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Fundamentos de Segurança de Química CURSO DE SEGURANÇA QUÍMICA Fundamentos de Segurança de Química “Segurança química é a prevenção dos efeitos adversos, imediatos e ao longo do tempo, para as pessoas e o meio ambiente, decorrentes da produção, armazenagem, transporte, uso e descarte de substâncias.” (PNUMA) De uma forma didática, pode ser apresentada em três aspectos: Ambiental, de Saúde Pública e Ocupacional, tanto sob o ponto de vista da prevenção, como dos efeitos de acidentes. Aspectos Ambientais Prejuízos ao ser humano Prejuízos à flora Prejuízos à fauna Poluição das águas Poluição do solo Poluição do ar Aspectos de Saúde Pública Proteção do Ser humano Rotulagem Saúde Ambiental Segurança Alimentar Vigilância Epidemiológica Vigilância Sanitária Aspectos Ocupacionais Proteção à Populações vizinhas Proteção ao Meio ambiente correlato Proteção de Trabalhadores Controle do risco Avaliação/análise do risco Identificação do risco/agente Fundamentos de Segurança Química 1 - Propriedades de segurança 2 - Bola de fogo 3 - Bleve 4 - Boilover 5 - Explosão de poeiras 6 - Produtos peroxidáveis 7 - Compostos pirofóricos 8 - Produtos que reagem com a água 9 - Combustão espontânea 10 - Líquidos criogênicos 11 - Substâncias corrosivas 12 - PH 13 - Incompatibilidade química 1 - Propriedades de Segurança Densidade do líquido Viscosidade do líquido/ponto de fluidez Densidade do vapor Ponto de fulgor Temperatura de auto ignição Faixa de inflamabilidade IDLH(IPVS) 1 - Propriedades de Segurança Muitos acidentes são evitados ou atenuados quando as características dos produtos químicos utilizados são prontamente reconhecidas e tomadas as medidas de precaução. Além do risco de incêndio e explosão temos também o risco de toxicidade de alguns produtos que poderão causar danos à saúde e à segurança dos trabalhadores e da comunidade vizinha Muitos acidentes são evitados ou atenuados quando as características dos produtos químicos utilizados são prontamente reconhecidas e tomadas as medidas de precaução. DENSIDADE DO LÍQUIDOS (densidade em relação à água) A densidade da fase líquida em relação à água é muito importante no caso do produto ser insolúvel em água. 1 - Propriedades de Segurança Os hidrocarbonetos são insolúveis e menos denso que a água e no caso de vazamento, o produto se espalha por uma superfície muito grande. Densidade dos Líquidos 1 - Propriedades de Segurança Já o Dissulfeto de Carbono, é insolúvel e mais denso que a água, ficando restrito preferencialmente nas irregularidades do piso e isolado do ar atmosférico. Densidade dos Líquidos Dissulfeto de carbono Selo D´Água Fogo Óleo Água 1 - Propriedades de Segurança Densidade dos Líquidos Produto Densidade nDecano 0,73 Ciclohexano 0,78 Tolueno 0,86 Benzeno 0,88 Óleos 0,96 Água 1,00 Clorobenzeno 1,11 Naftaleno 1,13 Dissulfeto de Carbono 1,26 Tricloroetileno 1,40 Anidrido Ftálico 1,53 No caso do contaminante ser ser solúvel ou reagir quimicamente com água os riscos poderão ser decorrentes de alterações do ph, da temperatura ou da formação de novos compostos tóxicos que possam afetar a fauna e interferir na cadeia alimentar e chegar aos seres humanos. DENSIDADE DO VAPOR (em relação ao ar) Observamos que apenas o hidrogênio, metano, acetileno e etileno tem densidade de vapor menor que o ar. Os vapores são geralmente mais pesados que o ar, tendo os hidrocarbonetos densidade entre 3 e 4, ficando nas partes baixas, com elevado risco de explosão. 