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Curso_ 222RGR2497A - PRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃO2

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29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 1/26
PRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃOPRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃO
PRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃOPRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃO
Autor: Me Luís Gustavo Luz
Revisor : Edni l ton Costa
IN IC IAR
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 2/26
introdução
Introdução
Olá, aluno(a).
Reunidos pelos animadores da Disney, Frank Thomas e Ollie Johnston, os
doze princípios da animação são referenciais importantes para todo
animador, do iniciante ao mais experiente. Nesta unidade, discutiremos sobre
quatro deles: aceleração e desaceleração (slow in & slow out ); continuidade e
ação sobreposta ( follow thru & overlaping action ); ações secundárias (
secondary action ), e movimentos em arcos (arcs).
Animação é movimento! E os princípios que estudaremos a seguir tratam
especi�camente de como objetos e personagens se movem em cena. À
primeira vista, pode parecer simples animar um personagem, mas a prática
da animação traz diversos desa�os, muitos dos quais já foram enfrentados
por animadores do passado e, graças a eles, temos uma base sólida para
iniciar os nossos estudos, apoiados nas teorias desenvolvidas sobre a arte de
animar.
Bons estudos!
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 3/26
Aceleração e desaceleração ( slow in & slow out ) é um dentre os princípios da
animação que tratam do movimento de objetos e personagens. Esse princípio
diz respeito à emulação de propriedades do movimento, mais precisamente a
variações de velocidade dos personagens e dos objetos. Velocidade é a
distância que se percorre em determinado período; trata-se, portanto, de um
conceito que correlaciona tempo e espaço.
Na animação, o espaço é limitado ao quadro. Ainda que possamos provocar a
ilusão de que o espaço que o personagem ou objeto percorre é ilimitado, o
deslocamento relativo ao quadro é limitado.
Já o tempo, na animação, é determinado pela taxa de exibição de frames (
frame rate ). Ela é usualmente expressa na unidade frames por segundo ou,
simplesmente, fps . Se uma animação é feita em 24 fps, signi�ca que, para
cada segundo que transcorre, 24 frames são exibidos.
Assim, a velocidade de um objeto ou personagem de animação é
compreendida pelo espaçamento ( spacing ), que é a diferença de sua posição
entre um frame e outro (WILLIAMS, 2001). Um objeto que estiver posicionado
Aceleração eAceleração e
DesaceleraçãoDesaceleração
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 4/26
muito próximo da sua posição no frame anterior está se movendo devagar,
demandando mais frames para fazer o deslocamento. Já um objeto que se
move mais rápido, faz o mesmo deslocamento em menos frames.
Perceba, na imagem apresentada anteriormente, que, no movimento mais
rápido, o objeto se deslocou mais e em um mesmo intervalo de frames.
O princípio da aceleração e desaceleração trata do controle sobre o
deslocamento dos elementos que constituem a animação. Esse princípio é
baseado na observação do mundo real, em que as coisas que se movem não
costumam sair de sua posição estática sem ganhar velocidade gradualmente,
tampouco param sem perder velocidade gradualmente.
Aceleração e desaceleração estão presentes em praticamente todos os
movimentos da animação, desde um deslocamento de um ponto ao outro do
quadro, em que é fácil de percebê-la, até a expressões faciais e gestuais mais
sutis. A naturalidade do movimento na animação passa pelo domínio dos
fundamentos da representação da aceleração e da desaceleração.
Os ajustes da aceleração e da desaceleração podem ser feitos acrescentando
ou retirando frames intermediários, entre uma posição-chave e outra.
Lembre-se de que, quanto mais próximos estiverem os objetos, mais lento
será o movimento. Observe, na �gura abaixo, a diferença da posição de um
Figura 2.1 - Deslocamento mais rápido e mais lento 
Fonte: Elaborada pelo autor
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 5/26
objeto quando ele se move fazendo o uso do princípio da aceleração e
desaceleração.
Na ilustração de cima, o deslocamento da moeda dá-se em velocidade
constante, sem aceleração ou desaceleração. Já na ilustração de baixo, a
moeda começa o movimento devagar e vai acelerando até o atingir a
velocidade máxima no frame 13, e depois começa a desacelerar.
