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CURSO: PSICOLOGIA (BACHARELADO) DISCIPLINA:TÉCNICAS DE GRUPO E RELAÇÕES HUMANAS Profª Ma. Eliana Cavalcante M. Santos UNAMA- Parque Shopping/2022.2 OBSERVAÇÃO : Prezado(a) leitor(a)/aluno (a), Informamos que a presente apresentação em slides é de uso exclusivo como material didático dos alunos do 6º semestre do curso de Psicologia da UNAMA-PARQUE SHOPPING. Qualquer outra utilização do conteúdo para fins de estudo ou pesquisa, é imprescindível realizar a citação da fonte:imprescindível realizar a citação da fonte: MAUES SANTOS, E. C. SLIDES DA DISCIPLINA TÉCNICAS DE GRUPO E RELAÇÕES HUMANAS- UNIDADES I E II. Curso de Psicologia.UNAMA, 2022. 55 fls. É PROIBIDO a publicação deste material, em qualquer mídia, sem a prévia autorização da autora. Belém(PA), Agosto /2022. EMENTA: TÉCNICAS DE GRUPO E RELAÇÕES HUMANAS Origem, desenvolvimento e áreas de aplicação da Dinâmica de Grupo. Teoria de Campo de Kurt Lewin. Conceituação de Grupo e Dinâmica de Grupo. Fases de Desenvolvimento de Grupo. Tipos de grupos. Fenômenos Grupais. O papel do facilitador de Grupos. A comunicação humana e as relações interpessoais. As relações humanas e convívio social. Oficinas Vivenciais. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO- TGRH Unidade I Histórico, Conceito e utilização das técnicas de grupo A teoria de campo de Kurt Lewin Grupos: definições os fenômenos do campo grupal O profissional de grupo oficinas vivenciais Schultz e as fases de desenvolvimento do grupo Unidade II Os grupos e as abordagens psicoterapêuticas: psicanálise e grupos /Gestalt-terapia e grupos Psicodrama. Teorias sistêmicas e da comunicação humana Os tipos de grupos e a organização interna dos grupos Desenvolvimento interpessoal a importância do feedback nas relações interpessoais Unidade III Treinamento ou terapia Treinamento em dinâmica de grupo Auto-conhecimento em situação grupal Diagnóstico do grupo feedback individual e de grupo Técnicas de sensibilização Unidade IV Experiências com grupos: Grupos operativos /Grupos na saúde (SUS) Grupos na educação/Grupos nas instituições Grupos nas comunidades/Grupos nos hospitais /Grupo nos esportes Bibliografia Básica • BECHELLI, L. P. C.; SANTOS, M. A. Psicoterapia de grupo: com surgiu e evoluiu. Revista Latino-americana de Enfermagem, v. 12, n, 2, pp. 242-249, 2004. BION, W. R. Experiências com grupos. Rio de Janeiro: Imago, 1975. BORGES, C. D.; SANTOS, M. A. dos. Aplicações da técnica do grupo focal: fundamentos metodológicos, potencialidades e limites. Revista da SPAGESP, v. 6, n. 1, p. 74-80, 2005. Bibliografia complementar: TÉCNICAS DE GRUPO E RELAÇÕES HUMANAS • FREUD, S. Psicologia de grupo e análise do ego. (1921) Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud - edição standard brasileira, v. XVIII. Rio de Janeiro, Imago, 1996. KAËS, R. Espaços Psíquicos Compartilhados: transmissão e negatividade. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. ZIMERMAN, D. E. Fundamentos teóricos. Em: ZIMERMAN, D. E.; OSORIO, L. C. (orgs) Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. ZIMERMAN, D. E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. • ZIMERMAN, D.; OSÓRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. • ALVES, M.; SEMINOTTI, N. O pequeno grupo e o paradigma da complexidade em Edgar Morin. Psicologia USP, v. 17, n. 2, p. 113-133. 2006. BION, W. R. Experiências com grupos: os fundamentos da psicoterapia de grupo. 2. ed. São Paulo: Edusp; Rio de Janeiro: Imago, 1975. • CABRAL, P.; SEMINOTTI, N. Os processos grupais desde o paradigma sistêmico –complexo – uma experiência de intervenção recursiva em um grupo de gestores. Psycologica, Coimbra, Portugal, n. 55. 2012. • LEWIN, K. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1970. MORAES, R.; GALIAZZI, M. