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Características gerais dos vírus

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Características gerais dos vírus
Os vírus são agentes infecciosos diferentes dos micro-organismos clássicos. Não possuem celula eucariótica ou procariótica, são acelulares. 
Também não são visualizados no Microscópio de luz. 
Não são isolados “in vitro” pelas técnicas de cultura habituais. 
Eles conseguem passar por filtros que foram desenvolvidos para reter microorganismos clássicos (bactérias, fungos). Filtros esterilizantes.
Só possuem 1 tipo de ácido nucleico. Ou o DNA ou o RNA, nunca os dois. 
Não possuem enzimas relacionadas à síntese de proteínas ou de energia. 
Podem possuir enzimas associadas, sendo relacionadas a alguma etapa de multiplicação viral. 
Com isso, pôde-se concluir que eles não possuem metabolismo próprio. Precisam de uma célula para parasitar e consequentemente terem metabolismo. São considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Ou seja, eles obrigatoriamente tem de ter uma célula para parasitar.
Usa-se o microscópio eletrônico para enxergar o vírus. E para o cultivo usa-se as culturas de células de tecido tumoral humano, se multiplicando indefinidamente em condições “in-vitro”. Sendo chamadas de células imortais (a primeira linhagem de células que se multiplicam “in-vitro” é chamada de HeLa). Formam uma monocamada celular. Essas células formam a espinha dorsal de inúmeros estudos nessas áreas.
V í r u s n u s : 
A partícula viral possui um ácido nucleico (DNA ou RNA) e está envolvido por uma estrutura chamada capsídeo que é de natureza proteica. Ou seja, um genoma e um envoltório proteico. Possuem também nos seus vértices a presença de prolongamentos chamados de fibras de vértices. 
V í r u s e n v e l o p a d o s :
Possuem uma estrutura mais complexa, tendo seu genoma, envolto pelo capsídeo e um envoltório adicional chamado de envelope. Esse envelope é uma bicamada fosfolipídica e inserida nela há proteínas chamadas de espículas. Ele é de natureza fosfolipoprotéica, ou seja, o principal constituinte é lipídico, sendo extremamente suscetível a detergentes e solventes orgânicos. Então, se pegarmos um vírus envelopado e expor a um detergente, esse envelope viral vai se desorganizar e o vírus vai justamente perder as espículas que estão presentes nesse envelope. E com isso, perde a capacidade de adesão e de infectar as células hospedeiras. Perde a infecciosidade.
Por isso que muitas medidas simples, como lavar as mãos com água e SABÃO, são eficazes. 
Ps : tanto os vírus nus, que não possuem envelope quanto os envelopados possuem projeções que tem a função de reconhecimento e adesão às células hospedeiras. No nu são as fibras do vértice e no envelopado as espículas.
A origem do envelope viral se dá por que os vírus aderem a membrana citoplasmático da célula hospedeira e em alguns momentos eles determinam a projeção dessa membrana plasmática e com a liberação da partícula viral pelo processo chamado brotamento o vírus acaba por levar um pedaço da membrana celular da célula hospedeira. 
 M o r f o l o g i a d a p a r t í c u l a v i r a l :
 São representadas como partículas com a forma geométrica bem definida, tendo aparência de um poliedro. No centro, havendo o ácido nucleico viral e envolta protegendo esse ácido nucleico existe o capsídeo. Eles podem ser envelopados mas mesmo tendo o envelope a forma poliédrica é mantida (poliédrica envelopada).
 Também temos a forma helicoidal pois seu genoma se organiza dessa forma e o capsídeo acompanha essa forma (também podem ser envelopados sendo chamados de helicoidal envelopada).
 Existem os vírus com a morfologia muito complexa para ser descrita e um desses são os bacteriofagos. 
Poliédrica : adenovírus 
Poliédrica envelopada : vírus varicela-zoster 
Helicoidal envelopada : vírus da raiva 
Helicoidal : vírus do mosaico do tabaco
E s p í c u l a s d a p a r t í c u l a v i r a l:
As espículas presentes no envelope dos vírus são extremamente importantes, e por ter natureza proteica vão ser imunogênicas e vão servir para tipar o vírus, fazer reação imunológica, preparar uma vacina com essas espículas virais. 
