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A Educação das Relações Étnico -APTA

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A Educação das Relações Étnico-racial
Quais os desafios das relações étnico-racial na sociedade brasileira?
Andreza Evaristo Santiago
Caroline Soares Vieira Machado
Vitória Sacramento dos Santos Ferreira
INTRODUÇÃO
Estrutural e sistematicamente, a desigualdade racial no Brasil é inquestionável e persiste devido às fracas políticas públicas contra as quais luta. Por exemplo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros representam 70% das pessoas abaixo da linha da pobreza. Nessa perspectiva, construir uma sociedade mais igualitária requer a compreensão do papel de cada estrutura socioeconômica na reprodução do racismo, a fim de formular contra medidas eficazes. Na educação, a desigualdade é evidente, e seu combate é fundamental para qualquer mudança, por isso, sem umas educações antirracistas efetivas, é impossível pensar em uma sociedade igualitária. Aqui você conhecerá o que é desigualdade racial, seus aspectos históricos como ocorreram na educação brasileira e conhecerá as políticas públicas e as medidas tomadas pelos gestores escolares para solucionar o problema. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Compreendendo as facetas do racismo como uma prática estrutural, institucional e interpessoal, a escola e o ambiente escolar em muitos aspectos refletem e reproduzem ações e imaginários históricos do último país do planeta a abolir a escravidão. As desigualdades raciais e sociais presentes na sociedade brasileira são transversais ao sistema escolar, impondo um abismo entre as condições de acesso, permanência e sucesso dos estudantes negros e dos não negros. E, apesar dos avanços alcançados na última década no que diz respeito à presença dos jovens negros no Ensino Médio e Superior, ainda são insuficientes os resultados de aprendizagem que temos conseguido produzir. Quando comparamos os percentuais de jovens entre 19 e 24 anos que concluíram o Ensino Médio, os índices [1] são de 81,2% para as mulheres brancas e de 66,7% para as mulheres negras, e de 70,4% para os homens brancos e de 55,8% para os homens negros, o que nos convoca à elaboração desta coleção.
A valorização da diversidade no mundo da educação tem sido apontada por diversos autores como uma estratégia de combate ao racismo, que tende a construir uma convivência harmoniosa em configurações heterogêneas. Esse desafio instila propostas de abordagens para a construção de identidades nas escolas a partir das teorias dos perfis sociais e de suas histórias de vida, subsidiando análises de como as configurações escolares podem contribuir para contribuir para a presença, permanência e pertencimento dos alunos, por meio do fortalecimento das políticas educacionais com nítidos recortes raciais. . Essa discussão é apresentada no artigo “Desafios da Política Educacional: a Presença Negra na Configuração Escolar”, dos autores Maria da Conceição dos Reis, Edílson Fernandes de Souza e Vilde Gomes de Menezes, da Associação Nacional de Políticas e Administração Educacional. A valorização da diversidade nos ambientes escolares pode ser uma ferramenta importante para combater as desigualdades educacionais entre os alunos, e as escolas devem tomar medidas que não aprofundem e exacerbem essa estrutura. 
Reforçando esse tema, a Lei nº 10.639 / 2003 foi um marco importante nas relações raciais e no campo da educação, fruto das conquistas históricas do movimento negro. Há uma extensa bibliografia sobre a aplicação de suas diretrizes nas escolas e o papel da participação na comunidade escolar. Um exemplo é a tese “Abrindo as portas da escola: participação efetiva da comunidade no ambiente escolar”, de Rosângela da Silva Campos de Paula (UFJF), que menciona a importância da governança democrática no ambiente escolar. Dialética entre as decisões do direito e suas fundas. , para proteger as escolas públicas, a democracia, a cidadania e a participação da comunidade.
Durante o mês de junho, várias manifestações e protestos foram lançados em todo o mundo, assim como no Brasil, denunciando a discriminação racial contra os negros repetidamente perpetrada por diferentes governos e suas organizações, bem como a sociedade. Essas atividades políticas, organizadas principalmente por negros e movimentos antiapartheid, visam chamar a atenção para a natureza estrutural e sistêmica da desigualdade racial. Enfatizaram que, para se construir uma sociedade igualitária, é necessário entender o papel que cada estrutura socioeconômica desempenha na recriação da discriminação racial para que se possam traçar estratégias efetivas. A educação, como elemento-chave de qualquer mudança, é fundamental neste debate, pois sem uma educação antirracismo efetiva é impossível pensar para uma sociedade igualitária. O Brasil, por motivos históricos, é um dos países do mundo onde o racismo tem graves consequências e causa desigualdade entre brancos e não brancos. O que aconteceu nos Estados Unidos, com o assassinato do afro-americano George Floyd pela polícia, é um fenômeno que ocorre neste país desde que africanos foram escravizados. A brutalidade policial mortal que vemos nas imagens da mídia não é nenhuma novidade neste país. Os afro-americanos sempre fizeram campanha para protestar e exigir justiça, mas os protestos nunca eclodiram com tanta força em todo o país, nunca cruzando a fronteira dos Estados Unidos nas principais cidades ocidentais, como Londres, Paris, Berlim e Amsterdã, e em países do sudeste asiático, como Japão, Coréia, entre outros. Em meio à pandemia, milhares de pessoas saíram do próprio isolamento, expostas à contaminação da covid19, para se unirem aos negros americanos e a pessoas de outros países, como o Brasil e o resto do mundo. Outros da América Latina, para dizer que o racismo é suficiente.
