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Libido e a Teoria de Freud



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O que é Libido? 
Muitas das teorias de Sigmund Freud estão diretamente ligadas à sexualidade 
humana. A libido e os estudos a ela relacionados tiveram grande repercussão 
em sua obra. Muitas afirmações e teorias de Freud sobre a libido foram 
criticadas por estudiosos de diversas áreas. Inclusive os seus estudos sobre o 
desenvolvimento psicossexual e a sexualidade na infância. 
Para Freud, os seres humanos nascem “polimorficamente perversos”. Isto é, 
uma grande variedade de objetos podem ser uma fonte de prazer. 
A libido na teoria de Freud 
O desenvolvimento psicossexual ocorreria em etapas, estando elas ligadas à 
área na qual a libido está mais concentrada. Freud diz que existe a fase oral, a 
fase anal e a fase fálica. 
A fase oral é quando o bebê, no ato de mamar, tem na sucção algo 
especialmente importante. A boca é vital para comer e por meio dela criança 
obtém o prazer da estimulação oral. 
Na fase anal, segundo Freud, o foco da libido está no controle da bexiga e nas 
evacuações. Nessa fase, a criança tem de aprender a controlar as suas 
necessidades corporais. Ao desenvolver esse controle, a criança passa a ter 
um sentimento de realização e independência. 
Na fase fálica, a libido está presente nos órgãos genitais. É quando as crianças 
começam a descobrir as diferenças entre o masculino e o feminino. Ou, entre 
machos e fêmeas. 
Também há o período de latência, em que os interesses libidinais são 
suprimidos. É quando o desenvolvimento do ego e do superego contribui para 
esta “calma’. 
E também há o estágio genital, fase final do desenvolvimento psicossexual. 
Nessa fase o indivíduo desenvolve interesse sexual no sexo oposto. Ela se 
inicia durante a puberdade, perpassando por todo o resto da vida da pessoa. 
 
 
 
 
Características da libido 
https://psicanaliseclinica.com/livro-tres-ensaios-sobre-a-teoria-da-sexualidade/
De acordo com a teoria psicanalista, a libido pode ser vista como uma energia. 
Uma energia aproveitável para os instintos de vida. Segundo Freud, ela não é 
algo apenas interno, algo que está ligado a desejos sexuais. Em sua teoria, ela 
está estritamente ligada aos fenômenos psicossociais. 
Também as alterações, as características ou as modificações libidinais estão 
ligadas a fenômenos psicossociais. Isto é, o seu aumento ou a sua diminuição, 
a sua produção, a sua distribuição, o seu deslocamento, etc. Tudo estaria 
ligado a esses fenômenos. 
Uma das principais características da libido está ligada ao seu deslocamento 
ou mobilidade. Conforme visto acima e de acordo com as fases do 
desenvolvimento psicossocial. O deslocamento da libido está diretamente 
ligado a esse desenvolvimento, que se passa durante a infância do indivíduo. 
Essa mobilidade está ligada à alternação do desejo sexual de uma área para 
outra do próprio corpo humano ou corpo do indivíduo. Sua atenção se volta 
para essa área, conforme a criança se desenvolve, como se ela estivesse se 
descobrindo. E, aos poucos, descobrindo as diferenças entre o masculino e o 
feminino. 
Ao voltar a atenção para determinada área, a libido não está relacionada 
apenas a aspectos físicos ou fisiológicos. Ela também se vincula a aspectos 
psicológicos e a aspectos emocionais. Dessa forma, de acordo com Freud, sua 
energia estaria contida na psique. 
A partir desse estudo sobre a libido e suas características Freud definiu a 
catexia. 
A Catexia e os três tipos de libido segundo Santo Agostinho 
Segundo Freud, catexia seria um processo pelo qual a energia libidinal estaria 
relacionada à representação mental do indivíduo. Isto é, a representação de 
uma coisa ou ideia. É como se a catexia fosse o investimento do indivíduo na 
libido. 
O que muitos não sabem é que a libido já havia sido estudada bem antes de 
Freud. O filósofo Santo Agostinho, por exemplo, classificou-a em três 
categorias. A libido sciendi, a sentiendi e a dominendi. Essas categorias estão 
ligadas a três tipos de desejos humanos. E não todos diretamente relacionados 
à questão sexual. 
A libido sciendi seria o desejo de conhecimento. A sentiendi seria o desejo 
sensual. E a libido dominendi, que seria o desejo de dominar. Santo Agostinho 
já se aproximava de Freud ao ver a questão libidinal como muito além da 
questão sexual. Ele a aponta, inclusive, como ligada a questões sociais, ou, 
psicossociais. Isto é, quando a vê como o desejo de conhecimento e o desejo 
de dominar. 
A libido e o Complexo de Édipo 
Ao afirmar que os homens são “polimorficamente perversos”, Freud defendia 
que a libido amadurece por meio do objeto ou objetivo. Assim, o indivíduo se 
desenvolve e desenvolve a sua sexualidade. 
Para Freud, existe uma grande variedade de objetos que podem se tornar uma 
fonte de prazer. Por isso a libido, que estaria ligada ao desejo e a uma energia, 
vai muito além da questão sexual. 
Além disso, ela estaria ligada ao complexo de Édipo, que faz parte de uma fase 
do desenvolvimento psicossocial. Para Freud, há a fase em que o investimento 
libidinal da criança se dá pelo progenitor do sexo oposto. E é exatamente isso 
que daria origem ao Complexo de Édipo. 
Nele, a criança percebe que entre ela e a mãe, por quem ela tem desejo (no 
caso de um menino), existe o pai. Esse pai seria um rival, alguém que impedira 
a comunhão desejada pela criança. Assim, a criança passa a amar a mãe e a 
experimentar um sentimento de amor antagônico e ódio pelo pai. 
Esses sentimentos, aos poucos ela percebe, são proibidos. Tanto o amor vivido 
pela, como o ódio pelo pai. 
Assim, ela acaba os superando, surgindo o superego, que é como é finalizado 
o complexo de Édipo. Que seria a desistência da criança com relação à mãe e, 
por fim, a sua identificação com o pai. No caso, do menino. 
Além do complexo de Édipo, a libido está relacionada a várias outras teorias de 
Freud.