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RELATORIO VIRTUAL

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO(S): Área da Saúde (Coordenação de Referência: Matemática EAD)
DISCIPLINA: Epidemiologia e Bioestatística
EIXO: 
PROFESSOR(ES): Larissa Sabbado Flores
CÓDIGO: 112152
CRÉDITOS: 04
NÚMERO DE HORAS: 76h
ANO/SEMESTRE: 2021/2
RELATÓRIO VIRTUAL 1
 Prezados (as) acadêmicos (as), o relatório virtual de nossa disciplina que contempla a AP tem pontuação de 0,5 pontos e será 
verificado através da atividade abaixo. Faça com atenção aproveitando mais este momento de aprendizagem !!! 
 Escolha um Artigo Científico, de seu interesse, na área da saúde que aborde os conceitos que já trabalhamos (prevalência, 
incidência, taxas, ...) e preencha os itens abaixo.
 
A busca pode ser feita através do Google Acadêmico ou também no site da Revista Brasileira de Epidemiologia no seguinte 
link: https://scielosp.org/j/rbepid/
Nome do(a) acadêmico(a):
Harischandra Daitx
Dados gerais sobre o artigo
Título do Artigo: Distribuição de indicadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis em mulheres adultas beneficiárias e não 
beneficiárias do Programa Bolsa Família
Nome(s) do(s) autor(es): Carvalho, Quéren Hapuque de; Sá, Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira; Bernal, Regina Tomie 
Ivata; Malta, Deborah carvalho.
Link do acesso: https://scielosp.org/article/rbepid/2021.v24suppl1/e210011/pt/
Imagem com o título e resumo do artigo
Tipo de Estudo (0,1): Estudo transversal analítico, que é um estudo de prevalências, onde as pessoas são selecionadas para 
participar de um estudo analítico para verificar a presença do desfecho e da exposição simultaneamente, no caso referido no artigo 
também foram avaliadas razões de prevalência brutas e ajustadas por idade e escolaridade e também foi analisada e tendência 
temporal.
Objetivo do estudo (0,1): O estudo do referido artigo, objetiva comparar a prevalência e a tendência dos fatores de risco e 
proteção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) entre mulheres beneficiárias e não beneficiárias do Bolsa Família no 
período de 2016 a 2019. Para esse estudo foram considerados fatores de ricos e de proteção como tabagismo, nutrição, hábitos 
cotidianos, alcoolismo, higiene, etc. 
 Amostra e Resultados (0,2): Entre os anos de 2016 a 2019, 6.133 mulheres residiam em moradias beneficiadas pelo PBF, a 
maioria nas regiões Nordeste (3.001 ou 48,93%) e Norte (1.760 ou 28,70%). 52,49% tinham ensino médio completo, superior 
incompleto ou completo. Observou-se também maior proporção de mulheres com 55 anos ou mais recebedoras do benefício, com 
27,82%, seguidas das de 35 a 44 anos, com 23,12% 
Entre as mulheres que não receberam BF, há maior proporção de entrevistadas com alta escolarização (67,23%), mais da metade 
delas têm 55 anos ou mais (53,94%) e, embora haja mais respondentes nas regiões Nordeste e Norte (34 e 23,81%, 
respectivamente), são em menor proporção quando comparadas às mulheres do PBF. Os indicadores de DCNT 
apresentados mostram que as mulheres beneficiadas pelo PBF apresentam maiores prevalências e RPs relacionadas aos fatores 
de risco, e menores com relação aos fatores de proteção. Entre as análises de alimentação, tabagismo, e sedentarismo ficou 
comprovado que beneficiárias do PBF em relação às não beneficiárias tem maior índice de obesidade, menor consumo de frutas e 
verduras, menor taxa de atividade física no laser, menor índice de ex-fumantes, e pior auto- avaliação de saúde, menos acesso a 
exames preventivos como mamografia e Papanicolau. Por outro lado tem maior taxa de consumo de feijão e de atividade física no 
domicílio. Nas não beneficiárias observou-se também redução na taxa de realização de exames preventivos, aumento do tempo de 
inatividade física e aumento também na taxa de ex-fumantes.
Conclusão (a dos autores e a sua opinião sobre o tema, relacionando com a disciplina) :
A prevalência de fumantes maior em beneficiárias do BF reflete que a menor taxa de escolaridade ocasiona a baixa percepção 
sobre os riscos do cigarro associado a prevalência de cânceres e comorbidades incapacitantes e morte.
Identificou-se também a prevalência de obesidade entre as beneficiárias, o que se dá pela transição nutricional com alimentos de 
alta densidade calórica e altas taxas de açúcar como refrigerantes e alimentos processados, essa má qualidade da alimentação 
está diretamente relacionada a doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade. Entretanto o estudo mostra uma melhora 
na qualidade de alimentos na cesta básica brasileira, consumidos por essas mulheres e suas famílias, visto que houve aumento de 
consumo de feijão e comparação com as não beneficiarias, sendo o programa atinge as necessidades imediatas de alimentos o 
que reforça a intenção de aliviar a pobreza e interromper a fome nas gerações futuras.
Mesmo com o aumento de atividades físicas nas capitais, esse aumento prevalece em mulheres com elevadas rendas e 
escolaridade, as beneficiárias do BF por outro lado tem maior taxa de atividade física no domicílio, o sedentárismo é caracterizado 
por níveis baixos de gasto calórico em uma posição sentada ou reclinada, o sedentarismo não é apenas a falta de atividade física, 
incluindo o tempo sentado, deitado e baseado em tela. Esse comportamento está também aumentando entre as beneficiárias do 
BF.
As mulheres do PBF mantêm, ainda, pior autoavaliação do estado de saúde. Dados da PNS mostraram menor cobertura de 
mamografia e Papanicolau nas regiões Norte e Nordeste. Essas diferenças podem explicar menor prevalência entre mulheres do 
PBF.
 Em síntese, esses resultados atuam monitorando indicadores para DCNT e apontam que a transferência direta de renda para 
essas mulheres configura uma política governamental necessária e contínua, pois age beneficiando populações mais vulneráveis 
com piores indicadores de saúde, conformando o conceito de discriminação positiva. 
Minha opinião sobre o estudo é que embora exista um abismo entre a qualidade de vida de mulheres beneficiárias e não 
beneficiárias, isso se deve ao fato que as mulheres não beneficiárias não estão em uma classe de pobreza que necessitem 
receber o benefício e esse é exatamente o ponto de corte entre as divergências, não o fato de receberem o benefício, se o 
estudo tivesse sio feito entre mulheres com baixa renda e média renda o estudo teria mostrado, possivelmente, uma 
discrepância ainda maior entre as classes. Analisando os dados do estudo, percebo a importância de reconhecer o tipo de 
estudo feito, pois se esse mesmo estudo tivesse sido do tipo coorte analítico e em um tempo maior, abrangendo um 
período maior antes e depois, poderíamos ter uma visão diferente do desfecho, já com o estudo transversal analítico o 
mesmo desfecho gera uma percepção talvez, distorcida da realidade dessas mulheres que são beneficiárias de programas 
governamentais.

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