1 - Propriedades de Segurança No caso de vazamento de gasolina, os vapores ficarão nas partes mais baixas, enquanto que num vazamento de hidrogênio, o gás ficará nas partes mais altas, devido à sua baixa densidade relativa(0,07). Densidade do Vapor VISCOSIDADE PONTO DE FLUIDEZ Resistência ao escoamento Velocidade de escoamento. Quanto menor a velocidade de escoamento, maior a viscosidade A viscosidade diminui com o aumento da temperatura, ou seja o líquido aquecido tende a “escorrer”. Um líquido de alta viscosidade ou sólido de baixo ponto de fluidez, não inflamável à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou aumento de temperatura podem passar a fluir e espalhar-se alimentando o fogo e propagando as conseqüências. (Ex. materiais betuminosos, ceras, parafinas) PONTO DE FULGOR É a menor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidades suficientes para que a mistura de vapor e ar logo acima de sua superfície propague uma chama, a partir do contato com uma fonte de ignição. 1 - Propriedades de Segurança Ponto de Fulgor Considerando a temperatura ambiente numa região de 25º C e ocorrendo um vazamento de um produto com ponto de fulgor de 15º C, significa que o produto nessas condições está liberando vapores inflamáveis, bastando apenas uma fonte de ignição para que haja a ocorrência de um incêndio ou de uma explosão. Por outro lado, se o ponto de fulgor do produto for de 30º C, significa que este não estará liberando vapores inflamáveis. p.f. 30 ºC 25 ºC p.f. 15 ºC 25 ºC p.f. 15 ºC 25 ºC p.f. 30 ºC -15 ºC 1 - Propriedades de Segurança Ponto de Fulgor O ponto de fulgor é determinado aquecendo-se lentamente o líquido em um vaso e passando-se periodicamente uma chama sobre o vaso até que ocorra o fulgor. Como a essa temperatura (PF) a geração de vapores é insuficiente para manter a chama, só há um “flash”, consumindo os vapores acumulados. Existem dois métodos para a determinação do Ponto de Fulgor: VASO ABERTO (Cleveland) VASO FECHADO (Pensky Martens) MB 50 ASTM D92 ASTM D 93 NBR 14598 1 - Propriedades de Segurança Produto P.F. (°C) Cloreto de vinila -78 Éter Etílico -45 Gasolina -38 a -45 Acetona -20 Acetato de Metila -10 Tolueno 4 Alcool Etílico 13 Terebentina 35 Anidrido Acético 49 Etileno Glicol 111 Estearato de Amila(oc) 185 Ponto de Fulgor 1 - Propriedades de Segurança Ponto de Combustão O Ponto de Combustão já é alguns graus acima e consegue manter a combustão. O ponto de fulgor é uma das mais importantes propriedades de segurança dos produtos químicos e serve para classificar os líquidos em inflamáveis e combustíveis. 1 - Propriedades de Segurança Temperatura de Autoingnição Temperatura de Auto-ignição ou Temperatura de Ignição, é a mínima temperatura na qual o produto ao entrar em contato com o ar ambiente, se inflama espontaneamente. Produto P.F. (°C) Pentaborano 35 Diborano 40-50 Dissulfeto de Carbono 90 Éter Etílico 160 Acroleína 235 Gás Sulfídrico 260 Formaldeído 300 Hidrogênio 400 Óxido de Etileno 429 Cloreto de Vinila 472 Tolueno 480 Gás Natural 537 Normalmente as temperaturas de auto-ignição apresentam valores em torno de 400 a 500 °C, no entanto existem produtos com baixas Temperaturas de Ignição, podendo entrar em ignição ao entrar em contato com linhas de vapor ou equipamentos aquecidos. FAIXA DE INFLAMABILIDADE Os produtos químicos inflamáveis ou combustíveis, só queimam dentro de uma determinada faixa de concentração no ar, chamada de faixa de inflamabilidade, que é compreendida pelos Limites Inferior e Superior de Explosividade. 1 - Propriedades de Segurança Faixa de Inflamabilidade 0% LIE LSE 100% Ideal Mistura Rica LIE = Limite inferior de explosividade LSE = Limite superior de explosividade 1 - Propriedades de Segurança Um exemplo de mistura rica e que estamos acostumados a presenciar, é a mistura combustível no motor do carro quando ele está afogado, não queima, sendo necessário se esperar alguns minutos até que a gasolina se evapore, eliminando a mistura rica. 1 - Propriedades de Segurança 1,4 a 7,6 % Gasolina 6,0 a 36,0% Metanol 4,0 a 75% Hidrogênio 1 a 50% Dissulfeto de carbono 12,5 a 74% Monóxido de carbono 1,5 a 8,5 % Butano 2,0 a 9,5% Propano 3,3 a 