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Estética Corporal - Unidade I

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Autoras: Profa. Sabrina Grego Alves
 Profa. Tatiana Calissi Petri
Colaboradores: Prof. Thiago Macrini
 Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano
Técnicas em 
Estética Corporal
Professoras conteudistas: Sabrina Grego Alves / Tatiana Calissi Petri
Sabrina Grego Alves
Professora de Educação Física graduada pela Universidade 
Cruzeiro do Sul (2001) e Esteticista formada pelo Centro 
de Estética e Cosmetologia Aplicada (2004). Mestre em 
Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes 
(2012), com atuação na área de Instrumentação Biomédica. 
Atualmente, é docente na Universidade Paulista (UNIP). 
Atua em projetos de pesquisa relacionados à associação da 
cosmetologia e eletroterapia, nos procedimentos estéticos 
corporais e faciais. 
Tatiana Calissi Petri
Mestranda no Programa de Ciências da Reabilitação pelo 
Departamento de Fisioterapia da Universidade de São Paulo 
(Fofito/USP), especialista em Fisioterapia Dermatofuncional 
pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) – 2008 – e 
graduada em Fisioterapia pela UNIP (2007). 
Hoje, é docente na Associação Paulista de Ensino Renovado 
pela UNIP. Atua em projetos de pesquisa relacionados à 
associação da cosmetologia e eletrotermofototerapia, nos 
procedimentos estéticos corporais e faciais e estudos na área 
de percepção háptica. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A474t Alves, Sabrina Grego. 
Técnicas em Estética Corporal / Sabrina Grego Alves, Tatiana 
Calissi Petri. – São Paulo: Editora Sol, 2019.
196 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXV, n. 2-220/19, ISSN 1517-9230.
1. Avaliação corporal. 2. Massoterapia. 3. Termoterapia. I.Título
CDU 613.49
U503.49 – 19
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Bruna Baldez
 Vitor Andrade
Sumário
Técnicas em Estética Corporal
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 SISTEMAS CORPORAIS .................................................................................................................................. 11
1.1 Sistema tegumentar ............................................................................................................................ 11
1.1.1 Epiderme..................................................................................................................................................... 12
1.1.2 Derme .......................................................................................................................................................... 13
1.1.3 Tela subcutânea ....................................................................................................................................... 15
1.1.4 Anexos cutâneos ..................................................................................................................................... 17
1.2 Sistema muscular ................................................................................................................................. 18
2 ALTERAÇÕES ESTÉTICAS................................................................................................................................ 20
2.1 Fibro edema geloide (FEG) ................................................................................................................ 20
2.1.1 Fatores desencadeantes do FEG ........................................................................................................ 21
2.1.2 Severidade do FEG .................................................................................................................................. 23
2.1.3 Procedimentos estéticos para amenizar a aparência do FEG ............................................... 24
2.2 Lipodistrofia localizada e obesidade ............................................................................................. 28
2.3 Características da obesidade ........................................................................................................... 32
2.3.1 Causas da obesidade ............................................................................................................................. 34
2.3.2 Protocolos estéticos para indivíduos com obesidade .............................................................. 35
2.4 Flacidez ..................................................................................................................................................... 38
2.4.1 Procedimentos estéticos preventivos para amenizar a flacidez .......................................... 40
Unidade II
3 ALTERAÇÕES ESTÉTICAS E PROTOCOLOS ............................................................................................... 47
3.1 Estrias ........................................................................................................................................................ 47
3.1.1 Procedimentos estéticos para estrias ............................................................................................. 50
3.2 Esfoliação e gomagem ....................................................................................................................... 56
3.3 Hidratação corporal ............................................................................................................................. 59
3.4 Hidratação dos pés e das mãos ...................................................................................................... 61
3.5 Banho de lua .......................................................................................................................................... 65
4 TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO CORPORAL .................................................................................................... 70
4.1 Avaliação clínica ................................................................................................................................... 73
4.2 Perimetria ................................................................................................................................................ 74
4.3 Modelo de ficha de anamnese ........................................................................................................ 79
4.4 Adipometria ............................................................................................................................................ 82
4.5 Avaliação postural................................................................................................................................ 83
4.6 Termografia .............................................................................................................................................85
4.7 Técnicas para pesar .............................................................................................................................. 87
4.8 Técnicas para fotografar.................................................................................................................... 87
4.9 Considerações para a avaliação dos procedimentos estéticos .......................................... 87
4.9.1 Relações humanas .................................................................................................................................. 87
4.9.2 Regras para obter uma boa relação profissional e com o cliente ....................................... 90
4.9.3 Sigilo quanto aos procedimentos .................................................................................................... 91
4.9.4 Como lidar com clientes insatisfeitos com o procedimento estético ............................... 92
4.9.5 Como lidar com pessoas difíceis ....................................................................................................... 92
4.9.6 Como lidar com atrasos nas sessões de Estética ....................................................................... 93
Unidade III
5 MASSOTERAPIA REDUTORA E MODELADORA ..................................................................................... 98
5.1 Prática da massagem ........................................................................................................................100
5.1.1 Preparação do ambiente ....................................................................................................................100
5.1.2 Preparação do profissional ................................................................................................................101
5.1.3 Preparação do cliente .........................................................................................................................103
5.1.4 Escolha do produto cosmético ........................................................................................................104
5.2 Efeitos fisiológicos da massagem ...............................................................................................106
5.2.1 Efeitos mecânicos .................................................................................................................................106
5.2.2 Efeitos circulatórios .............................................................................................................................106
5.2.3 Efeitos metabólicos ..............................................................................................................................108
5.2.4 Efeitos sobre o sistema digestório .................................................................................................108
5.2.5 Efeitos sobre o sistema conjuntivo ................................................................................................109
5.2.6 Outros efeitos da massagem ............................................................................................................109
5.3 Indicação e contraindicação ..........................................................................................................110
5.3.1 Indicações ................................................................................................................................................ 110
5.3.2 Contraindicações .................................................................................................................................. 112
5.4 Tipos de massagens redutoras ......................................................................................................116
5.4.1 Endermologia .........................................................................................................................................116
5.4.2 Bambu .......................................................................................................................................................117
5.4.3 Maderoterapia ........................................................................................................................................ 118
5.4.4 Massagem turbinada ...........................................................................................................................119
5.4.5 Cuidados no uso de acessórios ...................................................................................................... 120
6 TÉCNICA DE MASSOTERAPIA REDUTORA E MODELADORA .........................................................121
6.1 Descrição das manobras ..................................................................................................................121
6.1.1 Deslizamento superficial ou effleurage .......................................................................................121
6.1.2 Deslizamento profundo ..................................................................................................................... 122
6.1.3 Amassamento ........................................................................................................................................ 123
6.1.4 Fricção ...................................................................................................................................................... 123
6.1.5 Percussão ................................................................................................................................................. 124
6.1.6 Rolamento .............................................................................................................................................. 126
6.2 Ritmo, velocidade, pressão, direção e repetição das manobras 
 da massagem redutora e modeladora .............................................................................................126
6.3 Descrição da sequência de aplicação da massagem redutora e modeladora ...........129
6.3.1 Massagem modeladora em membros superiores ....................................................................131
6.3.2 Massagem modeladora na região abdominal .......................................................................... 134
6.3.3 Massagem modeladora em membros inferiores na parte anterior ..................................141
6.3.4 Massagem modeladora em membros inferiores na parte posterior ............................... 145
6.3.5 Massagem modeladora na região dos glúteos ........................................................................ 148
6.3.6 Massagem modeladora na região dorsal (costas) .................................................................. 152
Unidade IV
7 TERMOTERAPIA APLICADA ÀS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS .....................................159
7.1 Crioterapia .............................................................................................................................................160
7.1.1 Efeitos fisiológicos ............................................................................................................................... 160
7.1.2 Indicações ................................................................................................................................................161
7.1.3 Contraindicações ..................................................................................................................................161
7.1.4 Atenção e cuidado ............................................................................................................................... 162
7.1.5 Recomendações .................................................................................................................................... 162
7.1.6 Técnica ...................................................................................................................................................... 163
7.2 Hipertermoterapia..............................................................................................................................1657.2.1 Conceito de hipertermoterapia ...................................................................................................... 165
7.2.2 Efeitos fisiológicos ............................................................................................................................... 167
7.2.3 Indicações ............................................................................................................................................... 168
7.2.4 Contraindicações ................................................................................................................................. 168
7.2.5 Recomendações .................................................................................................................................... 168
7.2.6 Técnica .................................................................................................................................................... 169
7.2.7 Higienização e cuidados ...................................................................................................................171
8 TÉCNICAS ESTÉTICAS APLICADAS ÀS DISFUNÇÕES CORPORAIS ...............................................171
8.1 Gessoterapia associada à massoterapia redutora e modeladora ..................................171
8.1.1 Efeitos fisiológicos ............................................................................................................................... 172
8.1.2 Indicações ............................................................................................................................................... 172
8.1.3 Containdicações ................................................................................................................................... 172
8.1.4 Técnica ...................................................................................................................................................... 172
8.2 Argiloterapia associada à massoterapia redutora e modeladora ....................................175
8.2.1 Efeitos fisiológicos ............................................................................................................................... 177
8.2.2 Indicações ............................................................................................................................................... 177
8.2.3 Contraindicações ................................................................................................................................. 177
8.2.4 Técnica ...................................................................................................................................................... 178
8.3 Talassoterapia associada à massoterapia redutora e modeladora .................................181
8.3.1 Efeitos fisiológicos ................................................................................................................................181
8.3.2 Indicações .............................................................................................................................................. 182
8.3.3 Contraindicações ................................................................................................................................. 182
8.3.4 Técnica ...................................................................................................................................................... 182
8
9
APRESENTAÇÃO
Quando falamos em estética corporal, logo vem à mente o corpo perfeito, o idealizado pela maioria 
das pessoas, sem gordura localizada ou celulite. A busca pelo corpo ideal é algo que vem crescendo 
constantemente, assim como a área da Estética. Drenagem linfática, massagem modeladora e protocolos 
estéticos para celulite, flacidez, estrias e gordura localizada são procedimentos muito procurados nas 
cabines de estética. 
