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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Pará - IG/UFPA Coordenação de Cursos Lato Sensu, do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos - CCLS/PPRH Curso de Especialização (EaD) em Gestão Hídrica e Ambiental - GHA (GHA versão V - Turma II) Aluno: Décio Ferreira de Oliveira Disciplina: Gestão de Resíduos - ATIVIDADES AVALIATIVAS Atividade 1. Elaborar o documento de mínimo três laudas, realizando uma análise crítica do processo de classificação de resíduos sólidos. O processo de classificação dos resíduos sólidos e semissólidos no sistema de identificação e triagem, para posterior destinação adequada, conforme a apostila disponível e a literatura clássica e convencional, tem-se: - Pela sua Natureza (física): Seco ou Molhado (úmido ou que possui água) Vale ressaltar que essa classificação tem sido utilizada em alguns planos de manejo de resíduos por algumas empresas ou empreendimentos, bem como tem sido adotado há alguns anos pela COMLURB (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro – maior organização de limpeza pública na América latina) mas de forma genérica, alguns resíduos podem gerar dúvidas ou confusão no momento do acondicionamento ou da própria segregação, conforme descrição a seguir: - Lixo Seco: Reciclável para Coleta Seletiva (reaproveitáveis ou recicláveis) Exemplos.: Garrafas, frascos em geral, potes, copos, cacos de qualquer cor, jornais, revistas, cadernos, livros, papéis de escritório, embalagens, papelão, latas em geral, peças de alumínio, de cobre, chumbo, fios, pequenas sucatas metálicas, plásticos, brinquedos, sacos, sacolas, tampas, demais utensílios domésticos, com valor para negociação. - Lixo Úmido: Lixo Domiciliar em geral (rejeitos ou inservíveis), para coleta normal Exemplos.: Espelhos, louças, lâmpada, cristais, papel carbono, papel celofane, papel plastificado, vegetal, sujos, latas de aerossol, de tinta, pilhas, latas de pesticida, de inseticida, espuma de látex, isopor, acrílico, fraldas, adesivos... 2 - Pela sua Composição Química: Matéria orgânica (orgânicos) e matéria inorgânica (Inorgânicos) Classificação mais rebuscada, menos usual, ou a mais específica para pessoas com um nível de escolaridade maior ou até “mais bem informadas e/ou esclarecidas”, onde alguns autores e/ou locais ainda utilizam as denominações: Biodegradáveis ou Não Biodegradáveis, assim como especificam mais ainda em: - Facilmente degradáveis (FD): restos de comida, sobras de cozinha, folhas, capim, cascas de frutas, animais mortos e excrementos; - Moderadamente degradáveis (MD): papel, papelão e outros produtos celulósicos; - Dificilmente degradáveis (DD): trapo, couro, pano, madeira, borracha, cabelo, pena de galinha, osso, plástico, etc; - Não degradáveis (ND): metal não ferroso, vidro, pedras, cinzas, terra, areia, cerâmica. - Pela sua Origem (ou Procedência): É uma das formas tradicionais e mais fáceis/usuais de classificar os resíduos, a qual pode determinar inclusive algumas características do resíduo em questão associadas às formas de classificação anteriores, onde atualmente é uma informação relevante para os documentos de “manifestos de resíduos” obrigatórios em alguns Estados, no Brasil, como por exemplos: - Domiciliares (tudo proveniente das residências); - Comercial (estabelecimentos comerciais e de serviços); - Público (podas, bueiros, serviços públicos de limpeza urbana-complementar e feiras livres); - Serviços de Saúde e Hospitalar (hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde, tatuagens, etc) - CONAMA nº 358, 2005 e RDC 306 ANVISA; - Portos, Aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários (resíduos sépticos que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos os assépticos são domiciliares); - Construção Civil (entulhos e restos de obras, demolições e afins) - CONAMA nº 307, 2002 - Espaciais (são os resíduos de mais de quatro mil satélites artificiais, que circulam pelo espaço, formando “entulho cósmico” com parafusos, carcaças explodidas, ferramentas, tanques de combustíveis, pedaços de luvas dos astronautas e outros); - Especiais (Radioativo e de Cemitérios); - Agrícolas ou Agroindustriais (embalagens de adubos, defensivos agrícolas, restos colheita, ração, esterco animal, embalagens de agroquímicos, etc.); - Industrial (depende do ramo da indústria), sendo este último bastante variado. 