Influenzavirus - gripe (virose) 
Possuem espículas com funções muito importantes para a classificação dos vírus. Ex 1 : 
Influenzavirus tipo A : subtipo H5N1 e subtipo H1N1, onde o H é a hemaglutinina e N de neuraminidase. Que são 2 espículas importantes do influenzavirus. 
A hemaglutinina:
 (hema=hemácias do sangue/ aglutinina= aglutinação) foi descrita por um achado aleatório no laboratório. Houve uma mistura dos vírus da gripe com hemácias e o pesquisador observou que o vírus era capaz de aglutinar (unir) essas hemácias. Ela reconhece células do nosso trato respiratório, ou seja, essa aglutinação que acontece com as hemácias é uma mera representação ao que ocorre ao nosso trato respiratório. O vírus penetra no trato respiratório, ele se liga às células, aos receptores presentes na membrana das células do trato e começa o processo infeccioso. O receptor que a hemaglutinina vai reconhecer é o ácido siálico. Ou seja, a hemaglutinina é a espícula que vai reconhecer receptores das nossas células para dar início ao processo de infecção dessas células. 
Neuraminidase : 
Capaz de remover o ácido siálico, ou seja, é aquele receptor que o vírus da gripe reconhece, mas isso acontece ao final da multiplicação do vírus naquela célula. Ou seja, no início do processo infeccioso o vírus penetra junto com o ar no nosso trato respiratório, vai reconhecer o ácido siálico das células do trato respiratório, vai causar uma infecção nessas células, vai se multiplicar e vai chegar uma hora que essas células vão liberar esses vírus que se multiplicaram. 
Se essa célula liberasse o vírus ele voltaria a se ligar ao ácido siálico que tá na superfície da membrana celular da célula hospedeira e não seria liberado. Então se teria uma célula que tem o vírus da gripe ligado ao ácido siálico presente na sua membrana celular e esse vírus não é liberado...e nisso entra a segunda espícula do vírus da gripe, a neuraminidase.
Quando esses vírus estão sendo liberados ela quebra essa ligação da hemaglutinina com o ácido siálico da superfície das células, propiciando que os vírus sejam liberados.
Então : A hemaglutinina e a neuraminidase atuam em momentos diferentes. Onde a hemaglutinina ela vai reconhecer o ácido siálico, ou seja, é o receptor que o vírus reconhece para infectar aquela célula hospedeira. E a neuraminidase vai quebrar o ácido siálico impedindo que os vírus liberados ao final do processo de multiplicação viral fiquem presos a célula hospedeira infectada e com isso esses vírus são liberados e vão infectar outras células. 
C é l u l a s h o s p e d e i r a s d o s v í r u s : Existem vírus que são capazes de infectar células eucarióticas animais e vegetais. Assim também como há vírus capazes de infectar células procariotas, como a da bactéria (a consequência dessa infecção viral da bactéria é a sua lise).
C u l t i v o d o s v í r u s :
 O cultivo dos vírus no laboratório podem se dar por:
Animais de laboratório : hoje em dia se usa mais os camundongos recém nascidos, pelo sistema imune imaturo e antigamente usava-se primatas.
Ovos embrionados : onde se inocula o vírus em diferentes locais do ovo e espera o vírus se multiplicar no embrião, podendo então se obter uma grande quantidade de vírus. São bastante utilizados, principalmente em vacinas, como a da febre amarela. 
Cultura de células: Possibilitam que se observe se está existindo infecção viral ou não, ou seja, foi desenvolvido um microscópio (o invertido) onde se coloca essa jarra de cultura de células e se observa a morfologia das células da cultura, detectando precocemente se foram infectadas por um vírus ou não. Pois em geral, quando uma célula é infectada por um vírus, ocorre um efeito citopatogênico (o vírus manifesta alterações morfológicas).