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora Unijuí, 2011. • https://danielleartes3.wixsite.com/educacao/o-que-e-o-grupo-operativo AVALIAÇÕES E TRABALHOS ACADÊMICOS METODOLOGIAS 2022.2 T1: Mapas Mentais, Exercícios, Vivências em sala de aula e Quiz. T2: Apresentação de Seminários Temáticos:Artigos Científicos/Cap.Livros- Grupos de até 4 coleguinhas ----------------------------------------- AV 1: 7.0 + 3.0(T1 e T2)=10.0pts AV2: Prova Colegiada=10.0pts ATIVIDADE 1 /2022.2 ANÁLISE FÍLMICA: DOCUMENTÁRIO HUMAN-VOL.I Yann Arthus-Bertrand 1- Nos grupos de estudo: 1.1- Identificar os 3 personagens mais emblemáticos/significantes 1.1- Identificar os 3 personagens mais emblemáticos/significantes para os componentes do grupo; 1.2- Identificar a relação grupal que envolve os personagens; 1.3- Identificar as relações humanas que geraram algum conflito para o personagem; 1.4- Destacar quais impactos psicológicos observados nos personagens. 1.5- Resenhar o documentário/fazer uma análise geral. Entrega da Análise Fílmica: 26.08.2022 ATIVIDADE 2 2022.2 LEITURA E DISCUSSÃO DO TEXTO EM GRUPO Resolução dos exercícios do Cap. 15 da Bibliografia Básica individual. PSICOLOGIAS. Bock,Furtado & Almeida. Ed. Saraiva. São Paulo,2001. Entrega da atividade e discussão: 02.09.2022 HUMANO SER SOCIAL •Evolução Humana/Espécies •Cérebro Social= simbólico •Dor física =Dor social •SNC/Emoções(Córtex+Amígdala+Hipocampo*atividades cerebrais/múltiplos circuitos) •Capacidade Interativa •Razão e emoção andam juntas TÉCNICAS DE GRUPO E RELAÇÕES HUMANAS Dinâmica familiar Família como grupo primário Eu e o outro (≠) Realidade e a Linguagem Sentidos e Significados -Valores -Papéis -Funções L.VIGOTSKY - Sujeito Interativo - Linguagem e mediadores sociais - Conhecimento de si, do outro e do mundo -Construção da subjetividade. -M. BAKTHIN - Linguagem como fenômeno social = Interação de indivíduos organizados - Compartilhamento da realidade - Repertório de Discurso = Épocas/ Grupos Sociais -O Indivíduo em Desenvolvimento, diz respeito aos Grupos -Participamos de vários grupos durante a vida -Ψ Social e Práticas de Grupos. -Kurt Lewin: Dinâmica de Grupos => Pioneiro = Grupo como campo de Forças Grupos T (Treinamento) F. Moscovici, 1965. Treinamento de sensibilidade/ T-Group - Grupos estruturados com objetivo de aprendizagem e criatividade social. -Aqui e agora, feedback, segurança psicológica, reflexão sobre a experiência. -Relacional. Ex: Entrevistas, Relações Humanas. Schein (1965 e 1967): Sobre Grupos T (de Treinamento)Treinamento) - Autoconhecimento -Compreensão das condições e relações nos grupos e desenvolvimento de habilidades dentro do grupo. -As Relações Humanas são dinâmicas e mudam a todo momento, pois dependem dos sujeitos GRUPOS LEWIN (1968) ZIMERMAN E OSÓRIO (1967) Entende grupo como unidade maior que a soma das partes, com independência, características e dinâmicas próprias (Gestalt) Interdependência como essência dos grupos. A diferença entre grupos são os objetivos e fins para os quais foram criados e compostos, e a diversidade de sua cultura. GRUPOS SCHUTZ (1989) FONSECA (1988) Mundo Interno e Mundo Externo. Teoria das necessidades Interpessoais: Inclusão, controle e afeição. Mediação entre a universalidade da sociedade e a particularidade do indivíduo. Instâncias intermediárias que articulam tal relação. GRUPOS ZIMERMAN (1967) •Membros reunidos e interesse mútuo, comunicação e interação (Pichon – Riviére: Vínculo) LUFT (1970) Macro-grupos: Sociologia.(Pichon – Riviére: Vínculo) •Objetivos advindo do mesmo (Setting, espaço, tempo) Contrato e combinados Papéis e posições grupais Nível de interações afetivas (+ e -) Coesão e Desintegração. Sociologia. Micro-grupos: Psicologia, realidade social, econômica e política. CAMPO GRUPAL Estrutura e dinâmica próprias, fenômenos específicos… Ansiedades, resistências, defesas, transferências, identificações, tensionamentos, projeções...identificações, tensionamentos, projeções... TIPOS DE GRUPOS Primário: FamíliaPrimário: Família Secundário: Outros todos muitos Formação: espontâneo ou definitivo Composição: heterogêneo ou homogêneo(específico) Duração: cíclicos, contínuos ou pontuais Unidade II -Teorias sistêmicas e da comunicação humana -Os grupos e as abordagens psicoterapêuticas: psicanálise e grupos /Gestalt-terapia e grupos/Gestalt-terapia e grupos -Psicodrama. -Os tipos de grupos e a organização interna dos grupos -Desenvolvimento interpessoal a importância do