Ser esteticista requer muito estudo. É essencial conhecer e entender as disfunções estéticas, as 
causas, as principais características e, somente depois de uma detalhada ficha de anamnese, elaborar o 
programa estético específico. Também é fundamental o conhecimento da fisiologia, de técnicas manuais 
e da cosmetologia.
Muitos tratamentos e protocolos estéticos manuais são utilizados para amenizar a síndrome da desarmonia 
corporal. Por isso, esta disciplina visa transmitir os conhecimentos teórico e prático necessários para que o 
aluno seja capaz de elaborar protocolos específicos para cada tipo de procedimento estético corporal.
Além disso, a disciplina busca ampliar as habilidades dos futuros profissionais, a fim de que saibam 
executar uma avaliação e desenvolver um plano de tratamento estético de acordo com as particularidades 
e individualidades de cada cliente.
O objetivo é, portanto, que o aluno possa identificar as manifestações clínicas e as alterações 
corporais associadas à estética, correlacionando com as indicações e as contraindicações dos possíveis 
tratamentos corporais.
Cabe ressaltar que a estética corporal é muito mais do que passar cremes e executar procedimentos 
para deixar o outro mais belo; ela contribui diretamente para a melhora da qualidade de vida e da 
autoestima das pessoas, sendo este, portanto, o nosso foco. 
INTRODUÇÃO
Iniciaremos esta disciplina com a abordagem de temas de muita importância para o futuro profissional, 
como Anatomia e Fisiologia, fundamentais na elaboração coerente de protocolos e programas de Estética.
Vamos tratar de assuntos como sistema tegumentar e sistema muscular, alterações estéticas, 
protocolos, técnicas de avaliação corporal, massoterapia redutora e modeladora e técnicas aplicadas às 
disfunções estéticas corporais.
Alterações estéticas, como o fibro edema geloide (FEG), a obesidade e a flacidez, são muito frequentes, 
e a procura por procedimentos que amenizem essas alterações é constante. Para a elaboração de 
protocolos, é necessário entender, inicialmente, como essas alterações se formam, quais são as alterações 
histológicas e, ainda, como podemos atuar para diminuí-las.
10
O FEG, popularmente conhecido como celulite, possui vários níveis e formas clínicas, e, para cada 
um deles, é recomendado um procedimento. Além disso, devem ser consideradas as particularidades de 
cada pessoa, como uma possível contraindicação ao procedimento ou uma alergia ao produto. Vários 
profissionais, como o nutricionista, o educador físico e o esteticista, estão presentes na elaboração do 
tratamento. No decorrer da leitura deste livro-texto, você terá acesso a esquemas que irão auxiliá-lo a 
elaborar protocolos de atendimento estético, bem como associar a cosmetologia aplicada aos diversos 
tipos de procedimentos. 
Os procedimentos estéticos para indivíduos obesos devem ser elaborados de forma que enfatizem as 
suas reais necessidades, tais como a desintoxicação do tecido, a hidratação e a drenagem de fluidos que 
ocasionam edemas, a sensação de fadiga e o cansaço, principalmente nos membros inferiores. Você terá 
acesso à sequência correta de protocolos específicos para o público com obesidade.
Para tratar da flacidez, é fundamental saber identificar se é tissular (superficial, na pele) ou se é uma 
hipotonia muscular (profunda, nos tecidos musculares). Na maioria dos casos, estas estão relacionadas 
entre si, mas a proposta de tratamento é diferente. Geralmente, o tratamento é associado a correntes 
elétricas e recursos tecnológicos aplicados às alterações estéticas.
Elaborar protocolos vai muito além de elaborar uma sequência de aplicação de produtos cosméticos. 
Para tanto, é necessário o conhecimento da fisiologia, da cosmetologia, das técnicas manuais e, 
principalmente, das particularidades de cada indivíduo, pois cada ser é único, e não existe uma receita 
quando se trata de seres humanos. Cada procedimento estético deve ser elaborado especificamente 
para atender às necessidades do seu cliente.
11
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Unidade I
1 SISTEMAS CORPORAIS
1.1 Sistemategumentar
O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos, tais como pelos, unhas e glândulas sebáceas 
e sudoríparas. A pele é considerada o maior órgão do corpo humano e pode ser descrita como um 
material complexo, formado por variados tipos de células, fibras de colágeno e elastina. Tem como 
principal função proteger todas as estruturas internas e formar uma barreira contra agentes externos, 
micro-organismos e poluentes. É uma importante fronteira mediadora entre o organismo e o ambiente. 
A pele constitui o maior órgão para a recepção de estímulos táteis, térmicos e dolorosos. É o nosso 
protetor mais eficiente e possui muitas funções importantes, tais como:
•	 Sensibilidade tátil, devido à existência de receptores sensoriais.
•	 Mediação de sensações (informações táteis são enviadas e processadas no cérebro).
•	 Barreira contra micro-organismos, poluentes e agentes externos.
•	 Proteção contra radiação ultravioleta.
•	 Proteção contra traumas mecânicos e elétricos.
•	 Regulação da pressão, do fluxo sanguíneo e da temperatura.
•	 Sintetização de compostos como a vitamina D.
A termorregulação é a capacidade do organismo de tentar se adaptar à temperatura externa. Em climas 
muito quentes, a pele executa a transpiração, na tentativa de diminuir a temperatura interna corporal. 
No frio, a pele aciona outro mecanismo de defesa, e os músculos eretores da pele exercem contração, 
gerando o arrepio, que, consequentemente, auxilia no aquecimento da pele. 
A pele é subdividida em duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme é subdividida em quatro 
ou cinco camadas (depende da região corporal), e a derme é dividida em duas camadas. Abaixo da 
derme, está localizada a tela subcutânea, que, por sua vez, não faz parte da pele, mas é importante 
porque fixa a pele às estruturas subjacentes. 
12
Unidade I
1.1.1 Epiderme
A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Tem, em média, 
1,5 mm de espessura. É a parte superficial da pele, a qual tocamos e sentimos. Possui óstios e poros: os 
óstios, visíveis, constituem os orifícios de saída do sebo; os poros, invisíveis, constituem os orifícios de 
saída do suor. Os óstios dilatados refletem um interior folicular repleto de sebo. Portanto, peles oleosas 
possuem óstios abertos.
As células que compõem a epiderme são: os queratinócitos, que sintetizam a queratina; os 
melanócitos, que produzem o pigmento de melanina; as células de Langerhans e as células de Merkel, 
que são responsáveis pela imunidade e defesa da pele. 
A epiderme não é vascularizada e é subdividida em cinco camadas: camada basal, camada espinhosa, 
camada granulosa, camada lúcida e camada córnea.
Estrato córneo
Camada espinhosa
Estrato basal
Derme
Camada lúcida
Camada granulosa
Figura 1 – Camadas da epiderme
Camadas da epiderme
A camada germinativa (basal) é a camada mais profunda da epiderme e é assim denominada porque 
gera novas células e sofre constante índice mitótico. As células que se originam nessa camada permanecem 
em contínua ascensão e, ao longo desse percurso, sofrem alterações, até se tornarem anucleadas, sendo 
denominadas células córneas, e constituírem a camada córnea. Ainda na camada basal, estão localizados 
os melanócitos, que têm função de produzir os pigmentos de melanina que serão responsáveis pela cor da 
pele, dos olhos, dos pelos e dos cabelos. 
As células da camada espinhosa atuam na produção de queratina, substância que mantém as 
células unidas e, assim, auxilia na proteção. O aspecto espinhoso das células dessa camada é responsável 
pela sua denominação. 
13
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
As células que constituem a camada granulosa se encontram em processo de degeneração 
acentuada. O núcleo já apresenta sinais de atrofia. 