3 Exemplos de Classificação quanto à Origem: Setores das Atividades Antrópicas-Econômicas), as quais determinam inclusive certas características físicas e químicas, ou de componentes dos resíduos. Determinadas origens ainda podem conter resíduos semelhantes às outras. 4 - Quanto aos riscos potenciais ao Meio Ambiente e à Saúde Pública: A classificação dos resíduos sólidos segundo a sua origem ou composição química não da informação que possa orientar sobre a sua periculosidade o potencial risco para o meio ambiente e à saúde pública. Além de saber a origem também é necessário ter conhecimento das suas características em relação com a sua periculosidade que ajudem a tomar as decisões adequadas em relação com sua gestão. Devido às mudanças ocorridas nos padrões de vida, nas próprias residências começaram a ser gerado “resíduo perigoso” que podem incluir substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, reativas ou patogênicas. Esses microrganismos patogênicos, ou essas substancias podem estar inclusive presentes no cotidiano para facilitar a vida doméstica, como resultado do emprego de produtos de limpeza, inseticidas, medicamentos, cosméticos, etc, podendo afetar o meio ambiente a saúde pública. O termo anterior significa que, embora a indiscriminada classificação dos resíduos sólidos, não permitem identificar se um determinado resíduos pode apresentar riscos para a saúde e o meio ambiente. A Norma ANBT NBR 10004 de 2004 classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, facilitando seu adequado gerenciamento. Segundo a norma técnica em referência, os resíduos são classificados em: - CLASSE I – Perigosos: São aqueles que em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podem apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente. Apresentam uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. - CLASSE II – Não Perigosos: São descritos a seguir, segundo o anexo H da ABNT NBR 10004:2004. São estes: resíduos de restaurante (restos de comida), sucatas de metais ferrosos, sucata de metais não ferrosos (latão, etc.), resíduo de papel e papelão, resíduos de plásticos polimerizados, resíduos de borracha, resíduos de madeira, resíduos de materiais têxteis, resíduos de minerais não-metálicos, areia de fundição, bagaço de cana e outros resíduos não perigosos. Classe IIA - Não-inertes: São aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos ou de resíduos Classe ll B – Inertes. Os resíduos desta classe não podem apresentar propriedades de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Classe IIB - Inertes: São os resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007:2004, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada e desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006:2004, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da ABNT NBR 10004:2004. 5 O termo genérico Resíduo Sólido Urbano (RSU) também é bastante utilizado em especial nos Planos de Gestão de Resíduos (de áreas urbanas) como forma de classificar ou caracterizar de formaabrangente, contendo uma ou várias formas de classificação descritas anteriormente. Atividade 2. Elaborar o documento de mínimo duas laudas, realizando uma avaliação dos modelos de gestão dos resíduos e um aporte em relação com as tendências futuras da gestão. De acordo com o material disponibilizado, ocorreu uma certa evolução dos modelos de gestão onde foi originando novos princípios e novos modelos de gestão de resíduos foram aparecendo e evoluindo ao longo do tempo, e que segundo PELLEGRINO (2003) pode ser definida três fases: Primeira Fase Esta