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PLANEJAMENTO-E-ZONEAMENTO-AMBIENTAL

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1 
 
SUMÁRIO 
1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................ 2 
2 DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE ........................................... 6 
3 PLANEJAMENO AMBIENTAL ......................................................... 10 
3.1 Principais Objetivos: .................................................................. 15 
4 ZONEAMENTO AMBIENTAL .......................................................... 20 
4.1 Zoneamento ecológico econômico (zee) ................................... 22 
4.2 Outros tipos de zoneamento ..................................................... 23 
5 PLANEJAMENTO E USO DA TERRA ............................................. 30 
5.1 A Diferença Que o Planejamento Faz e Como Ele é Feito ........ 31 
5.2 Os Sistemas De Suporte à Decisão .......................................... 32 
5.3 O exemplo do wwf ..................................................................... 35 
5.4 O que é o uso da terra e como suas mudanças afetam nossas 
vidas? 35 
5.5 Água .......................................................................................... 39 
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................... 41 
O que é Educação Ambiental ............................................................. 47 
6.1 Educação ambiental nas escolas .............................................. 48 
6.2 Educação ambiental e desenvolvimento sustentável ................ 49 
6.3 A educação ambiental no Brasil ................................................ 49 
7 BIBLIOGRAFIAS .............................................................................. 50 
 
 
 
2 
 
1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o 
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem 
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É 
o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de 
harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação 
ambiental. 
Fonte: www.google.com.br 
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de 
planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse 
conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva 
em conta o meio ambiente Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com 
crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e 
recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois 
leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende 
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de 
 
3 
 
recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência 
humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. 
O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de 
quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento 
da reutilização e da reciclagem 
 
Fonte: www.google.com.br 
 
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o 
caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. 
Mesmo porque não seria possível. Caso as sociedades do Hemisfério Sul 
copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis 
fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 
200 vezes Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em 
desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países 
industrializados os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas 
têm sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério Norte 
possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos 
dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% 
da produção de madeira mundial. 
 
4 
 
O desenvolvimento sustentável é um conceito elaborado para fazer 
referência ao meio ambiente e à conservação dos recursos naturais. Entende-
se por desenvolvimento sustentável a capacidade de utilizar os recursos e os 
bens da natureza sem comprometer a disponibilidade desses elementos para as 
gerações futuras. Isso significa adotar um padrão de consumo e de 
aproveitamento das matérias-primas extraídas da natureza de modo a não afetar 
o futuro da humanidade, aliando desenvolvimento econômico com 
responsabilidade ambiental.1 
 
Fonte:www.google.com.br 
 
Sabemos que existem os recursos naturais não renováveis, ou seja, 
aqueles que não podem renovar-se naturalmente ou pela intervenção humana, 
tais como o petróleo e os minérios; e que também existem os recursos naturais 
renováveis. No entanto, é errôneo pensar que esses últimos sejam inesgotáveis, 
pois o seu uso indevido poderá extinguir a sua disponibilidade na natureza, com 
exceção dos ventos e da luz solar, que não são diretamente afetados pelas 
práticas de exploração econômica. 
Dessa forma, é preciso adotar medidas para conservar esses recursos, 
não tão somente para que eles continuem disponíveis futuramente, mas também 
 
1 Texto extraído do link:www.wwf.org.br 
 
5 
 
para diminuir ou eliminar os impactos ambientais gerados pela exploração 
predatória. Assim, o ambiente das florestas e demais áreas naturais, além dos 
cursos d'água, o solo e outros elementos necessitam de certo cuidado para 
continuarem disponíveis e não haver nenhum tipo de prejuízo para a sociedade 
e o meio ambiente. 
 
Fonte:amazonia.org.br 
A história do conceito de Desenvolvimento Sustentável O conceito de 
desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade 
de Estocolmo, Suécia, e, por isso, também chamada de Conferência de 
Estocolmo. A importância da elaboração do conceito, nessa época, foi a de unir 
as noções de crescimento e desenvolvimento econômico com a preservação da 
natureza, questões que, até então, eram vistas de forma separada. 
Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais 
conhecido como Relatório Brundtland, que formalizou o termo desenvolvimento 
sustentável e o tornou de conhecimento público mundial. Em 1992, durante a 
ECO-92, o conceito “satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” tornou-
se o eixo principal da conferência, concentrando os esforços internacionais para 
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/estocolmo-72.htm
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/estocolmo-72.htm
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/eco-92.htm
 
6 
 
o atendimento dessa premissa. Com esse objetivo, foi elaborada a Agenda 21, 
com vistas a diminuir os impactos gerados pelo aumento do consumo e do 
crescimento da economia pelo mundo. 
 
 
Fonte:blogdatiadanitecnologica.blogspot.com.br 
2 DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE 
Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto 
pela sociedade civil em geral para a construção de um mundo pautado na 
sustentabilidade, podemos citar: 
- Redução ou eliminação do desmatamento; 
- Reflorestamento de áreas naturais devastadas; 
- Preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e 
unidades de conservação de matas ciliares; 
- Fiscalização, por parte do governo e da população, de atos de 
degradação ao meio ambiente; 
- Adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs 
(repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar); 
- Contenção na produção de lixo e direcioná-lo corretamente para a 
diminuição de seus impactos; 
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/agenda-21.htm
 
7 
 
- Diminuição da incidência de queimadas; 
Diminuição da emissão de poluentesna atmosfera, tanto pelas chaminés 
das indústrias quanto pelos escapamentos de veículos e outros; 
- Opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem 
impactos ambientais em larga e média escala; 
- Adoção de formas de conscientizar o meio político e social das medidas 
acimas apresentadas. 
 