Figura 2.2 - Espaçamento com e sem aceleração 
Fonte: Elaborada pelo autor.
saiba mais
Saiba mais
No vídeo indicado, você verá alguns
exemplos de aplicação do princípio de
aceleração e desaceleração ( slow in & slow
out ). Note como a distância do objeto entre
uma pose e outra ( spacing ) atua no controle
desse princípio.
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=gM9vKz9KWuw
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 6/26
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 7/26
atividade
Atividade
A frame rate é um dos fatores para determinar a velocidade de um objeto em cena,
o outro é o spacing , que é a distância entre as posições subsequentes do mesmo
objeto. Considere que em determinada cena, produzida em 20 fps, o objeto Y leva 2
segundos para se deslocar linearmente do ponto A ao ponto B, e assinale a
alternativa correta.
a) O objeto Z, que possui o mesmo tamanho de Y, gastou 30 frames para
fazer o mesmo percurso de Y, portanto, foi mais lento que Y.
b) O objeto Y, independentemente da forma que se moveu, levou 10 frames
para se deslocar do ponto A ao ponto B.
c) O objeto Y, movendo-se em velocidade constante, gastou 60 frames para
se deslocar do ponto A ao ponto B.
d) O objeto Y, independentemente da forma que se moveu, levou 40 frames
para se deslocar do ponto A ao ponto B.
e) O objeto Z, que possui o mesmo tamanho de Y, gastou 20 frames para
fazer o mesmo percurso de Y; portanto, foi mais rápido que Y.
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 8/26
Cenas de �lmes de animação costumam ser compostas por vários elementos,
que agem de modo integrado para provocar a ilusão de realidade para quem
as assiste. Para produzir tal efeito, o animador é capaz de criar vários níveis
de movimento dentro de uma cena, cada qual com a sua função.
Há aquela ação que é essencial, ou seja, que é a primeira descrição que
daríamos quando a observamos – por exemplo, “o personagem está
caminhando”. Há, contudo, outros níveis de ação que trazem outras
informações sobre a ação observada, reforçando a compreensão daquilo que
é visto. Dentre os doze princípios da animação, é o princípio da ação
secundária que se refere a ações que complementam e que servem para dar
ênfase à ação principal. 
Ações SecundáriasAções Secundárias
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 9/26
O exemplo dado por Frank Thomas e Ollie Johnston (1984) apresenta o caso
de um personagem que está triste, em que a ação secundária é enxugar uma
lágrima que escorre do rosto. Observe que a ação principal é a manifestação
da tristeza e que a ação secundária a reforça. 
Segundo Càmara (2005, p. 138),
Figura 2.3 - Enxugar as lágrimas como ação secundária 
Fonte: Elaborada pelo autor.
saiba mais
Saiba mais
No vídeo intitulado “Secondary Action”,
vemos a exempli�cação do princípio, que
facilita a compreensão sobre as maneiras
que ele pode ser empregado. Neste vídeo,
você consegue acompanhar alguns exemplos
de aplicação do princípio da ação secundária.
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=NVz23bils1U&feature=youtu.be
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 10/26
Uma vez animada a ação principal, animamos a secundária, mas,
neste caso, trabalhamos na animação contínua entre uma pose
extrema e a seguinte da animação principal. Ao longo deste
processo vamos criando os desenhos de ruptura, que constituirão
novos desenhos-basecom as poses extremas e que enriquecerão e
matizarão a ação. A ação secundária depende sempre da ação
principal, pois uma dita as forças que regem o movimento e a
outra atua subordinada às referidas forças e como reação a estas.
A ação secundária não é nem intencional nem planejada pelo
animador, mas, sim, paralela à principal e surgindo desta
espontaneamente.
Ações primárias e secundárias interagem. Isso requer que o animador esteja
atento ao que está mostrando para o espectador. Thomas e Johnston (1984)
alegam que é indesejável que a ação secundária se sobreponha à primária, e,
como Càmara (2005), sugerem que blocos com a ação primária sejam
esboçados primeiro, para que, só depois, sejam inseridas as ações
secundárias. 