R e p l i c a ç ã o :
Os vírus apresentam uma forma de multiplicação diferenciada, em que é chamada de replicação viral. Esse termo é aplicado quando se fala sobre ácidos nucleicos, quando eles de replicame no caso dos vírus, como são parasitas intracelulares obrigatórios e vão usar toda máquina enzimática da célula hospedeira, esse termo fica bastante coerente para ele. Já que a principal atividade desse agente infeccioso é duplicar seu genoma (que contém DNA ou RNA). Ou seja : replicação é quando o vírus infecta uma célula e gera novas partículas virais.
ETAPAS DA REPLICAÇÃO DOS VÍRUS : Elas variam dependendo se o vírus tem RNA ou DNA. 
Adsorção : é quando o vírus se choca com a célula hospedeira e liga a ela. Essa ligação se dá pelas fibras de vértice (que são responsáveis por reconhecer receptores da membrana celular da célula hospedeira). Caso o vírus seja envelopado entra as espículas virais (reconhecendo o receptor da membrana celular).
Penetração : tem que penetrar na célula hospedeira por ser intracelular. Essa penetração pode se dar por endocitose nos vírus nus e nos vírus envelopados o envelope viral (que é uma membrana) ao ser a membrana da célula hospedeira vai fazer uma fusão de membranas (elas se fundem). 
Descapsidação : etapa onde o vírus perde o seu capsídeo, liberando seu ácido nucleico viral. Então o vírus vai perder o capsídeo e ácido nucleico viral fica no citoplasma da célula hospedeira 
Transcrição e logo depois os transcritos vão ser traduzidos em proteínas virais que vão formar o capsídeo (que vão ser nucleados por ácidos nucleicos que vão ser produzidos durante a replicação do genoma viral) e também vão se inserir na membrana celular da célula hospedeira (que fazem parte do envelope do vírus envelopado na liberação, final do processo).
Replicação do genoma viral : formação de novas cópias desse genoma viral. 
Maturação : formação da nova partícula viral
Liberação : liberação da partícula viral (exocitose). Formando um vírus envelopado.
A inserção de proteína virais na membrana da célula hospedeira leva ao fato de que : o sistema imune vai reconhecer as proteínas virais independentemente de onde estiverem, então ele vai reconhecer as que estão no envelope viral, mas também vai reconhecer as que estão inseridas na membrana celular da célula hospedeira, podendo até mesmo destruir essa célula hospedeira. Então, o vírus é liberado da célula sem sofrer lise, mas essa célula pode ser lisada pelo nosso sistema imune, por ele identificar essas proteínas virais que estão inseridas na membrana celular e vai atacar essa célula. 
Replicação dos vírus RNA : 
Ps : Poliovírus (RNA +) é um grupo de vírus que está envolvido nos quadros de poliomielite, que é uma doença extremamente séria, que muitas vezes deixa sequelas, onde muitas vezes os indivíduos que sobrevivem ficam com paralisia dos membros. Essa doença é controlada através de vacina.
O vírus RNA + pode ser traduzido diretamente nos ribossomas para proteínas, sendo então um processo muito rápido (ele já é traduzido a proteínas virais, do capsídeo). E esse RNA positivo vai dar cópias de RNA negativo (o par é o oposto) que vai dar cópias de RNA positivo, onde essas novas cópias do rna + vão nuclear essas proteínas do capsídeo dando origem a novas partículas virais, vão maturar e vão ser liberadas por lise da célula. Por isso que esses vírus dão sequelas sérias, já que se ele se multiplica no neurônio e ele sai do neurônio ele lisa o neurônio e aí ele perde a sua função e gera muitas paralisias que ocorrem nos quadros de poliomielite. 
