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EDUCAÇÃO E PSICANÁLISE

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EDUCAÇÃO DE ADOLESCENTES E PSICANÁLISE
NOME COMPLETO DO AUTOR À DIREITA
RESUMO 
A adolescência e seus aspectos são objeto de observação em diferentes culturas e sociedades. A partir das exigências do cenário contemporâneo, é possível pensar no sofrimento de adolescentes e que pode ser atenuado com estratégias terapêuticas de modo que ele não precise vivenciar esse processo sozinho, reconhecendo um limite frente aos recursos de enfrentamento de conflitos e originadores de dor psíquica, abrindo espaço o profissional. Objetivo: Correlacionar a educação para adolescente e a psicanálise na contemporaneidade. Estudo do tipo ensaio narrativo. Foram abordados os tópicos Estudos da educação e Adolescência,excessos e pulsões.É comum o sofrimento psíquico da adolescência, e as demandas iniciais podem variar das queixas individuais, ou de sua família ou até do seu ambiente escolar, sobretudo se destaca as pulsões e os excessos, oriundos de traumas acumulados,, sistematizados e não processados. A importância da escuta é um aspecto singular em cada atendimento aliado a observação das relações estabelecidas do adolescente em seu meio social, cultural e econômico, atentando-se sobretudo a aspectos de desamparo, tensões e excessos.
Palavras-chave: Psicanálise; Adolescência; Educação
1 INTRODUÇÃO
	A adolescência e seus aspectos são objeto de observação em diferentes culturas e sociedades. Na contemporaneidade, ou pós-modernidade, a denominada liquidez dos tempos parece influenciar nas diversas representações socioculturais de adolescentes, o que nos aponta para um fenômeno multifacetado considerando seu amplo espectro de subjetividades. 
	Para a Organização Mundial da Saúde (OMS - 1965), a adolescência é uma fase biopsicossocial que compreende a faixa etária entre 10 aos 20 anos de idade; idem para a definição de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (BRASIL, 2007). Para o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, a faixa etária corresponde dos 12 aos 18 anos (BRASIL, 2007). Para Kalina e Laufer (1974), a adolescência representa a transposição de uma etapa da vida para a seguinte, e esta indica uma conformação de aspectos individuais ao fazer parte da sua conjectura psicossocial.
	A adolescência abrange uma etapa em que modificações acontecem continuamente, fortemente relacionadas a aspectos sociais, mercado de trabalho, educação e culturais.Para Formigli, Costa e Porto (2000), a adolescência chega com modificações corporais da puberdade seguindo na direção da inserção social, profissional e econômica.
	Alguns historiadores defendem que a adolescência é um constructo; a antropologia Social expressa possibilidades de entendimento das fases do desenvolvimento ressaltando a não necessidade de ocorrência de tensões e conflitos na adolescência; e as características psicossociais não são universais (SCHEON FERREIRA, 2010).
	A psicopatologia, é o estudo da esfera do pathos, o sofrimento psíquico, e de acordo com Freud (1996a) o sintoma que se apresenta tem a ver com a vida do indivíduo, inaugurando, assim, a ética psicanalítica: inclusão do sujeito em seu sofrimento. 
	A clínica psicanalítica propõe a escuta do sujeito e do inconsciente. Lacan (1999) afirma que onde há sujeito suposto há transferência e para que esta seja encarnada no profissional analista, há um trabalho a ser realizado, sobretudo no que diz respeito às entrevistas preliminares; o valor aqui não está no conteúdo apresentado, mas no modo como o sujeito conta, em que posição ele conta e como ele vai desenhando. As entrevistas preliminares situam o discurso em três dimensões: o Real, o Imaginário e o Simbólico, onde o paciente relata a sua biografia e como como ele mesmo situa o quadro apresentado (MELMAM, 2003) 
	A partir das exigências do cenário contemporâneo, é possível pensar no sofrimento de adolescentes e que pode ser atenuado com estratégias terapêuticas de modo que ele não precise vivenciar esse processo sozinho, reconhecendo um limite frente aos recursos de enfrentamento de conflitos e originadores de dor psíquica, abrindo espaço o profissional.
