: Início súbito, febre alta (39º/40ºC) e extrema irritabilidade. O exantema é do tipo maculopapular, com lesões discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não coalescentes. Em geral, acomete inicialmente o tronco e em seguida a face, a região cervical e a raíz dos membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas sem descamação). DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Captura de anticorpos IgM e IgG para HHV-6 (ensaio imunoenzimático-Elisa). PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há vacina! Tratamento de suporte e administração de medicação sintomática, bem como a vigilância das complicações, especialmente às relacionadas ao sistema nervoso. OBS: tratamento somente com antitérmicos devido o HVH6 ser resistente ao aciclovir e a doença ser autolimitada e benigna. ERITEMA INFECCIOSO ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença viral de evolução benigna, causada pelo parvovírus humano B19. TRANSMISSÃO: A via respiratória é a mais importante, principalmente em comunidades fechadas. A transmissibilidade máxima ocorre antes do exantema. GRUPO ETÁRIO: Acomete preferencialmente crianças de 2 a 14 anos. QUADRO CLÍNICO: Geralmente sem pródromos, podendo surgir alguns sinais inespecíficos, como febrícula, mialgia e cefaleia. O exantema inicia-se pela face sob a forma de eritema difuso, com distribuição em “vespertilho” e edema de bochechas (fácies esbofeteada). As outras regiões da face são poupadas. O exantema é tipo maculopapular, com palidez central que confere rendilhado à lesão. Aspecto rendilhado: Acomete o tronco e a face extensora dos membros, podendo regredir em até 3 semanas. Pode haver recorrência da doença pela ação de estímulos como o sol, o estresse e variação de temperatura. 9 9 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 DIAGNÓSTICO: Sorologia para detecção de anticorpos IgM (ensaio imunoenzimatico-Elisa) TRATAMENTO E PREVENÇÃO: Não há vacina! Não há tratamento específico. Tratamento sintomático! ENTEROVIROSES (NÃO PÓLIO) ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Geralmente associado aos vírus ECHO ou Coxsackie A e B. Transmissão fecal-oral ou respiratória. DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA: frequentemente causada pelo coxsackievírus A 16, embora também possa ser causada pelo enterovírus 71, por outros tipos de coxsackievírus A e até B. HERPANGINA: frequentemente causada pelo coxsackievírus A, mas também ocorre em surtos associada ao enterovírus 71. MIOCARDITE E PERICARDITE: causadas, na maior parte dos casos, pelo coxsackievírus B. O período de transmissibilidade é longo, de 1 a 3 semanas para a via respiratória e de 7 a 11 semanas para a via intestinal. GRUPO ETÁRIO: Mais frequente em crianças de baixa idade. QUADRO CLÍNICO: DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA Após um período de incubação de 3 a 6 dias, a criança evolui com um pródromo: febre baixa, irritabilidade e anorexia que tem duração de 48 horas. Cerca de 1 a 2 dias após o início da febre aparece a hiperemia de orofaringe, com vesículas em língua, mucosa oral, faringe posterior, palato e até lábios. Essas lesões podem ulcerar, originando lesões de 4 a 8 mm, com eritema ao redor (Figura 14). Surgem também lesões maculopapulosas com vesículas ou pústulas nas mãos, nos pés e na virilha, que podem ser dolorosas, mas não são pruriginosas e atingem até 7 mm (Figura 15), regredindo em até 1 semana. A doença causada pelo enterovírus 71 frequentemente é mais grave e pode se associar a doença neurológica, como encefalomielite de tronco cerebral, edema pulmonar, hemorragia pulmonar e até morte em crianças mais novas. HERPANGINA Doença da orofaringe caracterizada por febre alta súbita com dor de garganta e disfagia. À oroscopia são identificadas vesículas e úlceras circundadas por um halo eritematoso inicialmente pequenas e que 2 a 3 dias depois chegam até 4 mm de diâmetro, nos pilares anteriores, palato mole e até úvula (Figura 16). Geralmente encontra-se linfadenopatia cervical associada. A febre comumente dura até 4 dias, e o restante dos sintomas até 7 dias. Na maioria dos casos, a doença é leve sem complicações, mas também pode evoluir com meningite asséptica. 