Replicação dos retrovírus : 
O RNA é sempre a transcrição do DNA, porém esse fato foi completamente abalado pelos retrovírus. O retrovírus é um vírus RNA que são agentes da doença da aids. O RNA positivo desse vírus, por alguma ação de uma enzima que existe exclusivamente nos retrovírus que se chama transcriptase reversa, dão origem a uma fita complementar de DNA. Então: o RNA (+) vai dar origem a uma fita de DNA, e que por ação da transcriptase reversa os retrovírus conseguem sintetizar uma fita de DNA complementar a uma fita de RNA. A fita de DNA se libera do RNA, vai transcrever uma nova fita complementar gerando então uma fita dupla de DNA que acaba por se inserir no cromossoma da célula hospedeira, fazendo parte do material genético dela. OU SEJA, esse DNA viral inserido no cromossoma da célula hospedeira vai ser transcrito como todo DNA da célula hospedeira e muitas vezes esse DNA vai dar origem a RNA viral, que vai ser traduzido a proteínas, inclusive a enzima transcriptase. Esse RNA viral vai gerar cópias de RNA e as proteínas do capsídeo + a transcriptase reversa + esse RNA vão formar novas partículas virais. 
PS : esse processo de inserção do DNA viral no DNA da célula hospedeira também ocorre nos vírus oncogênicos (que dão origem a tumores). Ou seja, algumas viroses determinam a transformação de tecidos e eles são transformados em neoplasias. 
P a t o g ê n e s e v i r a l : origem das infecções virais.
O contágio da pessoa saudável normalmente se dá pelo contato com o indivíduo doente ou materiais do paciente doente. Existem diferentes vias de contágio e quando o vírus entra em contato com tecidos do hospedeiro saudável eles vão penetrar, mas essa penetração não é necessariamente no local onde há a doença. Depois desse processo ele vai se disseminar e a via mais comum de disseminação é a linfática e muitas vezes associada a via hematogênica. Ou seja, os fluidos do processo inflamatório são drenados na linfa, a linfa atingirá a corrente sanguínea, havendo uma disseminação linfo hematogênica (que é a mais comum), então a partir do sangue ele vai para os tecidos os quais ele tem tropismo (tropismo viral” é a capacidade de um vírus infectar especificamente determinadas células de um organismo vivo e não outras). Uma exceção é a disseminação neuronal (vírus da raiva, por exemplo) onde penetram em terminações nervosas e vão ter uma disseminação axonal (axônios) até chegarem ao SNC, onde existem células que o vírus tem tropismo. As células infectadas com o vírus da raiva, por conta do efeito citopatogênico formam corpúsculo de inclusão (corpúsculo de Negri) que é eosinofílico intracitoplasmático. 
Essa multiplicação no local de penetração do vírus e essa disseminação linfo hematogênica leva a um quadro que chamamos de pródromos. Eles são sinais e sintomas inespecíficos, ou seja, vão ser apresentados pela maioria das viroses sem que consigamos distinguir qual das viroses está acometendo o indivíduo. A partir desse quadro inicial podem ocorrer 2 desfechos : 
Infecção : é quando se consegue controlar o vírus com o meu sistema imune. Ou seja, o quadro não vai passar adiante, não vai se apresentar novos sinais e sintomas, vou me curar (assintomáticos ou sintomas inespecíficos). 
Doença : o vírus consegue vencer o sistema imune e causar doença, onde indivíduo vai manifestar sintomas específicos.
Existe o período de incubação da doença, onde a pessoa está contaminada mas ainda não apresentou infecção ou doença, mesmo já tendo o vírus. E durante esse período tem como transmitir o vírus, já que ele penetrou nos tecidos e está fazendo uma multiplicação inicial nesses tecidos. Consequentemente, torna a pessoa um transmissor potencial daquele vírus (transmissão silenciosa). Já que a pessoa não tem qualquer indicativo de sintoma, ela não “aparenta” risco e é aí que acaba transmitindo o vírus.
PRINCIPAIS VIAS DE TRANSMISSÃO : 
Horizontal : onde o indivíduo doente e que apresenta a infecção, transmite para o indivíduo sadio o vírus. Pode ocorrer através do trato respiratório, de forma aérea (gripe, resfriado, caxumba, varicela, sarampo, rubéola); trato digestório, infecção fecal-oral (poliomielite, hepatite A, rotavirose, norovirose); trato genital, forma sexual (AIDS, HPV, herpes genital); Pele, com o contato direto (verruga); conjuntiva (conjuntivite). 