 Considerando a intensidade da fase da adolescência e a importância da clínica no cuidado a pacientes nessa faixa etária, é sobretudo interessante e importante o debate do referido tema. Não se trata de patologizar a adolescência, mas de ter um olhar cuidadoso e atento diante das demandas que podem surgir a partir dessa idade e que impactam a vida não apenas dos adolescentes mas também dos seus núcleos familiares.É imprescindível, portanto, refletir sobre os efeitos na escuta por meio de professores, o encaminhando para clínica quando necessário, sobretudo quando se trata de pacientes adolescentes. 
Objetivo: Correlacionar a educação para adolescente e a psicanálise na contemporaneidade. 
 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 METODOLOGIA
	As reflexões propostas em ensaio instigam os leitores a trilhar caminhos em busca das conclusões, levando à amplas reflexões sobre variados temas. Portanto, esse estudo é consciente e intencional, e seu foco é impulsionar o diálogo sobre o assunto.
Por ensaios científicos pode-se entender mais uma forma específica de compreensão da realidade, colocando rota alternativa aos modelos tradicionais da ciência; assim o ensaio é crítica e também a experimentação, tornando um objeto visível e diversamente (BENSE, 1947). 
	A forma como pesquisadores produzem ensaios ocorrem na esfera da abordagem qualitativa e secundariza classificações e quantificações que coadunam com categorias generalizáveis; nessa modalidade os conceitos são expostos e se articulam entre si(ADORNO, 1986).
2.2 REVISÃO SOBRE ESTUDOS DA EDUCAÇÃO 
	Essa articulação permite compreender a realidade e também colidir os diversos conceitos havendo a possibilidade de romper ou estreitar dando significado para a realidade.Tratar de temáticas que abarcam a educação sempre se constituiu em um grande desafio. Esse campo, sempre foi envolto de conflitos, tensão, disputas por interesses e tentativas de modificações na lógica do seu funcionamento.
De acordo com Adorno (1986), no ensaio, a forma de consolidação do pensamento acontece sem uma sistemática específica, e permite o pensar para além do que realmente um conceito pode afirmar. Neste contexto, a linguagem e os formalismos da razão instrumental não se fazem presentes.
O campo da educação já vivenciou suas concepções e práticas de vários modos, desde a utilização da cadeira enfileirada, para o ensino militar até alcançar a educação libertadora e emancipatória. Da educação infantil, até a modalidade de ampliar o acesso do ensino fundamental e médio para jovens e adultos, foram percorridos longos caminhos emancipatórios, que entretanto enfrentaram e ainda enfrentam muitos desafios.
	O estudo da educação é a própria prática educativa, e não construções teóricas, elaboradas por disciplinas científicas, a ideia não é tornar a educação um problema científico, mas sim abordar questões educativas de acordo com princípios científicos (TEIXEIRA; 1977). 
	São as relações cotidianas que perfazem a práxis educativa, sem esta não há o que pesquisar. É no dia a dia que a educação acontece e aos poucos, vai validando ou refutando ideologias, princípios, valores, regras de atuação e conveniência de modalidades que lhes sejam mais aplicáveis em determinado momento e a EJA está inserida nessa conjuntura essencial.
 Oliveira (1999) escreve que de nada vale o excesso de conhecimento sobre psicologia, sociologia, antropologia, se docentes e discentes não se relacionarem de modo significativo. 
	As relações e seus simbolismos, bem como atribuições de significados no fazer pedagógico oferece sentido à teoria e a prática e assim, toda a bagagem de conhecimento arquivada pode se manifestar colaborando com todo o processo de ensino-aprendizagem. Assim, compreende-se a importânciade pensar estratégias no âmbito das relações entre docentes e discentes e para tanto, a qualificação profissional será imprescindível.