Fonte: meioambientetecnico.blogspot.com.br 
Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir 
uma sociedade sustentável que não comprometa o meio natural tanto na 
atualidade quanto para o futuro a médio e longo prazo2 
As discussões acerca do desenvolvimento sustentável evoluíram bastante 
desde o surgimento dos conceitos eco desenvolvimento, lançado por Maurice 
Strong, em 1973. Foram, na ocasião, amplamente discutidos os seis caminhos 
do desenvolvimento, como sendo: a satisfação das necessidades básicas; a 
solidariedade com as gerações futuras; a participação da população envolvida; 
a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente; a elaboração de um 
sistema social que garanta emprego, segurança social e respeito a outras 
 
2 Extraído do link: 
 
8 
 
culturas; os programas de educação. A partir de então, é que se pôde chegar ao 
atual conceito de desenvolvimento sustentável. No entanto, há um grande 
número de conceituações no que tange o desenvolvimento sustentável, contudo, 
para este projeto, valer-nos-emos do conceito exposto no Relatório de 
Brundtland que diz que “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que 
satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as 
futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”. 
 
Fonte: http:.jornalboavista.com.br 
A partir de então, e passando por diversas conceituações, temos o eco 
desenvolvimento a fim de “procurar conciliar a proteção do meio ambiente com 
o desenvolvimento socioeconômico para a melhoria da qualidade de vida para o 
homem”. 
A Gestão Ambiental, condição sine qua non para o desenvolvimento 
sustentável, tem, no cerne da sua conceituação, a preservação ambiental. 
Sendo, segundo Hurtubia (1980), “A tarefa de administrar o uso produtivo de um 
recurso renovável sem reduzir a produtividade e a qualidade ambiental, 
normalmente em conjunto com o desenvolvimento de uma atividade”. 
A sustentabilidade não é estática, mas dinâmica, visto que leva em conta 
as necessidades humanas. A partir disto, o conceito de sustentabilidade é 
apresentado a partir de cinco perspectivas, cinco dimensões primordiais, sendo 
 
9 
 
elas: sustentabilidade social; sustentabilidade econômica; sustentabilidade 
ecológica; sustentabilidade espacial (ou geográfica); sustentabilidade cultural. 
A sustentabilidade social é a adoção de um crescimento estável, 
distribuindo melhor, as riquezas, com menos desigualdades. Ela visa diminuir as 
diferenças sociais. 
A sustentabilidade econômica, “tornada possível graças ao fluxo 
constante de inversões públicas e privadas, além da alocação e do manejo 
eficientes dos recursos naturais”. 
 
Fonte: www.atitudessustentaveis.com.br 
As bases da sustentabilidade ecológica estão na utilização massificada 
do potencial de recursos nos diferentes ecossistemas, produzindo o mínimo de 
deterioração. Prevê ainda a diminuição do uso de combustíveis fósseis e a 
redução do volume de substâncias poluentes. 
Quanto à sustentabilidade geográfica, podemos dizer que a ocupação 
espacial desequilibrada causa problemas. Exemplo disso é a população dos 
grandes centros (leia-se cidades, principalmente metrópoles) continua a crescer, 
junto com o percentual de população residente nas áreas urbanas, bem como a 
diminuição demográfica das áreas rurais. Resulta disso a destruição de 
ecossistemas encontrados nas cidades devido à utilização de áreas não ideais 
para moradia. Visa o equilíbrio nos usos espaciais, bem como a proteção de 
 
10 
 
áreas que não deveriam ser utilizadas (pela população que está à margem da 
sociedade), promovendo a melhoria na qualidade de vida da população. 
 
 
Já a sustentabilidade cultural se configura como a mais complexa no 
sentido de sua concretização. Intenta dar soluções locais, adaptadas a cada 
cultura e ecossistema Uma nova consciência dos limites ecossistêmicos e de 
sua fragilidade, em face destas dimensões do desenvolvimento sustentável, 
pode ajudar a nortear as ações locais futuras, tendo em vista as mudanças 
globais de que tanto necessitamos para viver melhor, no sentido mais amplo que 
este “viver melhor” pode vir a ter. A responsabilidade é de todos e de cada um. 
À coletividade, dá-se o papel de defesa e proteção do meio ambiente.3 
3 PLANEJAMENO AMBIENTAL 
Fonte: br.pinterest.com 
Existem várias definições sobre o que seria o planejamento ambiental 
decorrente da evolução do conceito ao longo do tempo e que às vezes 
confundem-se com gestão ambiental ou gerenciamento ambiental. O consenso 
 
3 Extraído do link: www.autossustentavel.com 
http://www.infoescola.com/ecologia/gestao-ambiental/
 
11 
 
entre as definições é de que é um processo que possui metas e objetivos e 
estabelece meios adequados para visualização do cenário socioambiental futuro 
quando se pensa em uma construção, como por exemplo, uma hidrelétrica. 
 
 
De acordo com Santos (2004) o planejamento é um processo contínuo 
em que se envolve a coleta, organização e análises de informações com 
procedimentos e métodos específicos. 
O objetivo desse processo é necessário para fazer escolhas ou tomar 
decisões a respeito de como utilizar os recursos disponíveis da melhor forma 
possível. 
Fonte:meioambiente.culturamix.com 
O planejamento ambiental é constituído por fases com objetivos, 
inventário, diagnóstico, prognóstico, tomada de decisão e formulação de 
diretrizes. A intenção dessas fases é identificar os impactos ambientais e sociais 
possíveis com a construção e quais seriam as formas de minimizá-los ou 
compensá-los. 
É importante considerar que o planejamento exige uma abordagem 
interdisciplinar e integrada pois tem certa complexidade pois devem ser 
analisados os aspectos físicos, ambientais e dinâmicas antrópicas (sociais). 
Assim, o planejamento ambiental tem interligação com o desenvolvimento 
http://www.infoescola.com/energia/usina-hidreletrica/
http://www.infoescola.com/geografia/desenvolvimento-sustentavel/
 
12 
 
sustentável, pois ajuda a preservar e conservar os recursos naturais, garantindo 
recursos para as próximas gerações. 
Um exemplo de obra onde a falta de um planejamento ambiental bem 
elaborado e que gerou problemas é a construção da Usina de Belo Monte no 
Pará. 
A hidrelétrica começou a ser construída em 2011 muito próximas ao 
Parque Indígena do Xingu e de Altamira. Desde o início de sua implantação 
gerou muitos problemas, considerados passivos ambientais e sociais. 
 