Existem viroses que são transmitidas de forma horizontal de origem iatrogênicas. Ou seja, tem origem no ato médico, como transfusões de sangue, plasma, etc (aids, hepatite B, hepatite C).
Transmissão por picada de artrópodes (arboviroses) : Como dengue, febre amarela, zika, chikungunya
Transmissão vertical : Da mulher grávida para o concepto das virosesé uma preocupação constante por que o resultado dessas infecções são muito graves (aids, rubéola, citomegalovirose, hepatite B e C, zika), podendo ter o aborto, o bebê pode nascer morto ou então ter mal formações congênitas graves (microcefalia, por exemplo). 
Ps : podem ser transmitidas na hora do parto (aids, hepatite B e C) e amamentação (aids). 
QUADROS CLÍNICOS DAS VIROSES: 
Aguda: A gripe por exemplo, onde se dorme bem e quando acorda está com todos os sintomas da doença. Esse quadro vem sem qualquer aviso, sem qualquer indicativo de que ficaria doente.
Crônica : Quadros que tem uma apresentação com sinais aparecendo lentamente, demorando muito para que através dos sintomas e sinais caracterizar que o indivíduo está doente (HIV- aids, Papilomavírus- carcinoma de colo, HTLV-leucemia) 
Persistente com 2 quadros : A catapora, por exemplo. Depois que essa manifestação, essas lesões, melhoram, esse vírus fica nos gânglios da espinha dorsal, e ele fica persistentemente ali, sem causar qualquer sinal e sintoma. Quando o indivíduo se encontra na idade de 50-60 anos, o seu sistema imune não é mais eficaz pra controlar esse vírus que está latente na medula espinhal, ocasionando de novas lesões aparecerem (o vírus vai sair dos gânglios e vai migrar para os nervos até as áreas que possuem as terminações nervosas-geralmente os intercostais). - zòoster.
 Latente com recorrência : O herpes (labial : HSV-1 e genital : HSV-2). Manifestação clínica de quadro único, tendo lesões sempre no mesmo lugar. Elas aparecem e reaparecem, sempre tendo algo que desencadeia. Acontece da mesma forma que zòoster...o vírus fica em algum gânglio e quando algo o desencadeia ele migra até a área de transição da mucosa para a pele/mucosa e vão surgir as lesões típicas do herpes
CORRELAÇÃO COM O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL : como fazer o diagnóstico de uma virose
PCR (pesquisa do vírus por métodos moleculares): reações que detectam o genoma viral, 
podendo procurar o ácido nucleico viral, existindo uma correspondência quase exata entre a presença do vírus e do genoma viral (pode encontrar o genoma mas não se ter o vírus). O isolamento do vírus e o PCR por métodos moleculares são técnicas feitas onde o vírus está, na lesão causada pelo vírus, na região onde houve penetração do vírus. A detecção do vírus ou do genoma viral pode ser durante a fase de viremia (presença do vírus no sangue), muitos vírus podem sofrer viremia, sofrem disseminação linfahematogenica. Esses tipos de exame (PCR) dão uma positividade mais precoce.Um tempo depois que há a manifestação do vírus, o corpo começa a produzir anticorpos, e geralmente coincide com os primeiros sinais da doença (quanto mais o tempo passa maior a quantidade de anticorpos é detectado no sangue). 
Anticorpos: 
IgM é o primeiro a ser produzido e depois eles caem consideravelmente, não sendo mais detectado. Anticorpo de fase aguda, quando está tendo a infecção ou doença. 
O igG aparece mais tardiamente e persiste por longos períodos de tempo (até toda a sua vida). Protetora. Mostra que se teve uma infecção ou doença no passado.
Essa regra do igG não se aplica quando há variações nos antígenos virais (mais de um vírus da gripe ou até mesmo do covid). 
Conversão sorológica : mostra a transição inicial da infeção onde antes não se havia anticorpos e agora se tem. Passou de um estado não reagente para o estado reagente. 
