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Juliana Aparecida Pereira Medeiros Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar Unidade 4 Legislações com foco na prevenção e controle das infecções hospitalares Livro didático digital Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor JULIANA APARECIDA PEREIRA MEDEIROS Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS Olá! Meu nome é Juliana Aparecida Pereira Medeiros. Sou graduada em Serviço Social (ULBRA) e especialista em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente (ENSP/FIOCRUZ). Possuo experiência técnico-profissional na área hospitalar em serviço social hospitalar, hotelaria hospitalar e segurança do paciente. Estou aqui para contribuir no desenvolvimento da cultura da qualidade e da segurança em saúde auxiliando profissionais e organizações a melhorarem continuamente. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Autor JULIANA APARECIDA PEREIRA MEDEIROS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimen- to de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser prioriza- das para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofun- damento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoapren- dizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro- jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: SUMÁRIO Introdução......................................................................................10 Competências................................................................................11 A legislação frente às IH............................................................12 Evolução da legislação em IH no Brasil............................................12 Legislação em segurança do paciente.............................................16 Portaria nº2616/1998.................................................................19 O Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH)......19 A composição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)...............................................................................................20 Atribuições da CCIH........................................................................................23 Responsabilidade da direção e do Ministério da Saúde............24 Vigilância das infecções hospitalares..................................26 Vigilância epidemiológica e indicadores epidemiológicos das infecções hospitalares........................................................................26 Avaliação de resultados em saúde......................................................27 Relatórios e notificações..............................................................................31 Qualidade, acreditação e infecção hospitalar...................33 A Acreditação Hospitalar.............................................................................35 Ferramentas para a implantação da Acreditação......................41 O gerenciamento de risco e a qualidade hospitalar...............49 Bibliografia.....................................................................................52 Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 9 UNIDADE 04 LEGISLAÇÕES COM FOCO NA PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar10 Você sabia que a prevenção e controle das infecções hospitalares é uma grande preocupação mundial na atualidade? Leis, pesquisas e ferramentas são empregadas com a finalidade de manter a carga microbiana dentro dos limites de aceitação preconizados pelos órgãos reguladores de Vigilância Sanitária, padrões rigorosos para assegurar a higidez e a manutenção da saúde dos pacientes. Porém, quando essas diretrizes não são seguidas corretamente, existe a possibilidade real da infecção dos clientes por meio da disseminação de microrganismos patogênicos e do desenvolvimento de doenças, aqui denominadas infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). São doenças infecciosas relacionadas ao cuidado em saúde e, por isso, cabe ao profissional se comportar de maneira preventiva quanto à sua propagação, sempre pautado na cultura da segurança. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 11 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 – Legislações com foco na prevenção e controle das infecções hospitalares. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Analisar a evolução da legislação referente ao controle e prevenção de infecções hospitalares - IH; 2. Aplicar a legislação nos serviços de saúde; 3. Implantar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar – PCIH; 4. Participar de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! COMPETÊNCIAS Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar12 A legislação frente às IH Ao término deste capítulo você será capaz de aplicar toda a legislação referente ao controle e prevenção das infecções hospitalares nos serviços de saúde contribuindo para a qualidade e a segurança da assistência. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Evolução da legislação em IH no Brasil A primeira abordagem das infecções hospitalares na legislação brasileira surgiu na década de 1970 tendo em vista a alta mortalidade no período referente a esse problema. Os dados oficiais dos órgãos sanitários demonstraram a necessidade urgente de regulamentação da assistência à saúde para conter o problema e seu grande impacto negativo (BRASIL, 1976). NOTA: Historicamente, o controle efetivo das infecções bacterianas iniciou-se em 1935, marcado pelo uso da sulfanilamida e a descoberta da penicilina por Alexander Fleming (REZENDE, 2009). A partir desse marco, a legislação evoluiu muito no sentido de tornar mais segura a prestação de serviços em saúde, orientando os organizações e equipes profissionais na implantação de uma cultura de segurança e qualidade. O primeiro documento legal nesse sentido data de 1976. O Decreto do Ministério da Saúde nº 77.052/1976 determinou que nenhuma instituição hospitalar poderia funcionar sem possuir um meio de proteção que fosse capaz de evitar impactos nocivos à saúde dos pacientes provenientes do cuidado prestado. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 13 IMPORTANTE: A legislação sanitária é o parâmetro que deve ser respeitado pelos serviços de saúde e observado pelos órgãos de vigilância sanitária em suas vistorias para habilitação e emissão de alvará sanitário de funcionamento. Em 1983, como evolução do decreto anterior, o Ministério da Saúde institui a Portaria nº 196/1983 determinando que todos os hospitais do país necessitam obrigatoriamente manter uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar(CCIH), com independência da entidade mantenedora para que possua autonomia nas suas deliberações e ações . EXPLICANDO MELHOR: Com a Portaria 196/1983 foi criado o termo CCIH, utilizado até os dias atuais para designar a equipe multidisciplinar responsável pelo monitoramento e prevenção das IRAS. Considerada uma portaria polêmica por conter muitas imprecisões conceituais, a Portaria 196 representou um importante avanço por instituir a obrigatoriedade de constituição das CCIH em todo o país. O final da década de 1980 ficou marcada pelas discussões, estudos e a realização de eventos e congressos sobre o controle de infecção hospitalar gerando dados e subsidiando as alterações na legislação vigente para maior clareza e efetividade das ações propostas por ela. Em 1992 foi revogada a Portaria nº196 e instituída a Portaria nº 930/1992 com normas específicas sobre o CIH. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar14 Essa, por sua vez, foi revogada em 1998 com a publicação da Portaria nº2616/1998, mais completo documento normativo sobre controle e prevenção de IH e vigente até os dias atuais. NOTA: A primeira pesquisa com metodologia validada realizada pelo Ministério da Saúde evidenciou uma taxa de infecção hospitalar variando entre 1% e 15% dos pacientes internados em hospitais no país. No ano de 1997 foi promulgada a Lei Federal nº9431/1997 obrigando os hospitais a constituírem um programa de controle de infecção hospitalar (PCIH) e uma comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH). Em casos de ocorrência de IH, tida como evento prevenível, se dará a reponsabilidade administrativa ao hospital e a responsabilidade civil poderá ser cobrada do hospital ou dos profissionais responsáveis pelo procedimento, conforme a Lei Federal nº6.437/1977 (BRASIL, 19770). IMPORTANTE: A partir dessa lei, fica caracterizado como negligência, logo, passível de notificação, punição e criminalização, a inexistência ou mesmo inoperância da CCIH e/ou do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar). Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 15 NOTA: Esse roteiro, anexo à resolução, estabelece a sistemática para a avaliação do cumprimento das ações do Programa de Controle de Infecção Hospitalar. No ano 2000, a ANVISA publicou a Resolução RDC nº 48/2000, considerando o que já havia sido estabelecido na Portaria nº 2616/1998 no que tange as ações de controle de IH e aprovando um documento importante na orientação das equipes de CCIH: o Roteiro de Inspeção do PCIH. A RDC nº48/2000 apresenta metodologia da qualidade, com uso de ferramentas de gestão, para que as organizações e a CCIH possam monitorar e intervir nas ações de controle de prevenção da IH. A resolução prevê a realização de auditorias internas de monitoramento, orientando a sua realização. Em 2003, a ANVISA publicou a Portaria nº385/2003 criando a Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos. Ao órgão compete (BRASIL, 2003): I - Promover e propor normas de procedimentos para o controle de infecções e eventos adversos em serviços de saúde, visando orientar e disciplinar o funcionamento das instituições da rede pública e privada em todo o território nacional; II - Divulgar e disseminar informações e publicações relativas ao controle de infecções e iatrogenias em serviços de saúde; III - Elaborar, padronizar indicadores e monitorar as infecções e os eventos adversos em serviços de saúde; IV - Investigar a ocorrência de eventos adversos em serviços de saúde; Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar16 V - Desenvolver atividades com os órgãos afins de administração federal, estadual, distrital e municipal, inclusive os de defesa do consumidor, com o objetivo de exercer o efetivo cumprimento da legislação. Legislação em segurança do paciente Posteriormente, a legislação em Segurança do Paciente, aborda novamente a prevenção das infecções hospitalares, trazendo já a terminologia IRAS e abrangendo todas as situações que impliquem risco à saúde da população, associadas à prática da assistência em saúde. IMPORTANTE: A Portaria nº 529/2013 define que os serviços de saúde devem implantar a cultura da segurança para que se reduza, ao mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário no cuidado à saúde dos pacientes (BRASIL, 2013c). Essa cultura da segurança configura-se a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização: a) Todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares; b) Priorizar a segurança acima de metas financeiras e operacionais; c) Encorajar e recompensar a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança; d) Promover o aprendizado organizacional a partir da ocorrência de incidentes, e; Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 17 IMPORTANTE: Essa RDC define a prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), determinando o processo de higiene das mãos como estratégia fundamental de prevenção. e) Proporcionar recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança do paciente. A Portaria nº 529/2013 aborda ao gerenciamento de risco nos serviços de saúde como ferramenta primordial da segurança do paciente e, logo, da prevenção das IRAS (BRASIL, 2013c). A RDC ANVISA nº36/2013, por sua vez, institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde. Apresenta a obrigatoriedade de elaboração do Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (PSP) pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) visando estabelecer estratégias e ações de gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para (BRASIL, 2013d). A Portaria 1377/2013 e a 2095/2013 aprovaram os protocolos básicos de segurança do paciente. O anexo 1 da Portaria 1377/2013 trazendo em seu anexo, em seu anexo 1 institui o Protocolo para a prática de Higiene das mãos em serviços de saúde para orientar a sue realização e a educação corporativa. De acordo com essa Portaria (BRASIL, 2013b, p.1-2): Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar18 DEFINIÇÃO: “Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS. As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos.” Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 19 Portaria nº2616/1998 Mais importante e completo documento legal sobre o controle e a prevenção de infecção hospitalar, a Portaria nº2616/1998 é marco regulatório fundamental para os serviços de saúde e os profissionais por fornecer normas e orientações amplas sobre como deve ser implantado e operacionalizados o PCIH e a CCIH. A Portaria nº 2616/1198 traz as diretrizes e normas para prevenção e o controle das infecções hospitalares a seres respeitados por todos os serviços de saúde do país e cuja inobservância ou o descumprimento sujeitará o infrator ao processo e as penalidades da Lei. RESUMINDO: Essa portaria apresenta, de forma clara e objetiva, as ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas a redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções dos hospitais, compõe o Programa de Controle de Infecções Hospitalares. O Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) Como já discutido e comprovado por estudos epidemiológicos e clínicos, as IH causam grande impacto no âmbito individual, familiar e coletivo, gerando ônus assistencial, administrativo e financeiro aos envolvidos. Nesse sentido,a Portaria 2616/1998 tem por objetivo a implantação e atividade efetiva do PCIH traçando como meta a redução dos índices de infecção a um nível mínimo, aceitável, configurando-se como base de sustentação de um cuidado de excelência e de respeito e comprometimento com a segurança dos pacientes. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar20 IMPORTANTE: Importante evolução da Portaria no quesito avaliação e monitoramento da efetividade das ações do PCIH, objetivando a qualidade do cuidado e a possibilidade de sua mensuração, foram apresentados os indicadores de resultado do programa, como ferramenta de gestão obrigatória ao controle aprimoramento permanente e orientação de plano de ação interventivo. Desse modo meu caro , enfatiza-se a necessidade de os serviços de saúde implantarem mecanismos de avaliação permanente do PCIH e a mensuração de seu impacto na qualidade da assistência, considerando que esse programa é fundamental à segurança do paciente e necessita de avaliação contínua e ações permanentes de intervenção sobre o cenário, já que a situação da IH é altamente dinâmica. A composição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) Obrigatório ao PCIH é a constituição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão interno de assessoria nos serviços de saúde e responsável pela elaboração e execução das ações de controle de infecção hospitalar. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 21 IMPORTANTE: A Portaria nº2616/1998 deve ser constituída por profissionais de saúde de nível superior, formalmente designados pela alta direção da organização, sendo classificados em membros consultores e executores. O profissional ao qual será atribuída a presidência ou coordenação da CCIH pode ser qualquer um de seus dos membros, indicado pela alta direção do hospital. O quadro de membros consultores da CCIH é composto por representantes dos seguintes setores hospitalares: Serviço médico; Serviço de enfermagem; Serviço de farmácia; Laboratório de microbiologia; Administração. O quadro de membros executores, por sua vez, representa o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e são aqueles profissionais encarregados da execução das ações propostas pela CCIH. Não podemos esquecer que um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar22 Figura: A CCIH é uma equipe multidisciplinar Fonte: Freepik A Portaria estabelece que a CCIH deva dar atenção especial à pacientes críticos devido ao alto risco de ocorrência de IH. São eles (BRASIL, 1998): Pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal); Pacientes de berçário de alto risco; Pacientes queimados; Pacientes submetidos a transplantes de órgãos; Pacientes hemato-oncológicos; Pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. IMPORTANTE: É importante se observar o número de leitos do hospital, uma vez que esse critério definirá a aplicabilidade dessa portaria, a carga horária dos membros executores, dentre outros aspectos importantes. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 23 Atribuições da CCIH À CCIH do serviço de saúde compete as ações de monitoramento, controle e prevenção da IH de modo a assegurar a qualidade e a segurança aos pacientes. De acordo com a Portaria nº 2616/1998, são atribuições da CCIH (BRASIL, 1998): 1. Elaborar, implementar, manter e avaliar o PCIH, adequado às características e necessidades do serviço de saúde. Essas ações devem contemplar, minimamente: Implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares; Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle das infecções hospitalares; Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição; Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares. 2. Avaliar, periodicamente e de maneira sistemática as informações fornecidas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das IH e aprovar as ações interventivas propostas pelos membros executores da CCIH; 3. Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, quando necessário, e propor mecanismos imediatos de controle; 4. Elaborar e divulgar, de maneira permanente, relatórios sobre as ações e resultado do PCIH; 5. Comunicar, periodicamente, à direção do serviço de saúde e coordenações setoriais o cenário vigente do controle das infecções hospitalares, fomentando o debate na comunidade hospitalar; 6. Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, que tenham por Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar24 objetivo reduzir a disseminação dos agentes etiológicos das infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento, bem como quanto à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares de maneira geral. 