feedback nas relações interpessoais A comunicação sistêmica proporciona uma novaA comunicação sistêmica proporciona uma nova estruturação no modo de pensar e perceber a si mesmo, as pessoas e o mundo. Propõe a desconstrução de pensamentos e crenças lineares e a construção de uma vida sistêmica, com novas possibilidades, capacitando a pessoa observar o todo, as partes e a interação. entre elas. VÍDEOS EM SALA *GRUPOS SOCIAIS https://www.youtube.com/watch?v=fewuAz-ckuA&t=132s *A PSICOLOGIA DO TRABALHO EM GRUPO*A PSICOLOGIA DO TRABALHO EM GRUPO https://www.youtube.com/watch?v=spPKQI-lhuY CONFORMIDADE SOCIAL https://www.youtube.com/watch?v=luVeT1NjqbE O PSICODRAMA O Psicodrama é um método de ação profunda e transformadora, que trabalha tanto as relações interpessoais como as ideologias particulares e coletivas que as sustentam. Sua aplicação é uma das mais eficientes e criativas nos campos da saúde, da educação, das organizações e dos projetos sociais. É orientado pela emoção, pelo grupo e pela co-criação, pois busca promover estados espontâneos, discriminar e integrar, com certa harmonia, o individual com o coletivo, o mundo interno com a realidade compartilhada. Produz catarse emocional e insights cognitivos. Para isso, usa tanto a comunicação verbal como a não verbal. Nasceu do Teatro de Improviso. Foi criado por Jacob Levy Moreno (1889- 1974) um psiquiatra romeno que viveu na Áustria e nos Estados Unidos. Em 1925 ele fundou o Teatro da Espontaneidade, no qual, ousadamente, convidava o público a criar sua própria história, teatralizando-a de forma espontânea. Como funciona? Opera em um palco ou cenário (o lugar da ação dramática) com um protagonista, (indivíduo ou grupo), que catalisa o foco da ação. O coordenador dos trabalhos e diretor da ação dramática pode ser auxiliado por outros profissionais, chamados egos auxiliares, que têm por principais funções: encarnar pessoas ausentes importantes na estruturação dos conflitos, assumir o lugar do cliente, explicitarimportantes na estruturação dos conflitos, assumir o lugar do cliente, explicitar sentimentos ocultos, criar novas ressonâncias e contrapontos às experiências causadoras de sofrimento. Tal método de ação encena histórias, encarna personagens internos ou míticos, desenvolve enredos, cria realidades suplementares. No aqui e agora são representadas cenas que podem retratar lembranças do passado, situações vividas de maneira incompleta, conflitos, sonhos, e até, formas de lidar adequadamente com acontecimentos futuros. Ficam evidentes modos singulares de ser, sentidos sociais e culturais do vivido, que podem ser transformados. Os termos protagonista, solilóquio, cena, cenário, diretor, papel mostram não só a origem teatral do Psicodrama, como também a permanência intrínseca da possibilidade revolucionária e popular das Artes Cênicas no centro da intervenção psicodramática. Com a diferença que no Psicodrama o resultado estético pode ser bom, mas não deve orientar o processo, como acontece no teatro convencional. A pesquisa em Psicodrama ocorre em seu próprio fazer, pois o referencial teórico-A pesquisa em Psicodrama ocorre em seu próprio fazer, pois o referencial teórico- metodológico-prático Moreniano apóia-se no aqui e agora dos indivíduos e do grupo. Por liberar a espontaneidade-criatividade do Ser Humano, esse locus de co-criação pede dois movimentos complementares: o primeiro permite o fluir da intuição e da ação espontânea; o segundo persegue um pensar que permite a compreensão do que ocorre no jogo intersubjetivo. Não só o Diretor de Psicodrama é um investigador participante como todos os envolvidos acabam tendo o estatuto de pesquisador. A pesquisa psicodramática é precursora da Pesquisa-Ação, pois é uma modalidade de pesquisa humana, para e com a população. J L Moreno explica no palco os 5 componentes do Psicodrama https://www.youtube.com/watch?v=XDno7uZrtmc https://www.youtube.com/watch?v=mBhuzfSg6QY INTRODUÇÃO À KURT LEWIN (1890-1947) Kurt Lewin nasceu em 9 de setembro de 1890 em Mogilno, Polônia. Estudou nas Universidades de Friburgo, Munique e Berlim (Alemanha). Seu interesse pela Psicologia é