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Unidade 2 - Efluentes - Geração, Disposição e Tratamento

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Prévia do material em texto

Conteudista: Prof.ª M.ª. Fabiana Taveira de Melo            
Revisão Textual: Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Material Teórico
Material Complementar
Referências
E�uentes: Geração, Disposição e Tratamento
Tipos de Recursos Hídricos Disponíveis no Meio
Ambiente
Como de�nição, recursos hídricos são águas que estão disponíveis no ar, na superfície e na
parte subterrânea da terra. É um recurso natural limitado, de valor econômico que pode se
encontrar em situações de escassez, pelas condições climáticas e de mal uso e, portanto, o
uso prioritário acaba sendo a economia e a dessedentação dos seres humanos e animais.   
 
Como lemos anteriormente, a água, ou o recurso hídrico, é um bem comum, essencial à vida
humana, porém, limitada e que, portanto, requer um uso consciente para assegurar a
sustentabilidade para as atividades econômicas e domésticas. 
 
Então, por ser um “bem de uso comum do povo” e por ser um dos elementos do meio
1 / 3
Material Teórico
 Objetivos da Unidade:
Apresentar os conceitos sobre recursos hídricos (tipos e de�nições),
formas de poluição dos corpos d´água (super�cial e subterrânea) por meio
das emissões dos e�uentes urbanos e industriais;
Apresentar conceitos de monitoramento (exemplos práticos) e formas de
tratamento.
ambiente, as autoridades estimulam a sociedade a priorizar a preservação e o uso racional das
águas, por exemplo, por meio das regulamentações, principalmente em tempos de
crescimento demográ�co e das atividades sociais e industriais.
Figura 1 
Fonte: Reprodução
Você Sabia? 
No Brasil de 1950, 36% da população habitavam áreas urbanas no
mundo, enquanto, em 2014, passou a ser 175 milhões de pessoas, o
equivalente a 85%. Nessa proporção, estima-se que, em 2050, as áreas
urbanas terão uma ocupação de 210 milhões de habitantes, ou 91% de
ocupação, segundo estudos da Word Urbanization Prospect – UM, 2015d
Anex Tble.
UN
VEJA EM UN 
https://population.un.org/
https://drive.google.com/viewerng/viewer?url=https%3A//population.un.org/wup/Publications/Files/WUP2014-Report.pdf&embedded=true
Figura 2 – Grá�co de crescimento da população urbana
por continente, 1950-2050 
Fonte: UN, 2015d, p. 12
À medida que a população cresce, o consumo e a poluição dos recursos hídricos vão crescendo
também, na mesma proporção. Para entender melhor sobre as questões de poluição, algumas
de�nições são importantes para este estudo.
Quando falamos de recursos hídricos, existem formas e disposições em que se encontram
para uso. Dessa forma, destacamos 3 (três) tipos: 
águas super�ciais;
águas subterrâneas;
águas atmosféricas.
Super�ciais 
As águas super�ciais são visivelmente identi�cadas principalmente nos rios, córregos e
oceanos que acabam sendo vias de coleta das águas de chuva (ou águas pluviais), também
conhecidas como “águas freáticas”.
 No estudo da hidrologia, é possível reconhecer a quantidade de água doce super�cial
disponível, por meio do balanço hídrico, conhecido como a equação das águas super�ciais.
Esse estudo considera ao total de quantidade de água super�cial disponível, sendo a
quantidade de água precipitada pela chuva, em uma determinada região, subtraída das águas
que sofrem in�ltração nos solos ou evapotranspiração.
 Em épocas de alta pluviosidade, as águas tendem a realimentar os rios a partir dos solos e
rochas, mantendo abastecido o regime e�uente. Nesse caso, as águas que sofrem escoamento
super�cial, chamado de “run-o�”, representam as reservas hídricas super�ciais disponíveis.
As águas super�ciais das bacias e sub-bacias hídricas são administradas pelos comitês de
bacias e que gerenciam o fornecimento para as necessidades do consumo humano.
Subterrâneas 
Graças ao fenômeno da in�ltração no solo, as águas subterrâneas são encontradas em
considerável quantidade abaixo da superfície terrestre. Essas águas �cam dispostas nos
poros, fraturas e falhas das rochas, como cavernas subterrâneas por exemplo. A importância
dessas águas é que abastecem as sociedades em maior quantidade do que os rios, por meio de
poços artesianos.
Quanto maiores as condições de in�ltração da água no solo, maiores deverão ser as reservas
subterrâneas hídricas. Os fatores que interferem nas condições para in�ltração são
basicamente a:
porosidade do solo: solos argilosos, por exemplo, têm menos porosidade, tornando o
solo mais impermeável, di�cultando a in�ltração da água e prejudicando o abastecimento
da água subterrânea;
declividade: quanto maior a declividade do solo, maior o escoamento da água super�cial,
di�cultado a in�ltração da água no solo e facilitando o surgimento de erosões. Portanto,
quanto mais plano o solo, mais fácil será a in�ltração da água;
presença de vegetação: auxilia no abastecimento das águas subterrâneas, pois ajuda na
contenção do escoamento e velocidade de queda das gotas de chuva, deixando o solo
mais suscetível ao recebimento de água;
velocidade de queda da chuva: chuvas rápidas e fortes proporcionam um escoamento
maior da água e portanto, não proporcionam uma boa in�ltração. Já a chuva que cai com
menor quantidade, ou de forma lenta, ajuda na saturação do solo pois, tem mais tempo
para in�ltrar na superfície e assim, alimentar o lençol freático.
 O solo saturado, muitas vezes,  pode indicar pontos de acúmulo de águas subterrâneas e
abranger grandes regiões. Esses locais são chamados de “aquíferos”, enquanto o nível em
que a água está acumulada abaixo do solo é chamado de “nível freático”. Quando esse nível
está muito baixo, é necessário realizar uma intervenção profunda para obter a água, mas,
quando está elevado, o acesso é mais fácil e não necessita de muitos recursos. As nascentes,
por exemplo, surgem graças ao nível freático que atinge a superfície do solo e que pode �car
disponível de forma contínua ou intermitente.
Águas atmosféricas 
Considerando o ciclo da água – no qual o movimento contínuo de presença da água em nosso
planeta Terra (superfície, solo e rocha) permanece graças à energia emitida do Sol, que