19,0% Alcool etílico 15,0 a 28,0% Amônia Exemplos de LIE/LSE 1 - Propriedadesde Segurança LIE ~ 2% Bujão de 13 Kg ~ 16 Litros 1 Litro de GLP ~ 250 Litros de Gás 16 Litros de GLP = 4.000 Litros de Gás 4.000 Litros de Gás corresponde a 2% de 200.000 de mistura explosiva AR + GÁS Exemplo de mistura explosiva de GLP + ar 1 - Propriedades de Segurança 0% LIE LSE 100% Aparelho de campo que mede a porcentagem da concentração em relação ao limite inferior de explosividade Explosímetro 1 - Propriedades de Segurança Explosímetro Aplicações Monitoramento com explosímetro em carreta-tanque. Entrada em espaços confinados. 1 - Propriedades de Segurança É a concentração imediatamente perigosa à vida ou à saúde, da qual um trabalhador pode escapar em 30 minutos sem sintomas ou efeitos irreversíveis à saúde. (NIOSH/OSHA Standards Completion Program) IDLH (Immediately Dangerous to Life or Health) IPVS (Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde) PRODUTO QUÍMICO Pentafluoreto de Enxofre Fosgênio Acrilonitrila Acroleína Tolueno Diisocianato IDHL* 1 2 4 5 10 IDHL* 1500 2000 3600 5000 5000 Cloro Dióxido de Enxofre Fosfina Tetracloreto de Carbono Dissulfeto de Carbono 25 100 200 300 500 8000 10000 20000 20000 50000 Acrilato de Metila 1000 PRODUTO QUÍMICO Monóxido de Carbono Benzeno Piridina Estireno n-hexano Cumeno Clorometano Tetrahidrofurano Acetona Dióxido de Carbono *(PPM) Toxicidade Capacidade inerente a uma substância química de produzir efeito adverso ou nocivo sobre um organismo vivo. DL50 - Dose letal 50% Geralmente é o primeiro experimento com uma nova substância química DL50 é a dose de uma substância química necessária para causar a morte em 50% dos animais em experimento 2 - Bola de Fogo 2 - Bola de Fogo Fórmula de Marshall D = 55 x M ⅓ (ton) (m) Diâmetro Válida para Alcanos Cn H(2n+2) 2 - Bola de Fogo Fórmula de Gayle e Bransford - 1965- NASA D = 9,56 x W 0,325 (ft) D = Diâm. da bola de fogo em pés W = Massa em libras t = 0,196 x W 0,349 (s) t = Duração em segundos Fórmula de High - 1968 D = 3,9 x W 0,33 (m) D = Diâmetro em m W = Massa em kg t = 0,3 x W 0,33 (s) t = Duração em segundos 2 - Bola de Fogo 1D 2D Queimaduras de 3° grau Queimaduras de 1 ° e de 2 ° grau Correlação de Base Grau de queimadura em função da distância da bola de fogo 3 - Bleve (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) É a explosão de um gás na forma liqüefeita pressurizada, por ruptura das paredes do vaso. Geralmente ocorre com gases liqüefeitos de petróleo que são armazenados na forma líquida pressurizada, que sofre o efeito de um incêndio aumentando muito a temperatura e pressão internas e fragilizando as paredes do vaso. 3 - Bleve (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) Como o líquido está numa temperatura muito acima de seu ponto de ebulição, há uma vaporização e uma expansão violenta, formando-se uma bola de fogo no caso de inflamáveis. Em 1966 na refinaria de Feyzin na França e em 1972 na refinaria da Petrobrás a REDUC, um incêndio destruiu o parque de tancagem de GLP. 3 - Bleve (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) A situação mais crítica em caso de fogo, é a incidência da chama na parede que está em contato com o vapor, pois o coeficiente de troca sólido/gás é bem menor que o sólido líquido, assim a temperatura da parede aumenta muito podendo fragilizá-la a ponto de rompe-la. 3 - Bleve O Acidente da REDUC O operador drenava o fundo da esfera com mangueira flexível e não estava no local quando acabou a água para fechar a válvula. Vazou muito GLP que vaporizou e acabou congelando a válvula que não pode ser fechada. Em algum momento a núvem de gás se inflamou e iniciou-se o incêndio. 3 - Bleve O Acidente da REDUC Formou-se uma poça de GLP embaixo da esfera. O sistema de refrigeração era por canhão monitor, que foi insuficiente. A válvula de segurança abriu, porém ela é dimensionada para condições normais de operação e não de incêndio. 