	Segundo Pimenta (2011), muito estudo nas ciências da educação tem pouco contributo para a pesquisa pedagógica, uma vez que aplicam os seus pensamentos e métodos à educação, assim a descrição, explicação, interpretação das ciências não oferecem aportes satisfatórios para captação fidedigna do fenômeno educativo
Embora profissionais da educação utilizem técnicas para ensinar, não existe uma fórmula mágica para que o ensino e a aprendizagem sejam perfeitos; as técnicas são apenas pontes facilitadoras para compartilhar os conhecimentos, sendo assim mediadores do processo (MELLOWKI; GAUTHIER, 2004).
	Em suma, vale dizer que todo o arcabouço científico é importante para a formação docente, no entanto, o mergulho cotidiano, sobretudo com o olhar crítico sobre a sua própria atuação, é o que se torna uma ponte facilitadora na educação. 
2.3 A ADOLESCÊNCIA , EXCESSOS E PULSÕES 
	Considerando a condição de falta de suporte psíquico e social na contemporaneidade, sobretudo na adolescência é indispensável a reflexão sobre os caminhos percorridos, a formação da personalidade, e as estratégias disponíveis para burlar o sofrimento; ainda destaca-se o papel do apelo ao consumo e os gatilhos subjetivos. (BARBOSA, 2010).
	A cultura de consumo impacta diretamente o estilo de vida, nas relações sociais um tanto fugazes, na pluralidade de identidades que consomem determinado tipo de produto e padrões de beleza que por sua vez podem ser traduzidos como inclusão e exclusão social (BARBOSA, 2010).
	A exacerbação e veiculação da da autoimagem como detentor de bens de consumo coloca principalmente, aqueles que não tem condições para tal aquisição momentânea, vulneráveis a sentimentos de culpa e constrangimentos uma vez percebidos como incapazes.
 	Birman (2009),afirma que a impossibilidade de exercer, de acordo eles, sua cidadania ou inserção em grupos diversos, devido a aspectos multi-causais como ao desemprego, à falta de oportunidade e à baixa remuneração, o adolescente parece esvair-e da realidade, mergulhando em um mundo de finalidades esporádicas e liquidez cotidiana.
	Freud (1930) já conceitua esse desamparo em termos do excesso pulsional atuante no psiquismo desde o nascimento, condizente com a dependência do infante requerendo proteção e cuidados da família garantindo a sua sobrevivência e alívio do desconforto, nesse caso em que a demanda e resolvida, a satisfação do momento influencia em seu psiquismo, pois fornecerão o protótipo dos cuidados paliativos que serão dispostos no decorrer da vida. 
	Portanto, a conotação mais atual da civilização seria a ausência de limites e tempo onde reina a angústia, não existem mais crenças sólidas para reger o psíquico e então se observa um clima de incerteza e fugacidade.
	De acordo com Laurent (2007), o mergulho indiscriminado no túnel infinito de excessos portanto, pode ser um elemento potencial para todas as possibilidades de culminar inclusive na morte em tempos contemporâneos; que pode ser facilmente desvelado por meio do abuso de determinadas substâncias,dentre estas as psicoativas, ou comportamentos que são mediados também por excessos, como o trabalho, uso de substâncias ilícitas, transtorno alimentar.
	A adolescência costuma ser a fase da vida na qual se evidenciam marcadamente as mais diversas formas ilusórias do prazer, rejeitando quaisquer impedimentos que lhes possam causar a sensação de frustração, regido sob as ordens do gozo independente do que seja considerado por limite; essa a percepção do gozo é, sempre aquela que extrapola todos os limites das situações; e nisso consiste o laço com o processo impulsivo de morte, deixando em estado de vulnerabilidade corpo e mente (KEHL; 2008).