Fonte:serygma.blogspot.com.br 
Faltou um cronograma com a definição clara das responsabilidades da 
empresa Norte Energia. Há problemas com a instalação de redes de água e 
esgoto. Por ser muito grande, a obra trouxe muitos trabalhadores que ficavam 
confinados aos alojamentos fornecidos pela empresa, mas que, em finais de 
semana iam até a cidade de Altamira que não comportava essas centenas de 
pessoas a mais. 
 A falta de espaços de lazer e o consumo de álcool geravam conflitos entre 
os moradores da cidade e os trabalhadores da usina. Outros problemas urbanos 
surgiram como o aumento nas taxas de homicídios e de mortes por 
atropelamento. Segundo informações de Marcondes (2015) em reportagem para 
a revista Carta Capital, a população de Altamira passou de 100 mil para 150 mil 
http://www.infoescola.com/geografia/desenvolvimento-sustentavel/
http://www.infoescola.com/ecologia/recursos-naturais/
http://www.infoescola.com/ecologia/passivo-ambiental/
 
13 
 
habitantes, refletindo em ocorrências policiais, e a taxa de homicídio passou de48 a cada 100 mil habitantes para 57 a cada 100 mil habitantes. 
 Também foram afetadas as áreas sociais de saúde e educação, pois não 
só os trabalhadores da Norte Energia e suas famílias foram para Altamira como 
também as populações ribeirinhas e rurais deslocadas de suas casas pela 
construção da obra. Além disso, houve conflitos com a população indígena que 
não foi previamente consultada sobre os impactos das populações ribeirinhas e 
sua relação com o rio. 
Esse exemplo retrata a importância de um Planejamento Ambiental bem 
feito, que considera os vários aspectos de uma região onde pretende-se fazer 
uma construção ou instalação4. 
Fonte:www.vitruvius.com.br 
Planejamento Ambiental é o processo de facilitar a tomada de decisão 
para realizar o desenvolvimento com a devida consideração aos fatores naturais, 
sociais, ambientais, políticos, econômicos e de governança. Proporciona um 
quadro de trabalho holístico para alcançar resultados sustentáveis. 
Objetiva a tomada de decisão de pontos necessários para gerir as 
relações que existem dentro e entre os sistemas naturais dos sistemas humanos. 
Há esforços de planejamento ambiental para gerenciar esses processos de 
 
4 Extraído do link: www.infoescola.com 
 
14 
 
forma eficaz, ordenada, transparente e equitativa para o benefício de todos os 
componentes dentro de tais sistemas para o presente e para o futuro. 
Práticas de planejamento ambiental nos dias atuais são resultados de 
contínuo aprimoramento e ampliação do escopo de processos de tomada de tal 
decisão. Alguns dos principais elementos do presente planejamento ambiental 
são: 
Desenvolvimento Social e Econômico; 
Desenvolvimento urbano; 
Desenvolvimento regional; 
Gestão dos recursos naturais e uso integrado da terra; 
Sistemas de infraestrutura; 
Estruturas de Governança. 
 
Fonte:bloguegeografia9.blogspot.com.br 
As ações de planejamento ambiental abrangem áreas como uso do solo, 
pontos socioeconômicos, transporte, economia, características de habitação, a 
poluição do ar, poluição sonora, zonas úmidas, habitat das espécies ameaçadas 
de extinção, inundação, zonas costeiras, estudos visuais, entre outros. 
As estruturas objetivam avaliação integrada de planejamento ambiental. 
Representam a capacidade de analisar as questões ambientais que facilitem a 
tomada de decisões críticas. 
 
15 
 
 Principais Objetivos: 
 Melhorar ou manter os ecossistemas aquáticos saudáveis; 
 Melhorar ou manter ecossistemas saudáveis terrestres; 
 Melhorar ou manter a qualidade da água (marinha, de água doce, água 
potável); 
 Avaliar os efeitos da mudança climática; 
Fonte: pt.wikipedia.org 
 Garantir a participação de stakeholders; 
 Promover o aumento da comunicação, educação e conscientização; 
 Promover a integração de conhecimentos, perspectivas tradicional e 
ocidental; 
 Apoiar um processo para desenvolver e implantar plano de gestão global; 
 Capacitar UINR para facilitar a gestão; 
 Fornecer apoios financeiros; 
 Facilitar planejamento de gestão; 
 Assegurar o uso sustentável dos recursos naturais; 
 Reduzir as perdas econômicas de espécies invasoras, a destruição do 
habitat e poluição; 
 Serviços de Planejamento e Gestão; 
 Recuperação tratamento de águas subterrâneas contaminadas; 
 
16 
 
 Planejamento de construção, revisão e supervisão; 
 Avaliação de abastecimento da água; 
 Estudos de gestão de inundação; 
 Recarga de aquíferos; 
Como as comunidades e os países se tornam mais preocupados com a 
distribuição de seus recursos, planejamento ambiental tornou-se cada vez mais 
crítico. O planejamento enfoca como as comunidades podem alcançar o 
desenvolvimento sustentável e utilizar os recursos de forma que seja bom para 
o ecossistema e a população em geral. 
 