3 - Bleve O Acidente da REDUC A temperatura e a pressão aumentaram muito e com a fragilização das paredes, a esfera se rompeu. 3 - Bleve (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) CASOS HISTÓRICOS DE BLEVES Ano Local Produto Mortos Feridos 1966 Feyzin Propano 18 81 1970 Cresc.City GLP 0 66 1971 Houston MCV 1 50 1972 REDUC GLP 38 ? 1978 Waverly Propano 12 50 1984 San Juanito GLP 560 3 - Bleve UCVE (Unconfined Cloud Vapor Explosion) Ano Local Produto Mortos Feridos Causa 1967 Lake Charles Isobutano 7 46 Abert. de valv. 1968 Pernis Mist. Hc 2 140 Slopover 1970 Port Hudson Propano 9 29 Rupt. de linha 1974 Flixborough Ciclohexano 28 25 Rupt. de linha Explosão de nuvem de vapor não confinada 4 - Incêndio com Boilover Incêndio num tanque de petróleo O calor flui para o fundo e provoca ebulição instantânea 3 A espuma mais densa desce para o fundo do tanque 2 O fogo é apagado com espuma 1 4 - Incêndio com Boilover O boilover ocorre quando um tanque contendo um produto pesado e viscoso pega fogo que permanece por longo tempo, criando uma onda de calor de aproximadamente 180 a 200°C, formada por produtos mais pesados em contra-corrente com os produtos mais leves que alimentam as chamas. BOILOVER (Slopover, Foamover) 4 - Incêndio com Boilover Mesmo que o fogo seja extinto, a onda de calor ainda progride, devido à sua grande inércia, Essa “onda de calor” desce com uma certa velocidade em direção ao fundo do tanque, podendo atingir a água, dependendo da velocidade e da distância ao fundo. BOILOVER (Slopover, Foamover) Ao atingir a camada de água no fundo do tanque, há uma vaporização violenta da água, que se mistura ao óleo, provocando um espumamento grande, fazendo com que essa mistura aumente de volume. 4 - Incêndio com Boilover Forma-se uma bola de fogo que sobe e a seguir desce queimando, provocando grandes danos. A água na forma de vapor aumenta o seu volume em até 2.000 vezes. Todo tanque com hidrocarboneto possui sempre água no fundo seja por condensação de vapores ou no caso de incêndio quando um grande volume de água entra no tanque. BOILOVER (Slopover, Foamover) 4 - Incêndio com Boilover BOILOVER (Slopover, Foamover) Uma forma de monitorar a onda térmica é jogar água nas paredes do tanque, com jatos de longa distância. Nos pontos onde a temperatura é maior que 100° C, a água ferve. Visores térmicos ou de infravermelho direcionados para as chapas do tanque permitem visualizar a movimentação da onda de calor em direção ao fundo do tanque Usina Termoelétrica - Tacoa Caracas - Venezuela 19/12/1982 Danos 70 Residências 60 Carros Total de 150 mortos, sendo: 17 Empregados 40 Bombeiros Usina Termoelétrica - Tacoa Caracas - Venezuela 19/12/1982 4 - Incêndio com Boilover Estima-se que a bola de fogo subiu cerca de 180 metros e desceu queimando. Muitas pessoas tentaram correr para o mar e acabaram morrendo afogadas. Algumas pessoas foram atingidas a mais de 300 metros de distância do tanque. 5 - Explosões de Poeira Os materiais finamente divididos e dispersos no ar formam misturas explosivas cujo comportamento depende de diversos fatores como: Composição química do pó. Forma, tamanho e superfícies das partículas Uniformidade das partículas suspensas. Composição química do meio de suspensão Quantidade de energia requerida para iniciar a explosão. Temperatura e pressão iniciais. Presença de uma nuvem de pó, com concentração acima do Limite Inferior de Explosividade 5 - Explosões de Poeira Limite Inferior de Explosividade (LIE), é a concentração mínima de pó em suspensão, que propagará uma combustão. O LIE médio é de aproximadamente 0,065 onças por pé cúbico de ar, ou 0,059 gramas por litro. Os grandes danos são geralmente provocados por explosões múltiplas. A primeira explosão geralmente é fraca, porém provoca distúrbio suficiente para dispersar mais pó no ambiente e a explosão repete-se com maior intensidade. 