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NR10---Treinamento---Analise-de-Acidente-Linha-de-Transmissao---2022

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ATERRAMENTO 
NO SISTEMA ELÉTRICO
ATERRAMENTO
E interligação entre um ponto condutor de energia elétrica a outro ponto de terra, evitando a possibilidade de uma energização e tem como objetivo fornecer a máxima segurança ao pessoal envolvido em manutenção.
Energização inadvertida do equipamento ou linha originada tanto pelo religamento quanto por contatos acidentais com linhas energizadas próximas 
( queda de condutor energizado por exemplo ).
Boas condições atmosféricas na área de trabalho eliminam a possibilidade de uma descarga elétrica atmosférica vir atingir o sistema num outro local distante, energizando-o
Os aterramentos normalmente fornecem proteção suficiente contra surtos de tensão devido a estas descargas.
Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições de ambiente seco, as linhas sofrem uma contínua indução que se soma às demais tensões presentes . as tenções estáticas crescem
continuamente e após longos períodos de tempo, podem ser relativamente elevadas.
ENERGIZAÇÃO ACIDENTAL
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
TENSÃO ESTÁTICA
POSSIBILIDADE 
DE ENERGIZAÇÃO
POSSIBILIDADE 
DE ENERGIZAÇÃO
Dois condutores separados por um dielétrico e com potenciais diferentes, haverá entre ambos o efeito capacitivo. 
Este fenômeno ocorre, por exemplo, quando a existência de linha ou equipamento energizado na vizinhança de linha ou equipamento desenergizado.
Em linhas paralelas, a proximidade aumenta a tensão induzida e a corrente a ela associada. 
Esta corrente pode ser suficientemente grande para se tornar perigosa e fatal ao homem de manutenção.
O aterramento evita o perigo de tais correntes descarregando-as para a terra.
TENSÕES INDUZIDAS CAPACITIVAS.
POSSIBILIDADE 
DE ENERGIZAÇÃO
Ao se aterrar uma linha, as correntes devido às tensões induzidas capacitivas e às tensões estáticas, são drenadas imediatamente. Todavia, ainda existirá uma tensão induzida eletromagneticamente.
Essa tensão é induzida por linha ou linhas energizadas que cruzem ou são paralelas à linha ou equipamento desenergizado no qual se trabalhe.
Em função da distância entre as linhas, da corrente de carga das linhas energizadas, do comprimento do trecho onde há paralelismo ou cruzamento e da existência ou não de transposição nas linhas.
TENSÕES INDUZIDAS ELETROMAGNÉTICAS.
SISTEMA 
DE ATERRAMENTO
Conjunto de cabos e conectores adequados e dimensionados para as suportar altas correntes elétricas.
Capacidade para conduzir a máxima corrente de curto pelo tempo necessário à atuação do sistema de proteção, garantindo a segurança do homem de manutenção, no caso de energização inadvertida da linha ou equipamento, além de conduzir correntes induzidas de estado permanente.
Capacidade para suportar três energizações consecutivas.
Deve ser adequado e funcional ao serviço de manutenção.
Manter, por ocasião da corrente de curto-circuito, uma queda de tensão através do conjunto de aterramento não prejudicial à pessoa em paralelo com o mesmo.
Capacidade para suportar os surtos devidos à descargas atmosféricas que ocorrem em pontos distantes do local de trabalho.
Os cabos, grampos e conectores deverão suportar os esforços mecânicos criados pelas correntes de curto, sem se desprenderem mas conexões e nem se romperem.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO CONJUNTO DE ATERRAMENTO
CABOS CONDUTORES 
DE ATERRAMENTO
Devem ser em cobre, do tipo extraflexível, com isolamento em para 600 V.
Capa externa de CPV transparente.
A bitola dos cabos de aterramento bem como a espessura de isolamento, variam de acordo com as necessidades referentes à capacidade de condução de corrente e a resistência do jamper de aterramento e consequente queda de tensão no local de trabalho.