 
Fonte:www.portalresiduossolidos.com 
Em geral, os planejadores ambientais trabalham com agências 
governamentais e locais para determinar como os projetos de construção afetam 
o meio ambiente. Nos Estados Unidos, os planejadores ambientais trabalham de 
modo estreito com a Agência de Proteção Ambiental para examinar o impacto 
de planejamento e desenvolvimento urbano. 
Em todo o mundo, organizações governamentais dependem de 
planejadores ambientais para implantar o projeto de cidades eco conscientes. 
Eles trabalham em variedade de configurações, incluindo setores sem fins 
lucrativos, empresas privadas e instituições governamentais em todo o mundo. 
 
17 
 
Para se tornar um planejador ambiental o indivíduo deve buscar boa 
educação e qualificação. Há escolas disponíveis à especialização. Alguns dos 
graus avançados mais comuns incluem bacharel em planejamento ambiental, 
arquitetura da paisagem e design do meio ambiente. 
Existem várias facetas ao planejador ambiental. Alguns dos mais 
proeminentes incluem cidades de reestruturação e avaliar como as políticas da 
cidade e do governo afetam o meio ambiente. 
 
Fonte:temas.folha.uol.com.br 
Planejadores ambientais estão preocupados com o futuro das cidades e 
regiões. Não apenas com danos ambientais, mas também sobre tensões no 
transporte, diminuição dos recursos naturais e outros problemas que afligem 
cidades ao redor do mundo. 
Planejadores ambientais devem ter conhecimento em profundidade da 
economia, geografia, ciências de meio ambiente, ciência política, engenharia e 
demografia. As questões de sustentabilidade criam único problema para muitas 
cidades e regiões, mas os planejadores trabalham para criar soluções. 
As alterações climáticas, a expansão urbana, desmatamento e a poluição 
do ar pode ter impacto negativo sobre o meio ambiente, mas o planejamento se 
concentra em como os problemas podem ser resolvidos. 
 
18 
 
Planejadores ambientais também exploram a relação entre as pessoas e 
o meio ambiente. Eles determinam como uma comunidade pode alterar os 
valores em relação ao meio ambiente, avaliando o uso da terra, infraestrutura e 
recursos naturais da comunidade. Planeamento ambiental está relacionado com 
o aumento da qualidade de vida. 
Os profissionais possuem objetivo de proibir usos e ocupações 
irregulares, bem como desmatamento e degradação florestal. Busca soluções 
para ampliar as fontes de financiamento e assegurar mecanismos para a efetiva 
transferência de recursos financeiros (por exemplo, o Fundo Nacional de 
Compensação Ambiental). 
 
Fonte:planetaaquecendo.blogspot.com.br 
 
Garante a proteção legal e ao mesmo tempo melhorar a gestão pública. 
Aloca pessoal qualificado para o campo elaborando instrumentos de gestão 
pertinentes com implantação de forma participativa. 
 Ampliar e fortalece os conselhos de gestão, garante participação da 
população nas terras indígenas e assume o desafio de consolidar a gestão da 
terra e dos planos às áreas protegidas. 
 
19 
 
Com a autorização do poder público também podem acontecer atividade 
de desenvolvimento do ecoturismo com a participação da população ao redor 
nos processos produtivos. Visitantes devem passar por palestras e receber 
manuais no sentido de seguir padrões de comportamento socioambientais. 
Os profissionais buscam métodos para preservar ecossistemas naturais 
que possuem relevância ecológica. Possibilita realizar pesquisa de cunho 
científico e desenvolver atividades que visam interpretar o mundo ambiental de 
modo educacional, recreativo e turístico 
 
. 
Fonte: pt.linkedin.com 
Planejamento e Gestão ambiental 
 
Desenvolvimento de recursos de uma forma economicamente viável e 
sensível de modo ambiental é processo complexo que requer conhecimentos 
técnicos de base ampla. O planejamento e gestão do pessoal têm uma riqueza 
de conhecimento e experiência. 
Eles são capazes de ver soluções inovadoras onde outras pessoas 
enxergam problemas. Especializados no desenvolvimento de conceitos criativos 
que lidam de modo efetivo com as restrições ambientais, bem como políticase 
fiscais em um projeto. Os profissionais trabalham ao lado dos clientes, tornando 
possível fazer projetos complexos e às vezes polêmicas a se tornar realidade. 
 
20 
 
Planejamento ambiental, engenharia, design e gestão de construção de 
serviços para uma ampla variedade de projetos que vão desde o 
desenvolvimento do abastecimento de água para processamento de resíduos 
tóxicos até a supervisão ambiental de projetos de infraestrutura são objetivos do 
itinerário dos planejadores ambientais.5 
4 ZONEAMENTO AMBIENTAL 
Fonte:www.caliandradocerrado.com.br 
Podemos definir o zoneamento ambiental como o conjunto de áreas 
legalmente estabelecidas pelo poder público as quais são protegidas obtendo-
se a preservação do meio e de suas condições naturais em certos espaços 
territoriais do país. 
 A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA através da Lei 6.938/81em 
seu 9º artigo, inciso II, define o zoneamento ambiental como um instrumento da 
política nacional do meio ambiente. 
O Artigo 225 da Constituição Federal em seu capítulo VI, que dispõe sobre 
o Meio Ambiente em seu primeiro parágrafo inciso III define que em todas as 
unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes devem ser 
 
5 Extraído do link: meioambiente.culturamix.com 
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/politica-nacional-de-meio-ambiente/
 