5 - Explosõesde Poeira Ocorrências de Explosões 40% Moagem e Pulverização 35% Misturas. transp. e outras 15% Sist. de coleta e estocagem 10% Secadores Explosão de Poeira de Milho Local: Porto de Paranaguá Data: 17/11/2001 Hora: 12:20hs Fotos: gentileza da COCAMAR Explosão de Poeira de Milho Feridos: 21 sendo três com gravidade Controle do incêndio: 17hs Equipamento: Silo de milho de 10.000 m2 Operadora do silo: Coinbra (Louis Dreyfus) Prejuízo: 4 a 5 milhões de Reais (estimado) Tempo fora de operação: 4 meses (estimado) Indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas; Indústrias fabricantes de rações animais; Indústrias alimentícias; Indústrias metalúrgicas; Indústrias farmacêuticas; Indústrias plásticas; Indústrias de beneficiamento de madeira; Indústrias do carvão; Atividades com risco de explosões de poeiras 5 - Explosões de Poeira Medidas Preventivas Arrumação (Ordem e Limpeza) Controle das fontes de Ignição Criação de Atmosferas Inertes Deve-se evitar o acúmulo de pó, através da limpeza freqüente e da utilização de equipamento a prova de explosão. Eliminar as superfícies rugosas para minimizar a quantidade de pó acumulada. 5 - Explosões de Poeira Medidas Preventivas Arrumação (Ordem e Limpeza) Remover o pós através de aspiração. Não soprar o pó com ar comprimido Instalar sistema de ventilação exaustora Proibir o fumo e chamas abertas Não permitir o corte e a soldagem nas proximidades. Providenciar separadores magnéticos para prevenir a entrada de objetos estranhos no moinho. Aterrar os equipamentos para prevenir descargas eletrostáticas. Selecionar os sopradores e exaustores adequados e manter uma manutenção constante, para evitar o contato entre as pás e a carcaça. 5 - Explosões de Poeira Medidas Preventivas Controle das fontes de Ignição A proibição do fumo deve ser feita, reservando-se áreas definidas para fumantes, em locais sinalizados e de preferência com acendedores, habituando-se o trabalhador a não portar isqueiros e fósforos. 5 - Explosões de Poeira Medidas Preventivas Controle das fontes de Ignição Nessas áreas, o corte e soldagem e qualquer operação com envolvimento de chamas e faíscas deve ser realizada somente através de um procedimento para liberação de serviço a quente. Manter uma atmosfera inerte através da adição de gases como: Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio, Xenônio, etc. em uma determinada concentração. 5 - Explosões de Poeira Medidas Preventivas Criação de Atmosferas Inertes São produtos com potencial de formação de peróxidos(substâncias que podem explodir com aquecimento, choque ou atrito). Como exemplo de produtos peroxidáveis temos: 6 - Produtos Peroxidáveis Éteres etílico e isopropílico Tetrahidrofurano Dioxano e ciclohexano Estireno etc Produtos Peroxidáveis Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em local seco, fresco e escuro Rotular com datas de: Fabricação Recebimento Abertura do frasco Prazo de validade Data prevista de formação de peróxidos Datas do próximo e do último teste realizado sobre a presença de peróxidos. 6 - Produtos Peroxidáveis No caso de suspeita da presença de peróxidos, proceder da seguinte forma: Não abra o frasco Não agite o frasco Comunique seu supervisor A presença de peróxidos é detectada através de: Presença de camada viscosa no fundo do fraco. Presença de sólidos 7 - Compostos Pirofóricos Como materiais pirofóricos podemos citar: Metais finamente divididos (Cálcio e Titânio) Hidretos metálicos alquilados (Dietil e Trietilalumínio, Trietilbismuto) Hidretos metálicos não alquilados (Hidreto de potássio) São produtos que reagem violentamente com o ar provocando oxidação. Os compostos pirofóricos devem ser armazenados e manuseados