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atividade
Atividade
O princípio da ação secundária relacionado por Frank Thomas e Ollie Johnston
busca orientar a produção de ações complementares à primária, fazendo com que a
animação �que su�cientemente clara, agregando elementos acessórios à cena.
Sobre o princípio da ação secundária, assinale a alternativa correta:
a) Em uma cena em que o personagem que parece hesitante diante de um
problema e coça a cabeça enquanto tenta solucioná-lo, a ação secundária é a
ação de coçar a cabeça.
b) Em uma cena em que o personagem pedala uma pequena bicicleta e
começa a arfar exausto enquanto sobe uma ladeira, a ação secundária é
pedalar a bicicleta.
c) Em uma cena em que o personagem que está pulando corda ao som de
uma música, enquanto uma velhinha skatista passa ao fundo, a ação
secundária é a velhinha passando de skate.
d) Em uma cena em que o nadador chega ao �nal de sua raia na piscina
olímpica e faz a virada apoiando-se na parede para nadar no sentido oposto,
a ação secundária é o movimento de virada.
e) Em uma cena em que uma bruxa montada em uma vassoura voadora
sobrevoa a cidade à noite, sob a luz do luar, a ação secundária é a lua.
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Continuidade, aqui, refere-se à continuidade do movimento. Trata-se daquela
ação que é causada pela ação principal. Por exemplo, se o personagem
balança uma bandeira pela haste, o movimento da mão, junto com o da
haste, constitui a ação principal, e a bandeira, que é puxada pela haste, é o
objeto do princípio de continuidade e sobreposição da ação – da
continuidade, quando a bandeira segue a trajetória da haste, e da
sobreposição da ação, quando a haste muda de direção, mas o movimento da
bandeira se mantém no mesmo sentido. Para que o conceito �que mais claro,
observe a �gura abaixo. 
Continuidade eContinuidade e
Sobreposição da AçãoSobreposição da Ação
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Observe que, no momento A, a bandeira está em repouso; no momento B, ela
é arrastada pela haste (continuidade); no momento C, a haste para e o
movimento da bandeira continua (sobreposição), encerrando em D.
Na continuidade, os vetores do movimento estão no mesmo sentido,
enquanto, na sobreposição, o sentido do objeto arrastado se mantém por
inércia, até que o movimento seja restrito por sua ligação ao objeto que o
arrastou.
Personagens não costumam ser completamente sólidos. As forças que agem
sobre seus corpos estão sempre arrastando outros volumes, sejam eles
roupas, acessórios, objetos, cabelos, pelos, pele, outras partes do corpo etc. O
princípio da continuação e sobreposição da ação é aquele que rege a
interação das forças que participam do movimento.
Frank Thomas e Johnston (1984) dividem esse princípio em cinco categorias:
1. Objetos ligados ao corpo, como roupas, cachecóis, gravatas, cabelo e até
mesmo caudas e orelhas de animais, que são arrastados de maneira passiva.
2. Partes do corpo, já que, quando paramos, elas não param todas juntas.
Com a interrupção do movimento, o corpo dá uma balançada, os braços vão
Figura 2.4 - Continuidade e sobreposição 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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um pouco para frente. Uma parada brusca dará a impressão de que o
personagem foi instantaneamente congelado, o que parecerá arti�cial.
3. Pele solta e gordura, que também demoram mais para cessar o movimento
quando o corpo para. Aplica-se a uma barriga protuberante, à pele solta das
bochechas de um Bloodhound ou aos seios de uma mulher.
4. A dimensão da personalidade do personagem, que é revelada pela maneira
como ele encerra a ação. Thomas e Johnston (1984) dão um exemplo em que
um personagem dá uma tacada de golfe: enquanto um personagem
habilidoso encerra com elegância o movimento, o personagem desajeitado
tende a se enrolar com a continuidade da ação.
5. E, por último, o uso do princípio para que, quando o personagem �car
parado em uma posição estática, o espectador não tenha a sensação de que
ele está vendo uma imagem congelada. Então, emprega-se o princípio de
maneira bem sutil, para que a animação não �que com a aparência de que foi
congelada naquele frame.