GRAMPOS E CONECTORES
DE ATERRAMENTO
Dimensionados também pela máxima corrente de falta, devendo ainda suportar os esforços mecânicos devidos a essa corrente. Dependem ainda da bitola do condutor ou outras características do local onde serão colocados, tais como: barramento, estruturas, etc.
Os grampos e conectores de aterramento deverão ter características tais que possibilitem o maior envolvimento possível dos cabos ou barras condutoras do sistema a ser aterrado, assegurando boa conexão elétrica e mecânica. A experiência tem demonstrado a eficiência do tipo MORSA com as superfícies de contato serrilhadas, que permitem adequada pressão de contato e o rompimento do filme de óxido ou outras impurezas que possam existir, diminuindo a resistência de contato.
Deverão ser de material resistente e bom condutor elétrico (bronze, cobre, alumínio).
BASTÃO DE ATERRAMENTO
Bastão de Aterramento, utilizado para colocação e retirada do conjunto de aterramento deverá possuir isolamento adequado para a classe de tensão da linha ou equipamento em que for utilizado.
TRADO DE ATERRAMENTO
Os trados, também, deverão ser dimensionados para permitir a condução da máxima corrente de falta, durante o tempo em que esta durar, e permitir a menor queda de tensão possível. O material recomendado deverá ser bom condutor elétrico(cobre), além de possuir boa resistência mecânica.
UTILIZAÇÃO DE LUVAS ISOLANTES PARA 10 KV
COM PROTETOR DE COURO SOBREPOSTO.
Em serviços de manutenção junto a circuitos energizados e onde a indução atinge níveis elevados, recomenda-se a adoção de um sistema para escoamento da carga capacitiva armazenada pelo corpo do homem de manutenção, sem reações incômodas para o mesmo.
Manter-se, quando possível, afastado dos cabos de aterramento, de maneira a evitar ser atingido com um golpe, em razão de sua oscilação causada por um curto circuito.
Antes do aterramento, considerar todos os cabos inclusive os cabos pára-raios como energizados.
Evitar aproximar-se do ponto em que o conector do cabo de aterramento está preso à estrutura ou malha de terra.
Observar a necessidade de descarregar os capacitores de equipamentos e TAP’s capacitivos das buchas antes de realizar qualquer serviço nos mesmos.
Quando o serviço permitir, o pessoal de manutenção situado no solo, deve manter-se afastado da estrutura para evitar a possibilidade de choque, no caso da torre sob trabalho ter resistência de aterramento elevada, que, aliada às correntes devida a indução , poderá produzir potenciais perigosos
.
UTILIZAÇÃO DE LUVAS ISOLANTES PARA 10 KV
COM PROTETOR DE COURO SOBREPOSTO.
Confirmar o bom estado de conservação do equipamento de aterramento, para a sua utilização, principalmente quando à limpeza da superfície de contato do seu grampo e quanto ao bom estado das conexões.
Em se tratando de serviços em subestações, após o aterramento pelos dispositivos operativos do sistema, o operador deverá entregar, no local, ao encarregado de manutenção os equipamentos e procederem em conjunto a uma inspeção de isolamento e confirmar que os equipamentos estão isolados e liberados para o trabalho. 
NA SEQUÊNCIA, O ENCARREGADO DE MANUTENÇÃO DEVERÁ DELIMITAR A ÁREA DE TRABALHO, UTILIZANDO-SE DE CORDAS OU REDES E BANDEIROLAS.
NORMA PARA 
COLOCAÇÃO DO ATERRAMENTO
Verificar antes da execução do aterramento, se a linha ou equipamento está desenergizado, utilizando-se dispositivos adequado ( detector de tensão para tenções até 138 kV ou bastão isolante com ponta metálica para ensaio de ruído em tensões acima de 138 kV ) à classe de tensão da linha ou equipamento.
NORMA PARA 
COLOCAÇÃO DO ATERRAMENTO
MANUTENÇÃO DO 
CONJUNTO DE ATERRAMENTO
INSPECIONAR, LIMPAR E TESTAR OS CABOS
VERIFICAR O ESTADO DAS CONECÇÕES ELÉTRICAS
VERIFICAR SE EXISTEM FIOS PARTIDOS OU DETERIORAÇÃO NOS CABOS