10 10 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 MIOCARDITE E PERICARDITE Os enterovírus são responsáveis por até 35% dos casos de miocardite e pericardite com agente etiológico comprovado, sendo mais comuns em adolescentes e adultos jovens do sexo masculino. Geralmente precedem sintomas de infecção de vias aéreas superiores, seguindo-se manifestações cardíacas como fadiga, dispneia, dor torácica, chegando até insuficiência cardíaca congestiva e arritmias. A presença de atrito pericárdico indica pericardite. A radiografia de tórax frequentemente demonstra alargamento de área cardíaca. Pode haver elevação de enzimas cardíacas e alteração do eletrocardiograma, com anormalidades do segmento ST, onda T e/ou do ritmo. A mortalidade pode chegar a 4%, mas geralmente ocorre resolução completa dos sintomas sem sequelas PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há vacina! Não há tratamento específico. Orientações para lavagem de mãos após manipulação de indivíduo infectado, sobretudo após troca de fraldas. TRATAMENTO DE SUPORTE: hidratação | casos graves: imunoglobulina pode ser usada com bons resultados. VARICELA ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Doença viral aguda, altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ). A transmissão ocorre através de aerossóis respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com o liquido das lesões cutâneas. A transmissão ocorre a partir de dois dias antes do aparecimento do exantema e se mantém até 7 dias após (cessa no momento que as lesões ficarem crostosas). GRUPO ETÁRIO: Mais comum na infância, sendo suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. Costuma determinar imunidade duradoura, porém pode se manifestar como Herpes-Zoster, pela reativação do vírus latente em gânglios do sistema nervoso, por diferentes motivos. QUADRO CLÍNICO: Doença exantemática máculo papulovesicular Após um período de incubação em média de 2 semanas, inicia-sequadro de febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, pruriginoso, com manchas avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, sendo típico a presença de lesões em seus diversos estágios de evolução concomitantemente (polimorfismo). Pode acometer mucosas, levar ao aumento de gânglios. O exantema se inicia no couro cabeludo e face, se disseminando para o tronco e extremidades, havendo predomínio na face e tronco (distribuição centrípeta). O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio vírus, afecção no sistema nervoso, infecções bacterianas cutâneas. A doença pode ser mais grave 11 11 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 em adultos, imunodeprimidos, gestantes ou recém- natos. +/- 1:5 crianças vacinadas pode desenvolver varicela modificada após exposição a um surto escolar. É uma doença mais leve e menos contagiosa, geralmente com menos de 50 lesões, febre baixa ou ausente. O exantema é atípico, predominantemente maculopapular, sendo incomum o aparecimento de vesículas. Complicações: infecção bacteriana secundária de pele | hepatite | trombocitopenia | pneumonia (grave responsável pela maior morbimortalidade em adultos) | ataxia cerebelar (distúrbio da marcha, incoordenação, nistagmo e fala arrastada) | meningoencefalite (rigidez de nuca, alteração do nível de consciência e convulsões). O Herpes Zoster costuma ocorrer anos após a exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre base eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local, ocupando um ou mais dermátomos. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: O quadro típico costuma dispensar o recurso laboratorial, pode se detectar VVZ por PCR no liquido das vesículas, ou utilizar reações sorológicas IgM ou IgG. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Impetigo | Escabiose | Estrófulo | Enteroviroses PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Existe vacina! Tratamento do prurido com soluções e creme tópicos, antialérgicos orais, cuidados de higiene para reduzir risco de infecções cutâneas secundárias e antibióticos. Antivirais sistêmicos podem ser utilizados nos casos de maior risco de complicação, ou na presença de doença mais grave. A vacina para varicela previne a ocorrência de casos. ANTI-HISTAMÍNICOS: objetiva o controle do prurido, o que reduz o risco de infecção bacteriana secundária. CRIANÇAS SAUDÁVEIS: grande maioria não necessita da terapia antiviral - doença com curso benigno e autolimitado. ACICLOVIR AMBULATORIAL - 20 mg/kg/dose (máximo 800 mg) em 4 doses/dia, por via oral por 5 dias. Deve ser iniciado nas primeiras 24h do exantema até máximo de 72h. INDICAÇÕES: ➢ Adolescente > 12 