GESTANTE E INFECÇÕES CONGÊNITAS :
A transmissão vertical, onde o neném vai ter a infecção intrauterina através da mãe. O melhor seria se verificasse o estado imunológico da mulher antes da gestação para que haja prevenção de não passar nada para o neném. Mas hoje, essas verificações são feitas no acompanhamento pré-natal, o que às vezes impede as prevenções, por não ter mais como interferir.
IgG - não reagente IgM - não reagente = suscetível a doença 
IgG - reagente IgM - não reagente = imune
IgG - reagente IgM - reagente = doente, porém já está combatendo a doença 
IgG - não reagente IgM - reagente = doente e ainda não está combatendo.
O recém nascido também pode fazer o exame sorológico. Se a gestante tiver anticorpos IgG, existe a passagem dele para o recém nascido, então ele já nasce com o anticorpo igG. É uma imunoglobulina transplacentária , ela consegue passar a placenta. 
A n t i v i r a i s e V a c i n a s :
INTERFERONS : Grupo de substâncias produzidas por algumas de nossas células quando sofremos uma infecção viral ou uma doença viral ou quando temos contato com o ácido nucleico viral, sinalizando para a célula que ela deve produzir uma substância que ela secreta que é o interferon. Ela age em outras células, não na que teve contato com o vírus. E a ação desse interferon faz com que a célula produza proteínas com ação antiviral, bloqueando a síntese de proteína nessas células por 2 ou 3 dias, impedindo a replicação do vírus, já que na replicação dos vírus uma etapa que acontece precocemente é a síntese de proteínas, e se essa célula não pode produzir proteínas por ação dessas proteínas antivirais acontece de o vírus ter as suas etapas de replicação bloqueadas, impedindo a infecção viral de 2-3 dias. 
No início, os interferons eram produzidos em culturas de células, o que era bem caro. Mas um grande desenvolvimento desses agentes foi o descobrimento do interferon recombinante, ou seja, os genes que codificam a síntese de interferons foram introduzidos em plasmídeo e ele foi colocado dentro de uma bactéria, e com isso a bactéria transcrevia esse genes que codificam a síntese de interferon. Se tendo uma bactéria que produzia grandes quantidades de interferon, possibilitando desse interferon recombinante a disponibilização em grande quantidade para uso médico, sendo utilizado em tratamento de inúmeras viroses. 
Podendo ser graves como : hepatite B, C e D (delta) ; HPV ; AIDS. 
E também menos graves como : viroses respiratórias (spray nasal-profilaxia), herpes simples (tópico).
Pode ter efeitos adversos como : febre, calafrios, cefaleia, mialgia, artralgia, náuseas, vômitos e diarreia. 
Esses efeitos adversos, são geralmente sinais e sintomas que aparecem no início dos quadros de infecção e doença viral, isso por que após a penetração do vírus os indivíduos apresentam sinais e sintomas inespecíficos, que na realidade refletem a produção de interferon por nossas células. Onde a maior parte dos sintomas no início das viroses são decorrentes dos interferons por nossas células. 
Vacinas :
Quando foi desenvolvida, nem se conheciam as bactérias e muito menos os vírus. Foi desenvolvida por Edward Jenner, onde ele percebeu que ordenhadores infectados nas mãos com o agente da varíola bovina, que causa lesões no úbere das vacas, não apresentavam formas graves de varíola. Em 1796, um médico inoculou uma criança com material colhido de lesões de varíola bovina e semanas depois quando exposto ao vírus da varíola humana a criança não apresentou a doença. Essas observações deram origem a "vacinação" (referência a vaccínia - agente da varíola bovina). 
Varíola : uma doença no nível grave com mortalidade extremamente elevada. Com lesões terríveis na pele e quando o sistema imune age há uma destruição tecidual muito grande, processo inflamatório muito grande. Essa doença foi erradicada através da vacinação no mundo TODO. 1° virose extinta por vacinação. 