DANOS FISICO NO CABO
VERIFICAR SE EXISTE SUJEIRA OU DANOS NAS MANDIBULAS DOS GRAMPOS
CUIDADOS COM O 
CONJUNTO DE ATERRAMENTO
Anualmente deve ser feito um ensaio de queda de tensão no cabo de aterramento, incluindo conectores e grampos, de modo a ser comprovado que quando fluem as correntes de curto, a queda de tensão dos mesmos não exceda à especificada.
Antes de cada utilização dos equipamentos, deve-se verificar se existem fios partidosou danos físicos no cabo, principalmente próximo aos conectores.
A conexão entre os cabos e os grampos deve ser rígida e limpa. 
As mandíbulas serrilhadas devem ser limpas frequentemente e substituídas quando estiverem danificadas.
Deve proceder-se à limpeza dos bastões isolantes e inspecioná-los quanto à existência de fissuras ou outros danos, além do ensaio periódico de verificação do isolamento.
CUIDADOS COM O 
CONJUNTO DE ATERRAMENTO
O conjunto de aterramento deve ser manuseado, armazenado e transportado com o mesmo cuidado que se deve ter com o equipamento para o trabalho em linha energizada. 
Os cabos e grampos devem ser depositados sobre uma lona estendida no chão antes da sua conexão ao sistema a ser aterrado, de forma a não sofrerem efeitos de seu contato direto com o solo.
Todo conjunto de aterramento que for submetido a uma corrente de curto-circuito, não deve ser novamente utilizado para fins de aterramento. 
SEQUÊNCIA LÓGICA NA INSTALAÇÃO E REMOÇÃO DE ATERRAMENTO
RETIRADA
Instalar a ligação a terra;
Instalar o grampo que liga o objeto condutor 
AO ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
REMOVER o grampo que liga o objeto condutor
REMOVER a ligação a terra;
SEQUÊNCIA LÓGICA NA INSTALAÇÃO E REMOÇÃO DE ATERRAMENTO
COLOCAÇÃO
ACIDENTE POR FALTA DE UM SISTEMA REDUNDANTE DE ATERRAMENTO
USAR SEMPRE UM MÍNIMO DE 2 CABOS :
Um só cabo não suporta correntes de curto-circuito ou energização acidental;
Estatisticamente, um só cabo falha com frequência.
Somente após a conclusão ou supervisão do trabalho de manutenção deverá ser retirado o aterramento. O Encarregado de serviço providenciará a retirada do pessoal do local de trabalho.
Retirar a conexão do cabo de aterramento com o terminal da linha ou equipamento, seguindo a ordem inversa à de colocação. Retirar a conexão do cabo de aterramento com malha de terra da subestação ou com a estrutura.
Verificar se todos os equipamentos foram retirados.
Entregar a linha ou equipamento para a operação, dando baixa no documento hábil ( permissão de trabalho ) , informando à Operação que todos os cabos de aterramento colocados foram retirados.
Após a conclusão dos trabalhos em subestações, antes de tomar as providências necessárias a entrega a Operação, o Encarregado de serviço e o Operador devem proceder à Inspeção de liberados para energização segura.
NORMA PARA 
RETIRADA DO ATERRAMENTO
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTE
V 8/9
V 8/8
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTE GRAVE
V8/9
V8/9
LOCAL DA EMENDA
Transmitir aos profissionais da área de manutenção o relato do acidente ocorrido na substituição de emendas de cabos e considerações básicas no sistema de aterramento, com o objetivo de prevenir, reduzir ou eliminar os riscos e a ocorrência de acidentes do trabalho de mesma características.
Esse objetivo será alcançado na medida em que as causas forem identificadas, analisadas e controladas, preservando-se a integridade física e mental dos trabalhadores envolvidos na manutenção.
OBJETIVO
RETIRADA DE PENDÊNCIAS DE CONSTRUÇÃO DA LINHA DE TRANSMISSÃO 500 KV – BATEIAS/IBIÚNA -CD
ATIVIDADE PRINCIPAL
DEPARTAMENTO DE TRANSMISSÃO SUL - DTS.T
ESCRITÓRIO DE CONSTRUÇÃO DE MOGI - ECMO.T
ÓRGÃO RESPONSÁVEL
DIVISÃO DE MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA DE ITABERÁ – DMEQ.O
APOIO
DADOS 
DA AREA
DADOS 
DO ACIDENTE
TIPO DE ACIDENTE: Choque Elétrico por indução
 