anos ➢ Crianças > 12 meses com: doença cutânea ou pulmonar crônica ➢ Usuário de corticoide inalatório ou sistêmico (dose não imunossupressora) ➢ Usuários crônicos de ácido acetilsalicílico o 2º caso no mesmo domicílio. ACICLOVIR HOSPITALAR - 500 mg/m²/dose ou 10 mg/kg/dose, intravenoso, 8/8 horas, por 7 dias, ou até 48 horas após o surgimento da última lesão ativa. INDICAÇÕES: ➢ Imunocomprometidos (indicar mesmo após 72 horas do início do rash) ➢ Usuários de corticoide sistêmico em dose imunossupressora. ➢ Acometimento sistêmico (=varicela grave; pneumonia, hepatite, trombocitopenia, encefalite). ➢ Recém-nascidos com quadro adquirido no período perinatal (aciclovir 10 mg/kg de 8/8h). *Na gestação: aciclovir somente se a gestante desenvolver forma grave de varicela. #BIZU: O uso de ácido acetilsalicílico em pacientes com varicela está associado à síndrome de Reye, uma encefalopatia aguda não inflamatória que se associa à degeneração gordurosa hepática. Os sintomas começam nos últimos dias de exantema, com vômitos, letargia, confusão, irritabilidade e convulsão. Além disso, pode-se identificar hepatomegalia, elevação das transaminases e da amônia, sem icterícia. A mortalidade pode atingir 30%, podendo ocorrer também em pacientes infectados pelo vírus influenza que fizeram uso de AAS. DENGUE Doença de notificação compulsória! ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: 12 12 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 É uma infecção causada por um flavivírus, que apresenta quatro sorotipos diferentes, DENV1, DENV2, DENV3, DENV4. A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo. Transmitida pela picada da fêmea Aedes aegypti. GRUPO DE RISCO: Gestantes, menores de 2 anos, adultos com idade acima de 65 anos e pacientes com comorbidades. QUADRO CLÍNICO: Febre alta (acima de 38ºC) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retro-orbital, exantema e prurido cutâneo. Anorexia, náuseas e vômitos são comuns. Nessa fase febril inicial da doença, pode ser difícil diferenciá-la de outras doenças febris, por isso uma prova do laço positiva aumenta a probabilidade de dengue. No período de defervescência da febre, geralmente entre o 3º e o 7º dia da doença pode ocorrer o aumento da permeabilidade capilar, em paralelo com o aumento dos níveis de hematócrito. Isto marca o início da fase crítica da doença. Leucopenia progressiva seguida por uma rápida diminuição na contagem de plaquetas precede o extravasamento de plasma. O período médio de incubação da doença é de 5 a 6 dias (podendo variar de 4 a 10 dias). DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: É realizado por exames laboratoriais (testes que detectam fragmentos do vírus: NS1, PCR ou anticorpos IgM ou pela elevação de IgG pareado. TRATAMENTO: Existe vacina! Com ressalvas: O imunizante usa a técnica de vírus atenuado contra a dengue, utilizando vírus enfraquecidos que induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas. É tetravalente, protegendo dos quatro tipos de dengue (tipo 1, 2, 3 e 4). O tratamento baseia-se principalmente em hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D), segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragias. MICOPLASMOSE ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Causada pelo Mycoplasma pneumoniae, podendo se manifestar em surtos ou epidemias. Altamente contagioso, a transmissão ocorre por contato com indivíduos infectados. GRUPO ETÁRIO: Acomete escolares e adolescentes. QUADRO CLÍNICO: Período de incubação de 1-4 semanas. Pródromo com febre, mal-estar, fadiga e febre. Tosse seca tem início em poucos dias, seguida de sintomas respiratórios e pneumonia atípica (intersticial), continuando com tosse prolongada e paroxística. Exantema maculopapular (em 10% dos pacientes) é confluente em tronco e dorso. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Isolamento do agente em culturas de materiais biológicos ou técnicas sorológicas, com títulos crescentes de IgG em amostras pareadas (fase aguda e convalescente). PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há vacina! Tratamento de suporte: hidratação | antitérmico e analgésico (se necessário) Bronquite e quadros respiratórios altos e leves se resolvem sem antibióticos. Quadros severos requerem antibioticoterapia (tetraciclina, eritomicina ou azitromicina). INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Gênero Adenovírus. 