A recente onda de protestos revela, portanto, a natureza histórica e estrutural da desigualdade étnico-racial e da violência sistematicamente perpetrada pelos aparatos de Estado em todo o mundo. Diante de uma dinâmica tão complexa e culturalmente enraizada, o Professor Munanga apresenta uma abordagem tripartite para o combate ao racismo: direito, educação e ação afirmativa. 
 A lei atua no combate direto às manifestações materiais do racismo. O racismo é um fenômeno político além de cultural e espiritual, então sujeitos de brancos e não brancos são educados para reproduzir a primazia branca, a lei não existe direito efetivo ao material socioeconômico e, sobretudo, áreas mais subjetivas em que o racismo atua em um diariamente. "Só a própria educação é capaz de decifrar os monstros que criou e treinar novos indivíduos para valorizar e viver com a diferença."
Que tipo de educação tem esse poder transformador? A resposta está numa educação antirracista, multicultural e diversa, ou seja, impopular - centrando-se numa cosmovisão europeia única - pois acolhe a diversidade da cosmovisão, valorizando a diversidade que nos torna quem somos. Uma educação que inclui todos os ancestrais brasileiros: indígenas, africanos, asiáticos e europeus. A educação é fundamental para recriar o racismo e lidar com ele. Promover a educação antirracista não se limita a combater as manifestações físicas do racismo cotidiano, como insultos e xingamentos. Embora positivas, as medidas para promover a melhoria do clima escolar e diminuir os conflitos com base na discriminação racial e étnica não foram suficientes para construir uma educação verdadeiramente inclusiva e equitativa. A educação antirracismo envolve necessariamente a revisão do currículo, garantindo sua diversidade, bem como a composição de professores etnicamente diversificados treinados em habilidades em O currículo cobre a cultura e a história dos povos africanos e nativos americanos. As escolas veem o racismo como um problema entre duas pessoas, confundindo-o com bullying. Eles não o veem como um sistema reativo e se reinventam.
METODOLOGIA
O presente estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e documental conforme a proposta inicial optou-se neste projeto pela análise de caráter qualitativo e quantitativo, para tanto se feznecessária à utilização de informações e ferramentas de pesquisa disponibilizadas na rede mundial de computadores. A pesquisa contou com informações retiradas de pesquisas na internet, nos quais foram discutidas as melhores fontes para pesquisa dentro do material selecionado, a produção textual foi aprimorada a cada encontro visando conferir maior clareza e objetividade ao texto. O estudo baseou-se na análise da bibliografia proposta no sentido de selecionar conceitos que trouxessem ao texto um melhor argumento no que se refere à classificação e significado do termo étnica-racial. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tratando-se das relações étnico-raciais é possível observar ao longo da pesquisa que o racismo permanece enraizado na sociedade, camuflado ou não, ainda existe e necessita de medidas para ser combatido. Apesar de terem se passado muitos anos desde a abolição da escravidão, os negros são os mais desfavorecidos economicamente e socialmente. Todas essas questões são decorrentes da história trágica e cruel que este país carrega por conta da época da escravidão, mas que a maioria da população não dá a atenção necessária, além do que as escolas passam uma imagem deturpada da realidade que os escravos enfrentavam. A educação é fundamental para recriar o racismo e lidar com ele. Promover a educação antirracista não se limita a combater as manifestações físicas do racismo cotidiano, como insultos e xingamentos. Embora positivas, as medidas para promover a melhoria do clima escolar e diminuir os conflitos com base na discriminação racial e étnica não foram suficientes para construir uma educação verdadeiramente inclusiva e equitativa. A educação antirracismo envolve necessariamente a revisão do currículo, garantindo sua diversidade, bem como a composição de professores etnicamente diversificados. O currículo cobre a cultura e a história dos povos africanos e nativos americanos. As escolas veem o racismo como um problema entre duas pessoas, confundindo-o com bullying. Eles não o veem como um sistema reativo e se reinventam.
CONCLUSÃO
A educação tem um papel central e transformador da sociedade, portanto, se a construção da educação antirracista envolve múltiplas abordagens e perspectivas, isso se deve às características estruturais e sistemáticas do próprio racismo em nosso cotidiano. A educação diversificada que enfrenta a desigualdade é um desafio histórico que requer escuta atenção e um compromisso com a justiça.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. DESIGUALDADE racial na educação brasileira: um Guia completo para entender e combater essa realidade: Reunimos os principais conteúdos do Observatório de Educação sobre o tema para explicar o que é essa desigualdade e a importância da educação para combatê-la.. In: Desigualdade racial na educação brasileira: um Guia completo para entender e combater essa realidade: Reunimos os principais conteúdos do Observatório de Educação sobre o tema para explicar o que é essa desigualdade e a importância da educação para combatê-la.. [S. l.], maio 2018. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/desigualdade-racial-na-educacao/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=11358183974&utm_content=110865315986&utm_term=diversidade%20racial&gclid=CjwKCAiAqIKNBhAIEiwAu_ZLDlH3HiN384iNXhKONtsmPLGsav0vgeuKC5Oft-T6RVVMCMZb54xilBoCZDwQAvD_BwE. Acesso em: 6 dez. 2021.
2. O PAPEL da escola no enfrentamento do racismo. [S. l.]: INSTITUTO UNIBANCO, 6 dez. 2021. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/conteudo-multimidia/detalhe/educando-para-a-diversidade-o-papel-da-escola-no-enfrentamento-do-racismo. Acesso em: 6 dez. 2021.

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