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HM V Milenia Greice R Costa Nós e Suturas ASSEPSIA ADEQUADA Evitar infecção da ferida; Promover hemostasia; Diminuir o tempo de cicatrização; Favorecer um resultado estético; Infecções podem fazer deiscência de sutura, porque enfraquecem e destroem os tecidos. Facilita a exposição das suturas e sua execução. Bordas bem alinhadas e coaptadas facilitam o processo de cicatrização, reduz formação de queloides e contribui para uma melhor estética. Hematomas dificultam a cicatrização e favorece infecções. PORÉM, TENHA CUIDADO! Excesso de hemostasia pode fazer isquemia e promover Pode haver acúmulo de líquidos e afastar os tecidos. Nós → composto de 3 seminós sobrepostos e apertados. Suturas → aproximação das bordas de tecidos lesionados ou seccionados. Objetivos: Normas básicas para realizar uma boa sutura: SUTURAS CONTÍNUAS E NÓS CIRÚRGICOS BORDAS REGULARES BOA CAPTAÇÃO DAS BORDAS HEMOSTASIA EVITAR ESPAÇO MORTO Feridas/lesões infectadas; Mordidas de animais; Perfurações profundas; Suturas que demandam muita tensão do tecido; Feridas com sangramento ativo não controlado; Feridas superficiais (escoriações e erosões). PINÇAS DE DISSECÇÃO: anatômicas (atraumáticas) ou traumáticas PORTA AGULHAS AGULHAS FIOS CIRÚRGICOS ter a resistência tênsil igual a dos tecidos; ser fino; regular; flexível; ter pouca reação tecidual; baixo custo. NÃO SUTURAR, quando: Quais materiais utilizar? FIO IDEAL: Milenia Greice R Costa Boa segurança no nó. Adequada resistência tênsil. Fácil manuseio. Baixa reação tecidual. Não possuir ação carcinogênica. Não provocar ou manter infecção. Manter as bordas da ferida aproximadas até a fase proliferativa da cicatrização; – ser resistente ao meio. Esterilização fácil. Fios Absorvíveis: são aqueles que, ao passarem por processos de fagocitose, hidrólise ou reações de proteólise, se desintegram e não deixam resíduos no organismo. Origem animal: Catgut simples e cromado Origem sintética: Vycril, Dexon, Monocryl, Vycril Rapid e PDS II Fios Não absorvíveis: Origem animal: seda o Origem vegetal: Linho e Algodão o Origem sintética: Mononylon (poliamida), Prolene (polipropileno), Mersilene, Polycot, Aciflex MATERIAIS DE SUTURA Fios A escolha dos fios deve basear-se em critério objetivos como biocompatibilidade, força tênsil, elasticidade, sítio anatômico a ser suturado, tensão à qual será submetida a sutura, idade do paciente e grau de contaminação da ferida, dentre outros. As principais características de um fio de sutura ideal são: Propriedades dos Fios • Absorção: Os fios são classificados em absorvíveis e inabsorvíveis. A! O calibre dos fios varia de nº 0 até nº 12.0. Quanto menor o número de zeros, maior é o calibre do fio (inversamente proporcional), portanto, um fio 2.0 (dois zeros) é mais calibroso que o fio 4.0 (quatro zeros). Isso é importante por que cada calibre do fio exerce uma tensão na sutura, sendo necessária a escolha do calibre adequado. Além disso, cada calibre tem sua aplicação: oftalmologia e microcirurgia (7.0 – 12.0); face e vasos (6.0); face, pescoço e vasos (5.0); mucosa, tendão e pele- abdome e tronco (4.0); pele- extremidades e intestino (3.0); pele- extremidades-, fáscia e vísceras (2.0); parede abdominal, fáscia e ortopedia (0-3) • Configuração: Os fios podem ser monofilamentares ou multifilamentares. Fios monofilamentares possuem apenas um filamento e, por este motivo, são menos maleáveis e possuem maior memória, o que torna mais difícil o seu manuseio e diminui a segurança de seus nós. Já os fios multifilamentares possuem vários filamentos trançados ou torcidos entre si, conferindo maior flexibilidade, porém causam maiores traumas ao tecido e possibilitam maior adesão bacteriana entre seus filamentos Milenia Greice R Costa • Origem: Os fios podem ter origem biológica (animal ou vegetal) ou sintética. • Força Tênsil: não deve ser menor ou maior que à do tecido no qual será utilizado, deverá ser equivalente. • Elasticidade: É a capacidade de um fio se alongar quando está sob tensão e retornar ao seu comprimento habitual após o fim desta. • Memória: É definida como a capacidade do fio em retornar a sua forma original após ser manipulado. • Coeficiente de fricção: É a capacidade que o fio apresenta de deslizar através do tecido e dos nós. • Reação tecidual: Determinados tipos de fios de sutura podem induzir a exacerbação desta resposta inflamatória, o que pode culminar em anormalidades da cicatrização. Os f ios monofilamentares inabsorvíveis são os que desencadeiam menor resposta inflamatória. • Crescimento bacteriano: : A infecção constitui a complicação mais frequente nas suturas e seu surgimento depende de algumas variáveis como o grau de contaminação da ferida, a técnica de sutura e os materiais utilizados. • Diâmetro/Calibre do fio: Os fios apresentam diâmetros ou calibres variados expressos em número de zeros (#-0), por exemplo 2-0 (dois-zeros) ou 6-0 (seis-zeros). O número de zeros corresponde a um diâmetro capaz de determinar a resistência tênsil. Quanto maior o número de zeros, mais fino é o fio • Visibilidade em campo cirúrgico: É importante que os fios tenham alguma coloração para que haja maior visibilidade no campo cirúrgico. Agulhas As agulhas são o principal agente traumático em suturas, tem por função promover a passagem do fio pelo tecido com o menor trauma possível. Dividem-se em fundo ou olho (região em contato com o fio), corpo e ponta. Podem ser classificadas em traumáticas e atraumáticas. Além disso as agulhas também podem ser classificadas em cilíndricas, triangulares (cortantes) ou espatuladas. Quanto ao seu formato, podem ser retas ou circulares. Milenia Greice R Costa evitar infecção da ferida; promover a hemostasia; diminuir o tempo de cicatrização; e favorecer um resultado estético. Assepsia adequada: infecções podem fazer deiscência de sutura, por que enfraquecem e destroem os tecidos. Bordas regulares: facilita a exposição das suturas e sua execução. Boa captação das bordas: bordas bem alinhadas e coaptadas facilitam o processo de cicatrização, reduz formação de queloides e contribui para uma melhor estética. Hemostasia: hematomas dificultam a cicatrização e favorece infecções (meio de cultura para os microrganismos). Cuidado! Excesso de hemostasia pode fazer isquemia e promover necrose tecidual. Evitar espaço morto: pode haver acúmulo de líquidos e afastar os tecidos. Realizar por planos: promove bom confrontamento das bordas e evita o espaço morto. Realizar a técnica adequadamente: adequar a sutura ao tecido, com relação a tensão, tipo de fio e espaçamento correto entre os pontos. Evitar isquemia e corpos estranhos Utilizar material apropriado SUTURAS Suturas são o conjunto de manobras realizadas para unir tecidos com a finalidade de restituir a anatomia funcional. A sutura é definida pela aproximação das estruturas teciduais através da disposição ordenada de inúmeros nós cirúrgicos e exige conhecimento da técnica, dos fios e de suas aplicações em cada tipo de tecido. Os 4 objetivos básicos de uma sutura são: 1. 2. 3. 