Já a camada lúcida encontra-se apenas em algumas regiões corporais. Pode ser observada nas 
palmas das mãos e dos pés. É responsável pelo brilho e pela transparência da região, além de deixar as 
regiões mais ásperas e resistentes.
A camada córnea, por fim, é a camada mais superficial da epiderme. É constituída por células 
anucleadas, achatadas e, consequentemente, mortas. As células dessa camada, apesar de mortas, 
possuem funções importantes, como auxiliar na proteção contra os raios solares e contra os traumas 
mecânicos. A camada córnea também ajuda a restringir a perda de água do organismo. 
 Observação
Nos procedimentos corporais, em geral, executamos a esfoliação. Esta, 
por sua vez, remove parte da camada córnea da epiderme, tornando a pele 
mais receptiva aos princípios ativos do produto e potencializando, assim, a 
ação destes.
Porém, a esfoliação não é recomendada com grande frequência, pois 
deixa a pele sensível devido à falta de células córneas, que auxiliam na 
sua proteção.
1.1.2 Derme
A derme é considerada a camada nobre da pele, pois é nela que se encontram o colágeno e a elastina, 
responsáveis pela sustentação e firmeza do tecido epitelial. 
É uma espessa camada de tecido conjuntivo sobre a qual a epiderme se apoia e com a qual mantém 
comunicação. Além das fibras de colágeno e elastina, estão presentes nessa camada os vasos sanguíneos 
e linfáticos, os nervos, as glândulas sudoríparas, as glândulas sebáceas e os folículos pilosos (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004).
As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção de suor, que emerge pelos poros, e as 
glândulas sebáceas são responsáveis pela produção de sebo, que emerge pelos óstios.
Os poros são invisíveis, ou seja, não conseguimos visualizá-los na superfície da pele. Os óstios 
são visíveis em peles oleosas, normais e mistas. Portanto, quando uma pessoa se refere à pele oleosa 
como poros abertos, ela se refere aos óstios, que, nesse caso, estão dilatados devido ao excesso de sebo 
produzido no interior do folículo piloso. 
14
Unidade I
Camadas da derme
A derme é subdividida em duas camadas:
•	 camada papilar;
•	 camada reticular.
A camada papilar é delgada e constituída de um tecido conjuntivo frouxo. Muitas papilas contêm 
alas capilares; outras contêm receptores sensoriais especializados em reagir a estímulos externos, como 
mudanças de temperatura e de pressão. Na camada papilar, encontramos os capilares, as fibras elásticas, 
as fibras reticulares e o colágeno.
A camada reticular é mais espessa e constituída por um tecido conjuntivo mais espesso. O nome 
reticular lhe foi dado porque as fibras de colágeno que a compõem se entrelaçam em um arranjo 
semelhante a uma rede. As células denominadas fibroblastos constituem essa camada e são responsáveis 
pela produção das fibras de colágeno (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Epiderme
Derme
Figura 2 – Camada epidérmica e dérmica
 Lembrete
Conforme estudado, a epiderme serve como uma camada protetora da pele. 
As células que compõem a camada córnea, apesar de anucleadas, possuem 
função, que é auxiliar na proteção das demais camadas. É fundamental diminuir 
essa resistência através de procedimentos estéticos, e isso é possível por meio da 
esfoliação, que consiste na remoção de células da camada córnea.
15
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
 Observação
Os cosméticos precisam permear uma barreira para conseguir chegar 
até a derme. A nanotecnologia permite que os princípios ativos dos 
cosméticos tenham uma maior permeação, e, devido a esse avanço na 
tecnologia cosmética, é possível que um cosmético aplicado na epiderme 
consiga atingir os fibroblastos na derme. 
1.1.3 Tela subcutânea
A tela subcutânea, ou hipoderme, é o tecido localizado abaixo da derme. É formada por células 
adiposas, as quais têm como principal função armazenar gordura. A gordura é armazenada sob forma 
de triglicerídeos no interior dos adipócitos. 
As células adiposas têm uma grande capacidade de aumentar seu tamanho, sem que haja qualquer 
tipo de dano em sua membrana plasmática. Quando a ingestão calórica é maior do que o gasto 
energético, o excedente é armazenado, e, consequentemente, a célula adiposa aumenta. Esse processo 
de armazenamento de gordura sob formade triglicerídeos recebe o nome lipogênese. 
O contrário ocorre quando a ingestão de calorias é menor do que gastamos. Nesse caso, a célula 
adiposa diminui. A célula se utiliza dos reservatórios energéticos para suprir a necessidade de energia. 
Os triglicerídeos encontrados nos vacúolos dos adipócitos são transformados em ácido graxo e glicerol. 
Sob forma de glicerol, a gordura é utilizada como fonte de energia pelo corpo. Esse processo recebe o 
nome de lipólise.
A tela subcutânea, conforme ilustrado na figura adiante, possui várias funções, tais como: 
•	 Reserva lipídica: os triglicerídeos são armazenados em vacúolos celulares.
•	 Proteção mecânica contra traumas: o tecido adiposo funciona como amortecimento.
•	 Isolante térmico: a camada adiposa retém calor e é essencial na termogênese.
•	 Produção hormonal: a leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo e é um dos fatores 
estimuladores da lipólise por meio de ações de betaoxidação dos ácidos graxos no adipócito, 
fundamentais para gerar energia. 
A tela subcutânea é composta por duas camadas: 
•	 a camada mais superficial, chamada de areolar, que é composta por adipócitos mais numerosos;
•	 a camada mais profunda, denominada lamelar, composta por adipócitos menos numerosos. Nessa 
camada, ocorre a maior mobilização de gordura quando se inicia a redução de peso. 
16
Unidade I
Figura 3 – Tecido adiposo observado ao microscópio
A distribuição de gordura não é uniforme no corpo todo. Alguns fatores, como a predisposição 
genética, a idade e o sexo, determinam a região do corpo com maior e menor quantidade de gordura. 
O biótipo ginoide é caracterizado pela maior concentração de tecido adiposo na metade inferior do 
corpo (cintura pélvica), infraumbilical e região fêmuro-glútea. Apresenta forma corporal semelhante 
a uma pera. Esse biótipo está mais associado a problemas vasculares, edemas e dores nos membros 
inferiores, má circulação e FEG (celulite).
O biótipo androide é caracterizado por uma maior distribuição de gordura na região da 
cintura escapular, região abdominal e supraumbilical. A sua forma corporal é semelhante a uma 
maçã. Associa-se à deposição de gordura visceral, acúmulo relacionado ao alto risco de doenças 
cardiovasculares e metabólicas. 
Quando a gordura corporal está bem distribuída, o biótipo é classificado como misto ou harmonioso. 
O indivíduo desse biótipo é, muitas vezes, considerado o falso magro. 
A pessoa de biótipo ampulheta tem praticamente as mesmas medidas na cintura escapular e na 
cintura pélvica. No caso de mulheres, normalmente, a cintura é fina. 
 Saiba mais
Como complemento ao nosso estudo, sugerimos a leitura do texto 
A fisiologia da massagem terapêutica, que aborda os efeitos fisiológicos e 
os benefícios neuropsicoendócrinos da massagem:
BRAUNSTEIN, M. V. G.; BRAZ, M. M.; PIVETTA, H. M. F. A fisiologia da 
massagem terapêutica. In: FÓRUM INTEGRADO DE FISIOTERAPIA, 1., 2011, 
Santa Maria. Anais... Santa Maria: Unifra, 2011.
17
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
1.1.4 Anexos cutâneos
O sistema tegumentar é constituído pela pele e por anexos cutâneos. São eles:
•	 Folículo piloso: estrutura folicular por onde a pele emerge desde a formação até a superfície.
•	 Pelo: o pelo, assim como a epiderme, tem como principal função auxiliar na proteção contra a 
radiação solar e contra o frio.
•	 Glândulas sudoríparas: têm a função de produzir o suor, importante para a termorregulação humana.
•	 Glândulas sebáceas: têm a função de produzir o sebo, que servirá como um hidratante natural 
da pele.
•	 Músculo eretor da pele: cada pelo possui um pequeno músculo fixado no folículo piloso. 
É através da contração desse pequeno músculo que ocorre o arrepio. 
•	 Unhas: placas córneas flexíveis e situadas na superfície dorsal das extremidades distais dos dedos. 
Pelo
Poro
Epiderme
Derme
Hipoderme
Camada córnea
Músc. eretor do pelo
Glândula sebácea
Glândula sudorípara
Veia
Artéria
Papilas dérmicas
Figura 4 – Pele e anexos cutâneos
 Observação
Muitas pessoas confundem poros com poros com óstios. O poro é o 
orifício de saída do suor e é invisível. O óstio é o orifício de saída do sebo, 
que tem ligação direta com a glândula sebácea. 
Quando há hiperatividade da glândula sebácea, o óstio se dilata devido 
à grande quantidade de sebo contido em seu interior. Portanto, quem tem a 
pele oleosa, tem óstios dilatados, e não poros abertos.
