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Ultrassonografia Abdominal em cães e gatos

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Ultrassonografia Abdominal 
Fígado 
Encontra-se logo abaixo do diafrágma e está protegido pelas 
ultimas vértebras. 
Órgão formado por seis lobos: medial esquerdo, lateral 
esquerdo, medial direito, lateral direito, quadrado e caudado. 
Do ponto de vista topográfico, o fígado está em contato com 
outras estruturas. 
Indicação da ultrassom hepática: icterícia, suspeita de 
ruptura do diafragma, hepatomegalia, ascite, pesquisa de 
metástase, evolução de doenças hepáticas crônicas. 
 
Técnica do exame: 
 Tricotomia ampla – preferencialmente a partir do 10º espaço intercostal 
 Decúbitos dorsal, laterais e em estação podem ser necessários objetivando dominuir a 
interferência do gás 
 Administrar líquidos pode ajudar (janela gástrica) 
 Necessários transdutores de 3,5 – 5,0 e 7,5 MHz – ajustável 
 Transdutor convexo – 45º no xifóide acompanhando os arcos costais e fazendo movimentos 
de “pincel” 
Anatomia sonográfica: 
 Normalmente é levemente hiperecogênico em relação ao córtex renal e hipoecogênica em 
relação ao baço. 
 Gás no estômago pode prejudicar o exame 
 O tecido hepático é discretamente granular e uniforme 
 Os ramos portais são identificados por suas partes hiperecogênicas (devido à gordura e tecido 
fibroso que às circunda) 
 
 As veias hepáticas são vistas como áreas anecogênicas circulares. As artérias hepáticas e 
ductos biliares não são identificados. 
 Dimensões – não há padrão numérico, portanto, a avaliação é subjetiva. 
 Sinais de hepatomegalia; aumento da distância entre diafragma e estômago, aumento do 
fígado sob o estômago ou rim direito, bordas rombas ultrapassando o gradil costal. 
 Causas de hepatomegalia: falencia cardíaca (congestão passiva), síndrome de Cushing 
(hiperadrenocorticismo), Diabestes melittus, neoplasia primária ou metástases, 
inflamação, abscessos ou formação císticas, hiperplasia, doenças infiltrativas com lipidose 
ou amiloidose. 
 
Avaliar e adicionar no laudo: Tamanho, contorno, parênquima hepático, ecogenicidade, 
ecotextura, vasos hepáticos. 
Doenças hepáticas focais: São mais facilmente reconhecidas que as alterações difusas – cistos, 
hematomas, abscessos, hiperplasia nodular benigna, neoplasia hepática 
 
Doenças hepáticas difusas: O ultra-som não é um bom método para reconhecer e diferenciar as 
doenças difusas do parênquima hepático, sendo frequentemente necessária a realização de 
biópsia. Na comparação das ecogenicidades é preciso considerar a possibilidade de alterações de 
ecogenicidade também em rim direito e baço. 
o Diminuição da ecogenicidade do parênquima: 
 Menos ecogênico que a córtex renal e paredes das veias portais 
mais evidentes. 
 Normalmente associada à hepatite inflamatória, linfoma, 
leucemia, amiloidose, toxemia e congestão passiva crônica com 
dilatação da vasculatura hepática por insuficiência cardíaca 
congestiva direita (ICCD). 
 
 
o Aumento de ecogenicidade do parênquima: 
 
 
 Ecogenicidade bem maior que a da córtex renal e similar ou maior que a do baço – aumento 
de gordura. 
 Dificuldade de visibilização dos ramos portais, evidente atenuação 
do som diminuindo a visibilização das porções mais profundas. 
 Pode estar associada com hepatomegalia nos casos de infiltração 
gordurosa, hepatopatia esteroidal e linfossarcoma (menos 
frequente), e à diminuição do tamanho hepático na hepatite 
crônica e cirrose. 
 