4. Para se realizar uma boa sutura, algumas normas básicas são necessárias: Suturas Descontínuas Ponto Simples Separado: é a técnica mais utilizada, pois é fácil e rápida. É o ponto ideal para uma aproximação correta das bordas de uma ferida. Utiliza-se agulha curva, portanto sua introdução na pele deve acompanhar seu círculo Milenia Greice R Costa Donatti ou U vertical: É a associação de dois pontos simples. Cada lado da borda é perfurado duas vezes. A primeira transfixação ocorre há até 10mm da borda e inclui pele e camada superior do subcutâneo. A segunda perfuração é transepidérmica, há cerca de 2mm da borda. Esse ponto é também conhecido como “longe-longe, perto-perto”. É um ponto que promove boahemostasia, sendo mais utilizado quando há hemorragia subdérmica e dérmica. Reduz tensão e promove boa coaptação das bordas, evitando sua invaginação, entretanto, o resultado estético é inferior Milenia Greice R Costa Ponto em X: Executado para que fique duas alças cruzadas. Esse ponto aumenta a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou aproximação. É usado em fechamento de paredes e suturas de aponeurose, músculos, e até em couro cabeludo. Ponto em U horizontal ou Colchoeiro: É semelhante ao Donatti, diferindo na posição horizontal das alças. É usado para produzir hemostasia e em suturas com alguma tensão (como cirurgia de hérnias, suturas de aponeurose), que impede a coaptação perfeita das bordas. Chuleio ancorado: É uma variação do chuleio simples. Aqui o fio passa externamente por dentro da alça anterior, fazendo uma âncora, antes de ser tracionado. É mais hemostática que a anterior e por isso mais isquemiante. Atualmente é pouco utilizada. Intradérmica: É um tipo de sutura que tem um ótimo resultado estético. Nessa técnica a agulha passa horizontalmente através da derme superficial, paralelo à superfície da pele, aproximando as bordas. Por isso não deixa impressões de sutura no tecido externo. Deve ser usado em feridas com pouca tensão. Ponto em U Horizontal Contínuo (barra grega ou colchoeiro): Sutura realizada em U, horizontalmente, transfixando a pele em suas bordas. A entrada e saída dos fios são realizadas lado a lado, de forma contínua . Suturas Contínuas Este tipo de sutura tem maior indicação nos casos em que há grandes extensões para suturar e é necessário ganhar tempo, porém seus resultados deixam a desejar. Chuleio simples: É o tipo de sutura de mais rápida e fácil execução e pode ser aplicada em qualquer tecido com bordas não muito espessas. É muito usada em suturas de vasos, por que faz boa hemostasia e pode ser usada também em peritônio, músculos aponeurose e tela subcutânea. Milenia Greice R Costa Nós Cirúrgicos Os nós cirúrgicos têm extrema importância durante o ato cirúrgico para hemostasia e síntese. Eles podem ser feitos manualmente, com o auxílio de um porta-agulhas ou serem usados ambos. O nó verdadeiro da sutura é dado com 3 seminós: 1º contenção; 2º fixação; 3º segurança. Transfixação das bordas da ferida: -Quando as bordas estão afastadas, a transfixação é realizada em dois tempos, ou seja, uma borda de cada vez; -A borda para ser transfixada deve ser bem exposta e imobilizada, se necessário, pela pinça de dissecção com a mão esquerda; -O porta agulha deve ser fechado no terço médio da agulha para transfixar tecidos rígidos, ou no terço posterior, caso o tecido ofereça menor resistência; Confecção do nó no final da sutura: -Na sutura contínua, o ponto inicial e o de finalização são do tipo simples, sendo este último confeccionado com a extremidade e a alça do fio que integra a sutura. -Em suturas descontínuas, cada ponto corresponde a um nó. Secção do fio: -Nos pontos em planos abaixo da pele, as extremidades do fio devem ser cortadas rente aos nós. -Nos pontos acima da pele, a secção deve ser feita, aproximadamente, 1 cm do nó, para facilitar a retirada dos pontos posteriormente. -A secção é feita com a ponta da tesoura reta inclinada lateralmente e sob visão direta, evitando, assim, lesões de estruturas adjacentes. OBS: Utilize a pinça de dissecção para auxiliar e não a mão! OBS2: Dê três voltas em torno do porta agulha (se for o primeiro) – Faça mais dois nós, mas estes podem ter apenas uma volta. Milenia Greice R Costa
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