Note que esse princípio é bem versátil, podendo oferecer uma série de
informações para o espectador sobre aquilo que ele vê em cena. Você pode
sugerir que objetos são leves ou pesados, e até mesmo conceber a
personalidade de um personagem a partir das informações que o princípio dá
sobre a maneira com a qual ele se move. O princípio pode ser empregado
para tornar a animação mais realista, uma vez que ele provém da observação
de propriedades mecânicas dos corpos, mas também pode ser extrapolado
para dar um ar cômico à animação. 
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reflita
Re�ita
Você já ouviu falar de comunicação não verbal? Trata-se da
comunicação que não faz uso de palavras, sejam escritas ou
orais. Em muitas animações, sobretudo as mais antigas, a
linguagem verbal praticamente não era empregada. Em
desenhos como Tom & Jerry, o enredo era conduzido pelas
imagens exibidas, apoiadas em sons não verbais, como música
e ruídos diversos. Sem que se �zesse o uso de uma palavra, o
espectador era perfeitamente capaz de compreender toda a
história, sem que isso se tornasse uma experiência entediante
– ao contrário, muitas das animações que eram produzidas
dessa forma obtiveram um grande sucesso.
Convido, você, aluno(a), a assistir a desenhos de animação
procurando observar aquilo que pode ser compreendido sem
o uso das palavras. Quais são as estratégias utilizadas? O que
podemos desenhar para substituir o que é dito?
Fonte: Elaborado pelo autor.
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atividade
Atividade
Faz parte do trabalho do animador observar o funcionamento das coisas no mundo
real para extrair delas o essencial para que a animação consiga parecer verossímil
ao espectador. Vários dos princípios básicos da animação contribuem para tornar a
animação mais real, dentre eles o princípio da continuidade e sobreposição da ação.
Diante disso, assinale a alternativa correta:
a) Os princípios da continuidade e sobreposição da ação tratam,
respectivamente, da ordem de produção dos frames e do posicionamento
dos personagens sobre o cenário.
b) O princípio da continuidade e sobreposição da ação refere-se à ação
primária do personagem, não devendo ser confundido, portanto, com o
princípio de ação secundária.
c) O princípio da continuidade e sobreposição da ação trata de coisas que
continuam se movendo após o movimento principal cessar. Aplica-se a partes
do corpo, a adereços, objetos carregados pelo personagem etc.
d) O princípio da continuidade e sobreposição da ação trata apenas de
objetos que são anexados ao personagem, como chicotes, molas, roupas e
até o cabelo.
e) O princípio da continuidade e sobreposição da ação é um princípio que
trata, exclusivamente, da reprodução �el do movimento, deforma que o
animador tente reproduzir com perfeição o que é observado no mundo real.
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Este é mais um dos princípios que advêm da observação do mundo real,
visando corrigir erros que os animadores costumavam cometer e que causam
estranheza ao espectador. O princípio do movimento em arcos é a
advertência de que movimentos naturais não costumam ser lineares.
Seres vivos habitualmente descrevem trajetórias em arco quando se movem.
As articulações funcionam como pivôs, que servem de base para a rotação
dos membros. Mesmo que um personagem esteja lançando um dardo
horizontalmente, visando uma trajetória retilínea, os movimentos necessários
ao arremesso serão compostos por arcos.
Arcos estão presentes em objetos que balançam, uma vez que o balanço é um
movimento pendular. Os braços, durante uma caminhada, traçam arcos
quando vêm e vão. Os pés, que se erguem em um ponto, se apoiando mais à
frente, também traçam arcos. Todos os segmentos que estão presos a um
ponto de rotação formam arcos, como o braço em relação ao ombro, o
antebraço em relação ao cotovelo, a mão em relação ao punho e cada falange
dos dedos em relação às suas articulações. Desse modo, gesticular é produzir
Movimentos em ArcoMovimentos em Arco
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uma quantidade imensa de arcos. Observe, na Figura 2.5, os arcos traçados
pela trajetória do braço:
Isso não quer dizer que movimentos lineares não ocorram nas animações.
Eles apenas são mais raros; talvez, apareçam na operação de uma máquina,
ou em um ônibus passando em linha reta pelo cenário. O fato é que a �uidez
das cenas depende de atender às expectativas que a audiência tem sobre
aquilo que lhe parece natural. Caso o animador deseje, o uso de movimentos
retilíneos poderá produzir um efeito de estranhamento, e não há nada de
errado nisso.