em atmosfera inerte (Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio, etc.) 8 - Produtos que reagem com água Como exemplos temos: Sódio e Potássio metálicos, Óxido de Fósforo(V), compostos de Grignard, Carbeto de Cálcio, Haletos de ácidos inorgânicos tais como: POCl3, SOCl2, SO2Cl2, haletos de não metais tais como: BCl3, BF3, PCl3, PCl5, etc Alguns produtos químicos reagem violentamente com a água liberando calor, gases tóxicos ou explosivos. Produtos que reagem com água O armazenamento desses produtos deve obedecer às seguintes regras: Armazenar os sólidos (Na, K, Li) imersos em líquido inerte como querosene. Eliminar todas as fonte de água do local Nunca armazenar produtos facilmente combustíveis na mesma área Os sistemas automáticos de prevenção e combate a incêndio por aspersão de água, não devem ser utilizados em locais com grandes estoque desses produtos. O almoxarifado deve ser construído em material resistente a fogo. 9 - Combustão espontânea Alguns produtos podem se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presença de uma fonte de ignição. Estes produtos são transportados, na sua maioria, em recipientes com atmosferas inertes ou submersos em querosene ou água. O fósforo branco ou amarelo, e o sulfeto de sódio são exemplos de produtos que se ignizam espontaneamente, quando em contato com o ar. 10 - Líquidos Criogênicos Exemplos de gases criogênicos e suas respectivas temperaturas de ebulição Substância Temperatura de ebulição (ºC) Hidrogênio - 253,0 Oxigênio - 183,0 Nitrogênio - 193,0 Esse tipo de gás para ser liquefeito deve ser refrigerado a temperatura inferior a -150º C. 10 - Líquidos Criogênicos Devido a sua natureza "fria", os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: 1- Risco a Saúde Os gases criogênicos, devido a baixa temperatura, poderão provocar severas queimaduras ao tecido, conhecidas por enregelamento, quando do contato com líquido ou mesmo com o vapor. 10 - Líquidos Criogênicos Devido a sua natureza "fria", os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: 2- Efeitos sobre outros materiais Os gases criogênicos podem solidificar ou condensar outros gases. A temperatura de solidificação da água é de 0º C à pressão atmosférica. Isso quer dizer que a água presente na umidade atmosférica poderá congelar no caso de vazamento de uma substância criogênica, e se isso ocorrer próximo a, por exemplo, uma válvula (que pode ser a do próprio tanque com vazamento), esta apresentará dificuldade para a operação. 10 - Líquidos Criogênicos Devido a sua natureza "fria", os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: Não se deve jamais jogar água diretamente sobre um sistema de alívio ou válvulas de um tanque criogênico. 2- Efeitos sobre outros materiais Também não se deve jogar água no interior de um tanque criogênico pois a água atuará como um objeto superaquecido (ela está entre 15 e 20º C) acarretando na formação de vapores e portanto aumento da pressão interna do tanque, podendo romper-se. 10 - Líquidos Criogênicos Devido a sua natureza "fria", os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: O vazamento de oxigênio liquefeito acarretará no aumento da concentração deste produto no ambiente o que poderá causar a ignição espontânea de certos materiais orgânicos. Por tal razão, não devem ser utilizadas roupas de material sintético (náilon) e sim roupas de algodão. Um aumento de 3% na concentração de oxigênio provocará um aumento de 100% na taxa de combustão de um produto. 3- Intensificação dos perigos do estado gasoso 10 - Líquidos Criogênicos Devido a sua natureza "fria", os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: Os gases criogênicos expostos à temperatura ambiente tendem a se expandir gerando volumes gasosos muito superiores ao volume de líquido inicial. 