LOCAL: Torre V8/9 – Mísula da fase “C”
 
DATA:
 
HORÁRIO:
 
TIPO DE TRABALHO: Programado
 
 
ATIVIDADE EXECUTADA NO MOMENTO DO ACIDENTE: 
 Substituição de emenda do cabo condutor.
  Remoção do sistema de aterramento.
  
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS: Chuva fina, vento forte e frio.
 
PERÍODO: Noturno (sem iluminação artificial)
DADOS 
DO ACIDENTADO
NOME: Funcionário 01
 
MATRÍCULA: 0000-0
  
DATA DE ADMISSÃO: 00 de Janeiro de 20xx
 
FUNÇÃO: Eletricista de LT
 
TEMPO NA FUNÇÃO: 1 Ano
 
DANOS PESSOAIS: Queimadura de 3º Grau - Tecidos desvitalizados, Flictenas, Eritema, Edema, Exposição de Tendões, Ossos e Necroses
PARTES DO CORPO ATINGIDAS: Face, Região Cervical, Mão Direita e Couro Cabeludo.
DANOS 
MATERIAIS
Histórico do serviço executado
 
Durante o processo de construção de linha de transmissão, faz-se necessário à execução de emendas dos cabos ao longo da LT. O processo de execução é através da prensagem de luvas de alumínio para garantir continuidade elétrica e resistência a tração dos cabos condutores. Tendo em vista analisar a qualidade da emenda, assim como sua carga de ruptura, Furnas, através de Escritório de Construção de Mogi – ECMO.T, se encarregou de substituir três emendas para serem avaliadas. As emendas a serem substituídas foram escolhidas por não se enquadrarem dentro do processo de qualidade estabelecido pelo órgão de operação e manutenção do sistema.
 
REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
DANOS MATERIAIS: Não houve.
Para executar essa atividade o Escritório de Construção da Mogi – ECMO.T, solicitou o apoio da Divisão de Manutenção Eletromecânica de Itaberá – DMEQ.O.
 
Os serviços foram programados e a linha liberada para a execução das atividades, a partir da 6h40min do dia 27 (Quarta-feira) até às 16horas do dia 29 (Sexta-feira) de agosto de 2003.
 
Antes do início das atividades, em frente ao hotel de Rio Branco do Sul, foi feito um Diálogo de Segurança – DDS, onde os aspectos relacionados com a segurança do trabalho foram enfocados, principalmente sobre os aterramentos temporários a serem instalados, assim como dos riscos decorrentes da indução eletromagnética originada do circuito 2 que permaneceria energizado.
 
Os trabalhos tiveram início na manhã do dia 27 de agosto conforme previsto, e seguindo os procedimentos de segurança recomendados com a instalação de cabos de aterramentos temporários nas torres adjacentes ao vão onde seriam executadas as atividades de substituição das emendas.
REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
Neste desligamento a substituição estava prevista para as fases “A” e “B” do circuito I da LT Ibiúna/Bateias, sendo que o circuito II da referida LT permaneceria energizado.
 