7. Definir juntamente com a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), a política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares a ser implantado no serviço de saúde; 8. Responsabilizar-se, ou manter cooperação com o setor de treinamento do serviço de saúde, pela educação continuada em controle e prevenção de IH; 9. Elaborar regimento interno para regulamentar e orientar as ações da CCIH, respeitando a legislação vigente; 10. Fornecer à autoridade sanitária, aos órgãos de gestão e regulação do SUS, sempre que solicitado, as informações epidemiológicas das IH no hospital, mantendo cooperação com eles; 11. Notificar aos órgãos sanitários a ocorrência de IH nos serviços de saúde, diagnosticados ou suspeitos, inclusive aqueles casos associadas à utilização de insumos e/ou produtos industrializados. Responsabilidades da direção A Portaria nº 2616/1998 determina responsabilidade para a alta direção da organização de saúde. Essa deve, a saber (BRASIL, 1998): 1 - Constituir formalmente a CCIH do serviço de saúde; 2 – Designar os componentes da CCIH por meio de ato próprio; 3 - Propiciar a infraestrutura necessária à correta operacionalização da CCIH; 4 - Aprovar e fazer respeitar o regimento interno da CCIH; Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 25 5 - Garantir a participação do presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de política da instituição; 6 - Garantir o cumprimento das recomendações formuladas pelos órgãos reguladores; 7 - Informar o órgão sanitário competente quanto à composição da CCIH e suas atualizações; 8 - Fomentar a educação e o treinamento de todo o quadro pessoal do serviço de saúde. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar26 Vigilância das Infecções hospitalares A Portaria nº2616/1998 apresenta ainda as orientações legais sobre com operacionalizar a vigilância epidemiológica e quais os indicadores devem ser mensurados pela CCIH referente ao PCIH. Vigilância epidemiológica e indicadores epidemiológicos das infecções hospitalares De acordo com Brasil (1998), a DEFINIÇÃO: “Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares é a observação ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle.” Cabe à CCIH eleger o método de Vigilância Epidemiológica mais adequado às características do hospital à estrutura de pessoal e à natureza do risco da assistência prestada, com base em critérios de magnitude, gravidade, redutibilidade das taxas ou custo. IMPORTANTE: A portaria preconiza a utilização de busca ativa de casos na coleta de dados para Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares pela CCIH. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 27 As alterações de comportamento epidemiológico identificadas pela CCIH devem ser imediatamente investigadas. Avaliação deresultados em saúde Em Donabedian (1980 apud PORTELA, 2000) a avaliação de resultados em saúde engloba ações como a seleção de critérios pré-definidos para que se possa, desse modo, partir para a análise e o julgamento sobre processos, adequações, custos, benefícios, dentre outros, constituindo indicadores de resultado. Figura: A padronização de indicadores é importante ferramenta da qualidade e segurança hospitalar. Fonte: Pixabay Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar28 Respeitando-se tais indicadores, o controle de qualidade de serviços hospitalares é resultado da avaliação da adesão a normas definidas, buscando implementar medidas de melhoria contínua da qualidade de práticas e serviços de saúde e da manutenção preventiva contra problemas potenciais. A avaliação dos resultados hospitalares é de grande importância, uma vez que permite visualizar a eficácia e a eficiência dos processos internos, mensurar o atendimento aos requisitos dos clientes e criar parâmetros norteadores para o gestor. Com essa finalidade, padroniza-se indicadores que proporcionarão medir, qualitativa e quantitativamente, as repercussões das atividades gerenciais nas organizações hospitalares. IMPORTANTE: Os indicadores tornaram-se a ferramenta de medição de resultado mais utilizada na área da saúde e estão presentes em legislações, normas de qualidade e contratos firmados com entes públicos visando a prestação de ações e serviços de saúde ao Sistema Único de Saúde, além da avaliação e acompanhamento do cumprimento de metas qualitativas e quantitativas. Quanto à padronização de indicadores apresentados pela Portaria nº 2616/1998, a CCIH deve minimamente utilizar-se de (BRASIL, 1998): Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 29 Indicador Cálculo Taxa de Infecção Hospitalar Toma-se como numerador o número de episódios de in- fecção hospitalar no período considerado e como denomi- nador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no mesmo período; Taxa de Pacientes com infec- ção Hospitalar Toma-se como numera- dor o número de doentes que apresentaram infecção hospitalar no período consi- derado, e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no período; Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização topográfica no paciente Utiliza-se como numerador o número de episódios de infecção hospitalar em cada topografia, no período consi- derado e como denominador o número total de episódios de infecção hospitalar ocorri- dos no período; Taxa de Infecções Hospitala- res por Procedimento Toma-se como numerador o número de pacientes sub- metidos a um procedimento de risco que desenvolveram infecção hospitalar e como denominador o total de pacientes submetidos a este tipo de procedimento. Frequência das Infecções Hospitalares por microrganis- mos ou por etiologias Utiliza-se como numerador o número de episódios de infecção hospitalar por mi- crorganismo e como denomi- nador o número de episódios de infecções hospitalares que ocorreram no período consi- derado. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar30 Coeficiente de Sensibilidade aos Antimicrobianos Toma-se como numerador o número de cepas bacterianas de um determinado micror- ganismo sensível a determi- nado antimicrobiano e como denominador o número total de cepas testadas do mesmo agente com antibiograma realizado a partir das espéci- mes encontradas. Percentual de pacientes que usaram antimicrobianos (uso profilático ou terapêutica) no período considerado. Pode ser especificado por clínica de internação. Toma-se como numerador o total de pacientes em uso de antimicrobiano e como denominador o número total de pacientes no período. Frequência com que cada antimicrobiano é empregado em relação aos demais. Toma-se como numerador o total de tratamentos iniciados com determinado antimicro- biano no período, e como denominador o total de trata- mentos com antimicrobianos iniciados no mesmo período. Taxa de letalidade associada a infecção hospitalar Utiliza-se como numerador o número de óbitos ocorridos de pacientes com infecção hospitalar no período consi- derado, e como denominador o número de pacientes que desenvolveram infecção hos- pitalar no período. Fonte: Brasil, 1998. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 31 Os indicadores referentes aos antimicrobianos vão traçar um perfil de prescrição e uso de antimicrobianos e deve ser continuamente analisado uma vez que se relacionam ao risco de desenvolvimento de resistência microbiana e o consequente surgimento de cepas resistentes. NOTA: Em um mercado altamente concorrido e globalizado, a acreditação já se afirmaram como instrumento fundamental na consolidação da credibilidade, garantia de qualidade e segurança nas instituições hospitalares. NOTA: O relatório de atividades e indicadores da CCIH deve ser divulgado a todos os setores do hospital bem como à sua direção, de modo a promover seu debate na comunidade hospitalar. Relatórios da CCIH Para cumprir com o requisito legal, a CCIH deve elaborar periodicamente um relatório apresentando os indicadores epidemiológicos mensurados e sua análise crítica. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar32 Esse relatório deve apresentar informações acerca do nível endêmico das infecções hospitalares sob vigilância e as alterações de comportamento epidemiológico identificadas além das medidas interventivas propostas e adotadas como plano de ação e seu impacto na situação vigente. Orienta-se a CCIH a encaminhar, pelo menos de forma anual, o relatório individual de ocorrência de IH para os médicos do hospital, principalmente para os cirurgiões apresentando as taxas de infecção em cirurgias limpas referentes às suas atividades, e a taxa média de infecção de cirurgias limpas entre pacientes de outros cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente par fins de análise comparação e adequação de conduta. De acordo com a lei, o relatório da vigilância epidemiológica e os relatórios de investigações epidemiológicas deverão ser enviados à autoridade sanitária competente. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 33 Qualidade, acreditação e infecção hospitalar A gestão da qualidade, visando a acreditação hospitalar, se aplica aos ambientes hospitalares, onde, apesar da extensa legislação que regulamenta o setor, ainda se busca a adesão às normas voluntárias da qualidade. REFLITA: A adesão à normas de qualidade, especialmente da acreditação hospitalar, podem auxiliar na prevenção e controle da infecção hospitalar nos serviços de saúde? A busca pela qualidade nos serviços de saúde é uma preocupação antiga, representando atualmente uma responsabilidade ética e social. NOTA: Nos hospitais, busca-se atender os requisitos de qualidade e segurança em um cenário, no qual durante muitos anos a gestão de saúde não foi entendida e executada nos padrões da administração moderna, em contraposição à evolução do mercado da saúde. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar34 Figura: A gestão da qualidade é garantia de segurança nos hospitais Fonte: Pixabay. NOTA: A acreditação surge como um instrumento no qual as instituições hospitalares podem se reestruturar para atender as suas necessidades de melhoria. Sistemas de gestão da qualidade para a acreditação são estabelecidos e implementados nos hospitais para facilitar o controle e consistência a organização, parametrizando normas técnicas a serem seguidas e gerindo sua implantação de acordo com os princípios metodológicos padronizados, tendo o ciclo do PDCA (planejar, executar, avaliar e agir) como referência. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 35 IMPORTANTE: Tal implementação proporciona uma visão integrada da tríade “estrutura-processo- resultado”, que irá servir de embasamento para a determinação dos principais indicadores utilizados na avaliaçãoda qualidade de serviços de saúde. Figura: O ciclo do PDCA. Fonte: Pixabay Nos últimos anos, observa-se a busca pela qualidade por meio da criação de sistemas de gestão da qualidade e implantação de normas certificáveis, como a preconizada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) marcando uma nova fase dos hospitais no país. A Acreditação Hospitalar Para Silva e Brandalize (2006) a qualidade do cuidado em saúde deve ser foco constante e ocupar espaço na agenda das organizações e dos governantes na elaboração das políticas nacionais de saúde. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar36 SAIBA MAIS: Com relação ao setor hospitalar, destaca-se a importância da segurança e do controle e prevenção da infecção hospitalar. Porém, tal problema não se resume apenas ao aspecto assistencial da organização, ligada somente, como se poderia imaginar, ao comportamento individual dos médicos, mas se relaciona também com a organização do atendimento, com instalações básicas e com o desempenho de indivíduos e o conjunto de profissionais que direta ou indiretamente prestam serviços aos pacientes. NOTA: Desse modo, caracteriza-se a importância na formação e capacitação de recursos humanos, unindo, a esse grupo, especialistas em políticas de saúde e administradores da área. IMPORTANTE: Uma certificação de qualidade demonstra que a organização de saúde adota e respeita uma metodologia de avaliação dos recursos institucionais, que tem por meta garantir a qualidade da assistência, atendendo a padrões definidos com antecedência e amplamente aceitos, que busca a eficácia, eficiência e segurança por meio da análise e minimização de riscos. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 37 Nos últimos anos observa-se a busca pela qualidade através da criação de sistemas de gestão da qualidade e implantação de normas certificáveis como a preconizada pela Organização Nacional de Acreditação. De acordo com ONA (2018): DEFINIÇÃO: A Acreditação Hospitalar é um método de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico e reservado que busca garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente definidos. Entre as vantagens de se introduzir essa nova metodologia estão a melhoria tanto do gerenciamento da unidade quanto da qualidade da assistência ao paciente, que será feita com mais segurança e eficiência. Dentro do contexto de qualidade, de acordo com a ONA (2018), a prevenção, segurança e orientação para resultados são fundamentos da Acreditação. A segurança, que pode ser alcançada pela minimização de riscos deve ser implantada através do sistema de gestão de riscos. O gerenciamento de risco hospitalar é um processo complexo que associa várias áreas como a enfermagem, medicina, farmácia, engenharia clínica e ambiental objetivando principalmente prevenir eventos adversos advindos do uso de produtos de saúde e procedimentos, garantindo a segurança do paciente, do profissional e do meio ambiente. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar38 IMPORTANTE: Na gestão de risco, faz-se de extrema importância as intervenções e gerenciamento relativo às infecções hospitalares, tema recorrente e ainda fator gerador de problemas no ambiente institucional. IMPORTANTE: Conforme a NR MA 4/3, contida no Manual Brasileiro de Acreditação (ONA, 2018), as organizações podem avaliar o cumprimento das diretrizes e ações sistemáticas destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções e eventos adversos. Toda a equipe de assistência está relacionada à prevenção de infecção hospitalar, que envolve os diversos setores das instituições hospitalares, além de demandar uma comissão específica às atividades, levantamento e análise de dados, que deve, em termos gerenciais, culminar no desenvolvimento de indicadores, parametrizando a tomada de decisão. Malagón-Londoño et al. (2003) afirmam que prevenção é a melhor estratégia para a questão da infecção hospitalar, levando-se em conta os sérios problemas que ela envolve uma vez instalada, como o aumento do tempo de permanência hospitalar, aumento dos custos diretos de assistência à saúde, aumento dos riscos de mortalidade, com a probabilidade adicional de comprometer a saúde da comunidade hospitalar e, muitas vezes, da comunidade em geral. Nesse caso, através dos indicadores pode-se mensurar o impacto das ações de prevenção sobre o controle institucional de infecção. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 39 Uma de suas principais ações é a capacitação dos recursos humanos do hospital, muitas vezes relegada a segundo plano em função do tempo consumido por esse programa na realização da vigilância epidemiológica, considerada essencial por permitir o cálculo das taxas de IH que subsidiam a tomada de decisões. O controle de IH está diretamente relacionado à mudança de comportamento dos profissionais de saúde que devem estar convencidos da importância dessa mudança, um processo demorado porque não depende exclusivamente dos agentes que a desejam, mas também de todos aqueles envolvidos no cuidado ao paciente e da própria organização. NOTA: Dados demonstram altas taxas de infecção hospitalar no país, acarretando uso desnecessário de recursos como medicamentos e permanência hospitalar, além do risco de lesões e mortes que poderiam ser evitadas por uma sistemática de controle de infecção hospitalar, pautada na busca ativa e na atenção individualizada aos pacientes. Assim, pode-se confirmar a importância do seguimento à legislação sanitária pertinente e o acompanhamento através de auditorias do Sistema de Gestão de Risco e Programa de Controle de Infecção Hospitalar, também subsidiado pela auditoria da subseção NR MA 4/3 do Manual Brasileiro de Acreditação. Feldman (2005) relata ser na etapa da auditoria de risco que se identificam erros, tendências e padrões de conduta institucional, que devem ser efetivamente corrigidos, para se evitar a repetição. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar40 Quando se realiza a revisão de cada falha ou procedimento considerado potencialmente perigoso, tende-se mediante uma recomendação e orientação, a causar impacto positivo na qualidade do serviço prestado ao paciente, refletindo na evolução e melhoria dos riscos no que tange à cultura hospitalar para o gerenciamento de riscos. IMPORTANTE: Os casos devem ser notificados e tratados analiticamente para o desenvolvimento dos indicadores específicos preconizados pela Portaria n° 2616/1998, podendo-se assim identificar-se os processos/fatores de risco e desenvolver medidas preventivas. Embora haja esse reconhecimento, as maiores dificuldades existentes no contexto do Controle de Infecções Hospitalares (CIH) relacionam-se à necessidade de conscientização dos profissionais de saúde para a execução de tarefas que possam auxiliar no controle da infecção hospitalar através da adoção de medidas preventivas. Cabe a este grupo de profissionais, alavancar a construção e constituição de uma consciência de cuidar do ser humano, através de determinadas condutas preconizadas e tecidas pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares e comunidade hospitalar, que visem diminuir e proteger a clientela de possíveis complicações decorrentes dessas infecções. Em Turrini (2000) pode-se observar não-conformidades na execução das tarefas de controle de infecção hospitalar, muitas vezes voltadas à questão de recursos humanos, informação e capacitação para realização das atividades. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 41 NOTA: Os casos de infecções hospitalares estão relacionadas, principalmente à falta de orientação, treinamento e despreparo técnico dos funcionários, caracterizando a necessidade em se enfocar a informação e a capacitação permanente para se alcançar a eficiência das ações de controle de infecção em ambiente hospitalar.Ferramentas para a implantação da Acreditação Meu caro aluno, para a efetiva implantação da Acreditação em uma organização prestadora de serviços de saúde, algumas ferramentas são utilizadas no intuito de se avaliar o processo em foco, identificar pontos de melhoria e traçar planos de intervenção. Inicialmente, precedendo-se às intervenções, a organização e controle de documentos é considerado um dos alicerces de qualquer sistema de gestão da qualidade (SGQ), pois, com ele, o cumprimento dos requisitos estabelecidos é evidenciado, a informação atualizada sobre como desenvolver cada atividade é de conhecimento dos colaboradores da empresa e, além disso, os processos de trabalho contam com um ambiente propício para sua melhoria contínua. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar42 IMPORTANTE: O registro é um documento gerado com a função de comprovar como determinada atividade foi desenvolvida. Ele atua como um “espelho” do sistema da qualidade, da sua importância, pois, a partir de sua análise, podem ser geradas ações corretivas e preventivas, detectar-se a necessidade de revisar documentos, ou refazer treinamentos. Ferramenta fundamental atualmente, a auditoria, na área da saúde, foi introduzida no início do século XX, como ferramenta de verificação da qualidade da assistência, através da análise de registros em prontuário. Atualmente, a auditoria é adotada como ferramenta de controle e regulação da utilização de serviços de saúde e tem dirigido o seu foco para o controle da qualidade da assistência prestada. EXPLICANDO MELHOR: A realização de auditorias pode contribuir para a otimização dos recursos físicos e materiais disponíveis nos serviços de saúde e para desenvolver as pessoas, melhorando, além do planejamento e a execução técnica do trabalho, a relação custo-benefício para o paciente, o hospital e o comprador de serviços de saúde, podendo assim, ser entendida como um processo educativo e ferramenta que oferece subsídios para a implantação e gerenciamento de uma assistência de qualidade. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 43 Outra ferramenta, o mapeamento de processos é um instrumento gerencial analítico e de comunicação que têm a intenção de ajudar a melhorar os processos existentes ou de implantar uma nova estrutura voltada para processos. A sua análise estruturada permite, ainda, a redução de custos no desenvolvimento de produtos e serviços, a redução nas falhas de integração entre sistemas e melhora do desempenho da organização, além de ser uma excelente ferramenta para possibilitar o melhor entendimento dos processos atuais e eliminar ou simplificar aqueles que necessitam de mudanças. NOTA: O Mapa de Processo é o documento que identifica, em cada setor, quais são os seus principais processos ou os mais críticos relacionando as atividades diárias com as entradas e o produto final. É o ponto de partida para se conhecer toda a rotina do setor e suas interações com outros setores. O Mapa de Processo explicita os produtos a serem entregues e quais os requisitos mínimos exigidos pelos clientes para a entrega destes produtos. Complementar ao Mapa de Processos, a Cadeia Cliente/ Fornecedor tem por objetivo garantir que as atividades sejam desenvolvidas em conformidade com os requisitos estabelecidos, bem como assegurar a qualidade do produto a ser disponibilizado para o cliente. Esse documento demonstra o acordo interno firmado entre o setor responsável pela elaboração do produto e o cliente que o receberá. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar44 A lista de verificação 5W2H deve ser estruturada para permitir uma rápida identificação dos elementos necessários à implantação do projeto. Para a elaboração do plano de ação através desta ferramenta, devem ser respondidas as seguintes perguntas: 1W - What? O que será feito? Qual a proposta da melhoria? 2W - Why? Por que será feito? Qual a justificativa ou motivos da ação? 3W - Where? Onde será feito? Que locais serão afetados pelas ações? 4W - When? Quando será feito? Tempos, prazos e periodicidade das ações. 5W - Who? Quem fará? Pessoa ou departamento responsável. 1H - How? Como será feito? Método, descrição de como atingir os objetivos. 2H - How much? Quanto custará? NOTA: Pode-se entender a ferramenta 5W2H como uma espécie de Plano de Ação para um problema específico, um mapeamento das atividades de resolução do problema. Segundo Bittar (2004) e Couto e Pedrosa (2009) após a identificação dos pontos de intervenção, define-se o plano de ação, o produto de um planejamento com o objetivo de orientar as diversas ações a serem implementadas. O plano de ação define o que deverá ser feito, indicando quem é o órgão ou pessoa responsável por essa ação e por que a tarefa deve ser executada. Em seguida, define-se onde serão realizadas as atividades, as datas Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 45 de início e de fim (quando) para o alcance dos resultados e a maneira como devem ser executadas. Pode-se ainda identificar o investimento necessário à execução da tarefa (quanto custa). Uma das estratégias fundamentais à implantação de ações efetivas de controle de IH dependem da análise dos dados internos da instituição, em seus diversos setores, colhidos pelos profissionais de enfermagem e medicina, e que devem, para melhor apresentação e análise, serem transformados em indicadores, tomados como parâmetros para ação e tomada de decisão. De acordo com Bittar (2001): DEFINIÇÃO: o indicador é uma unidade de medida de uma atividade, com a qual está relacionado ou, ainda, uma medida quantitativa que pode ser usada como um guia para monitorar e avaliar a qualidade de importantes cuidados providos ao paciente e as atividades dos serviços de suporte. É uma chamada que identifica ou dirige a atenção para assuntos específicos de resultados, dentro de uma organização de saúde, que devem ser motivo de uma revisão. Baseando-se em Bittar (1999) medir qualidade e quantidade em programas e serviços de saúde é imprescindível para o planejamento, organização, coordenação/direção e avaliação/controle das atividades desenvolvidas, sendo alvo dessa medição os resultados, processos e a estrutura necessária ou utilizada, bem como as influências e repercussões promovidas no meio ambiente. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar46 NOTA: As comparações entre metas, fatos, dados, informações, a criação de parâmetros, internos e externos, são peças fundamentais para o conhecimento das mudanças ocorridas em uma instituição, áreas ou subáreas, técnica esta conhecida como benchmarking. Assim sendo, a eficácia e efetividades das ações de CIH podem e devem ser avaliadas através da montagem de indicadores, calculados através do levantamento de dados pela equipe médica e de enfermagem. A avaliação dos resultados dos indicadores, objetivando a identificação de problemas e a proposição de soluções na busca de melhoria continua dos processos é denominada de Análise Crítica. EXPLICANDO MELHOR: Para cada indicador deve ser realizada uma análise detalhada de sua tendência (COUTO; PEDROSA, 2009). A tendência compreende as variações ocorridas em indicadores ao longo de tempo, indicando o comportamento do conjunto de resultados em determinado período e contribuindo para a formulação de hipóteses sobre a causalidade dos fatores em estudo. Para Gonçalves (2001), a tendência pode ser favorável (ou positiva), desfavorável (ou negativa) e constante (ou ausente), de acordo com as mudanças detectadas pelo indicador no decorrer do tempo. Efetivada a análise busca-se a identificação da causa raiz (o motivo que possibilitou a ocorrência do fato). Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 47 O conhecimento da causa raiz tornará possível: 1 - Analisar e identificar o procedimento adotado que permitiu o alcance da meta do indicador; 2 - Intervir na causa principal de modo a diminuiro impacto negativo do resultado do indicador . Ainda referente à Análise Crítica, para se classificar as causas de um problema utiliza-se a ferramenta denominada diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama de causa e efeito, ou até mesmo diagrama de “espinha de peixe” (por seu formato gráfico). Utilizando-se de um desenho em forma de “espinha de peixe” onde se define, primeiramente, o “efeito”, que deverá ser anotado à direita e traçando, à esquerda, uma larga seta, apontando para o efeito. Em seguida, descrevem-se as ramificações, que são os fatores que podem ser considerados como causas secundárias. Outros fatores mais particularizados serão, por sua vez, descritos em ramificações menores e assim por diante . NOTA: Ao identificar o problema da empresa, procurando a causa que o provocou, realiza- se uma análise do processo em questão. Após o término da análise do processo e localizada a causa principal que originou o problema, deve-se realizar um novo procedimento, ou seja, uma padronização de execução do processo. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar48 Figura: Exemplo de um diagrama de Ishikawa para a CCIH Fonte: MEDEIROS, 2014. Material *Ausência de indicadores satisfatórios *Não atendimento à RDC50 *Padronização do uso de antimicrobianos *Padronização do uso de produtos de limpeza e desinfecção *Ausência de POPs específicos *Ausência de protocolos *Subnotificação de casos *Ausência de busca ativa de casos *ausência da capacitação dos colaboradores em geral. *Número insuficientes de funcionários na CME. *Autoclave obsoleta e sem manutenção preventiva. *Ausência de equipamentos de limpeza e desinfecção conforme norma. Meio-ambiente Material Método Mão-de-obra Máquina Infeccção Hospitalar A partir da padronização estabelecida, devem-se instituir os pontos com os itens de controle para se certificar de que os novos procedimentos (padronização) estão sendo seguidos (BARRETO; LOPES, 2005). Para Martini Junior (1999) é importante sempre lembrar que o diagrama de Ishikawa pode ser empregado para a investigação de um efeito negativo, e corrigi-lo, ou bem como o de um efeito positivo, e incorporá-lo ao processo. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 49 O gerenciamento de risco e a qualidade hospitalar Tem-se também o Gerenciamento de Risco Hospitalar, um processo complexo de ações gerenciais multidisciplinares que tem como propósito implantar um sistema de monitoramento e identificação da provável origem de eventos adversos e seus danos, tomar decisões apropriadas e executar ações. IMPORTANTE: O gerenciamento de risco possibilita ao administrador da saúde voltar seu olhar para o cuidado a que realmente se submete o doente, analisando, investigando, propondo soluções e executando ações que tendem sanar esses problemas ou, ao menos, antecipar-se á sua ocorrência. REFLITA: Para a MCNAB (2001), o gerenciamento de risco permeia as relações econômicas, sociais, políticas e legais. A responsabilidade pela decisão de gerenciar efetivamente os riscos intra-hospitalares deve responder a, no mínimo, duas questões: “Quais são as alternativas hospitalares para as ações de Gerenciamento de Risco” e “Quais são os impactos dessas ações sobre elas”. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar50 Em Couto e Pedrosa (2009) a operacionalização do gerenciamento de riscos é feito através da implantação da planilha Matriz de Riscos, onde constam os riscos que podem existir em um processo ou atividade, bem como a forma de detectar e evitar que eles ocorram. Considera-se risco a possibilidade de ocorrer algo inesperado na realização de um processo ou atividade. Em todas as etapas de atendimento ao cliente/ paciente existem riscos inerentes aos processos. Deve-se, portanto, conhecê-los, listá-los e gerenciá-los, ou seja, tomar as medidas de segurança necessárias para minimizá-los, aumentando a segurança de clientes, ao se analisar e evitar os seguintes riscos: I. Sanitários e ambientais - relacionados à saúde, higiene e ao meio ambiente; II. Ocupacionais e biossegurança - relacionados à atividade profissional; III. Responsabilidade civil – relacionado à organização hospitalar, normas legais e normas internas; IV. Assistenciais - relacionado ao paciente; V. Financeiro - relacionado à saúde financeira da instituição. Dentro do contexto de qualidade a prevenção, segurança e orientação para resultados são fundamentos básicos. Na gestão de risco, as intervenções e o gerenciamento relativo aos eventos adversos aos pacientes é de extrema importância. Exemplo: Esses eventos envolvem, por exemplo, infecções hospitalares, quedas, erros de medicação e procedimentos, temas recorrentes e ainda grande fator gerador de problemas no ambiente institucional. Logo, toda a equipe profissional está relacionada à prevenção de eventos adversos que exponham o paciente ao risco assistencial. Porém, o gerenciamento de risco Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar 51 deve também se ater aos processos gerenciais, uma vez que deles demandam as atividades administrativas fundamentais à organização e manutenção dos serviços prestados aos usuários. Desse modo, o gerenciamento de risco envolve os diversos setores das instituições hospitalares, demandando a formação de comissões específicas às atividades, auditorias internas, levantamento e análise crítica de dados, que deve, em termos gerenciais, culminar no desenvolvimento de indicadores, criando parâmetros para a tomada de decisão. Esse será o objetivo fundamental da implantação de um sistema de gestão da qualidade. Ferramentas da qualidade Para a efetiva implantação da acreditação em uma organização prestadora de serviços de saúde, algumas ferramentas são utilizadas no intuito de se avaliar o processo em foco. Nesse capítulo você pôde conhecer a legislação sanitária que regulamenta a questão do controle e prevenção das infecções hospitalares no Brasil e, agora, pode aplica-la na prática cotidiana dos serviços de saúde contribuindo para a promoção da cultura da segurança. Viu como constituir, operacionalizar e trabalhar em uma CCIH de modo que as ações do PCOH sejam efetivos e respeitem a lei. Também, discutimos como as normas da qualidade e, principalmente, da Acreditação Hospitalar ONA podem auxiliar na busca pela segurança nos serviços de saúde. Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar52 BIBLIOGRAFIA BARRETO, J; LOPES, L. Análise de falhas no proces- so logístico devido a falta de um controle de qualidade. Revista Produção on line. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. Vol 5. Numero 2. Junho de 2005. Di- sponível em:< https://repositorio.ufsm.br/handle/1/8096>. Acesso em 24/09/2019. BITTAR, O. J. N. V.. Gestão de processos e certifi- cação para qualidade em saúde. Rev. 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