13 13 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 Transmissão através de contato com secreções respiratórias. Incidência maior no final do inverno, primavera e início do verão. GRUPO ETÁRIO: Principalmente pré-escolares, especialmente crianças de 6 meses a 2 anos que em creches. QUADRO CLÍNICO: Período de incubação de 2-14 dias. Sintomas respiratórios,otite média, e conjuntivite acompanhado de febre. Exantema maculopapular pode ocorrer, geralmente confundível com alergia à antibióticos. Transmissibilidade maior nos primeiros dias, podendo durar meses. Infecções assintomáticas são frequentes e pode ocorrer reinfecção. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Isolamento viral a partir de amostras de orofaringe colhidas nos primeiros 5 dias após o aparecimento do exantema. Exame de neutralização é realizado em sangue (fase aguda). PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há vacina! Tratamento de suporte e sintomático. Pacientes com conjuntivite oftalmologista! REAÇÕES MEDICAMENTOSAS ETIOLOGIA E FORMA DE TRANSMISSÃO: Hipersensibilidade do tipo I ocorre após exposição à diversas drogas como: quinino | atropina | antipirina | hidantoínas | alopurinol | salvarsan | sulfonamidas | penicilinas. Ainda, ocorre por intoxicação por mercúrio, ouro ou arsênico. Após uso de imunobiológicos pode ocorrer a doença do soro. GRUPO ETÁRIO: Qualquer grupo. QUADRO CLÍNICO: Não há pródromos, pode ocorre febre, mialgia e prurido. O exantema pode ser macular, máculo- papular, urticariforme ou eritrodérmico. Exantema morbiliforme: Exantema escarlatiniforme: Doença da IgA linear induzida por vancomicina. Pênfigo fármaco-induzido: Reações mais severas podem ser facilmente confundidas com exantema do sarampo ou escarlatina. Adenopatia, hepatoesplenomegalia e toxicidade intensa podem ocorrer. Necrólise epidérmica tóxica 17 dias após iniciar a terapia com fenitoína: 14 14 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico é clínico e exames laboratoriais servem p/ ver quantidade de medicamento no sangue, por exemplo. PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Antes de iniciar o tratamento, deve ser interrompido o medicamento responsável. ANTI-HISTAMÍNICOS: podem ser indicados. CORTICOIDE TÓPICO DE ALTA POTÊNCIA ANTI- INFLAMATÓRIA: nos casos leves, pode controlar a doença. CORTICOIDE, VO, POR 5 – 7 DIAS: p/ aqueles com comprometimento de grande extensão da pele. 15 15 Clínica médica | 5º semestre | Débora Sousa |15/02/2022 http://www.ial.sp.gov.br/resources/editorinplace /ial/2021_7_16/exantemas.pdf DOENÇAS EXANTEMÁTICAS I. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://jaleko-files.s3-sa-east- 1.amazonaws.com/apostila- web/5f9830e2c324b_Ebook%20- %20Doen%C3%A7as%20Exantem%C3%A1ticas% 20I.pdf>. Acesso em: 4 mar. 2022. SanarFlix. Disponível em: <https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daa86414340d20011fb25a5/607ef4966a8a2b 001231f946/documento/607ef49b3680da001dbb2d5 6>. Acesso em: 4 mar. 2022. GRUPO MEDCOF. Pediatria: Doenças Exantemáticas (sarampo, exantema súbito, mononucleose, eritema infeccioso ...)YouTube, 18 ago. 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=V2BGO- 0wwB8>. Acesso em: 4 mar. 2022 Vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan entra na reta final de estudos clínicos. Disponível em: <https://www.butantan.gov.br/noticias/vacina-contra- a-dengue-desenvolvida-pelo-butantan-entra-na-reta- final-de-estudos-clinicos>. Acesso em: 3 mar. 2022. OMS. Febre maculosa brasileira | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/febre-maculosa- brasileira/>. Acesso em: 4 mar. 2022. Doenças Exantemáticas: Eritema Infeccioso e Exantema Súbito | Colunistas - Sanar Medicina. Disponível em: <https://www.sanarmed.com/doencas- exantematicas-eritema-infeccioso-e-exantema- subito-colunistas>. Acesso em: 4 mar. 2022. JAZZZ AGÊNCIA DIGITAL. Erupção exantemática por medicamentos – ProntoPele. Disponível em: <https://prontopele.com.br/2021/08/23/erupcao- exantematica-por-medicamentos/>. Acesso em: 4 mar. 2022. Nelson Tratado de Pediatria. 19ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Guia Rápido de Manejo Epidemiológico das DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS P a r a n á -2 0 1 5. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_ restritos/files/documento/2020- 04/book_guia_rapido.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2022.
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