18
Unidade I
1.2 Sistema muscular
O sistema muscular é o conjunto de músculos responsáveis pela movimentação e sustentação do 
esqueleto. Os músculos podem ser lisos ou estriados. 
Os músculos lisos são involuntários e localizados nas estruturas ocas do corpo, tais como os vasos 
sanguíneos, a bexiga, o útero e o trato intestinal. 
Os músculos estriados se dividem entre músculo estriado cardíaco e músculo estriado esquelético. 
O músculo cardíaco possui características próprias, pois é estriado e involuntário. Os músculos estriados 
esqueléticos são voluntários, fixados nos ossos pelos tendões.
A região central do músculo é denominada de ventre muscular, e o epimísio reveste a parte externa 
do músculo. Cada músculo contém milhares de fibras musculares, organizadas em compartimentos 
dentro do próprio músculo (BORGES, 2006).
Figura 5 – Musculatura lisa
O fascículo é recoberto pelo perimísio, que é uma bainha conectiva que 
protege as fibras, formando caminhos para os nervos e vasos sanguíneos. 
Sendo assim, o epimísio e o perimísio dão ao músculo a capacidade de 
alongamento e de retorno ao tamanho normal (BORGES, 2006, p. 145).
O endomísio recobre as fibras musculares. Também nutre e inerva cada fibra, pois é composto por 
uma bainha muito fina, que conduz os capilares aos nervos. Sobre o endomísio, encontra-se o sarcolema, 
por onde a inervação neurológica percorre, atingindo a unidade contrátil individual de cada músculo.
19
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Músculo esquelético Epimísio Fascículos musculares
Fascículo muscular
Fibra muscular
Sarcolema
Miofibrila
MitocôndriaNúcleo
Perimísio
Endomísio
Fibras musculares
Figura 6 – Composição do músculo estriado esquelético
A contração dos músculos estriados se dá pela interação entre dois tipos diferentes de filamentos 
proteicos situados nos sarcômeros: a miosina e a actina. A cabeça da miosina empurra os filamentos de 
actina, gerando a movimentação das fibras musculares e dando origem à contração. Enquanto o músculo 
está relaxado, esse ponto de conexão entre os filamentos está ocupado por outro tipo de proteína, 
denominada tropomiosina, que envolve os filamentos de actina. 
Para que ocorra a contração, a tropomiosina deve liberar o ponto de ligação entre a actina e a 
miosina. A cabeça da miosina se flexiona e se liga à actina, realizando um deslizamento entre as fibras. 
A energia utilizada para esse tipo de movimentação nos filamentos proteicos é o trifosfato de 
adenosina (ATP). Essa é a primeira fonte de energia do corpo humano, responsável pela energia rápida 
e energia celular. 
O cálcio também é fundamental para a contração muscular. Encontra-se armazenado em organelas 
das fibras musculares. O ponto de ligação entre a miosina e a actina deve estar livre para que ocorra 
a ligação. No entanto, em condições normais, a tropomiosina bloqueia esse local. Com os comandos 
neurológicos, os íons cálcio são exportados e se unem à troponina, que irá deslocar a tropomiosina, 
desbloqueando o local de união dos filamentos de actina e miosina (BORGES, 2006).
Os músculos, quando estimulados – com atividade física ou com algumas correntes elétricas –, 
são fortalecidos e entram em hipertrofia, ou seja, aumentam o ventre muscular. Os músculos que não 
recebem estímulos tendem a ficar flácidos. 
Para obter melhores resultados nos procedimentos estéticos corporais, é fundamental aprofundar 
os estudos em anatomia e fisiologia do sistema tegumentar e do sistema muscular. A pressão exercida 
pelas mãos deve sempre estar coerente com o objetivo do procedimento estético.20
Unidade I
Se o objetivo do procedimento for a desintoxicação do tecido e a diminuição de edemas, a pressão 
deve ser mais superficial, e a massagem mais indicada é a drenagem linfática manual. 
Caso o procedimento seja feito com o objetivo de trabalhar o tecido adiposo (células de gordura), 
a pressão deve ser mediana, e a velocidade das manobras, rápida. A pressão e a velocidade aumentada 
mobilizam o tecido adiposo. 
Se o objetivo do procedimento for o relaxamento, a pressão deve ser mais forte, para que, dessa 
forma, as fibras musculares sejam atingidas pelas manobras. A massagem e outros recursos terapêuticos 
aquecem e alongam as fibras musculares, e o resultado é a diminuição de espasmos e o relaxamento 
muscular (BORGES, 2006).
 Lembrete
Os protocolos de tratamento corporal devem ser elaborados sempre 
de acordo com as características individuais do cliente. Para tal, é 
necessário aprofundar os estudos em Anatomia e Fisiologia, além de saber 
fazer associações com os princípios ativos cosméticos, procedimentos e 
massagens manuais e recursos tecnológicos aplicados à Estética. 
Portanto, a interdisciplinaridade na Estética é importante para a 
elaboração de protocolos. Cada ser é único, e o dever do profissional de 
Estética é realizar as associações coerentes e integrar os recursos cabíveis e 
adequados a cada indivíduo.
2 ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
2.1 Fibro edema geloide (FEG)
Para descrever ou definir o FEG, é preciso esclarecer, antes, a inadequação da terminologia para 
designar essa afecção.
Celulite, palavra de origem latina, celulite, significa inflamação no tecido celular. Celulae significa 
célula, e o sufixo “ite” é indicativo de uma inflamação, o que não define o verdadeiro significado (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004). 
Existem várias terminologias para designar a alteração inestética: hidrolipodistrofia, 
dermatopaniculopatia edema esclerosa, paniculopatia edemato fibroesclerótica, FEG, lipoesclerose e 
lipodistrofia ginoide (LDG). 
A nomenclatura LDG significa distrofia do tecido conjuntivo hipodérmico de fisiopatologia 
multifatorial, que altera o tecido estética e patologicamente.
21
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
A nomenclatura FEG tem significado parecido. Entretanto, fibro provém da palavra fibrose, que, nesse 
caso, está associado ao enrijecimento dos lóbulos celulares. Edema está associado à retenção hídrica, e 
geloide está relacionado aos hormônios femininos. Logo, fibrose está associada à saturação hídrica do 
tecido hipodérmico feminino. 
Apesar de o termo celulite ser inadequado, é bastante utilizado com os clientes de Estética. 
Muitos não saberão do que se trata caso o profissional de Estética utilize qualquer uma dessas 
terminologias citadas.
O FEG consiste, por fim, em uma manifestação inestética evidenciada pelos hábitos de vida. É uma 
distrofia celular, não inflamatória, associada à retenção hídrica. Alguns fatores são determinantes para 
a formação dessa alteração estética.
2.1.1 Fatores desencadeantes do FEG
Como fator endógeno desencadeante do FEG, podemos citar a hereditariedade. Fatores determinados 
geneticamente podem contribuir para o surgimento do FEG. 
O sexo feminino possui maior predisposição ao desenvolvimento do FEG, pois apresenta um número 
maior de células adiposas que o homem. Além disso, os hormônios predominantemente femininos, 
como o estrógeno e a progesterona, são favoráveis à retenção hídrica e ao ganho de peso.
Os adipócitos aumentados exercem uma compressão nos vasos sanguíneos e linfáticos, o que 
acarreta um prejuízo na circulação sanguínea e linfática, dificultando a eliminação de fluidos e toxinas. 
O biotipo físico também influencia no aparecimento dos chamados furinhos indesejáveis. Mulheres 
com maior deposição de gordura na região dos membros inferiores tendem a ter FEG em graus mais 
avançados. O desequilíbrio hormonal, a gestação e a idade podem piorar o quadro, devido à elevação 
das taxas de determinados hormônios.
Os fatores exógenos são caracterizados pelos nossos hábitos de vida. De acordo com a nossa rotina 
diária, podemos atenuar ou acentuar o perfil genético herdado. 
Entre os fatores exógenos, destacam-se o hábito de fumar, o sedentarismo e a alimentação inadequada. 
O cigarro contém muitas substâncias tóxicas que, quando inaladas, acionam mecanismos de defesas 
corporais. Estes, por sua vez, executam vasoconstrição, ou seja, diminuição do calibre dos vasos sanguíneos. 
Dessa forma, a circulação é prejudicada, e a retenção hídrica piora. 
O sedentarismo também é um agravante. O indivíduo sedentário tem redução de gastos calóricos, 
o que dificulta a perda de peso. 
A atividade física regular fortalece o sistema cardiovascular e ativa a circulação sanguínea e linfática. 
Sempre que o sistema circulatório sofre aumento, a eliminação das toxinas é facilitada. 
Conforme mencionado, o FEG está associado à retenção hídrica. As atividades aeróbicas aumentam 
o gasto energético do corpo, e, assim, o corpo pode se utilizar dos reservatórios energéticos que são 
22
Unidade I
armazenados nas células adiposas. A diminuição do volume dessas células ocasiona a redução de 
medidas e, automaticamente, a ativação do fluxo sanguíneo e linfático. 