provoca a elevação da água da superfície para atmosfera por meio da evaporação e, depois
volta, na precipitação da chuva –, podemos dizer que as águas atmosféricas, são aquelas em
forma de vapor d´água. Ela pode ser encontrada na atmosfera nos estados sólido, líquido e
gasoso. Sua grande função é auxiliar no abastecimento dos recursos hídricos super�ciais,
além dos oceanos, solos e rochas.
Explore
É possível identi�car e interpretar a relação entre os tipos de recursos hídricos da imagem
retirada do site da Agência Nacional de Águas (ANA), que ilustra o ciclo da água:
Águas super�ciais e subterrâneas e meio ambiente
Águas conatas: são as águas que �cam armazenadas com os sedimentos desde a sua
deposição e acumulação, após os processos diagênicos e �cam no interior das rochas
sedimentares, como resultado da diagênese exibem frequente contaminação com sais
ou outros elementos químicos e podem tirar a potabilidade das águas subterrâneas;
Águas
LEIA MAIS ECODEBATE 
https://www.ecodebate.com.br/2014/06/10/aguas-superficiais-e-subterraneas-e-meio-ambiente-artigo-de-roberto-naime/
https://www.ecodebate.com.br/2014/06/10/aguas-superficiais-e-subterraneas-e-meio-ambiente-artigo-de-roberto-naime/
https://www.ecodebate.com.br/2014/06/10/aguas-superficiais-e-subterraneas-e-meio-ambiente-artigo-de-roberto-naime/
Figura 3 
Fonte: conjuntura.ana.gov
Fontes de Poluição dos Corpos d´Água (Super�cial e
Subterrânea)
Emissões Urbanas
Existem três tipos de fontes poluição natural não associada à atividade humana, a saber:
Chuvas e escoamento super�cial;
Salinização;
Decomposição de animais e vegetais mortos.
 Essas fontes fogem das medidas controladoras, as quais não há como prever por serem de
força natural e, portanto, há poucos recursos de �scalização.
No entanto, existem poluições provocadas pela ação do homem e que chamamos de poluição
ou emissão urbana.
A emissão urbana é aquela provocada pelos habitantes de uma determinada cidade, quegeram
esgotos domésticos lançados de forma direta ou indireta nos corpos d´água. É um tipo de
fonte onde há uma gestão administrativa para controlar a coleta e tratamento, além de
�scalizar os processos de emissões da poluição.
O fato é que a poluição natural e a poluição urbana possuem carga orgânica com material
su�ciente para contribuir com a alteração da qualidade da água, comprometendo a
potabilidade e, assim, podendo causar danos à saúde dos seus usuários.
De qualquer forma, o maior agente da poluição urbana, em recursos hídricos é o lançamento
de esgoto doméstico (ou domiciliar). Veremos adiante as formas de monitoramento e
tratamento que vêm sendo aplicadas para esse tipo de lançamento.
A geração de esgoto doméstico varia em virtude de diversos fatores: temporalidade, consumo
de água e geração de esgoto (pode oscilar ao logo do dia em diversos locais e ou variações
horárias, da semana, variações diárias e do ano, variações sazonais). Naturalmente, durante o
dia, observa-se um pico de consumo maior no início da manhã e outro mais distribuído, no
início da noite, nas grandes cidades. Os sistemas de esgotos públicos são projetados para
receber apenas o esgoto doméstico de forma independente dos esgotos industriais e das áreas
de in�ltração. Como comentado, o esgoto doméstico é re�exo do tamanho da cidade, número
de população local, das atividades econômicas existentes, dos hábitos de higiene, culturais e
de economia, nível socioeconômico, disponibilidade de água e da relação entre geração de
esgoto e o consumo de água, entre outros fatores. A vazão de esgoto proveniente das
atividades industriais é especí�ca de cada uma e depende do tipo e porte da indústria,
processo, grau de reúso, reciclagem, existência de sistemas de tratamento.
Emissões industriais
A poluição industrial ou emissões industriais são resíduos líquidos gerados pelas atividades
econômicas e comerciais que são lançados nos corpos d´água. Também podemos incluir aqui
as atividades agrícolas, que têm papel importante nos impactos dos recursos hídricos por
utilizarem produtos químicos (incluindo agrotóxico) e fertilizantes para tratamento do solo,
considerando fonte de poluição de difícil controle e que necessita de um plano de
conscientização elevado para obter resultados.
Em termos de poluição, a emissão industrial é quase sempre o fator mais signi�cativo. Dentre
as atividades industriais que mais causam poluição, estão:
papel e celulose;
re�narias de petróleo;
Você Sabia? 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 25 milhões de
pessoas no mundo morrem por ano em virtude de doenças
transmitidas pela água, como cólera, diarreia. A OMS indica que, nos
países em desenvolvimento, 70% da população rural e 25% da
população urbana não dispõem de abastecimento adequado de água
potável.
usinas de açúcar e álcool;
siderúrgicas e metalúrgicas;
químicas e farmacêuticas;
abatedouros e frigorí�cos;
têxteis;
curtumes.
Também podemos considerar como poluição industrial, aquelas provocadas de forma
acidental, decorrente de derramamentos de materiais prejudiciais à qualidade das águas. A
poluição, em caso de acidentes, pode ocorrer tanto na fase de produção como nas operações
de transporte, que é, aliás, quando esse tipo mais acontece. As ações de controle, nesse caso,
são de emergência, mas é importante uma preparação baseada na experiência existente, aliada
a medidas de caráter preventivo (DERISIO, 2013).
Existe, ainda, a poluição das águas subterrâneas provocada contaminação do solo, devido à
disposição incorreta ou não controlada de resíduos industriais. Mas o nosso foco aqui é tratar
Em Síntese 
A poluição das águas pode ocorrer por meio das seguintes formas:
natural, despejos industriais, esgotos domésticos e da drenagem de
áreas agropastoris, provocada por derramamento de fertilizantes
defensivos agrícolas
apenas dos e�uentes e, portanto, essa abordagem deixaremos para comentar na unidade
referente à poluição do solo. 
Controle e Monitoramento dos E�uentes Domésticos e
Industriais
Primeiramente, é importante saber que, quando falamos de controle e monitoramento,
estamos falando de gestão. Sabemos que “gestão” vem do ato de administrar um conjunto de
ações, certo? 
 