fase prevaleceu até a década de 70 e caracterizava¬-se por priorizar apenas a disposição final dos resíduos. Como resultado deste modelo o único benefício foi a diminuição dos lixões existentes. A alternativa foi a construção de aterros com grande ênfase na diminuição do impacto visual e desconsiderado os danos para os recursos hídricos subterrâneos. Segunda Fase A partir da década de 70 até final da década de 80 surgiram críticas de grupos ambientalistas em relação aos impactos ambientais derivados do sistema de disposição final de resíduos sem estudos técnicos prévios, e os danos ambientais deste tipo de disposição em especial a poluição do lençol freático. As prioridades básicas da gestão dos resíduos nesta fase foram a redução da quantidade de resíduos para a disposição final, reciclagens do material, incineração, reaproveitamento da energia resultante e disposição dos resíduos em aterros sanitários controlados. Algumas críticas em relação com o grande estímulo da reciclagem, em relação à reavaliação do suposto menor consumo de energia e redução da quantidade de resíduos. Terceira Fase Na terceira fase foi incorporado o modelo de redução na fonte, invertendo a hierarquização do modelo usado na segunda fase. Em vês de buscar a reciclagem, propõe-se a reutilização e antes que sejam dispostos os resíduos deverão ser incinerados a fim de reaproveitar a energia existente nos resíduos. Modelo Atual (a partir da década de 90 até os tempos atuais): O modelo atual preconiza a diminuição dos resíduos na fonte, a reutilização, e a reutilização da energia existente nos resíduos: Alguma outra alternativa de tratamento final de lixões antigos tem surgido, como é caso de Biorremediação usando a estratégia de instalação de aterros celulares para favorecer o tratamento de resíduos através da biorremediação. Houve influência da Agenda 21 a qual objetiva uma redução de resíduos ao mínimo e um aumento ao máximo da reutilização e reciclagem, execução de depósitos e tratamento ambientalmente saudável e maior abrangência de área de serviços que ocupam dos resíduos. Varias terminologias estão sendo popularizadas dentro desta um novo conceito de gestão tais como: Redução na fonte, Prevenção da Poluição, 6 Minimização dos Resíduos entre outros. Atualmente os resíduos são separados por seus componentes, cada um necessitando de coleta seletiva, transporte, tratamento e destino final separados. Pelos avançados critérios de gestão, não existem um fluxo unico de resíduos, considerando desde o processo de produção até a disposição do resíduo, pois se trabalha com fluxos distintos que, partindo de componentes diferenciados, vão por vias específicas de transporte a diferentes pontos terminais de tratamento. Por outro lado, a gestão final, que antes era única, hoje se estabelece como um sistema chamado gestão integrada, que prevê mais de um ponto terminal em função dos diversos fluxos dos resíduos. Mudança nos hábitos de comportamento da população têm sido propostas em resposta ao aumento do nível de vida que tem provocado um aumento desmesurado da produção de resíduos devido ao crescimento demográfico. A filosofia à Lei dos três “R”, tal seja a mais popularizada. Ultimamente tem aparecido mais uma“R”, a de retornar, ou seja, aplicado para resíduos considerados perigosos e sem uma tecnologia aceqüíveis (adequada) para seu tratamento, por tal motivo deverá ser retornada ao fabricante: neste grupo se encontram baterias, pilhas, pneus e outros produtos. Redução: Não consumir aquilo que não é realmente necessário, evitar as embalagens inúteis e desnecessárias, optar por produtos que possam ser usados mais de uma vez, escolher produtos que gerem o mínimo de resíduos e procurar fazer com que estes sejam reaproveitáveis. Reutilização: aproveitar tudo aquilo que possa ser útil, utilizar produtos reutilizáveis ou retornáveis. Utilizar produtos que sejam recarregáveis. Reciclagem: depositar em cestos ou recipientes separados aqueles componentes que possam ser reciclados, escolher