"O tipo de recurso escolhido pelo adolescente para suprimir a sua dor ou para atingir a satisfação dependerá do contexto, do momento e daquilo que, na experiência individual, tenha mostrado maior eficácia'' (Mayer 2001, p.84). "
	Laurent (2007), expõe que a adolescência se constitui de modo multifacetado no campo da subjetividade, e se ramifica em fenômenos de ruptura relacionado a moralidade dos sentidos do desejo e característica de pessoas que vivem na pós-modernidade; e de reposicionamento do indivíduo como sintoma e o fracasso dos arranjos organizadores psíquicos e corporais, para se manter em busca do prazer; é o estar diante da morte e medir entre esta e o prazer.
	
Essa condição pode ser percebida ainda na dificuldade de administrar as inseguranças e faltas de estabilidades do outro ser social, sem ceder a necessidade do prazer nesse mesmo campo mantendo a sua singularidade. Então o que se requer seria um reposicionamento de responsabilidade diante dos prazeres fugazes e aquilo que excede os limites da suportabilidade ou sendo apenas o sintoma do social(LAURENT, 2007).
Portanto, a isso que se chama sintoma, diria respeito a um conviver com o mal-estar da sociedade contemporânea e este mesmo sintoma também pode ainda ser entendido como uma ponte para a angústia (LAURENT, 2007).
	Laurent (2007) afirma que os sintomas seria tudo o que foge ao corpo, encoberto e prestes a ser manifestar, a se tornar observável pelo próprio indivíduo; seria ainda a ponte que dá acesso ao inconsciente sendo, o corpo o meio de manifestação do sintoma, o ponto onde o excesso da pulsão será expurgado; esse mesmo ponto pode ser a chave mestra para uma ressignificação diante de um outro sujeito, onde o sintoma se transmuta em um novo foco de angústia.
	Uma outra manifestação característica que pode ser facilmente na adolescência além da impulsividade e excessos em busca de prazer, é a agressividade. Do ponto de vista da psicanálise e de acordo com Laplanche e Pontalis (2001) a agressividade é inerente ao aspecto psíquico de seres humanos, no entanto torna-se maléfica se utilizando como elemento destrutivo, pois possui potencial em se converter em comportamentos que intuem a destruição de algo ou alguém. 
	Freud (1936), ao tratar de aspectos que conduzem pessoas a destruir outras convida para a reflexão sobre o que denominou por instinto destrutivo, presente em toda criatura viva e com tendência ao aniquilamento, e também constituída por uma preservação da própria vida por meio da atenuação da vida de um outro alguém; por instinto destrutivo, entende-se a pulsão de morte devido à fragilidade do ego frente a esta demanda consistindo a sua descarga em alívio para o total do organismo, portanto não há maneira de eliminar , mas sim de desviar para outros objetivos, pois o ideal para a vida em sociedade que requer a inibição da expressão da pulsão agressiva e sexual. 
	Freud (1936) também afirma que para coibir ou atenuar a pulsão de morte, enquanto agressividade, o Eros ou pulsão de vida, pode colaborar através do estreitamento de laços afetivos sejam estas amando sem objetivos sexuais ou através das similitudes e afinidades.
O Eros, na perspectiva de Laplanche e Pontalis (2001), é o oposto à pulsão de morte pois atua na coesão, ligação, estabelecimento de vínculos amorosos que sobretudo atenuam casos de impulsos destrutivos. 
	Na sociedade contemporânea, esse também é um grande desafio, sobretudo a população mais vulnerável e com baixa renda; as consultas nem sempre são de fácil acesso a essa população e esta que já tem condições e fatores determinantes de sobrevivência restritos em muitos casos, pode exacerbar o quadro. As influências no processo de construção da identidade remetem a demandas intensas que se atrelam sobretudo a atribuição de significado, e processo de subjetivação da vida,caracterizadas em maioria por experiências de excesso. 