Sabemos também que a água é um bem comum e de interesse público. Portanto, os e�uentes
acabam entrando nesse contexto, já que, sem água, não há esgoto e vice-versa. Assim, o
controle e o monitoramento podem ser realizados por uma administração pública ou privada,
por meio de recursos próprios ou coletivos.
 Aqui, falaremos do controle e monitoramento dos e�uentes domésticos e industriais, dentro
do contexto de uma gestão: coleta, tratamento e monitoramento.
E�uente doméstico (esgoto) 
O controle do e�uente doméstico, nas cidades metropolitanas, por exemplo, é realizado por
uma gestão pública, por meio de companhias de saneamento ambientais locais ou, em alguns
casos, consórcios de fornecimento de água que são responsáveis por realizarem a coleta, o
tratamento e a reutilização do esgoto tratado.
No caso da cidade de São Paulo-SP, é a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo – Sabesp a responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos em
375  municípios do Estado de São Paulo. Portanto, é ela quem realiza a gestão do fornecimento
de água e esgoto de toda a região metropolitana.  Então, o esgoto é coletado de sistemas
próprios e independentes em cada residência e distribuído por redes coletoras comum, em
tubulações de grande porte conhecidas como “coletores-tronco e interceptores”, até uma
estação de tratamento de esgoto (ETE).
 Já na ETE, a carga poluente é removida de todo o esgoto doméstico coletado e tratado, antes
que a água seja devolvida para os cursos d´água.
 A imagem a seguir, ilustra as etapas, desde a coleta até a devolução da água tratada:
Figura 4 
Fonte: SABESP
O monitoramento do e�uente doméstico normalmente é uma das diversas atividades que
acontecem dentro do laboratório da estação de tratamento (ETE). O objetivo é analisar as
condições da água tratada e também da e�ciência da ETE. É também corrigir as suas
características indesejáveis, de tal maneira que o seu uso ou a sua disposição �nal possa
ocorrer de acordo com as regras e critérios de�nidos pelas autoridades regulamentadoras.
Na maioria das estações, o monitoramento é feito de forma manual por um operador, em
diversas etapas para facilitar a identi�cação de problemas, antes do resultado do tratamento.
Existem duas formas de amostragem para monitorar o e�uente: amostragem simples e
composta.
Amostragem simples: é realizada uma coleta de amostra no dia para ter noção da
característica do e�uente num determinado horário.
Amostragem composta: são realizadas várias coletas, em intervalos de tempo durante o dia,
que possibilitam uma visão mais ampla do desempenho do tratamento do esgoto.
Nessa coleta, os principais parâmetros físico-químicos de monitoramento do esgoto tratado,
são:
pH - a medida do pH indica a acidez ou basicidade de uma solução;
DQO - representa a quantidade de oxigênio requerida para estabilizar, quimicamente, a
matéria orgânica carbonácea;
DBO - representa o consumo total de oxigênio, ao �nal de vários dias, requerida pelos
micro-organismos para a estabilização bioquímica da matéria orgânica;
SST - fração de sólidos inorgânicos e orgânicos que não são �ltráveis (não dissolvidos);
SS - fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que sedimenta em uma hora no cone
Imhof. (SPRING, 1996B;  METCALF, 2003)
Tais parâmetros de monitoramento também são aplicados para os e�uentes industriais,
porém, com metodologias diferenciadas, dependendo do tipo de tratamento. Veremos a
seguir.
 Os padrões de lançamento do e�uente doméstico tratado vão depender do tipo de
classi�cação do corpo receptor e das regulamentações locais.
E�uente industrial  
Os e�uentes provenientes das atividades industriais são, muitas vezes, lançados nos corpos d
´água super�ciais.Outras vezes, diretamente no solo ou em sistemas de coleta pública. Mas,
Você sabia? 
A Autodepuração é considerada uma forma natural de tratamento do
e�uente que contém carga orgânica, já que o processo é restabelecer o
equilíbrio do meio líquido por meio da decomposição biológica.
Autodepuração em cursos de água _ Introdução
https://www.youtube.com/watch?v=kVbXiRfU8Z8
em qualquer uma das condições de lançamento, existem regulamentações (leis) que
responsabilizam o gerador do e�uente por qualquer poluição causada nos corpos d’água (rios,
córregos, aquíferos), forçando a indústria ou o gerador do e�uente industrial a realizar o
tratamento antes do seu lançamento, e monitorá-lo para que atendam aos parâmetros de
lançamento determinados pelos órgãos ambientais competentes. A  Resolução Conama nº 430
de 13/05/2011 estabelece tais parâmetros em nível nacional, enquanto os estados e municípios
estabelecem parâmetros especí�cos, respeitando a classe dos rios receptores e sistemas de
coleta pública.
Além dos parâmetros legais de lançamento do e�uente ou da carga poluidora, as indústrias e
atividades que utilizam os corpos d´água para despejar seus e�uentes, �cam sujeitas a
obterem autorizações (outorgas) para tal lançamento. Essa autorização é emitida pelo órgão
ambiental competente local, responsável pela gestão dos recursos hídricos. 
Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos 
ACESSE AQUI
Você Sabia? 
A Lei 9.433/97, na Seção III, que trata da Outorga de Direito de Uso de
Recursos Hídricos, estabelece em seu artigo 11 que: “O regime de
outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos
assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o
efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos/ana_encarte_outorga_conjuntura2019.pdf
Cada indústria, dependendo do tipo de e�uente gerado pelo processo de produção, determina
qual o melhor método (às vezes, equipamento) atenderia melhor, pois  a e�ciência depende
das características  físicas, químicas e biológicas do material a ser tratado, e também
conforme a natureza dos poluentes a serem removidos da ETE. 
Nesse caso, o processo ideal é indicado de acordo com a carga poluidora e presença de
contaminantes no e�uente. 
 Para o controle, alguns processos de tratamento são aplicados dependendo do tipo  de
e�uente ou uma combinação desses processos para assegurar a e�ciência no tratamento. Os
processos mais comuns são: 
 