O exercício aumenta o bombeamento muscular, ativa a circulação e impulsiona centripetamente o 
sangue venoso e linfático, diminuindo a infiltração edematosa subcutânea.
Uma boa alimentação é fundamental para manter uma boa saúde e, consequentemente, uma boa 
estética corporal. Hábitos de alimentação saudável são fundamentais para a prevenção e o tratamento 
do FEG. Alimentos ricos em sal, gordura, açúcar e carboidrato podem aumentar a retenção hídrica e o 
peso, além de prejudicar a circulação sanguínea.
O sistema linfático é o principal responsável pela eliminação das toxinas contidas nos espaços 
intercelulares. Quando ingerimos alimentos ricos em toxinas, estas sobrecarregam o sistema linfático, 
ocasionando a retenção hídrica. Alimentos calóricos e com excesso de gordura e carboidrato, quando 
não utilizados como fonte de energia, são armazenados sob forma de triglicerídeos nas células adiposas, 
e o resultado é o aumento de peso e a maior compressão dos vasos sanguíneos e linfáticos.
Por outro lado, uma alimentação rica em fibras, vitaminas, minerais e água auxilia na eliminação de 
toxinas, mantém o peso equilibrado e uma boa circulação sanguínea e linfática.
É importante ressaltar que, no período da gestação, a mulher tende a aumentar o grau do FEG. 
Durante esse período, os hormônios insulina, estrogênio e progesterona aumentam e intensificam 
a capacidade de armazenamento de gordura. O aumento do volume abdominal comprime a região 
pélvica, dificultando a drenagem dos membros inferiores. Por isso, é comum que a gestante tenha 
edemas graves ao término da gestação.
O hábito de beber, em média, dois litros de água por dia é fundamental para o tratamento do 
FEG e de qualquer outra alteração estética. Todos os organismos vivos necessitam de água para sua 
sobrevivência. A água participa diretamente dos principais processos vitais e é essencial para o bom 
funcionamento das células. A falta de água pode agravar o FEG, pois o corpo tem maior dificuldade de 
drenar as toxinas quando o nível de água está baixo. Toxinas em excesso podem causar retenção hídrica, 
provocando desconforto e aumento de medidas.
 Observação 
Diversos procedimentos estéticos corporais têm resultado na redução de 
medidas porque auxiliam na mobilização dos líquidos intersticiais retidos. 
Muitas pessoas acreditam que a perda de medidas está associada somente 
à perda de gordura. Porém, quando ocorre a diminuição de toxinas, a perda 
de medidas é imediata. 
Em vários tipos de procedimentos estéticos, ocorre a redução de 
medidas já na primeira sessão. Nesse caso, o excesso de líquidos do local é 
o que foi mobilizado.
23
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
2.1.2 Severidade do FEG
O FEG pode se apresentar de várias maneiras. A disposição do tecido adiposo no local determina oslocais com maior predisposição, e a forma clínica é definida de acordo com as características do corpo.
O FEG possui quatro graus, sendo eles:
•	 Grau I: assintomático; as alterações são histológicas. Não há compressão vascular severa. Esse 
grau é imperceptível.
•	 Grau II: ocorre o espessamento dos septos lobulares e a proliferação das fibras colágenas. O líquido 
passa a ter uma consistência gelatinosa, o que dificulta a remoção das toxinas. Há aumento do 
tamanho das células adiposas e início de compressão sob os capilares sanguíneos e linfáticos. Esse 
grau é mais facilmente diagnosticado através de compressão ou contração muscular (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004). 
Figura 7 – Representação do FEG grau 2 (lado esquerdo)
•	 Grau III: alteração do tecido em repouso e presença de nódulos celulíticos. Nesse nível, não é 
necessário executar a compressão na pele para visualizar os furinhos.
Figura 8 – FEG grau 3
24
Unidade I
•	 Grau IV: o tecido fibroso torna-se constante e esclerosado, o que significa que os nódulos estão 
enrijecidos. Os adipócitos aumentados executam compressão vascular, e a circulação é muito 
prejudicada nessa fase. O local se torna mais frio, normalmente o tecido se encontra flácido e 
os nódulos são mais profundos. Com o enrijecimento tecidual muito intenso, é produzida uma 
irritação contínua nas terminações nervosas, resultando em dores, mesmo sem motivos exteriores 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Figura 9 – FEG grau 4
Além dos diferentes graus, o FEG apresenta diferentes formas clínicas, que podem variar de acordo 
com as características corporais:
•	 Forma compacta dura: associação do FEG com o tecido adiposo enrijecido. Mais comum em 
pessoas mais jovens.
•	 Forma flácida: comum em pessoas com uma predisposição genética ao desenvolvimento da 
flacidez tissular. Sedentarismo e oscilação de peso constantes também são fatores agravantes 
dessa forma clínica.
•	 Edematosa: FEG associado à retenção de líquido no tecido conjuntivo. Comum em pessoas com 
desequilíbrio hormonal, má alimentação e maior predisposição genética.
•	 Mista: diferentes formas clínicas na mesma pessoa.
2.1.3 Procedimentos estéticos para amenizar a aparência do FEG
Alguns procedimentos estéticos são indicados para o tratamento do FEG. 
A drenagem linfática é uma técnica que aumenta a velocidade do fluxo linfático. Porém, para que 
seja satisfatória, é necessário que o profissional tenha vasto conhecimento da fisiologia do sistema 
linfático. A pressão, a direção, a velocidade e o ritmo das manobras devem respeitar o mecanismo de 
funcionamento do sistema. 
25
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
A vida moderna, o estresse do dia a dia, o trânsito caótico, a dupla ou tripla 
jornada, o sedentarismo, a má alimentação, a baixa ingestão de água e a 
corrida contra o tempo fazem com que as pessoas entrem em um ritmo 
cada vez mais intenso. Estes são alguns dos fatores responsáveis pelas 
queixas de cansaço físico e mental, dores musculares, edema e, em especial, 
nos membros inferiores, dores de cabeça, estresse, agitação, entre outros 
(PEREIRA et al., 2013, p. 195).
Os recursos tecnológicos também são grandes aliados do tratamento do FEG. Os mais variados 
equipamentos utilizados na Estética têm como principal objetivo a desintoxicação tecidual, a redução 
da lipodistrofia localizada e a estimulação de colágeno e elastina. 
A aplicação de produtos cosméticos ricos em princípios ativos vasotônicos, lipolíticos e 
reestruturadores intensifica os protocolos e auxilia na manutenção dos resultados obtidos em cabines 
de estética. Os produtos devem ser utilizados nas sessões de atendimento e no dia a dia do cliente. 
É papel do profissional de Estética executar uma prescrição cosmética para uso diário. 
Conforme dito no início do livro-texto, a pele é constituída por várias camadas e células. Para a 
elaboração dos protocolos estéticos corporais, é necessário seguir sempre uma sequência lógica, como 
veremos a seguir.
Protocolo estético para a redução do FEG
O protocolo estético para a redução do FEG pode ser realizado em várias regiões do corpo. Na região 
posterior da coxa, auxilia na redução de edema e atenua a aparência do FEG. Na região abdominal, atua 
como redutor de medidas.
Antes de iniciar qualquer tipo de procedimento estético, é preciso higienizar a região com algodão 
ou gazes umedecidas com loção bactericida específica. 
Vamos conhecer o passo a passo:
•	 Passo 1: esfoliação, que tem por objetivo remover as células mortas que impedem a introdução 
dos princípios ativos cosméticos através da pele.
•	 Passo 2: aplicação de um creme de massagem que contenha princípios ativos drenantes e 
lipolíticos. Esta etapa serve para ativar a circulação sanguínea e linfática, otimizando a remoção 
das toxinas. Também é importante para a absorção dos princípios ativos.
•	 Passo 3: execução de massagem, que deverá ser escolhida de acordo com o intuito do protocolo. 
Por exemplo: drenagem linfática para protocolos de redução hídrica ou massagem modeladora 
para mobilização da gordura localizada.
26
Unidade I
Figura 10 – Manobra de rolamento na região da coxa
•	 Passo 4: aplicação de argila verde. A argila tem ação desintoxicante e remineralizante, auxiliando 
na redução de medidas e na reestruturação da pele.
Preparação da argila
As argilas, normalmente, são vendidas em pó. Esse pó deve ser misturado com soro fisiológico ou 
com alguma loção específica para procedimentos corporais, como as loções ortomoleculares. A mistura 
não pode ficar muito grossa nem muito líquida. Quando se torna homogênea, deve ser aplicada na 
região a ser tratada com o auxílio de uma espátula ou com as próprias mãos.
•	 Passo 5: envolvimento da região com filme osmótico de PVC.
•	 Passo 6: envolvimento do cliente em um lençol de mayler. O lençol de mayler é confeccionado 
com um material de alumínio que aumenta o calor do local. Outras fontes de calor, como a manta 
térmica e o lençol térmico, podem ser utilizadas nesta etapa do protocolo.