Durante o primeiro dia de trabalho somente foi preparada a plataforma de trabalho e içados os materiais e acessórios imprescindíveis à atividade, assim como a retirada dos espaçadores, houve uma perda de tempo, após a instalação dos aterramentos temporários na torre V 8/9, pois o proprietário do local da torre embargou temporariamente os trabalhos.
 
No dia 28 de agosto foi realizada com êxito a substituição da primeira emenda na fase “A“ do circuito I.
 
Após a execução da primeira emenda, a plataforma de trabalho foi posicionada na fase “B“, para realização da substituição da segunda emenda.
REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
As 16: horas daquele dia, as condições climáticas eram desfavoráveis à continuidade dos trabalhos, pois ventava muito, fazia frio, escurecia rapidamente em função da formação de nuvens carregadas. 
 
Naquele momento houve posicionamento do Técnico de Segurança da DSHI.G, argumentando que não havia tempo hábil para retirada do material utilizado para substituição da emenda.
 
A Supervisão dos serviços manteve contato com a coordenação dos trabalhos, visando informar o andamento das atividades e ponderar a respeito da conclusão dos trabalhos, visto que as condições climáticas e do tempo que ainda restava para realização da segunda emenda era insuficiente, naquele dia.
 
Após as 16 horas foi decidido que os serviços seriam suspensos e todo material deveria ser retirado das fases condutoras, os espaçadores instalados e a linha desaterrada para que pudesse ficar a disposição do Operador Nacional do Sistema – ONS para ser energizada. 
REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
 
RESULTADO NA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DO ACIDENTE
Tendo em vista a investigação e análise do acidente ocorrido no dia 28 de Agosto de 2003, entendemos que o acidente ocorreu motivado pela falta de iluminação, aliado as condiçõesambientais inadequadas para execução da atividade, uma vez que estava muito frio, com ventos fortes e chuva.
Após a instalação dos espaçadores nas fases condutoras, o próximo procedimento era a retirada dos cabos de aterramento temporários. Dois eletricistas posicionaram na torre V8/9, aguardando a chegada de outros técnicos do ECMO.T que estavam desaterrando a torre V8/8 e que aguardavam o bastão isolante para que pudessem proceder à retirada dos aterramentos da torre citada. Inicialmente o eletricista de LT Paulo Melo removeu o cabo de aterramento da fase “A”, para depois remover o aterramento da fase “B”. Neste momento o eletricista Alexandro em meio à escuridão retirou o conector tipo morsa da fase “C” que ainda estava aterrada. Com a manobra errada o eletricista sofreu descarga elétrica que causou queimadura de 3º grau em sua mão direita, vindo a ficar sustentado na estrutura pelos ganchos de ancoragem do talabarte de segurança.
DESCRIÇÃO 
DO ACIDENTE
A distância percorrida entre a torre V8/9 (Local do acidente) até o Hospital de Rio Branco do Sul, foi de 19 km em estrada de terra sendo este trecho percorrido em 34 minutos, onde o acidentado foi imediatamente transferido para o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba sem nenhum procedimento médico. Neste trajeto foram gastos aproximadamente 40 minutos.
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
 À distância percorrida entre as torres V8/8 e V8/9, para transportar o bastão isolante para proceder a retirada dos cabos de aterramento temporário, foi de 2.600 m, em um tempo de 7 minutos, pois somente foi levado para a frente de serviço um único bastão isolante.
 A DSHI.G, através de seu representante argumentou, quanto ao término das atividades, pois o tempo para retirada do sistema de aterramento das estruturas V8/8 e V8/9, e ainda a descida da gaiola e outros materiais. 
Instalação dos espaçadores, era insuficiente dado o volume de procedimentos a serem seguidos.
Os serviços de retirada de aterramento da torre V8/9, deram inicio as 19:00h, sendo retirado o primeiro terra na sequência de cima para baixo, ou seja, fase “A”, e sequencialmente as demais fases.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Como já era noite e não havia iluminação artificial, o eletricista Paulo Melo desceu da mísula superior até a fase condutora “A” para instalar manualmente o terminal do bastão isolante no elo do conector de aterramento para posteriormente desenroscar o parafuso que estabelece a conexão da garra com o cabo. Após a retirada deste cabo de aterramento, foi executado o procedimento normal de descida do material até o solo. 
Em seguida o Eletricista Paulo Melo, deslocou-se para a mísula da fase “B”, onde desceu na cadeia fazendo o mesmo procedimento feito anteriormente, pois a escuridão impossibilitava de visualizar e instalar o terminal no elo do conector para retirada do cabo de aterramento. Após a instalação do bastão isolante no conector, o eletricista Alexandro, que já se encontrava na mísula inferior e de posse do bastão isolante, aguardava a saída do eletricista Paulo Melo, da fase intermediária “B” para remoção do aterramento. 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
No momento do acidente ventava forte e caia uma chuva fina.
 