 
 
 
Vesícula biliar 
Estrutura anecogênica piriforme, com parede fina e às vezes 
pouco evidente, arredondada ou oval (piriforme), localizada à 
direita da linha média. Protegida pelo lobo quadrado do fígado. 
As paredes são finas e às vezes pouco evidentes. 
Sedimento ecogênico é comum e decorre de grandes períodos de 
jejum, polifagia ou obesidade. 
Nos felinos é comum encontrar septada ou bilobada. 
Um pouco de sedmento dentro da vesícula é considerado natural. 
Indicação do exame: obstruções extra-hepáticas em animais ictéricos, cálculos biliares, 
espessamento de parede da vesícula biliar, massas abdominais associadas a doenças 
inflamatórias ou neoplásicas. 
 
Doenças do trato biliar: sedmento biliar, cálculo biliar, colelitíase, colecistite aguda e crônica, 
obstrução biliar, mucocele 
 
 
 
 
 
 
 
Baço 
Localizado no abdômen cranial esquerdo, acompanha a parede 
abdominal e a grande curvatura do estõmago. A cabeça está 
ligada ao estômago pelo ligamento gastro-esplênico. 
Possui 2 superficies: uma parietal (em contato com a parte 
interna da cavidade abdominal) e uma superfície visceral (entra 
em contato com os órgãos da cavidade abdominal). É 
envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo. 
É um órgão linfóide que possui muitas funções; capaz de 
realizar hematopoiese extramedular, serve como reserva de 
sangue (é rico em circulaçaõ venosa e arterial), remove hemácias 
antigas, danificadas e doentes – reciclagem sanguínea. 
Por ser um órgão alongado é dividido em 3 regiões; a porção cranial 
(cabeça) entra em contato com a curvatura maior do estômago, a 
porção intermediária (corpo) e a porção inferior (caudal) está 
próxima ao polo cranial do rim esquerdo. 
Em gatos o baço é bem menor e mais hiporecogênico (escuro) em relação ao cão. 
Indicação do exame: esplenomegalia, massas esplênicas, suspeita de metástase, trauma 
abdominal, hemoperitôneo, hipotensão, anemia aguda (não esclarecida). 
 
 
Anatomia sonográfica: 
 Forma de meia lua ou triangular 
 Cápsula hiperecogênica lisa e fina (quando o som incide 
perpendicularmente). 
 Parênquima denso, homogêneo, granular e com ecogenicidade 
de média a alta (maior que a do fígado e da córtex renal). 
 A artéria lienal é o ramo da artéria celíaca, só pode ser 
identificada com o uso do Doppler. 
 A veia lienal drena para a veia porta, é facilmente visualizada, principalmente próximo ao hilo. 
 
Alterações do baço - tamanho: 
Esplenomegalia: O tamanho do baço é determinado de forma subjetiva, pela sua topografia e 
pela experiência do ultra-sonografista. – Um baço aumentado é aquele que ultrapassa seus 
limites topográficos. 
 A esplenomegalia difusa pode ter causas variadas: infecção parasitária (Haemobartonella, 
Babesia e Ehrlichia), anestésicos/ tranquilizantes, infecções, linfoma e outras neoplasias, 
anemia hemolítica crônica, torção, doenças imunomediadas, estase vascular e toxemia. 
 A determinação da causa não é possível pelo ultra-som. 
Torção esplênica: Produz marcante esplenomegalia, com áreas anecogênicas difusas (sinusóides 
dilatados devido à congestão) e múltiplos ecos lineares paralelos (paredes das veias dilatadas). 
 Veias lienias também estarão dilatadas pela obstrução do fluxo venoso. 
 Fluido abdominal livre 
 
 
Alterações focais: 
O ultrassom permite a fácil identificação, mas não fornece o diagnóstico definitivo. 
Produzem alterações semelhantes: nódulos hiperplásicos, hematomas, abscessos, neoplasias 
primárias ou secundárias, necrose por comprometimento vascular, intoxicações e doenças 
inflamatórias. - A hiperplasia nodular pode ser um achado de exame em cães idosos. 
Hiperplasia nodular: A aparência ultrassonográfica da hiperplasia nodular varia de nódulos 
hipoecóicos a isoecóicos que geralmente são bem marcados e não apresentam outras 
anormalidades parenquimatosas. Distribuição multifocal ou um único nódulo. 
 