Figura 11 – Lençol de mayler
27
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
O lençol térmico fornece um aquecimento e evita a perda de calor da região a ser tratada. O calor 
ativa a circulação sanguínea e linfática, além de favorecer a reabsorção das toxinas e aumentar a 
capacidade de permeação dos princípios ativos utilizados anteriormente.
O procedimento é contraindicado nos seguintes casos:
•	 Estado febril.
•	 Crises de enxaqueca.
•	 Qualquer tipo de infecção.
•	 Qualquer tipo de inflamação.
•	 Problemas circulatórios graves, como varizes calibrosas e tromboses.
•	 Gestação.
Exemplo de aplicação
Caso 1
M. J. é do sexo feminino, tem 45 anos, é sedentária e trabalha como secretária. Devido à sua rotina, 
permanece muito tempo sentada, o que prejudica a circulação sanguínea e linfática dos membros 
inferiores. Não possui contraindicações. A queixa de M. J. é a sensação de fadiga e FEG grau 3 na parte 
posterior da coxa. O que seria indicado para essa cliente?
Resposta: conforme estudado, a má circulação dos membros inferiores ocasiona edemas, e a 
sensação de cansaço é proveniente disso. Como tratamento estético, M. J. pode fazer massagens e 
protocolos de ação desintoxicante. A drenagem linfática manual é uma alternativa para auxiliar na 
eliminação de edemas e toxinas.
Caso 2
A. L. tem 30 anos, é do sexo feminino e trabalha como vendedora 10 horas por dia. O trabalho exige 
muitas horas em pé, o que dificulta a circulação dos membros inferiores. A. L. apresenta varizes roxas 
e calibrosas na perna esquerda e, devido a esse problema, procurou o médico vascular para iniciar um 
tratamento médico. O médico solicitou alguns exames para, posteriormente, passar um diagnóstico e 
propor um tratamento. A. L. ouviu falar que os protocolos estéticos são uma ótima alternativa para 
aliviar o edema e a sensação de cansaço das pernas. Sendo assim, procurou uma esteticista para iniciar 
um tratamento estético. Diante desse caso, qual deve ser a conduta do profissional de Estética?Resposta: no caso, nenhum procedimento estético deverá ser iniciado antes do diagnóstico 
médico, pois varizes calibrosas e doloridas são uma das contraindicações para tratamentos estéticos 
nos membros inferiores.
28
Unidade I
2.2 Lipodistrofia localizada e obesidade
O tecido adiposo constitui o principal reservatório energético do organismo. A gordura é armazenada 
no corpo sob forma de triglicerídeos.
Além de reservatório energético, o tecido adiposo possui outras funções, tais como:
•	 Isolante térmico: esse tecido conduz apenas um terço do calor em comparação aos outros 
tecidos. A maior parte do calor é retida. Portanto, pessoas com maior quantidade de tecido adiposo 
sentem mais calor. 
•	 Amortecedor de choques mecânicos: o tecido adiposo localizado na palma das mãos e na 
planta dos pés serve como amortecedor de impactos e choques mecânicos. Além disso, funciona 
como suporte, proteção e preenchimento dos órgãos. 
•	 Função excretora: sintetiza hormônios, como a leptina e a citocina. 
Como vimos, a célula adiposa aumenta e diminui de tamanho. Quando a ingestão calórica é maior 
que o gasto energético, a célula armazena gordura sob forma de triglicerídeos. Esse processo recebe o 
nome de lipogênese.
Figura 12 – Lipodistrofia localizada na região abdominal
A lipólise é a transformação dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol para consumo energético 
das células (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
A hidrolipodistrofia localizada é um termo utilizado para denominar a gordura localizada. Esta se 
refere ao acúmulo de gordura em determinadas áreas do corpo. Na mulher, é comum o aparecimento 
de gorduras na região abdominal, nos glúteos, nos culotes e nas coxas. No homem, a concentração de 
gordura costuma ser maior na região abdominal (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
29
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 13 – Hidrolipodistrofia localizada feminina na região dos flancos e glúteos
Para que ocorra a lipólise, é necessário aumentar o gasto calórico. Por isso, são importantes a 
prática da atividade física e a alimentação adequada. Por questões hormonais, o corpo feminino tende a 
armazenar a gordura em regiões diferentes das do corpo masculino. O corpo da mulher foi desenvolvido 
para a procriação, o que justifica o maior desenvolvimento na região do quadril e nas mamas. O tecido 
adiposo constitui grande parte do organismo e dá o formato do corpo feminino.
Protocolo para tratamento da lipodistrofia localizada
Antes de iniciar o protocolo, a região deve ser higienizada com loção bactericida.
Figura 14 – Higienização da área a ser tratada com algodão e loção bactericida
•	 Passo 1: realizar esfoliação em toda a área para remover as impurezas e as células mortas. 
Esta etapa prepara a pele para a permeação dos princípios ativos, pois remove células da 
superfície que atuam como barreira. A esfoliação deve ser realizada com movimentos rápidos 
de fricção. Após cinco minutos, o esfoliante deve ser retirado com o auxílio de algodão e gaze 
ou toalhas umedecidas.
30
Unidade I
Figura 15 – Aplicação do esfoliante na região abdominal
•	 Passo 2: aplicação do creme de massagem com princípios ativos redutores e manobras de 
massagem modeladora. A massagem associada aos princípios ativos redutores auxilia na 
desintoxicação tecidual e aumenta os estímulos lipolíticos. 
Figura 16 – Manobra de deslizamento na região abdominal
Ativos cosméticos como cafeína, silício orgânico e arnica são recomendados para protocolos de 
lipodistrofia localizada. Movimentos circulares no sentido horário são indicados para estimular os 
movimentos peristálticos do intestino.
Figura 17 – Movimentos circulares com as mãos espalmadas ao redor do umbigo no sentido horário
31
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
O amassamento é uma manobra fundamental para os protocolos de gordura localizada, pois mobiliza 
o tecido adiposo.
Figura 18 – Amassamento na região abdominal
•	 Passo 3: aplicação da argila verde em toda a região. A argila é um desintoxicante e auxilia na 
redução de edemas, além de remineralizar a pele.
Figura 19 – Aplicação da argila verde na região abdominal
Para maior permeabilidade dos ativos, a região deve ser envolvida com filme osmótico de PVC. 
A argila deve agir por 20 minutos. 
32
Unidade I
Figura 20 – Argila envolvida em filme osmótico de PVC
• Passo 4: envolvimento na manta térmica. A manta aumenta o calor da região. O aumento da 
temperatura intensifica as trocas metabólicas e auxilia na redução de medidas.
Figura 21 – Envolvimento da região com manta térmica
• Passo 5: após os vinte minutos de manta térmica, é necessário remover a argila com toalhas 
umedecidas ou algodão e gaze úmida. 
Para finalizar o protocolo, é recomendado aplicar um hidratante corporal.
Esse protocolo é recomendado de duas a três vezes por semana, dependendo da disponibilidade do cliente.
2.3 Características da obesidade
A obesidade é o excesso de tecido adiposo corporal. É considerada pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS), há quase 40 anos, um problema de saúde pública, pois afeta todos os países desenvolvidos e em 
desenvolvimento e está associada a uma série de doenças, como hipertensão, diabetes, arteriosclerose, 
além de problemas circulatórios e cardíacos (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
33
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 22 – Hidrolipodistrofia localizada no homem
As causas da obesidade, bem como o tratamento, são multifatoriais. O hipotálamo é a região cerebral 
responsável pela sensação de saciedade e de fome. Alterações neurológicas e psicológicas podem estar ligadas 
com a ansiedade de comer. Alterações em determinados hormônios também podem estar relacionadas à 
diminuição da queima ou ao aumento das reservas de gordura. A questão genética também influencia 
diretamente na formação e no aumento das células adiposas. Alguns fármacos, como os glicocorticoides, 
os progestógenos e os anti-histaminicos, contribuem para o aumento do edema e da gordura corporal. 
Existe uma fórmula que o profissional de Estética pode utilizar para calcular o índice de 
massa corporal (IMC) do indivíduo. Os resultados devem sempre ser armazenados em fichas para 
futuras comparações.
Para calcular o IMC, divide-se o peso do cliente em quilos (kg) pela altura em metros elevada ao 
quadrado, como pode ser visto na fórmula:
Peso
____________
Altura x Altura
O valor obtido deve ser analisado de acordo com os dados do quadro a seguir:
Quadro 1
Menor que 20 Subnutrição
Entre 21 e 25 Normal
Entre 26 e 30 Sobrepeso
Entre 31 e 40 Obesidade
Maior que 40 Obesidade mórbida
34
Unidade I
A figura a seguir mostra a imagem de um homem com 146 kg e 1,77 de altura. Dividindo o peso (146) 
pelo quadrado da altura (3,1329), conclui-se que esse indivíduo tem um IMC de 47 kg/m2, o que o classifica 
como obeso mórbido.