Figura 2.5 - Arcos traçados pela trajetória do braço 
Fonte: Elaborada pelo autor.
29/08/2022 21:30 Ead.br
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O uso dos arcos pode �car subentendido na sequência de poses desenhadas,
ou pode fazer parte do rascunho, para ajudar a guiar o movimento feito pelo
personagem.
Figura 2.6 - Guia para orientar a caminhada 
Fonte: Elaborada pelo autor.
saiba mais
Saiba mais
Movimentos em arco são orientados por
guias esboçadas que indicarão o percurso
dos objetos durante determinada ação. O
princípio dos movimentos em arco é
ilustrado neste vídeo, de modo que você
compreenda a sua aplicação na prática.
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=AjKZubnacW4&feature=youtu.be
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atividade
Atividade
Ao tentar reproduzir ações nos �lmes de animação, é preciso fazer algumas
observações sobre a geometria dos movimentos. Para que a cena pareça real, os
personagens devem se mover, no mínimo, de maneira análoga ao que é observado
na realidade.
Sobre o princípio dos movimentos em arco, assinale a alternativa correta.
a) O princípio dos movimentos em arco é aplicado a movimentos curvos,
portanto, não se aplica a um personagem que vai arremessar uma bola de
basebol em linha reta.
b) O princípio dos movimentos em arco aparece em todas as cenas de uma
animação. Sem observar esse princípio, é impossível que o animador
produza uma cena verossímil.
c) Em uma animação de uma linha de montagem automotiva composta
apenas por robôs, não é esperado que ocorram movimentos em arcos,
apenas movimentos retilíneos.
d) O princípio do movimento em arcos diz respeito à �exibilidade dos
materiais deformados, que se arqueiam quando recebem uma carga. Um
exemplo é a deformação de um trampolim quando um personagem pula
sobre ele.
e) Movimentos curvos são mais comuns na natureza, ainda que não sejam
regra. Assim, para que os movimentos dos personagens se tornem mais
verossímeis, convém observar os arcos que eles descrevem no espaço.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
O livro da animação
Autor: César Cavelagna
Editora: Europa
ISBN: 978-8579602986
Comentário: Essa obra traz uma série de exemplos de
aplicação dos doze princípios fundamentais.
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 22/26
FILME
Bird Gone Wild: A história de Walter Lantz
na Universal Animation
Duração: 5'14”
Comentário: Assista ao pequeno documentário que
fala sobre a história de Walter Lantz, o criador do
personagem Pica-Pau, e mostra um pouco do processo
de produção da animação.
Observe como o personagem Pica-Pau rompe com o
princípio dos movimentos em arcos quando dá bicadas
vigorosas em algo. Essa quebra é intencional, trazendo
mais energia para o movimento.
TRA ILER
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 23/26
conclusão
Conclusão
Os princípios da animação que tratam do movimento costumam ser
empregados de forma complementar, uma vez que os conceitos presentes
neles se sobrepõem de alguma maneira. Ao observar desenhos de animação,
você poderá notar, dentro de uma mesma cena, o emprego simultâneo de
princípios, como arcos, ação secundária, aceleração, continuidade, comprimir
e esticar etc. Alguns deles sequer podem existir de maneira isolada.
Como você deve ter notado, os princípios que tratam do movimento de
objetos e personagens na animação fornecem ao espectador muitas outras
informações, que vão além do mero deslocamento. Os movimentos são
capazes de dar energia a uma cena, de torná-la monótona, engraçada ou
triste. Há uma linguagem não verbal operando por detrás das escolhas visuais
feitas na produção de uma cena.
referências
Referências
Bibliográ�cas
CÀMARA, S. O desenho animado . Lisboa: Estampa Editorial, 2005.
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 24/26
THOMAS, F.; JOHNSTON, O. The Illusion of Life: Disney animation. New York:
Disney Editions, 1984.
WILLIAMS, R. The animator’s survival kit . London: Faber, 2001.
29/08/2022 21:30 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18138 25/26
29/08/2022 21:30 Ead.br
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