21 
 
especialmente protegidos, com alteração e supressão podendo ser realizadas 
somente com autorização da lei visando sua proteção e integridade. 
Constituem essas áreas os Parques Nacionais e Estaduais, Parques 
Florestais, Parques ecológicos e as Reservas Biológicas, Ecológicas, Florestais 
e Extrativistas, nessas áreas podem estar presentes áreas menores como as 
estações ecológicas, áreas de proteção ambiental (APA), áreas de relevante 
interesse ecológico (ARIE), área sob proteção especial (ASPE), Monumentos 
Naturais e reservas do Patrimônio Mundial. 
De fato, existe zoneamento quando são estabelecidos critérios legais e 
regulamentos para que determinadas parcelas do solo, ou mesmo de cursos 
d’água doce ou do mar, sejam utilizadas ou não utilizadas, segundo critérios 
preestabelecidos. Tais critérios, uma vez firmados tornam-se obrigatórios, seja 
para o particular, seja para a Administração Pública, e assim constituindo-se em 
limitação administrativa incidente sobre o direito de propriedade (ANTUNES, 
1999, p. 125). 
 
Fonte:www.portalourinhos.com 
GIEHL (2017) divide o zoneamento em vários tipos, a saber: Zoneamento 
ambiental urbano; Zona de uso industrial; Zona de uso estritamente industrial; 
Zona de uso predominantemente industrial; Zona de uso diversificado; 
Zoneamento agrícola; Zoneamento costeiro. O autor considera que no âmbito 
http://www.infoescola.com/ecologia/area-de-protecao-ambiental-apa/
 
22 
 
jurídico essas delimitações dos tipos de zoneamento a serem feitos são 
importantes, pois são regiões distintas em suas características físico-químicas-
biológicas e também no funcionamento e utilização de recursos. 
 Zoneamento ecológico econômico (zee) 
Já o zoneamento ecológico-econômico (ZEE), faz parte da Política 
Nacional do Meio Ambiente regulamentado pelo decreto nº 4.297/2002, tem sido 
utilizado pelo poder público com projetos realizados em diversas escalas de 
trabalho e em frações do território nacional. Municípios, estados da federação e 
órgãos federais têm executado ZEEs e avançado na conexão entre os produtos 
gerados e os instrumentos de políticas públicas, com o objetivo de efetivar ações 
de planejamento ambiental territorial (BRASIL, 2017). 
 
Fonte:www.vocerealmentesabia.com 
O ZEE tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir 
da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a proteção 
ambiental. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico, socioeconômico e 
jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários exploratórios para a 
proposição de diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial 
 
23 
 
identificada, estabelecendo, inclusive, ações voltadas à mitigação ou correção 
de impactos ambientais danosos porventura ocorridos (BRASIL, 20176 
 Outros tipos de zoneamento 
Além do zoneamento ecológico-econômico (ZEE), outros tipos de 
zoneamento têm adquirido destaque para a formulação, espacialização e 
implementação de uma série de políticas. Dentre esses zoneamentos, podem 
ser mencionados: Zoneamento ambiental – elencado como um dos instrumentos 
da Política Nacional do Meio Ambiente (lei federal nº 6.938/1981), o termo, 
posteriormente, quando da edição do decreto federal nº 4.297/2002, evolui para 
zoneamento ecológico-econômico (ZEE) Zoneamento socioeconômico-
ecológico (ZSEE) – trata-se do próprio ZEE, cuja nomenclatura, no entanto, 
empregada nos estados de Mato Grosso e Rondônia, busca evidenciar, para 
além dos aspectos ambientais e econômicos, a dimensão social 
Fonte: zeers.blogspot.com.br 
Zoneamento agroecológico (ZAE) - enquanto a Política Nacional do 
Meio Ambiente (lei federal nº 6.931/1981) possui, dentre seus instrumentos, o 
ZEE, a Política Agrícola, regida pela lei federal nº 8.171/1991, prevê, em seu 
 
6 Extraído do link:www.infoescola.com 
 
24 
 
artigo 19, inciso III, a realização de zoneamentos agroecológicos, que permitem 
estabelecer critérios para o disciplinamento e o ordenamento da ocupação 
espacial pelas diversas atividades produtivas, estando a aprovação do crédito 
rural, inclusive, condicionada às disposições dos zoneamentos agroecológicos 
elaborados, dentre os quais destaca-se o ZAE da cana-de-açúcar, instituído por 
meio do decreto federal nº 6.961/2009. 
Zoneamento agrícola de risco climático – outro instrumento da Política 
Agrícola, o zoneamento agrícola de risco climático é elaborado com o objetivo 
de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos, permitindo a 
identificação da melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de 
solo e ciclos de cultivares. São analisados os parâmetros de clima, solo e de 
ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e adotada pelo Ministério da 
Agricultura (MAPA). Desta forma são quantificados os riscos 
climáticos envolvidos na condução das lavouras que podem ocasionar perdas 
na produção. 
Fonte:bagimsizgelecek.blogspot.com.br 
 Esse estudo resulta na relação de municípios indicados ao plantio de 
determinadas culturas, com seus respectivos calendários de plantio, orientando 
o crédito e o seguro à produção. 
 
25 
 
 O zoneamento agrícola de risco climático foi usado pela primeira vez na 
safra de 1996 para a cultura do trigo. Recebe revisão anual e é publicado na 
forma de portarias, no Diário Oficial da União e no site do MAPA. Atualmente, os 
estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático já contemplam 40 culturas, 
alcançando 24 unidades da federação 
. Zoneamento industrial – disciplinado pela lei federal nº 6.803/1980, 
trata-se de tipologia de zoneamento realizado nas áreas críticas de poluição a 
que se refere o artigo 4º do decreto-lei nº 1.413/1975, com a identificação das 
zonas destinadas à instalação de indústrias, em esquema de zoneamento 
urbano, aprovado por lei, compatibilizando as atividades industriais com a 
proteção ambiental. 
 