Figura 23 – Homem com IMC de 47 kg/m2
 Observação 
Cada ser é único e tem suas particularidades que devem ser consideradas 
para elaborar o programa estético. A fórmula do IMC, apesar de muito 
usual, não é 100% eficaz, pois considera somente dois parâmetros: o peso 
e a altura. 
Se compararmos dois indivíduos de mesmo peso, em que um tem 
mais massa magra e o outro tem maior quantidade de tecido adiposo, o 
resultado será o mesmo. 
2.3.1 Causas da obesidade
Estudos mostram que, nas últimas décadas, após a possibilidade de vida urbana, o homem passou a 
ter acúmulo de gordura em maior escala. A OMS, desde 1975, passou a considerar a obesidade como um 
problema de saúde pública nos países subdesenvolvidos.
A obesidade é considerada uma das enfermidades coletivas derivadas da ingestão exagerada e 
indevida de calorias diárias. O problema é frequente em crianças e adultos. No Brasil, a prevalência está 
nas classes média e baixa. 
O protocolo estético para indivíduos com obesidade deve ser elaborado de acordo com as necessidades 
de cada um (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
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TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
As causas da obesidade podem ser variadas:
•	 Fatores genéticos: existe a predisposiçãogenética, que pode estar relacionada à quantidade 
de adipócitos, à questão hormonal ou, até mesmo, à redução de lipases (enzimas digestivas 
produzidas pelo pâncreas), de maneira que a mobilização da gordura é muito baixa.
•	 Fatores emocionais: alguns sentimentos como ansiedade, estresse e sensação de vazio podem 
contribuir para a maior ingestão de calorias. Cada indivíduo reage de uma forma diferente às 
doenças psicossomáticas. O ato de comer pode ser considerado uma alternativa para diminuir 
a tensão. Porém, é difícil descobrir se os fatores psicológicos causam a obesidade ou vice-versa 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
•	 Inatividade física e não balanceamento energético: para que o indivíduo aumente seu peso, 
ele deve ingerir mais calorias do que gasta. Portanto, se o gasto calórico é menor do que as 
calorias consumidas no dia, o excedente é armazenado sob forma de gordura nas células adiposas. 
Essa gordura em excesso caracteriza a obesidade. A atividade física, por sua vez, aumenta o gasto 
energético; por isso, é uma grande aliada daqueles que buscam equilibrar a ingestão de calorias e 
o gasto energético corporal. 
•	 Fatores metabólicos: indivíduos com insuficiência tireoidiana (hipotiroidismo) têm, na maioria 
dos casos, excesso de peso. Porém, esses indivíduos representam uma minoria da população obesa. 
Muitos adultos obesos apresentam níveis sanguíneos elevados de glicose 
ou quantidades excessivas de insulina. Através de pesquisas, observou-se 
que a diabetes e a hipertensão ocorrem mais em pessoas obesas do que em 
pessoas de peso normal (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 305).
2.3.2 Protocolos estéticos para indivíduos com obesidade
O obeso possui a pele desidratada e tem muita dificuldade de hidratar e cuidar dos pés e das pernas, 
devido à dificuldade de abaixar. Pessoas obesas tendem a ter muita retenção hídrica, pois o adipócito 
aumentado exerce uma compressão nos vasos sanguíneos e linfáticos, prejudicando a eliminação de 
toxinas. Além disso, o indivíduo obeso apresenta cansaço com frequência, pois o sobrepeso torna mais 
difícil a locomoção.
A partir dessas informações básicas, podemos traçar as necessidades que devem ser consideradas, como:
•	 a hidratação da pele;
•	 a desintoxicação dos tecidos;
•	 a diminuição de edemas;
•	 o relaxamento muscular.
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Unidade I
São indicados protocolos como esfoliação e gomagem corporal seguidos de hidratação frequente 
da pele.
Caso não haja contraindicações, o obeso pode utilizar a massagem drenagem linfática para a redução 
de edemas instalados. Procedimentos holísticos e técnicas de relaxamento são indicados para amenizar 
as dores pelo corpo e a ansiedade, que, por várias vezes, pode ser a causa de um desequilíbrio psicológico. 
A talassoterapia (tratamento que se utiliza de princípios ativos de origem marinha) também é 
indicada para esse público, pois tem alto poder de hidratação, remineralização e desintoxicação corporal. 
Cosméticos ortomoleculares podem ser inseridos nos tratamentos, pois os minerais auxiliam na 
reconstrução e recuperação do tecido. 
Os cosméticos a base de sais marinhos também são indicados. O sal tem capacidade de puxar o 
líquido. Se nossa alimentação for rica em sal, ficamos inchados porque o sal retém o líquido dentro do 
organismo. Podemos nos utilizar de bandagens com sal, sprays salínicos e banhos de imersão com sal 
para auxiliar na desintoxicação tecidual. 
Atualmente, a Estética tem uma tecnologia avançada para os tratamentos em geral. Porém, para o 
indivíduo obeso, o menos é mais, pois se trata de uma grande quantidade de gordura. Os procedimentos 
devem englobar uma grande área do corpo, e as maiores necessidades são a hidratação e, principalmente, 
a desintoxicação.
O ideal é dar preferência a procedimentos mais simples e direcionados, como o seguinte:
Protocolo estético para indivíduos com obesidade
•	 Passo 1: esfoliação.
•	 Passo 2: aplicação de loção hidratante. Podem ser loções hidratantes ortomoleculares ou a base 
de ureia.
•	 Passo 3: aplicação de creme de massagem com princípios ativos drenantes. Por exemplo: cremes 
a base de algas marinhas, centella asiática, raffermine etc.
•	 Passo 4: aplicação de argila branca. A argila pode ser associada ao soro fisiológico, formando uma 
mistura homogênea. 
A argila branca tem a capacidade de absorver oleosidade sem desidratar a pele. Além disso, possui 
grandes quantidades de minerais que auxiliam no processo de cicatrização da pele. É indicada, também, 
em protocolos de clareamento e hidratação cutânea.
A argila pode ser envolvida em um filme osmótico de PVC para intensificar a permeação dos 
princípios ativos.
Pode ser aplicado um cobertor ou lençol de mayler. 
37
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
A argila pode agir por volta de vinte minutos. Após esse tempo, pode ser removida por toalhas 
úmidas e quentes, ou o indivíduo pode tomar banho.
Para finalizar o protocolo, é indicado aplicar um creme hidratante.
Esse protocolo pode ser realizado duas vezes por semana, com exceção da esfoliação, que deve ser 
aplicada uma vez por semana. 
É importante indicar um creme hidratante de desintoxicante para uso diário. Nesse caso, os 
cosméticos com princípios drenantes e reconstrutores também são indicados. Alguns exemplos de ativos 
são as algas marinhas, o silício orgânico, a centella asiática, a arnica e o ginkgo biloba. 
As contraindicações do protocolo são:
•	 Hipertensão arterial.
•	 Diabetes.
•	 Cardiopatia descompensada.
•	 Estado febril.
•	 Qualquer tipo de infecção.
•	 Qualquer tipo de inflamação.
•	 Problemas circulatórios graves, como varizes calibrosas e tromboses.
•	 Gestação.
 Exemplo de aplicação
Caso 1
J. V. é um jovem de 18 anos, sedentário, com IMC acima de 40. Além de não praticar atividade física, 
tem uma alimentação inadequada e não tem o hábito de beber água. Apesar de não ter nenhuma doença 
diagnosticada, J. V. se sente muito cansado com atividades rotineiras e tem dificuldade para dormir e se 
locomover devido ao excesso de peso. Que tipo de procedimento estético é indicado para ele?
Resposta: apesar de não possuir diagnósticos de doenças mais graves, J. V. é obeso e não tem restrições 
a alguns procedimentos estéticos. Para J. V., o indicado seria realizar protocolos de desintoxicação, como 
esfoliar, massagear e hidratar a pele constantemente. As manobras leves de massagens, além de auxiliar 
na desintoxicação, acalmam, e essa sensação de relaxamento pode ajudar na diminuição de ansiedade 
e melhorar a qualidade do sono.
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Unidade I
Caso 2
M. L. tem 45 anos, IMC 41 e é sedentária. Foi diagnosticada com hipertensão arterial e cardiopatia 
descompensada. Procurou tratamentos estéticos porque não consegue perder peso. Como deve ser a 
conduta do profissional nesse caso?
Resposta: no caso apresentado, existem contraindicações diagnosticadas. Portanto, M. L. não poderá 
realizar a maioria dos protocolos estéticos. O profissional de Estética pode propor procedimentos simples 
que hidratam a pele. Podem ser realizados procedimentos de higiene, tais como esfoliação, gomagem e 
aplicação de cremes hidratantes para umectar a pele. 
2.4 Flacidez
O termo flacidez se refere ao estado flácido, ou seja, mole, frouxo. Na Estética, esse termo é utilizado 
com o mesmo significado. Porém, a palavra não define a região em que ocorre. 