4- Alta taxa de expansão na evaporação Para o oxigênio a proporção é de 863 vezes. Para o nitrogênio, um litro de produto líquido gera 697 litros de gás. 10 - Líquidos Criogênicos Devido a sua natureza "fria", os gases criogênicosapresentam quatro características perigosas conforme segue: Os recipientes contendo gases criogênicos jamais poderão ser aquecidos ou terem seu sistema de refrigeração danificados sob risco de ocorrer a superpressurização do tanque, sendo que os sistemas de alívio poderão não suportar a demanda de vapores acarretando na ruptura do tanque. 4- Alta taxa de expansão na evaporação 11 - Substâncias Corrosivas São substâncias que apresentam uma severa taxa de corrosão ao aço. Evidentemente, tais materiais são capazes de provocar danos também aos tecidos humanos. 11 - Substâncias Corrosivas O contato desses produtos com a pele e os olhos pode causar severas queimaduras, motivo pelo qual deverão ser utilizados equipamentos de proteção individual compatíveis com o produto envolvido. 11 - Substâncias Corrosivas Basicamente existem dois principais grupos de substâncias que apresentam essa propriedade: ácidos e bases. Ácidos são substâncias que em contato com a água provocam alterações de pH para a faixa de 0 (zero) a 7 (sete). As bases são substâncias que em contato com a água, provocam alterações de pH para a faixa de 7 (sete) a 14 (quatorze). Ácidos Bases Exemplos: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico, hidróxido de sódio e hidróxido de potássio, entre outros. 12 - PH “pondus hidrogenii” A medida do pH é o resultado da concentração de íons de hidrogênio e íons de hidróxido em solução na água. A concentração desses íons é medida em escala logarítmica de base decimal 0 7 14 Acidez aumenta Alcalinidade aumenta Cada unidade de variação na escala corresponde a 10 vezes a variação dos índices de acidez ou alcalinidade. Exemplo: PH 4 é 10 vezes mais acido que o PH 5 PH 3 é 100 vezes mais acido que o PH 5 12 - PH “pondus hidrogenii” Nas ocorrências envolvendo ácidos ou bases que atinjam corpos d'água, uma maior ou menor variação do pH natural poderá ocorrer, dependendo de diversos fatores, como por exemplo a concentração e quantidade do produto vazado, além das características do corpo d'água atingido. 12 - PH “pondus hidrogenii” Métodos de controle de PH em acidentes Neutralização com outro produto Diluição Absorção Remoção A aplicação dos métodos, isolados ou conjuntos dever feita mediante criteriosa avaliação técnica das condições do local. 12 - PH “pondus hidrogenii” 13 - Tabela de Incompatibilidade Química Um líquido de alta viscosidade ou sólido de baixo ponto de fluidez, não inflamável à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou aumento de temperatura podem passar a fluir e espalhar-se alimentando o fogo e propagando as conseqüências. (Ex. materiais betuminosos, ceras, parafinas) PRODUTO INCOMPATÍVEIS Acetileno Fluor, cloro, bromo, cobre, prata e mercúrio Ácido Acético Ácido crômico, ácido nítrico, etilenoglicol, ácido perclórico, peróxidos, permanganatos Ácido cianídrico Ácido nítrico e alcalinos Ácido crômico Ácido acético, naftalina, cânfora, glicerina, terebentina, álcool, líquidos inflamáveis em geral Ácido fluorídrico anidro Amônia anidra ou solução Ácido nítrico concentrado Ácido acético, anilina, ácido crômico, ácido cianídrico, gas sulfídrico, líquidos inflamáveis e gases inflamáveis. Ácido Oxálico Prata e mercúrio Ácido perclórico Anidrido acético, bismuto e suas ligas, álcool, papel e madeira 13 - Tabela de Incompatibilidade Química PRODUTO INCOMPATÍVEIS Ácido sulfúrico Clorato Potássio, perclorato de potássio, permanganato de potássio(ou compostos com metais leves similares, como sódio, lítio) Amônia anidra Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo, ácido fluorídrico. Anilina Ácido nítrico e peróxido de hidrogênio Carvão ativado Hipoclorito de cálcio e todos os oxidantes Bromo Vide cloro Clor.de potássio Sulfúrico e outros ácidos Cloratos Sais de amônia, ácidos, pós metálicos, enxofre, materiais combustíveis ou orgânicos finamente divididos. Cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, metano, propano (ou outros gases de petróleo), hidrogênio, carbeto de sódio, terebentina, benzeno, metais finamente divididos. 