Lerner (2007) essas influências têm relação com possíveis traumas, na impedindo o indivíduo de galgas conquistas e metas, repercutindo como excesso aquilo que o psiquismo não processa. Hornstein (2008) afirma que, a quantidades se tornam não processáveis, os efeitos são altamente destrutivos. 
No que diz respeito apercepção sobre a psicoterapia Verceze, Sei e Braga (2013) afirmam que esta se diferencia entre adolescentes e seus progenitores, estes sempre buscando trabalhar de algum modo estados comportamentais e desempenho bem como questões emocionais, ressaltando quadros depressivos .
	Segundo Jordão (2008), os profissionais que atuam na clínica psicanalítica com adolescentes devem se preparar com questões de origem primitiva, se atentando para a contratransferência e intensos estados emocionais sendo importante considerar o estabelecimento de vínculo com o adolescente, e sua família e ainda estar às projeções parentais e possíveis alinhamentos subjetivos.
3 CONCLUSÕES 
É comum o sofrimento psíquico da adolescência, e as demandas iniciais podem variar das queixas individuais, ou de sua família ou até do seu ambiente escolar, sobretudo se destaca as pulsões e os excessos, oriundos de traumas acumulados,, sistematizados e não processados. A importância da escuta é um aspecto singular em cada atendimento aliado a observação das relações estabelecidas do adolescente em seu meio social, cultural e econômico, atentando-se sobretudo a aspectos de desamparo, tensões e excessos.
Vale ressaltar a necessidade e importância do estabelecimento do vínculo no atendimento do adolescente levando em consideração todas as características da adolescência e aquele sujeito em particular. Considera-se ainda as questões da contemporaneidade para colaborar na busca de estratégias eficazes para o possível tratamento.
O encontro nesse espaço visa atribuir sentido à dor e tornar o adolescente autônomo em seu processo para o autoconhecimento É pertinente a reflexão sobre a contemporaneidade e os excessos na adolescência bem como sua relação com traumas, e impulsos de morte. Reconhece-se ainda, a inserção de cada adolescente em um contexto social e cultural, sem desconsiderar a sua singularidade e seus processos de subjetivação
REFERÊNCIAS
ADORNO, T. W. (1986). O ensaio como forma. In G. Cohn (Org.), Sociologia: 
Adorno (pp. 167-187). São Paulo: Editora Ática.
BENSE, M. (1947). Ünber the essay und saine prosa Berlin: Merkur I.
Barbosa, L. (2010). Sociedade de Consumo. Rio de Janeiro: Zahar.
BIRMAN, J. (2009). Cadernos sobre o mal: agressividade, violência e crueldade. Rio de Janeiro: Record.
FREUD __. [1930]. O mal-estar na civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol.XXI. Rio de Janeiro: Imago,1996. 
JORDÃO , A. B. (2008). Vínculos familiares na adolescência: nuances e vicissitudes na clínica psicanalítica com adolescentes. Aletheia, 27, 157-172. 
KEHL, M. R. (2008). A fratria órfã: conversas sobre a juventude. SP: Olho d’agua.
LAURENT, E. (2007). A sociedade do sintoma. Rio de Janeiro: Contra a Capa Livraria.
LAPLANCHE, J., & PONTALIS, B. (2001). Vocabulário de Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes. Laurent, E. (2007). A sociedade do sintoma. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria. 
MELLOWKI; M'hammed; GAUTHIER, Clermont2004).O professor e o seu mandado de mediador, herdeiro, intérprete e crítico. Formação de Profissionais da Educação • Educ. Soc. 25 (87) • Ago 2004
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e Adultos como Sujeitos de Conhecimento e Aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Dez.1999, n. 12, p. 59-73.
VERCEZE, F. A., Sei, M. B., & BRAGA, C. M. L. (2013). A demanda por psicoterapia na adolescência: a visão dos pais e dos filhos. Revista de Psicologia da UNESP, 12(2), 92-102.

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