 
 
 
Fonte:www.meucat.com 
Zoneamento urbano - instrumento utilizado nos planos diretores, através 
do qual a cidade é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes 
diferenciadas para o uso e a ocupação do solo, especialmente os índices 
urbanísticos. O zoneamento urbano atua, principalmente, por meio do controle 
de dois elementos principais: o uso e o porte (ou tamanho) dos lotes e das 
http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/portarias-segmentadas-por-uf
 
26 
 
edificações. Atravésdisso, supõe-se que o resultado final alcançado através das 
ações individuais esteja de acordo com os objetivos do município, que incluem 
proporcionalidade entre a ocupação e a infra-estrutura, a necessidade de 
proteção de áreas frágeis e/ou de interesse cultural, a harmonia do ponto de vista 
volumétrico, etc. 
 Etnozoneamento – instrumento da Política Nacional de Gestão 
Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) – instituída pelo decreto 
federal nº 7.747/2012 – destinado ao planejamento participativo e à 
categorização de áreas de relevância ambiental, sociocultural e produtiva para 
os povos indígenas, desenvolvido a partir do etnomapeamento. O 
etnomapeamento, por sua vez, consiste no mapeamento participativo das áreas 
de relevância ambiental, sociocultural e produtiva para os povos indígenas, com 
base nos conhecimentos e saberes indígenas.7 
O zoneamento possui conceitos jurídicos e técnicos diferentes, mas um 
fim específico: delimitar geograficamente áreas territoriais com o objetivo de 
estabelecer regimes Delimitação? Isto mesmo, o proprietário só poderá usar sua 
terra da maneira que lhe convier, desde que respeite os interesses coletivos, 
como a função social e a conservação do meio ambiente. Trata-se de controle 
estatal capaz de ordenar o interesse privado e a evolução econômica com os 
interesses e direitos ambientais e sociais, possibilitando o alcance do tão 
almejado crescimento sustentável. 
 
 
7 Extraído do link:www.mma.gov.br 
 
27 
 
Fonte:www.archdaily.com.br 
 
Tal é a importância deste instrumento que diversas áreas do conhecimento 
humano trabalham com o conceito de zoneamento. Em 1988, a Constituição 
Federal ressaltou a proteção ambiental salientando que o zoneamento ambiental 
é um instrumento da política nacional do meio ambiente. Dentro da área 
econômica e social, o zoneamento é uma intervenção estatal baseada no poder-
dever da união de articular o complexo geoeconômico e social, desenvolvendo 
as regiões e reduzindo desigualdades sociais e econômicas. Já na área 
urbanística, o zoneamento permite ao Estado a instituição de regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Esta é a mágica do 
poder diretivo e harmonioso contido no zoneamento. Por outro lado, os critérios 
a serem utilizados para o zoneamento não podem ser fixados arbitrariamente 
pela Administração Pública, uma vez que os princípios inerentes as validades 
dos atos administrativos devem ser observadas, como a legalidade, a 
publicidade e o interesse público. 
 
28 
 
Fonte:ineam.com.br 
Deve-se ressaltar que, uma vez estabelecidas, toda e qualquer atividade 
a ser exercida na região submetida a uma norma de zoneamento passa a ser 
vinculada, ou seja, não poderão ser admitidas atividades que contrariem as 
normas de Zoneamento. 
No interior destas diversas facetas, o zoneamento ambiental urbano se 
tornou em instrumento de fundamental importância dentro dos planos pilotos das 
grandes metrópoles. Podemos encontrar quatro principais divisões conceituais 
e técnicas do zoneamento ambiental urbano: especiais de uso, gozo e fruição da 
propriedade. Zonas de Uso Industrial (ZUI). 
 Zona de Uso Estritamente Industrial (ZEI) Zona de Uso 
Predominantemente Industrial (ZUPI); 
 Zona de Uso Diversificado (ZUD); 
Além do Zoneamento Ambiental Urbano, ainda encontramos o 
Zoneamento Costeiro, tutelando e protegendo a costa brasileira. 
 
 
29 
 
 
Fonte:www.minocom-art.com.br 
Esta proteção especial é embasada na grande extensão territorial da 
costa nacional, vem como na enorme diversidade de ecossistemas nela 
encontrados 
Assim, os recursos naturais, praias, recifes, ilhas, restingas, mangues, 
sítios ecológicos, monumentos, baías, grutas e todo o ecossistema localizado 
dentro dos estimados 7.367 km da costa brasileira são tutelados pela legislação 
constitucional e infraconstitucional ambiental pátria. 
 Vale ressaltar ainda o ZONEAMENTO AGRÍCOLA, estampado na função 
social da terra 
Por fim, face à necessidade de se promover uma harmoniosa integração 
entre os interesses econômicos, ambientais e sociais, o conceito de zoneamento 
se ampliou ainda mais, surgindo assim o ZEE – ZONEAMENTO ECOLÓGICO-
ECONÔMICO 
Este novo conceito começa a ser idealizado pela Secretaria de 
Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), para sua 
futura utilização na Amazônia 
 
30 
 
Portanto, o zoneamento ambiental incorporou o conceito de crescimento 
sustentável, conceito este crucial para o futuro do desenvolvimento econômico, 
ambiental e social do País.8 
5 PLANEJAMENTO E USO DA TERRA 
Fonte: www.emaze.com 
O planejamento do uso da terra é muito importante para garantir que o 
espaço seja utilizado da melhor forma possível. Se você ainda não sabe muito 
sobre isso vai gostar de poder acompanhar no site algumas informações sobre 
a importância desse planejamento e como ele pode ser feito. 
Quando um projeto agroambiental é elaborado exigem-se dentre outras 
informações aquelas relacionadas ao diagnóstico físico da região com definições 
de aspectos como o dos solos, relevo, vegetação, clima, recursos hídricos entre 
outros. Assim com a ajuda de metodologias orientadas para a avaliação das 
terras se torna possível fazer o estabelecimento das alternativas possíveis para 
o uso agrícola mais adequado da terra. 
 