Não existia sistema de iluminação artificial (Refletores).
 
Altura aproximada de 25 metros do solo, em relação ao da ocorrência do acidente. 
Causou nos estranheza, pela pressa em retirar o material e desaterrar a linha, visto que a programação de desligamento do 1º circuito sentido Ibiúna/Bateias, estava confirmado entre as 06:40h do dia 27/08 até às 16:00h do 29/08/03 e a PT Permissão para o Trabalho foi dado baixa às 12h27 minutos do dia 29.08.2003. 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Os eletricista e fiscais não utilizavam dispositivos antiquedas tipo guiado ou trava quedas retrátil para descerem nas cadeias de isoladores, contrariando os procedimentos implantados pela empresa para eliminar o risco de queda, principalmente com os isoladores molhados.
Falta de equipamentos de proteção individual básico, tais como; Luva, calçado condutivo e trava quedas para os técnicos do ECMO.T
 
O peso do bastão isolante mais o cabo de aterramento temporário era de aproximadamente 13 kg;
 
O eletricista acidentado participou de 3 (três) palestra proferida por profissionais da DLTR.O, sobre sistema de aterramento temporário utilizado na manutenção de LT, com aproveitamento acima da média histórica de Furnas.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
INTEGRANTES DAS EQUIPES
ECMO.T:
1 RESPONSÁVEL.
FISCAIS:
5 RESPONSÁVEIS
DSHI.G TST:
1 RESPONSÁVEL.
SUPERVISOR
1 RESPONSÁVEL
2 RESPONSÁVEIS
ELETRICISTAS 
DA LT:
OPERAÇÃO
CONCLUSÃO
Diante do exposto acima, concluímos que o acidente ocorreu pela falta de iluminação natural e artificial, aliado a utilização de um procedimento perigoso na disposição dos conectores de aterramento na torre, as condições ambientais, frio, chuva, e ainda, a falta de um planejamento antecipado e detalhado das ações em função dos riscos, onde ferramental, materiais, equipamentos, EPI’s, métodos e procedimentos deveriam ser descritos e seguidos durante o desenvolvimento das atividades de campo. 
Tendo em vista o acima exposto e visando eliminar a possibilidade de novas ocorrências e infortúnios semelhantes, recomendamos:
 
Estabelecer um planejamento antecipado e detalhado das atividades, contemplando, as áreas de apoio, produção e de segurança do pessoal e de terceiros, assim como, um sistema de iluminação artificial eficiente caso haja necessidade de trabalho extraordinário;
 
Adotar procedimentos e métodos seguros de trabalho para estabelecer o aterramento, ou seja, aterrar as fases correspondentes a suas mísulas, respeitando a sequência de instalação e remoção, conforme procedimento;
 
Providenciar a identificação dos conectores instalados nas extremidades dos cabos de aterramento de forma que as cores (azul, vermelha e branca) sejam contempladas e as instalações dos cabos devam ser correspondentes com as fases condutoras previamente convencionadas em Furnas.
RECOMENDAÇÕES 
DE SEGURANÇA
Utilização de um sistema eficiente de comunicação (rádios) entre as equipes; 
Manter nas frentes de serviços um kit para resgate e atendimento a acidentados.
 