gradual. Inicialmente se dedica à Química e à Física, depois à Filosofia, e finalmente vai preparar sua tese de Psicologia. Obteve o doutorado em Filosofia pela Universidade de Berlim/1914, com uma tese sobre “A psicologia doBerlim/1914, com uma tese sobre “A psicologia do comportamento e das emoções“. Seus estudos sobre as minorias lhe permitiram questionar as teorias e metodologias tradicionais da Psicologia Social. Diante de suas experiências, na exploração de realidades sociais, propõe uma concepção pessoal de pesquisa e de experimentação em Psicologia dos grupos. Segundo Lewin, para análise dos grupos é necessário considerar a Sociedade global onde os fenômenos de grupo se inserem e se manifestam. E, todas as ciências do social contribuem para compreender os UMA INTRODUÇÃO À KURT LEWIN (1890-1947) contribuem para compreender os fenômenos relacionados a dinâmica dos grupos. Portanto, as realidades sociais são multidimensionais: Só a pesquisa de campo oferece condições válidas de experimentação. Lewin fixa dois objetivos para a pesquisa sobre fenômenos sociais: Toda pesquisa deve originar-se a partir de uma situação social concreta a modificar. O pesquisador deve implicar-se INTRODUÇÃO À KURT LEWIN (1890-1947) O pesquisador deve implicar-se pessoalmente no futuro das realidades sociais que tenta explicar sem deixar de objetivar-se a seu respeito. Assumir dois papéis complementares: participante e observador. Os comportamentos dos indivíduos, enquanto seres sociais são função de uma dinâmica independente das vontades individuais. Os fenômenos de grupo são irredutíveis e não podem ser explicados à luz da psicologia individual. Toda dinâmica de grupo é a resultante do conjunto das interações no interior de um espaço psico-social. INTRODUÇÃO À KURT LEWIN interior de um espaço psico-social. Personalidade: eu íntimo, eu social e eu público (eu- self) Eu íntimo: consagra os valores fundamentais para o indivíduos Eu social: engloba os sistemas de valores que são partilhados com certos grupos. Ex. valores profissionais Eu público: a região que está em contato com os contatos humanos ou nas tarefas que apenas o automatismo são suficientes ou exigidos. Ex. fenômeno de massa Campo Social - Hipóteses sobre a dinâmica de grupos: -O grupo é a base sobre o qual o indivíduo se mantém. INTRODUÇÃO À KURT LEWIN (1890-1947) -O grupo é a base sobre o qual o indivíduo se mantém. -O indivíduo utiliza o grupo como instrumento para satisfazer suas necessidades psíquicas ou aspirações sociais. -O grupo é a realidade do indivíduo, independente de sua posição no grupo. Tudo que afetar o grupo, afeta o indivíduo também. -O grupo é um dos elementos ou determinantes do espaço vital do indivíduo. É no espaço vital que se dá a existência ou evolução do indivíduo. Finalidade/ Tipos de Grupos: Grupos Operativos/Grupos Terapêuticos ESPELHO = Parecida com quem? O que incomoda? Vivências difíceis. PRÁTICAS GRUPAIS GRUPOS OPERATIVOS Todo tipo de grupo que centra-se na tarefa, os problemas da tarefa, da aprendizagem e problemas GRUPOS TERAPÊUTICOS Têm finalidades terapêuticas, objetivos e tempos limitados, relacionado a questõesda aprendizagem e problemas pessoais relacionados com a tarefa e com a aprendizagem. (PICHON – REVIERE, 2009) *Facilitador e ou coordenador. relacionado a questões psicoemocionais individuais e inter-relacionadas. (FERNANDES, 2003) *Mediador ou Terapeuta GRUPOS OPERATIVOS *PRÁTICO Ensino aprendizagem Da ordem de fazer. Na sua consequênciapoderá também ser terapêutico. AÇÃO Ensino aprendizagem Técnica de grupos reflexão Institucionais: Empresas, escolas, igreja, associações, comunitários Programa de Saúde Mental INTRODUÇÃO À ENRIQUE PICHON RIVIÈRE A técnica dos grupos operativos começou a ser sistematizada por Pichon-Rivière (1907-1977), médico psiquiatra, a partir de uma experiência no hospital de Las Mercedes, em Buenos Aires, por ocasião de uma greve de enfermeiras. Diante da falta do pessoal de enfermagem, Pichon propõe, para os pacientes "menos comprometidos", uma assistência para com os"menos comprometidos", uma assistência para com os "mais comprometidos". A experiência foi produtiva