Tipos de vacina :
Vacinas inativadas: Onde se faz o cultivo do vírus, obtêm grandes quantidades dele e inativa esses vírus com agentes químicos ou físicos. Ou seja, o vírus inativado não tem infecciosidade, não consegue infectar nossas células. Mas possuem imunogenicidade, onde o nosso sistema imune vai reagir contra os antígenos virais e a nossa resposta imune nos deixará protegidos contra aquele vírus. (Ex : vacina Salk - contra a poliomielite ; coronavac - COVID 19)
Vírus atenuados : Ou seja, quando ocorre a infecção viral a resposta imune que se desenvolve é muito maior do que quando se tem contato com os vírus inativados. Então, os virologistas pegam o vírus selvagem (o que infecta) e atenuam no laboratório. Ou seja,ele mantêm a capacidade de infectar as células, mas ele não causa a doença, mas sim os casos de infecção, apresentando sinais e sintomas inespecíficos e o mais importante : desenvolve uma resposta imune protetora aquele vírus. (Ex : sarampo, caxumba, rubéola, catapora e a sabin, que é da poliomielite). 
Subunidades : vacinas constituídas só com os antígenos presentes na partícula viral. Inocula o indivíduo pedaços do vírus que contém os antígenos que vão dar origem a resposta imune. (Ex : hepatite B e HPV) 
Vetores virais : Selecionam um vírus que causa infecção ou doença sem qualquer gravidade na população e se insere nesse vírus o ácido nucléico viral (no genoma do vírus) para haver uma resposta imune. Ex : pega um adenovírus (gripe) e insere no genoma dele, por exemplo, o genoma do vírus que causa a COVID-19 e na vacinação se terá uma infecção com o adenovírus, vai se responder imunologicamente a ele e o que é mais importante é que esse adenovírus vai expressar também proteínas do vírus que causa a COVID-19. Então, vai se produzir uma resposta imune durante um quadro de infecção pelo adenovírus, contra antígenos do vírus que causa COVID-19. (Ex : ebola, COVID-19 Oxford)
DNA ou RNA: contém os ácidos nucleicos virais. A vacina que está em desenvolvimento utilizando ácido nucleico viral, utiliza RNA do vírus que causa a COVID-19. Então o indivíduo é inoculado com uma vacina que constitui RNA, ele entra nas células e vai-se produzir proteínas que são típicas do vírus que causa a COVID-19. Então as células vão produzir proteínas típicas do coronavírus do tipo 2, que são secretadas pela célula, dando origem a uma resposta imune que irá proteger o indivíduo da doença do COVID-19.
VACINAÇÃO NA PREVENÇÃO DAS VIROSES 
O programa nacional de imunização (PNI) presente no Brasil estabelece anualmente um série de vacinas que a população obrigatoriamente tem que receber. Conta com mais de 45 vacinas e a cada ano há um acréscimo de vacinas. Hoje em dia existem vacinações obrigatórias para categorias profissionais, existindo um calendário de vacinação ocupacional (protegem de doenças que possivelmente aquela pessoa tem mais chance de adquirir). 
Viroses controladas no BRASIL por causa do PNI : varíola, rubéola, poliomielite, sarampo.
SITUAÇÃO ATUAL DO SARAMPO: Quando o PNI surgiu ele conseguiu ter uma cobertura vacinal muito grande, por ser obrigatório. Então, quase não ouvia-se mais falar do sarampo por conta do bom controle, sendo assim, muitos deixaram de se vacinar e a obrigatoriedade dessas vacinas começaram a ser minimizadas e as pessoas começaram a ser negligentes. Isso tudo fez com que a proteção da população começou a cair drasticamente e aconteceu de o vírus voltar.
Só se consegue ter um controle das viroses quando se tem níveis de proteção extremamente elevados, por isso a obrigatoriedade da vacinação. 
Baixa cobertura, baixa proteção da população = perda de controle do vírus
Cobertura vacinal = TODOS os indivíduos. Não são 50%, nem nenhuma porcentagem que não seja 100%.
As vacinações são de caráter OBRIGATÓRIO (tá na lei de 1963). Não há opção, por que o problema não é a pessoa que não quer tomar adquirir a doença, o problema é ela transmitir.

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