13 - Tabela de Incompatibilidade Química Um líquido de alta viscosidade ou sólido de baixo ponto de fluidez, não inflamável à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou aumento de temperatura podem passar a fluir e espalhar-se alimentando o fogo e propagando as conseqüências. (Ex. materiais betuminosos, ceras, parafinas) PRODUTO INCOMPATÍVEIS Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio Dióxido de cloro Amônia, metano, fosfina, gás sulfídrico Fluor Isolado de todos os outros produtos Gás sulfídrico Ácido nitrico fumeg., gases oxidantes Hidrocarbonetos (butano, propano, benzeno, gasolina, etc.) Flúor, cloro, bromo, ácido crômico, peróxido de sódio Hidroperóxido de cumeno Ácidos orgânicos e inorgânicos Iodo Acetileno, amônia(anidr/sol.) e hidrogênio Líquidos inflamáveis Nitrato de amônia, ácido crômico, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio e halogênios 13 - Tabela de Incompatibilidade Química Um líquido de alta viscosidade ou sólido de baixo ponto de fluidez, não inflamável à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou aumento de temperatura podem passar a fluir e espalhar-se alimentando o fogo e propagando as conseqüências. (Ex. materiais betuminosos, ceras, parafinas) PRODUTO INCOMPATÍVEIS Mercúrio Acetileno, ácido fulmínico, amônia Metais alcalinos como pó (Al,Mn,K) Água, tetracloreto de carbono ou outros hidroc., dióxido de carbono e halogênios. Nitrato de amônia Ácidos, pós metálicos, líquidos inflamáveis, cloratos, nitritos, enxofre, materiais combustíveis ou orgânicos finamente divididos Oxigênio Sólidos, gases ou líquidos inflamáveis, óleos, gorduras e hidrogênio. Perclorato de potássio Ácido sulfúrico e outros e todos os incompatíveis com os cloratos . Permanganato de potássio Glicerina, etileno glicol, benzaldeído e ácido sulfúrico. 13 - Tabela de Incompatibilidade Química PRODUTO INCOMPATÍVEIS Peróxido de hidrogênio Cobre, cromo, ferro, a maior parte dos metais e seus sais, álcoois, acetona, materiais orgânicos, anilina, nitrometano, líquidos inflamáveis e materiais combustíveis Peróxido de sódio Álcool metílico ou etílico, ácido acético glacial, anidrido acético, benzaldeído, dissulfeto de carbono, glicerina, etileno glicol, acetato de etila, acetato de metila e furfural Prata Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico e compostos de amônia. Sódio Água, dióxido de carbono e tetracloreto de carbono Produtos Orgânicos Persistentes POP’s Produtos Orgânicos Persistentes PERSISTÊNCIA: É o tempo necessário para um produto químico perder pelo menos 95% de sua atividade sob condições ambientais e usos habituais, não como depósitos. Produtos Orgânicos Persistentes CLASSIFICAÇÃO Não Persistente Persistente Moderado Persistente 1 a 3 semanas 1 a 18 meses 2 ou mais anos Produtos Orgânicos Persistentes Lindano ………….. 728 dias Endrin ………….. 624 dias DDT ………….. 546 dias Aldrin ………….. 530 dias Dielorin ………….. 312 dias Hexaclorobenzeno ………….. 208 dias Persistência Produtos Orgânicos Persistentes Os 12 POP’s considerados “Os 12 Sujos” Lindano Endrin DDT Aldrin Deildrin Hexaclorobenzeno Clordano Heptacloro Mirex Toxafeno Dioxinas Furanos GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Rotulagem de Produtos Químicos MSDS – Material Safety Data Sheet FISPQ – Ficha de informações sobre Produtos Químicos Manual de Emergências da ABIQUIM HAZMAT – Hazardous Materials Perry Handbook Rotulagem, Fichas de Informações FIM