“A definição de flacidez é um tema de discussão, uma vez que a flacidez de pele e a hipotonia 
muscular são consideradas por alguns como entidade única, ao passo que para outros são independentes” 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004).
A flacidez pode ocorrer na pele, sendo chamada de flacidez tissular, ou na musculatura esquelética, 
sendo denominada flacidez muscular. 
Segundo Perez e Vasconcelos (2014), na maioria das vezes, o cliente apresenta os dois tipos. É muito 
difícil separar uma da outra durante a avaliação do cliente. O próprio processo de envelhecimento degenera 
as fibras de colágeno que dão sustentação. O envelhecimento e o sedentarismo também desgastam as 
fibrasmusculares e provocam a perda de massa muscular. Portanto, o processo de envelhecimento é um 
dos principais fatores causadores da flacidez muscular e tissular do indivíduo. 
Esse processo ocorre de forma intrínseca. Porém, fatores extrínsecos e hábitos de vida podem 
acentuá-lo ou atenuá-lo.
Figura 24 – Flacidez no tríceps
39
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
A pele pode ser entendida como um material viscoelástico, ou seja, que tem a capacidade de se 
expandir (esticar). Porém, quando essa capacidade é ultrapassada, como no caso de um indivíduo magro 
que se torna obeso em um curto período e depois emagrece radicalmente, ao cessar o estímulo, a pele 
não volta ao seu estado original, dando origem a um excesso de pele denominado flacidez. 
Os fatores extrínsecos são aqueles pelos quais nós somos responsáveis, como:
•	 Excesso de radiação solar.
•	 Sedentarismo.
•	 Alimentação inadequada.
•	 Emagrecimento demasiado.
•	 Fumo.
•	 Gestação.
•	 Obesidade.
•	 Distúrbios hormonais.
A pele tem o tecido diferente do músculo, mas ambos trabalham de forma conjunta. Sendo assim, 
quando há flacidez muscular, a pele também fica com a aparência flácida. Se o músculo estiver tonificado, 
a flacidez tissular (pele) não é tão evidente.
Existem diversos procedimentos estéticos para tratar a flacidez. Recursos tecnológicos, como a 
radiofrequência, estimulam a neocolagênese. A ionização galvânica pode aumentar a permeação de 
princípios cosméticos para ativar a síntese de colágeno. Além disso, é importante orientar o cliente a 
ingerir água, pois a pele hidratada tem menor probabilidade de desenvolver a flacidez, e a água é um 
elemento fundamental para que os fibroblastos desenvolvam a função de produzir colágeno. 
O profissional de Estética deve realizar uma avaliação precisa da flacidez, pois os procedimentos 
estéticos para flacidez tissular e muscular são diferentes. 
Para tratamento da flacidez tissular, é necessária a estimulação de colágeno e elastina nos tecidos 
para a reorganização estrutural dessas fibras de sustentação.
Para tratar a flacidez muscular, é necessário executar a contração muscular. No caso da Estética, 
essa contração é realizada através de recursos tecnológicos, equipamentos que emitem corrente russa, 
por exemplo, e que liberam comandos de contração para fortalecer as fibras musculares. Portanto, 
caso a avaliação não seja satisfatória, o resultado não aparecerá.
40
Unidade I
2.4.1 Procedimentos estéticos preventivos para amenizar a flacidez
A flacidez muscular ou hipotonia muscular está relacionada à inatividade física; mais especificamente, 
à falta de exercícios de força. 
No processo de envelhecimento natural, as células diminuem suas capacidades de funcionamento, 
e a flacidez aparece. Os fibroblastos são células responsáveis pela produção de colágeno, que se 
enfraquecem com o passar dos anos. 
Além disso, com o envelhecimento, a tendência é perder massa magra e armazenar mais gordura.
•	 Flacidez muscular: a única forma de prevenção e combate à flacidez é a contração das fibras 
musculares: a atividade física (musculação ou contração por estimulação elétrica). 
•	 Flacidez tissular: a flacidez da pele é um pouco mais difícil de ser tratada, pois envolve a 
estimulação dos fibroblastos para aumento da produção de colágeno. 
Os protocolos para tratamento dessa alteração estética podem ser elaborados com o auxílio de 
cosméticos ortomoleculares, remineralizantes e estimuladores da produção de colágeno e elastina.
 Saiba mais
As manobras de massagens realizadas nos procedimentos estéticos 
corporais devem sempre respeitar o linear de dor do cliente. Devem ser 
realizadas de acordo com o objetivo do tratamento e não devem, em 
hipótese alguma, deixar hematomas na pele. O hematoma indica que a 
pressão utilizada foi forte demais e que esse excesso rompeu os vasos 
sanguíneos e linfáticos. Para aprender um pouco mais sobre esse tema, 
indicamos a leitura do artigo a seguir:
TACANI, R. E.; TACANI, P. M.; LIEBANO, R. E. Intervenção fisioterapêutica 
nas sequelas de drenagem linfática manual iatrogênica: relato de caso. 
Fisioterapia e Pesquisa, v. 18, n. 2, p. 188-194, 2011.
Os protocolos manuais para amenizar a flacidez tissular devem ser elaborados em uma sequência 
lógica. Veremos, a seguir, um exemplo de protocolo para flacidez tissular corporal.
Protocolo preventivo de flacidez
Passo 1: executar a esfoliação em toda a área a ser tratada. A remoção desse produto deve ser 
realizada com toalhas umedecidas em água quente ou morna.
41
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Passo 2: aplicar uma loção a base de minerais ou algas marinhas. Essa loção pode ser absorvida com 
o auxílio de pinçamentos de jaquet.
Passo 3: fazer massagem ativa com creme a base de princípios ativos drenantes e firmadores, como 
algas marinhas, centella asiática e raffermine.
Passo 4: aplicar argila branca. Esta possui minerais importantes para a reestruturação do tecido.
Passo 5: envolver a região com filme de PVC. Este irá aquecer o local e aumentar a absorção dos 
princípios ativos cosméticos aplicados anteriormente.
Passo 6: cobrir com uma toalha e envolver com manta térmica. A manta térmica é um recurso que 
aumenta a temperatura e ativa a circulação sanguínea e linfática, o que potencializa o protocolo. Deixar 
agir por 15 a 20 minutos.
Passo 7: remover a argila com toalhas umedecidas em água quente ou morna ou pedir para o 
cliente tomar banho.
Passo 8: finalizar com creme hidratante.
Esse procedimento pode ser realizado duas vezes por semana, com exceção da esfoliação, que deve 
ser aplicada apenas uma vez por semana.
Contraindicações do protocolo
•	 Hipertensão arterial.
•	 Cardiopatia descompensada.
•	 Estado febril.
•	 Qualquer tipo de infecção.
•	 Qualquer tipo de inflamação.
•	 Problemas circulatórios graves, como varizes calibrosas e tromboses.
•	 Gestação.
 Observação
Em casos de flacidez tissular severa, é recomendada a realização de 
procedimentos cirúrgicos para a remoção das elipses excessivas de tecido. 
Nessas situações, são indicados procedimentos estéticos pós-operatórios 
para auxiliar no processo de cicatrização, melhorar a aparência da cicatriz 
e fortalecer o tecido.
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Unidade I
 Resumo
Os procedimentos estéticos corporais devem ser elaborados após um 
estudo de anatomia e fisiologia da pele. A pele é considerada o maior órgão 
do corpo humano e é subdividida em duas camadas: a epiderme e a derme.
A epiderme é constituída de cinco camadas, e a sua principal função é a 
proteção dos tecidos internos e dos órgãos. A camada córnea, que é a mais 
superficial, é constituída por células anucleadas (mortas). A remoção de 
parte dessas células através da esfoliação é uma das principais etapas dos 
protocolos cosméticos. A esfoliação aumenta a capacidade de permeação 
dos princípios ativos cosméticos utilizados.
A derme, por sua vez, é considerada a camada nobre da pele. O colágeno 
presente nessa camada é produzido por células denominadas fibroblastos. 
As fibras de elastina e colágeno são responsáveis pela firmeza e juventude 
da pele.
A hidrolipodistrofia é uma alteração estética, conhecida popularmente 
por celulite, e acomete a maior parte das mulheres devido à atividade 
hormonal do sexo feminino. A hidrolipodistrofia pode ser desencadeada por 
vários fatores; entre eles, destacam-se a predisposição genética e os hábitos 
de vida irregulares. A retenção hídrica está associada a essa alteração estética. 
As células adiposas (células que armazenam gordura) aumentadas comprimem 
os vasos sanguíneos e linfáticos, o que dificulta a circulação do sangue e a 
eliminação de toxinas. Procedimentos estéticos como a drenagem linfática 
manual e protocolos com talassoterapia são indicados para amenizar essa 
alteração e diminuir a aparência ondulada da pele. 
A obesidade é caracterizada pelo aumento de tecido adiposo corporal. 
O indivíduo obeso possui retenção hídrica, ressecamento na pele, sensação 
de fadiga e cansaço e flacidez associada.

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