para ambos os pacientes, os cuidadores e os cuidados, na medida em que houve uma maior identificação entre eles e pôde-se estabelecer uma parceria de trabalho, uma troca de posições e lugares, trazendo como resultado uma melhor integração. Pichon-Rivière começou a trabalhar com grupos na medida em que observava a influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua prática psiquiátrica esteve subsidiada principalmente pela psicanálise e pela psicologia social, sendo ele o fundador tanto da Escola Psicanalítica Argentina (1940) como do Instituto Argentino de Estudos Sociais (1953). O objeto de formação do profissional deve instrumentar o sujeito para uma prática de transformação de si, dos outros e do contexto em que estão inseridos. Defende ainda a ideia de que aprendizagem é sinônimo de mudança, na medida em que deve haver uma relação dialética entre sujeito e objeto e não uma visão unilateral, estereotipada e cristalizada. Para Pichon, a aprendizagem centrada nos processos grupais coloca em evidência a possibilidade de uma nova elaboração de conhecimento, de integração e de questionamentos acerca de si e dos outros. A aprendizagem é um processo contínuo em que comunicação e interação são indissociáveis, na medida em que aprendemos a partir da relação com os outros.partir da relação com os outros. A técnica de grupo operativo consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações. GRUPOS TERAPÊUTICOS De autoajuda - Na área médica em geral, diabéticos, idosos, etc. - Na área psiquiátrica (A.A. etc) TERAPÊUTICOS Da ordem das questões psicoemocionais que podem ensejar Psicoterápicos - Base psicanalista - Psicodrama - Teoria Sistêmica - TCC - Abordagens diversas Zimerman, D.E. Fundamentos básicos das Grupo terapias. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Qual a função do mediador? Compreender a sua função no grupo. Compreender a real finalidade da existência e constituição do grupo, objetivo esse o qual passa a nortear o planejamento deste com suas delimitações e definições, recursos e instrumentos a serem utilizados e outros critérios, e sua posição e utilidade frente e tal. OBJETIVOS DOS GRUPOS OPERATIVO -Apresentar a tarefa e informações, de forma clara, promovendo a compreensão entre os membros e do papel de cada um.compreensão entre os membros e do papel de cada um. -Fomentar capacidades/potencialidades na dinâmica grupal, promovendo integração, participação e coesão. -Fomentar processos dialógicos, resolutivos, trocas e manifestações positivas entre os membros, de maneira respeitosa e construtiva. - Fomentar autonomia e independência do grupo - Mediar situações de conflito, visando a redução do estresse. - Intervir quando necessário frente a manutenção do propósito do grupo e setting deste. OBJETIVOS DOS GRUPOS TERAPÊUTICOS -Auxiliar a criar o ambiente terapêutico e estabelecer de forma explícita e implícita as normas e contratos coletivos, leve/tranquilo; -Fortalecimento da experiência emocional imediata no relacionamento com o-Fortalecimento da experiência emocional imediata no relacionamento com o grupo – aqui e agora; -Promover condições para que os membros participem de forma ativa e construtiva, respeitosamente e não-violenta; -Fomentar a interação e fortalecer a ligação emocional entre os membros, apontando efeitos do diálogo, semelhanças e diferenças; -Fomentar a condição espontânea, criativa, flexível, fluida e acolhedora do espaço terapêutico, sustentando o caráter positivo do grupo e intervindo em quaisquer situações que o ameace. Manter o clima terapêutico/Participação de TODOS, organizando o tempo de cada um. Valorizar a acolhida das falas. INDICAÇÕES FILMES E SÉRIES: ANALISANDO GRUPOS “Toc Toc” (2017) Netflix “O experimento de Stanford” (2015) “Irmão do Relojos” (2014) Cartoon Network “The Office” (2015) Amazon Prime Video“The Office” (2015) Amazon Prime Video “Brooklyn Nine-Nine” (2013) Netflix Conceito-chave: autoconceito. Em grande parte, meu autoconceito deriva de meu relacionamento com outras pessoas. Em meu intercâmbio, negocio vários objetos e ideias com outros e com eles faço ajustamentos.ajustamentos. Vivência: Quem eu sou? • Schultz e as fases de desenvolvimento do grupo • William Carl Schutz (1925-2002) nasceu em Chicago, nos EUA, e é o autor da Teoria das Necessidades Interpessoais, chamando-a de FIRO-B (Fundamental Interpersonal Relations Orientation). • Sua Teoria foi influenciada por Kurt Lewin (1890-1947),• Sua Teoria foi influenciada por Kurt Lewin (1890-1947), manifestando que o comportamento pode ser avaliado por um instrumento, explicando, dessa forma, o comportamento e a interação humana. • Segundo Schutz (1974), todo ser humano é dotado de necessidades específicas. • “Essas necessidades constituem o fundamento da investigação no campo das relações interpessoais e a base dos métodos por meio dos quais se alcança o pleno potencial humano na relação de um ser para o outro” (1974, p. 101). Segundo ele, essas necessidades interpessoais são: inclusão, controle e afeto (afeição) • Essas dimensões têm sido usados até hoje para avaliar a dinâmica dos grupos. Schutz também criou FIRO-B, um instrumento de medição com escalas que avaliam os aspectos comportamentais das três dimensões inclusão,controle e afeto. Segundo Schutz, um grupo se integra a partir doSegundo Schutz, um grupo se integra a partir do momento em que as necessidades interpessoais são satisfeitas. E apenas em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas adequadamente. Logo, ao entrar em qualquer grupo o indivíduo busca estas três necessidades de forma respectiva: inclusão, controle e afeto TEORIA DAS NECESSIDADES INTERPESSOAIS Carl Schutz Segundo Schutz, o comportamento de inclusão refere-se a associações entre pessoas, exclusão, aceitação, posse, companhia. esta necessidade de sentir-se incluído manifesta-se pelo desejo de rever atenção e efetuar interações. “Nenhum homem é uma ilha” – o ser humano não vive isoladamente. o ser humano nasce formando vínculos e interações com as pessoas para a construção do ser. A fase de inclusão não implica necessariamente em fortes conexões emocionais ou de domínio com outros indivíduos, mas um processo de formação grupal. Segundo Schutz, o comportamento de controle refere-se ao processo de tomar decisões em conjunto em áreasao processo de tomar decisões em conjunto em áreas de poder, influência e autoridade; a necessidade de controle varia ao longo de um continuum, deste desejo de ter autoridade sobre os outros (e portanto, sobre o futuro). Segundo Schutz, a dimensão do Afeto relaciona-se aos vínculos pessoais que referem-se às proximidades pessoais e emocionais entre as pessoas. • Subsocial – Há prevalência da tendência ao retraimento e introversão. introversão. • Supersocial - Tendência a ser extrovertido • Sociável – A interação com as pessoas não apresenta problemas significativos. • Comportamentos afetivos do grupo : Ciúmes;formação de pares; emoções e sentimentos intensificados entre os pares etc. • A necessidade de inclusão é a necessidade de se sentir incluído, integrado, de receber atenção e ser valorizadopelos demais integrantes do grupo, além de ser a fase em que o indivíduo analisa as pessoas e suas ideias, para saber se estar no grupo certo. Essa necessidade pode ser tanto adequada, quanto inadequada dependendo do nível de importância dada ao grupo. • Obs: (Numa dinâmica percebemos a importância de cada indivíduo no grupo, Considerações Finais Teoria das Necessidades Interpessoais • Obs: (Numa dinâmica percebemos a importância de cada indivíduo no grupo, quando ficamos em roda de mãos dadas transparecendo união e notando a particularidade de todos em conjunto.) • A necessidade de controle se trata de influência sob o grupo, ou seja, trata-se da responsabilidade do indivíduo perante o grupo e suas ações a favor do mesmo, se tornando uma necessidade adequada quando há o processo de tomada de decisão. • A última necessidade é a de afeição, consiste em querer se sentir valorizado pelo grupo, sendo que o indivíduo buscará saber se é importante e respeitado aos olhos dos membros por sua competência. Sendo adequada quando há uma comunicação clara, aberta e honesta entre os integrantes. OBRIGADA!
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