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Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Avaliação US de Fígado, Pâncreas e Baço em Pequenos Fígado: o exame ultrassonográfico do fígado permite a avaliação detalhada da arquitetura hepática interna, incluindo a vasculatura hepática e o sistema biliar. Necessário uma tricotomia ampla, por se encontrar na parte cranial do abdome, se estendendo até os últimos dois espaços intercostais. Pode ser utilizado o transdutor convexo ou microconvexo com frequência acima de 5MHz é ideal para avaliação de animais pequenos e médio porte, enquanto animais de grande porte pode ser necessário frequência menor. Pode-se obter a imagem do fígado por uma combinação de janelas subcostais, subxifoide e intercostal direita e esquerda. O transdutor é colocado na linha média na cartilagem xifoide, e uma imagem sagital ou longitudinal é obtida por meio do alinhamento do plano do transdutor paralelamente ao eixo mais longo do animal e inclinando-se o transdutor na direção cranial. Não é possível individualizar a lobação do fígado através do ultrassom, caso a cavidade abdominal esteja repleta por liquido essa lobação ficará mais visível. Cranialmente o fígado tem contorno convexo e posiciona-se, na maior parte, em contato com o diafragma. Caudalmente, está em contato com o rim direito na fossa renal, com a flexura cranial do duodeno, e com o estômago. Acesso intercostal. Feito para diferenciar a ecogenicidade entre fígado e rim que normalmente é isoecogênico. Estomago com presença de gás. VB F Gordura Falciforme Diafragma Rim D F Diafragma Pregas gástricas Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Baço hiperecogênico em relação ao fígado, sendo normal. Presença de liquido na cavidade, sendo possível a diferenciação dos lobos. Aparência ultrassonográfica do parênquima hepático possui uma ecotextura (padrão granular) um pouco mais grosseira em comparação como baço, ou seja, o baço possui uma granulação menos evidente do que o fígado. Ecogenicidade (tom de branco) sendo isoecogênico em comparação ao rim ou pequenas variações, sendo hipoecogênico em relação ao baço. Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT ✓ Aumento do Tamanho Difuso (Hepatomegalia): A doença hepática difusa pode resultar em alterações em tamanho, formato e ecogenicidade. Alterações que podem levar ao aumento de tamanho difuso do fígado: • Lipidose: o parênquima hepático se mante, porém possui um aumento de gordura levando a uma imagem mais branca do fígado. • Hepatite: processos inflamatórios leva ao aumento de quaisquer órgãos, tendem a diminuir a ecogenicidade do órgão. • Hepatomegalia por esteroides: levando em consideração o histórico do animal. • Congestão: passa a ter um acumulo de sangue no fígado, tendo uma imagem hipoecogênica. • Neoplasias primarias e metástases: Fígado com borda afilada F Baço Baço Estomago Alças F Normal Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Fígado com borda mais arredondado. Normalmente deve apenas encostar no órgão de contato mais não o circundar. Na imagem 2 o fígado passa a circundar o rim (estando aumentado), estão hiperecogênico em relação ao rim. ✓ Diminuição de Tamanho: mais difícil de ser visto, identificado pelos órgãos de contado onde passa a ficar mais espaçado entre esses órgãos, quando ocorre pode ser devido as alterações: • Fibrose: o tecido hepático é substituído por tecido fibroso. • Cirrose: ocorre por uma fibrose maior, onde o fígado fica todo irregular • Shuntes portossistêmicos congênitos: possui uma comunicação anômala entre um vaso, no fígado mais comum ocorre uma comunicação portal com a veia cava, onde possui uma comunicação entre as circulações onde diminui o fluxo sanguíneo da veia cava diminuindo seu calibre. • Hipovolemia: leva uma diminuição da circulação sanguínea do fígado Presença de efusão peritoneal, sendo possível a visualização da lobação hepática. Fígado com cirrose presente vários nódulos (citologia para confirmação), heterogêneo. Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Shunt portossistêmico. É feito a medicação dos vasos, onde relacionasse o tamanho de aorta e porta, caso menor que 0,8 relacionasse a um shunt. ✓ Aumento da ecogenicidade difusa: onde todo o órgão apareceram mais branco, pode indicar substituição do parênquima por outro tipo de tecido como fibrose e gordura, alterações: • Lipidose: aumento do órgão e aumento da ecogenicidade • Hepatopatia por esteroides: aumento do órgão e aumento da ecogenicidade • Fibrose: diminuição do órgão e aumento da ecogenicidade • Cirrose: diminuição do órgão e aumento da ecogenicidade • Linfoma: aumento do órgão e aumento da ecogenicidade • Mastocitoma: aumento do órgão e aumento da ecogenicidade Fígado hiperecogênico, aumentado, suspeita de Lipidose discreta. Pode ocorre uma alteração chamada de atenuação, que é quando possui mita deposição de gordura que o eco do ultrassom reflete e espalha muita onda sonora, deixando uma imagem mais branca, não conseguindo progredir depois do fígado, não sendo evidente a linha do diafragma, essa alteração é vista em Lipidose severa. ✓ Diminuição da ecogenicidade Difusa: aparecera um fígado mais preto, em alterações como: • Congestão: aumento do órgão Vaso anômalo Cava Aorta Porta Gordura Falciforme Estomago Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT • Hepatite: aumento do órgão • Linfoma: aumento do órgão • Mastocitoma: aumento do órgão Fígado com linfoma. Quando o fígado esta normal geralmente não se vê a parede das veias presentes no fígado, somente a veia porta pode ser visto uma parede mais evidente, quando ele está com a ecogenicidade diminuída a parede de todos passam a ficarem mais evidentes, pois o parênquima hepático estará mais escura, mas não terá alteração dos vasos. ✓ Aumento do tamanho focal (hepatomegalia assimétrica): causado por presença de nódulos ou massas que levam a um aumento de uma determinada região do fígado, entre elas estão: • Neoplasias primarias e metástases: podem ser difusa, levam ao aumento do órgão e diminuição de ecogenicidade, grande parte dessas neoplasias formam nódulos ou massas. • Hiperplasia nodular: lesão benigna que também forma nódulos. • Abcessos: aparece como um nódulo. • Hematomas: aparecem como nódulos É chamado de nódulo em alvo pois possui uma periferia hipoecogênica e no seu interior um conteúdo hiperecogênico, possui muita chance de ser maligno. O nódulo hipoecogênico se encontra mais escuro do que o parênquima hepático, por isso nódulo hipoecogênico, sendo ovalado, medido pelo maior eixo possível. Normal Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT A massa heterogênea (possuindo áreas escuras e claras) possui uma região um pouco mais hipoecogênico do que o parênquima normal do fígado. Alguns nódulos se apresenta como uma área indefinida, podendo possui o parênquima hepático normal. VB Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Avaliação da Vesícula Biliar: A vesícula biliar é bem observada como uma estrutura oval anecogênica, na porção cranioventral direita do fígado. O tamanho da vesícula varia muito, e a distensão é normal em pacientes em jejum ou anoréxicos, por estar repleta com conteúdo. Os conteúdos intraluminais são tipicamente anecogênicos, normalmente a parede não é visualizada por ter ecogenicidade igual à do fígado. Vesícula biliar com conteúdo hiperecogênico, sendo chamada de lama biliar, sendo muitas vezes é um achado ultrassonográfica pois muitas vezes não terá alterações em outros exames e nem sintomatologia. Conteúdo hiperecogênico no interior da vesícula ocupando quase que por completo, possuindo dilatação do ducto biliar, indicando problemas em vias biliares. Normal Ducto biliar VB VB Diagnósticopor Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Conteúdo mais denso formando septações, chamado de mucocele, se forma quando a bile começa a ficar mais espeça, geralmente leva a necrose de parede podendo causar ruptura da vesícula. Espessamento de parede. 1 - Leve aumento da parede da vesícula. 2 – Observa-se uma linha hiperecogênica e outra hipoecogênica característico de edema da parede ocorrendo principalmente nos processos inflamatórios. Ducto biliar comum aumentado (quase do tamanho do duodeno - medida) com espessamento, avaliando também pâncreas por desembocar no ducto comum juntamente com a vesícula biliar (gatos), caso possua uma obstrução desse ducto pode levar a uma pancreatite e inflamação de duodeno. 1 2 3 Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Aumento do ducto biliar comum (DBC) por parasita que se localiza nas vias biliares causando um processo inflamatório. Avaliação Ultrassonográfica do Pâncreas: ✓ Técnica ultrassonográfica: pode ser acessado pela região ventral ou lateral direita do abdome, as referências anatômicas são o duodeno e o rim direito, transdutores de alta frequência são recomendados para melhor definição do órgão. A veia pancreaticoduodenal irá transpassar o pâncreas pelo plano mediano, sendo mais fácil encontra-lo. VB VB DBC DBC Duodeno Pâncreas Veia pancreaticoduodenal RD RD Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Animal com efusão abdominal sendo possível a visualização e delimitação do pâncreas. ✓ Alterações: mais comum de encontrar é a pancreatite, porém não é frequente, a pancreatite leva a uma inflamação focal em outros órgão que circundam, caso duodeno apresenta-se pregueado e a gordura que envolve o pâncreas aparecer mais branca, consegue-se confirmar a pancreatite. Presença de nódulos pode ser neoplasia e hiperplasia nodular. Edema de pâncreas é encontrado em animais que apresentam quadro de hipoproteinemia ou pancreatite. Cistos são raros, e pseudocisto. Pancreatite com aumento do órgão, geralmente não passando de 1cm em cães e em gatos 0,5/0,6 cm de altura. Aumento de ecogenicidade em comparação ao fígado. Edema de pâncreas onde possui liquido entremeado nele, usando históricos e exames de sangue para confirmação de hipoproteinemia ou pancreatite, e observar as alterações em volta desse órgão. Alterações sugestiva de hipoproteinemia. P Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT Efusão abdominal. Avaliação Ultrassonográfica do Baço: ✓ Técnica ultrassonográfica: órgão superficial, acesso pelo abdome cranial esquerdo, baço dorsal e ventral (cabeça, corpo e cauda, órgão superficial, podendo ser utilizado transdutores lineares principalmente em animais pequenos. ✓ Principais Alterações: • Esplenomegalia sem alteração de ecogenicidade: pode ser causado por hematopoiese extramedular, sedação e hiperplasia linfoide benigna. Cabeça Corpo Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT 1 – Baço com tamanho normal, com presença de nódulo hipoecogênico. 2 – Baço aumentando com bordas mais arredonda e heterogêneo sendo característico para hematopoiese extramedular. • Esplenomegalia com aumento de ecogenicidade: pode ser causado pela hematopoiese extra medular também, hiperplasia linfoide benigna e neoplasia infirmativa. • Esplenomegalia com diminuição da ecogenicidade: pode ocorrer por torção em que pode ocorrer congestão, linfoma, infarto do baço não ocorrendo em todo o baço apenas em áreas focais. Torção esplênica, janela de doppler com ausência de circulação, hipoecogênico. Regiões hipoecogênica indicando infarto esplênico. Diagnóstico por Imagem Andreina S. Nascimento - UFMT • Nódulos: pode aparecer nódulos hipoecogênicos, hiperecogênico e nódulos em alvo. HIPO HIPER Heterogêneo Nódulo em alvo Heterogêneo Vários nódulos Efusão e deformação das superfícies
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