Utilizar dispositivo antiquedas, trava-quedas tipo guiado ou trava-quedas retrátil para acessar os cabos condutores.
 
Utilizar plataforma de trabalho com material condutor em seu assoalho e com os rodízios que deslizam sobre os cabos condutores de alumínio, para que fique estabelecida uma área equipotencial, evitando com isso diferença de potencial, causador de choque elétrico nos técnico que ali desempenham suas atividades.
 
Antes do processo de seccionamento do cabo condutor para efetuar a emenda, instalar um cabo de aterramento temporário nas extremidades para equalização de potencial elétrico. 
RECOMENDAÇÕES 
DE SEGURANÇA
A
B
C
CIRCUITO 2
CIRCUITO 1
A
B
C
CIRCUITO 2
CIRCUITO 1
A
B
C
CIRCUITO 2
CIRCUITO 1
ALEXANDRO
BASTÃO
CABO TERRA
FOTO 01 – TORRE V8/9, LOCAL ONDE OCORREU O ACIDENTE
FOTO 02 – DETALHE DA EMENDA A SER SUBSTITUÍDA
FOTO 03 – LOCAL DA EMENDA A SER SUBTITUÍDA
FOTO 04 – VISTA DO SEPARADOR DE CABOS RETIRADO TEMPORARIAMENTE PARA POSSIBILITAR A MANOBRA A EMENDA
FOTO 05 – INSTALAÇÃO DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIO DAS FASES CONDUTORAS
FOTO 06 – VISTA DA PLATAFORMA DE TRABALHO PARA EXECUÇÃO DE EMENDAS AÉREAS
FOTO 07 – DETALHE NA INSTALAÇÃO DA PLATAFORMA DE TRABALHO (GAIOLA) PARA SUBSTITUIÇÃ DA EMENDA
FOTO 08 – DETALHE DA PLATAFORMA A EXECUÇÃO DA EMENDA
FOTO 09 – DETALHE DA EXECUÇÃO DA EMENDA (PRENSAGEM DA LUVA DE ALUMÍNIO NO CABO CONDUTOR).
FOTO 10 – DETALHE DA RETIRADA DA PLATAFORMADE TRABALHO
FOTO 11 – REINSTALAÇÃO DOS ESPAÇADORES, PARA POSTERIORMENTE SER RETIRADOS OS CABOS DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIOS.
FOTO 12 – REMOÇÃO DO CABO DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIO NA FASE “B” DA TORRE V8/8 
(DETALHE DO TEMPO FECHADO E ESCURENDO).
FOTO 13 – REMOÇÃO DO CABO DE ATERRAMENTO NA FASE “C” DA TORRE V8/8
 (DETALHE DO ESCURO DA NOITE QUE CHEGAVA).
FOTO 14 – ANÁLISE DO ACIDENTE NA ÁREA DE ITABERÁ
EXCLUÍDO POR MOTIVOS DE PRIVACIDADE
FOTO 15 – DETALHE DO CABO DE ATERRAMENTO APÓS A OCORRÊNCIA DO ACIDENTE.
FOTO 16 – DETALHE DO CABO DE ATERRAMENTO APÓS A OCORRÊNCIA DO ACIDENTE.
FOTO 17 – LOCAL POR ONDE A VITIMA COM LESÕES NO CORPO DESCEU
PRINCÍPIO BÁSICO QUE NORTEA AS AÇÕES NO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E HIGIENE INDUSTRIAL NOS SERVICOS DE MANUTENCÁO EM FURNAS, COM OBJETIVO DE GARANTIR A VIDA. DIREITO CONSTITUCIONAL DE CADA CIDADÃO.
SEGURANÇA NO TRABALHO

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