Processos físicos no tratamento de e�uentes
industriais 
São sistemas que removem os sólidos em suspensão sedimentáveis por meio de separações
físicas, como gradeamento, peneiramento, caixas separadoras de gorduras e óleos,
sedimentação e �otação. Esses sistemas também removem matéria orgânica e inorgânica em
suspensão e, portanto, ajudam a eliminar microrganismos com o auxílio de �ltração em areia
ou em membranas �ltrantes.
Processos químicos no tratamento de e�uentes
industriais 
Neste caso, o tratamento vai depender de produtos químicos, como coagulantes, �oculantes,
neutralizadores de PH, oxidantes, entre outros. A função desses produtos é remover os
poluentes por meio de reações químicas, condicionado a misturadores que auxiliarão nos
processos subsequentes do tratamento.
Processos biológicos no tratamento de e�uentes
industriais 
Utilizado tanto no tratamento de esgotos quanto no de e�uentes industriais, o tratamento
biológico tem como objetivo remover a matéria orgânica dissolvida e em suspensão ao
transformá-la em sólidos sedimentáveis e gases. No processo biológico de tratamento, há
diversos sistemas a considerar, como:
Processos aeróbios, que são representados por lodos ativados e suas variantes, tais
como, aeração prolongada, lodos ativados convencionais, lagoas aeradas facultativas e
aeradas aeróbias; 
Processos facultativos, que são realizados pela utilização de bio�lmes (�ltros biológicos)
e por algumas lagoas (fotossintéticas e aeradas facultativas). Os biocondutores
apresentam também processos biológicos aeróbios; 
Os processos anaeróbios ocorrem em lagoas anaeróbias e biodigestores.
Nas próximas unidades, iremos abordar outras formas de poluição ambiental, bem como os
sistemas de controle e monitoramento, como aqui, onde apresentamos para os recursos
hídricos.
 Até a próxima unidade!
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados
nesta Unidade:
Leitura 
 