 
Linfoma esplênico: O linfoma é tipicamente uma doença difusa do 
baço, mas às vezes pode formar massas focais que podem 
distorcer o contorno esplênico ou cavitar se as massas forem 
grandes. 
 Derrame abdominal hemorrágico também pode estar 
presente. 
 Em cães, os linfonodos abdominais (por exemplo, ilíacos 
mediais, hepáticos e mesentéricos) costumam estar 
acentuadamente aumentados. 
 
Estômago 
Localizado no quadrante superior esquerdo (sua maior 
parte). No cão, a sua porção final ultrapassa a linha média 
do abdomen indo para o quadrante superior direito.A sua primeira porção é o fundo localizado logo abaixo da 
cúpula diafragmática, o corpo é a parte mais desenvolvida 
e o antro pilórico que é a parte mais estreita. 
Possui a curvatura menor, ligada parcialmente ao fígado 
pelo ligamento gastro-hepático, e a maior que está 
parcialmente ligada ao baço pelo ligamento gastro-
esplênico. 
A ultrassom do trato 
digestório 
 Presença de muitos 
artefatos – presença de 
gás. 
 Jejum prolongado – avaliar 
a necessidade 
 Avaliação da espessura da 
parede, padrão de 
camadas e conteúdo. 
 
 
A topografia do estômago está muito associada ao seu grau de repleção  quanto mais cheio o 
estômago mais ele se desloca caudalmente. 
 
 
Alterações do estômago: 
Gastrites: O espessamento de parede difuso ou localizado (mais de 7mm) pode ser identificado. 
 Espessamento genrealizado da parede, pregas gástricas sem definição das camadas murais, tem 
sido associada à gastrite crônica (acima de 1,5cm). 
 Gatos s: até 0,3cm / Cães: 0,5cm  espessamento normal 
Corpo estranho: a ultrassom é útil na identificação, dependendo de sua forma e propriedades 
ecogÊnicas. Frequentemente produzem sombra acústica. 
 
 
 
Intestinos 
Vantagens do exame: avaliação da estratificação das 
camadas, avaliação do lúmen (conteúdo), avaliação do 
movimento peristáltico. 
Desvantagens do exame: avaliação somente de alguns 
segmentos, o gás gera muitos artefatos, não dá para avaliar o 
trânsito intestinal. 
Paredes medindo cerca de 2-3mm, com padrão das camadas murais semelhante ao do estômago. 
Espessura normal das alças intestinais: 0,3 a 0,5cm no cão e até 0,2cm no gato. 
 
Alterações do intestino: 
Obstruções - corpos estranhos: Dependendo da causa, dilatação segmentar ou generalizada pode 
ser vista, a motilidade pode estar reduzida ou ausente e nos segmentos anteriores aumento da 
frequencia dos movimentos peristáltios, porém, não progressivos. Pode ocorrer acúmulo de fluido. 
 Corpos estranhos normalmente são hiperecogênicos e formam sombra acústica. 
 Corpo estranho linear causa um padrão “pregueado” da mucosa formando ondulações. 
 
Obstruções – intussuscepção: O padrão sonográfico depende do plano de corte, do comprimento do 
segmento envolvido e do tempo de evolução. A aparência típica no corte transversal são anéis 
concêntricos hiperecpgênicos e hipoecogênicos alternados que representam as camadas murais do 
intussusceptum e intussuscepiens. 
 
Enterites e doença inflamatória intestinal: A aparência sonográfica varia com o tipo de processo 
patológico, a extensão do envolvimento e a ocorrência de complicações (perfuração e peritonite). 
 Espessamento extenso e simétrico da parede intestinal é o achado mais comum, mais 
identificação das camadas murais. 
 No caso de neoplasia normalmente o espessamento é localizado e assimétrico, com perda de 
identificação das camadas murais, mas existem exceções a esta regra (p.e. linfossarcoma pode 
causar espessamento simétrico).

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