8 Extraído do link:ambientes.ambientebrasil.com.br 
 
31 
 
Isso ajuda a garantir a produção e também controlar a erosão do solo por 
um tempo indeterminado. Além de contribuir significativamente para com a 
produtividade os estudos que permitem o planejamento de uso da terra ajudam 
a introduzir juntamente aos agricultores técnicas que estejam disponíveis e que 
sejam melhores para o manejo e conservação do meio ambiente. 
Dessa forma se torna mais fácil conseguir uma minimização dos impactos 
ambientais causados pelo uso agrícola da terra. Na intensificação do uso 
agrícola das terras acontecem mudanças rápidas do espaço. Por isso é 
importante que seja feita a adoção de técnicas que garantam o monitoramento 
do uso da terra de acordo com a dinâmica do espaço e tempo 
Fonte:meioambiente.culturamix.com 
 A Diferença Que o Planejamento Faz e Como Ele é Feito 
Para que haja mais qualidade tanto na produção agrícola como na 
redução de impactos ao meio ambiente é importante contar com um bom 
planejamento de uso da terra. Esse planejamento torna possível o uso racional 
da terra. Para isso é feito o levantamento dos dados do meio físico, social e 
econômico. 
O primeiro passo da elaboração desse trabalho é fazer a caracterização 
do meio físico. É importante ainda que seja feito um estudo das áreas que são 
mais vulneráveis ambientalmente. Essa, aliás, é uma das principais 
 
32 
 
preocupações quando se trata do planejamento do uso solo. Conhecer as áreas 
passíveis de erosão é de grande valor para evitar prejuízos. 
 Os Sistemas De Suporte à Decisão 
Basicamente um Sistema de Suporte à Decisão (SSD) é um sistema 
baseado num computador que é projetado para aumentar a efetividade dos 
tomadores de decisões. Ele possui funções específicas que tornam possível 
buscar informações e assim fornecer subsídios para a tomada de decisão. 
Existe uma interação entre o usuário e o ambiente que foi especialmente 
criado para ajudá-lo a tomar as suas decisões referentes ao uso da terra. Os 
sistemas que trabalham com informações geográficas são capazes de 
armazenar, manipular, transformar, analisar e ainda exibir para o usuário 
informações que são georreferenciadas. 
 
 
Fonte:www.gazetaonline.com.br 
Essas informações são extraídas de mapas ou mesmo de bancos de 
dados que geram novas informações. É possível fazer uso dessa tecnologia para 
realizar estudos de mudança do uso da terra, avaliação de terras e ainda estudos 
que demonstrem adegradação do solo entre outras possibilidades. 
 
33 
 
Sendo assim quando são feitos levantamentos a respeito do meio físico 
os dados dos SIGs se mostram bastante relevantes para que sejam feitos 
estudos de diagnóstico ou então de predição da erosão. Em geral as 
metodologias que são usadas para um direcionamento do planejamento do uso 
racional do solo têm ligação com a preocupação com a susceptibilidade à 
erosão. 
A grande preocupação desses estudos de planejamento do uso da terra 
é conseguir detectar a erosão, a aceleração dos processos de erosão, o seu 
controle e também a sua remediação. Em consideração a isso é possível listar 
de forma básica como sendo os principais métodos de identificação de áreas 
vulneráveis: 
Aplicação da USLE (Universal Soil Loss Equation – Equação Universal de 
Perda de Solo); 
 
Fonte:terra.arq.br 
 Vulnerabilidade à erosão; 
 Método de tolerância à perda de solo; 
 Classificação de capacidade de uso; 
 Determinação do risco à erosão. 
O objetivo de fazer um bom planejamento do uso da terra é garantir que 
ela seja usada da melhor forma possível e que sejam obtidos os melhores 
 
34 
 
resultados. Muitas culturas agrícolas, por exemplo, podem se tornar um 
verdadeiro fracasso se não houver um bom planejamento da área em que serão 
cultivadas. 
Muitas vezes o solo não responde bem a uma determinada espécie de 
planta e isso poderia ter sido identificado num breve estudo a respeito da área 
que se deseja cultivar. 
 
A importância ambiental do planejamento do uso da terra 
Com a tecnologia que temos hoje em dia já é possível contar com todo 
tipo de informações nos formatos de mapas e análises. Isso torna mais fácil a 
compreensão de dados complexos como saber como utilizar um território sem 
causar danos ambientais. Além de ajudar a utilizar a terra de forma mais 
assertiva o planejamento serve para contribuir para a identificação de áreas que 
são prioritárias para a proteção da natureza. 
 
Fonte: marisadiniznetworking.blogspot.com.br 
Esse planejamento ainda ajuda a determinar qual é o grau de proteção 
mais adequado para cada área. Trata-se de uma forma de dar suporte para 
melhores tomadas de decisão no que concerne ao uso da terra. 
 