produtos que, uma vez usados, possam ser recolhidos seletivamente, escolher produtos fabricados com materiais reciclados. Destacam-se na influência do Modelo Atual, as seguintes bases de discussões: COMPROMISSOS: REMA’91 (Encontro de Prefeitos de Metrópoles Latinoamericanas) • Redução de resíduos • Pesquisas de tecnologias não agressivas ao ambiente • Recuperação/descontaminação de áreas degradadas • Educação ambiental – produção e tratamento de resíduos • Reciclagem e reutilização • Transporte de resíduos e materiais perigosos • Fiscalização e controle ambiental – multas • Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos • Catação ambulante: reconhecimento e disciplina 7 O MODELO DE GESTÂO DE RESÍDUOS ADOTADO NA EUROPA (a partir de 2007) - Directiva Européia para Gestão de Resíduos que propôs a hierarquia das alternativas de destinação e tratamento de resíduos, a seguir: Cabe enfatizar ainda que o modelo atual de Gestão Integrada contemplará soluções de ordem: Institucional; Financeira, Técnica e Legal. Assim como, associado aos critérios para seleção das melhores alternativas de gestão local, a saber: • ECONÔMICO-FINANCEIRO: custo / benefício, retorno, viabilidade • AMBIENTAL: maior preservação e proteção de recursos naturais • SOCIAL: maiores efeitos positivos na saúde, segurança, educação, etc. • POLÍTICO-GERENCIAL: quantidade de apoios, parcerias e cooperativas existentes • TÈCNICOS-OPERACIONAIS: Produtividade, Fator de Cobertura, etc. No Brasil, o serviço sistemático de limpeza urbana foi iniciado oficialmente em 25 de novembro de 1880, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, então capital do Império. Nesse dia, o imperador D. Pedro II assinou o Decreto nº 3024, aprovando o contrato de "limpeza e irrigação" da cidade, que foi executado por Aleixo Gary e, mais tarde, por Luciano Francisco Gary, de cujo sobrenome origina-se a palavra gari, que hoje denomina-se os trabalhadores da limpeza urbana em muitas cidades brasileiras. É em síntese, o envolvimento de diferentes órgãos da administração pública municipal e da sociedade civil com o propósito de realizar a limpeza urbana, elevando assim a qualidade de vida da população e promovendo o asseio da cidade, levando em consideração as características das fontes de produção, o volume e os tipos de resíduos – para eles ser dado tratamento diferenciado e disposição final técnica e ambientalmente corretas, levando-se em conta as características sociais, culturais e econômicas dos cidadãos e as peculiaridades demográficas, climáticas e urbanísticas locais. Hoje no Brasil há um direcionamento no planejamento com as Leis: Lei Nº 11.445/07 (Marco Regulatório do Saneamento) e a Lei Nº Lei 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), onde afinal de contas, todos somos responsáveis pelo ambiente. Cada um de nós toma decisões e empreende ações que afetam o mundo que nos rodeia. Cabe a todos nós solucionar 8 o problema crescente dos resíduos, o que deve ser feito a nível local. No futuro, vai aumentar a necessidade de soluções locais, associada a planos de gestão mais vastos e em conformidade com a estratégia comunitária em matéria de resíduos. Com destaque à Lei Nº Lei 12.305/10 que institui a PolíticaNacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências, entre as medidas está a proibição da criação de lixões a céu aberto e a obrigatoriedade as prefeituras em construir aterros sanitários adequados. Fica também proibido catar resíduos, morar ou criar animais em aterros sanitários ou importar qualquer tipo de lixo. Estabelece também a chamada "logística reversa", que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Outra novidade é a "responsabilidade compartilhada", que envolve a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão de resíduos sólidos. Isso inclui as cooperativas de catadores, que devem agora ser incentivadas pelo poder público. Por lei, agora, as pessoas terão que acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação em locais que houver coleta seletiva. A Política Nacional de Resíduos sólidos estabelece ainda que os governos estaduais e federal concedam incentivos à indústria de reciclagem; e finalmente pela nova política, os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão. Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal. Portanto, resumindo-se: A Gestão Integrada é o Conjunto de ações interligadas / integradas com controle e monitoramento; ou o Conjunto articulado de ações operacionais (serviço de limpeza urbana ou pública), financeiras, normativas e de planejamento, que a administração municipal desenvolverá, baseada em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos da cidade. Os fatores fundamentais para o Município devem ser: Administrativo e o Orçamentário, bem como devem ser verificados essencialmente: • Rever, readequar e projetar todo o Sistema de Limpeza Urbana (Limpeza de Logradouros, Serviços Complementares, Coleta, Transporte, Tratamento e Destino Final); • Coletar todo o lixo gerado e Manter a regularidade da coleta e da Limpeza dos Logradouros. Responsabilidade da Prefeitura (*) Constituição Federal (art. 30 inciso I e V): Lixo Urbano atribuição municipal • Lixão Nunca mais Destino final adequado (Terminar o Aterro Controlado e Iniciar Aterro Sanitário); • Adotar Sistemas de Tratamento - Térmico e Usinas (Verificando os requisitos ambientais e econômicos); • Campanhas e Programas de Limpeza da Cidade (“Tiquet-Verde”, Coleta Seletiva, entre outros); • Campanhas para reduzir o volume gerado dentro das repartições da Prefeitura; • Valorizar os Servidores e Garis (EPI’s, Melhores Salários, Benefícios, Treinamentos e Formação); • Educação Ambiental e Campanhas para Reciclagem nas Escolas Municipais (1 Tonelada = 1 Computador) • Incentivar a Pesquisa e o Desenvolvimento de Novas Alternativas para Tratamento de Resíduos. 9 Atividade 3. Elaborar um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos para um município do interior do Pará com uma população de 30.000 habitantes. Se devem dar alternativas no acondicionamento dos diferentes tipos de resíduos, a coleta dos mesmos, o transporte, e a melhor forma de destino final dos resíduos sólidos do município. Como trata-se de um Município de pequeno porte, e não há outras informações relevantes para a elaboração de um PGIRS, deve-se iniciar a elaboração pelas etapas a seguir: Etapa Preliminar: - Definição de metas (curto, médio, longo-prazo) e concepção do plano (elaboração do TR) - Estabelecimento de alternativas e seleção de alternativas de modo participativo - Análise das Alternativas locais (Análise do ciclo de vida do lixo “Lyfe Cycle Assessment – LCA”) - Montagem dos cenários para cada bairro (integrar o conjunto de alternativas) - Analise Cenários e escolha do modelo selecionado para o Gerenciamento Integrado do Lixo Municipal Elaboração do Diagnóstico: Levantamento de dados e informações • Levantamento da dimensão atual dos problemas, tipos de resíduos, quantidades, pesos específicos, composição gravimétrica, etc. • Levantamento dos recursos humanos, materiais, equipamentos e recursos financeiros disponíveis; com atenção especial do Sistema Administrativo e Orçamentário, a saber: Sistema Administrativo: - Quantidade de Pessoal Conforme organograma e dimensionamento; - Se há “Pessoas certas no lugar certo” - Informatização (ideal), mas se não tiver um fluxo permanente e um registro de informações para subsidiar o planejamento e o gerenciamento. Sistema Orçamentário: - Domínio do Custeio; e conhecimento do Plano de Investimentos (pode vir a ser tornar custo fixo); - A estimativa de recursos está em função: da Quantidade de lixo, do dimensionamento proposto e da programação realizada ou adotada (plano de gestão); - Verificar quanto a Prefeitura destina do orçamento para a Limpeza Urbana e se a mesma tem capacidade de manter um novo plano proposto; - Verificar a legislação existente e a possibilidade de implantação da Taxa do Lixo no Código Tributário ou na