Manual De Procedimentos Técnicos E Administrativos De Outorga De
Direito De Uso De Recursos Hídricos Da Agência
Arquivo publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA) sobre os processos de outorga para
uso da água, incluindo as emissões:
2 / 3
Material Complementar
Águas super�ciais e subterrâneas e meio ambiente
Artigo de Roberto Naime sobre os processos de formação das águas subterrâneas publicado
pelo site Ecodebate:
Fundamentos do Controle de Poluição das Águas 
Material publicado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, do curso de
controle da poluição ambiental, sobre conceitos de autodepuração:
Águas super�ciais e subterrâneas e meio ambiente
Águas conatas: são as águas que �cam armazenadas com os sedimentos desde a sua
deposição e acumulação, após os processos diagênicos e �cam no interior das rochas
sedimentares, como resultado da diagênese exibem frequente contaminação com sais
ou outros elementos químicos e podem tirar a potabilidade das águas subterrâneas;
Águas
LEIA MAIS ECODEBATE 
https://www.ecodebate.com.br/2014/06/10/aguas-superficiais-e-subterraneas-e-meio-ambiente-artigo-de-roberto-naime/
https://www.ecodebate.com.br/2014/06/10/aguas-superficiais-e-subterraneas-e-meio-ambiente-artigo-de-roberto-naime/
https://www.ecodebate.com.br/2014/06/10/aguas-superficiais-e-subterraneas-e-meio-ambiente-artigo-de-roberto-naime/
Vídeos: 
 
Sistema de Tratamento de E�uentes da Suinocultura - Sistrates 
Exemplo de sistema de tratamento de e�uente industrial gerado pelo processo de
suinocultura, apresentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa:
Sistema de Tratamento de E�uentes da Suinocultura - Sistrates
https://www.youtube.com/watch?v=RdpIKVI0S2s
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2.ed. São Paulo: Pearson, 2005.
CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Emissão veicular. 
 
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. São Paulo: O�cina de
Textos, 2013.
3 / 3
Referências

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