cobrança do IPTU. - Prestação de Serviços especiais, tais como: Remoção por contêineres, de entulhos e de lixo extraordinário podem ter sistema de cobrança à parte. • Realizar Prognósticos para o futuro da cidade 10 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DO RESÍDUOS SÓLIDOS Esse documento deve abordar especificamente, os seguintes itens: 1. Geração - Será adotado, para fins de dimensionamentos da coleta domiciliar (principal), e com fator de segurança, a per-capta adotada será de 1,2 kg/hab.dia e sendo assim, a geração atual (2020) passa a ser: 30.000 hab. x 1,2 kg/hab.dia = 36.000 kg/dia ou (resíduo domiciliar) - Deverá ser determinado a vida útil não inferior a 15 anos, bem como realizadas todas as projeções de geração, por tipo de resíduo identificado na localidade e somados seus quantitativos. - Poderá ser abordado ainda nesse item as campanhas de consumo consciente e de minimização da geração de resíduos no âmbito municipal, como: abolição do uso de sacos plásticos, canudos, copos descartáveis, etc. 2. Segregação/Separação/Triagem - Como o município é pequeno, não haverá estação de triagem (item de gestão e custos), no entanto, o município deverá incentivar a implantação por parceria público-privado, dos interessados em investir em “usinas verdes” (geração de energia por biomassa), de compostagem ou centrais de valorização de resíduos e/ou de logística reversa, conforme preconiza a PNRS. 3. Acondicionamento - Definir quais os recipientes (plásticos ou metálicos) a serem utilizados no âmbito Municipal, quantidades de contentores e papeleiras, bem como as cores, seguindo a Resolução 275/2001 do CONAMA; - Cumprimento e atendimento das normas e resoluções: CONAMA e ANVISA para a, entre eles: RSS (RDC 306/04 e Conama 358/05), RCC (Conama 307/02), Lâmpadas, Embalagens de Agrotóxicos, Pneus, Pilhas/Baterias, Transformadores e acumuladores de energia, etc. 4. Coleta (convencional ou seletiva) - Definição dos locais, roteiros e horários de coleta diurna e noturna, bem como de coletas seletivas; Pontos de Entrega Voluntárias (PEV’s) e Eliminação de Pontos de Acumulação de Resíduos. - Verificar a possibilidade de implantação de programas tais como: Coleta Seletiva de óleo de cozinha usado; Fomento à implantação de usina recicladora de óleo automotivo usado, Projeto “Ticket-verde” ou “Moeda Verde” para compra/troca de resíduos por produtos, entre outros; 5. Transporte - Definir os tipos de equipamentos (caminhões) de preferência basculantes, pois o compactador embora tenha maior capacidade, a sua manutenção pode causar transtornos para a administraçãoe reduzir a efetividade e a produção da coleta/transporte. - Verificar as peculiaridades, no caso de utilização de tratores e carrinhos manuais, bem como a pavimentação das vias, declives/aclives acentuados, transito e sentido das vias, etc. 11 6. Tratamento e Disposição Final - A forma de tratamento/destinação será em Aterro Sanitário para uma cidade de pequeno porte, e como preconiza a PNRS. - Verificar nesse item a possibilidade de realização de Consórcios para Tratamento e Destinação Final adequada do lixo, em conjunto com os municípios mais próximos 7. Proteção à saúde pública e Plano de Educação - Abordar as possibilidades de buscar incentivos para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e financiamentos para tratamento de resíduos. - Manutenção e aperfeiçoamento de programas, convênios existentes ou que obtiveram êxito, Ex.: Gari Comunitário, Jovem Ambientalista, etc. - Auxílio às campanhas tais como: do IBAMA (bateriais e pneus) e do Ministério do Meio Ambiente (A3P); - Definir as formas de abordagens das campanhas, e as formas de disseminação das informações: programas de rádio, propagandas volantes, cartazes, “memes”, gif’s e/ou vídeos pelo WhatsApp ou em redes sociais, ou criação de aplicativos, jogos educativos, etc. - Realização de cursos, capacitações e treinamentos, bem como campanhas em escolas.
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