35 
 
 O exemplo do wwf 
Um exemplo de trabalho de planejamento do uso da terra é aquele 
realizado pelo WWF na Amazônia. O projeto recebe o nome de Programa ARPA 
– Áreas Protegidas da Amazônia e tem como principal objetivo implementar 
cerca de 50 milhões de hectares de parques e reservas na região amazônica. 
Essa é uma forma de organizar e instrumentalizar as comunidades que 
habitam as áreas que são fundamentais para se atingir um ordenamento 
territorial. A tecnologia sendo utilizada como fonte de informação para que 
possamos melhorar a nossa relação com o meio ambiente.9 
 
 
Fonte: programaarpa.gov.br 
 O que é o uso da terra e como suas mudanças afetam nossas vidas? 
Processo traz consequências para o aquecimento global e 
biodiversidade 
 
 
9 Extraído do link:meioambiente.culturamix.com 
 
 
 
 
36 
 
Quando falamos em uso da terra, estamos nos referindo à forma de 
utilização do solo, ou seja, como este solo está sendo aproveitado. Exemplos 
desses usos do solo são área urbana, pastagens, florestas e locais de 
mineração. Até 1970, a tecnologia permitia que fossem feitas apenas 
interpretações sobre a cobertura do solo. Somente em 1971, quando a Comissão 
Nacional de Atividades Espaciais (CNAE) foi transformada em Instituto Nacional 
de Pesquisas Espaciais (INPE), é que foram obtidas as condições necessárias 
para que o conhecimento sobre a real condição do país (em termos de uso e 
ocupação do solo) avançasse. 
Cada vez mais a demanda por estudos nessa área tem aumentado, 
resultando em informações a respeito das mudanças no uso da terra que nos 
permitem verificar a interferência da atividade humana sobre diversos ambientes 
naturais. 
 
 
Fonte:ojodelbuitre.blogspot.com.br 
No geral, a ciência das mudanças no uso da terra tem como objetivo 
compreender a evolução das interações entre os sistemas humanos, 
ecossistemas, a atmosfera e outros sistemas da Terra através do uso humano 
da terra. 
 
37 
 
O estudo e mapeamento do uso da terra é importante principalmente para 
o planejamento territorial, pois determina a capacidade de utilização do espaço. 
Estes mapas são elaborados geralmente por meio de análise e interpretação de 
imagens captadas por satélites, que são trabalhadas em diferentes softwares, 
com a ajuda de uma ferramenta chamada geoprocessamento. 
 O padrão de uso da terra é constantemente modificado pelas ações 
humanas, e esses mapas nos permitem visualizar o quadro geral dessas 
mudanças com o passar dos anos. 
O monitoramento do uso da terra e suas mudanças é importante também 
para que possamos quantificar melhor, prever, mediar, e nos adaptar a 
mudanças globais do clima, a perda de biodiversidade, e a outras consequências 
globais e locais as quais as mudanças no uso e cobertura da terra alteram. 
Mudanças climáticas 
O geoprocessamento aplicado à produção de mapas de uso da terra é 
também uma ferramenta útil no monitoramento de desmatamentos ilegais. 
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, 
em seus documentos oficiais, divide as fontes de emissão e de remoção de 
gases de efeito estufa (GEEs) em setores. Um destes setores, denominado 
“mudanças no uso da terra e florestas” inclui o desmatamento e as queimadas 
como causadores de emissões e remoções resultantes das variações da 
quantidade de carbono presente na biomassa da vegetação e do solo. 
Fonte:aconteceunovale.com.br 
ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/uso_da_terra/unidades_federacao/se_uso.pdf
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1294-aquecimento-global-o-perigo-se-tornou-real.html
 
38 
 
Isso se deve ao fato de que, de acordo com o ciclo do carbono, converter 
coberturas vegetais nativas em áreas agrícolas ou pastagens resulta em 
emissões de CO2, enquanto o crescimento e desenvolvimento de vegetação em 
áreas manejadas remove o dióxido de carbono da atmosfera. 
O desmatamento da Amazônia ocorrido durante os últimos 30 anos 
colocou o Brasil entre os cinco maiores emissores de GEEs do mundo. Apesar 
disso, a porcentagem do total de GEEs emitidos no Brasil correspondente à 
mudanças do uso da terra, que vem decrescendo desde 2005 graças à queda 
no ritmo do desmatamento na Amazônia. 
A literatura científica muito tem pesquisado sobre de que forma as 
mudanças no uso da terra podem afetar as mudanças climáticas. Traçando o 
caminho oposto, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) 
buscou fazer uma avaliação dos efeitos das mudanças climáticas sobre os 
padrões de uso da terra. De acordo com o estudo, regiões de baixas 
temperaturas poderão ser afetadas positivamente pelo aquecimento global, que 
tenderá a criar condições climáticas mais propícias às práticas agropecuárias, 
aumentando a produtividade deste setor. 
Fonte: www.mobilizadores.org.br 
 Este processo poderá então acarretar no avanço das áreas de lavouras 
e à transformação de florestas em áreas agrícolas, acelerando o desmatamento. 
http://agencia.fapesp.br/impactos_das_mudancas_no_uso_da_terra_em_corpos_aquaticos_/17026/
 
39 
 
De forma contrária, regiões de clima quente terão suas temperaturas 
elevadas a níveis de intolerância por parte das culturas agrícolas, fazendo cair a 
produtividade, que irá implicar mudanças na estrutura produtiva e no padrão de 
uso da terra. 
 Água 
Mais uma vez, sistemas terrestre e aquático têm se mostrado fortemente 
relacionados. Ballester, um dos membros do programa FAPESP (Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) de Pesquisa sobre Mudanças 
Climáticas Globais, afirma que o cultivo da cana-de-açúcar pode causar diversos 
impactos ambientais. Um destesimpactos é ocasionado pelo uso da vinhaça 
(proveniente do refino do álcool) como fertilizante para a cultura. A vinhaça, que 
é rica em nitrogênio, pode acabar lixiviando para cursos d’água, aumentando a 
oferta deste nutriente no ambiente aquático e favorecendo o crescimento de 
algas, que provocam a eutrofização. 
 
Fonte:www.progresso.com.br 
 
Um outro problema relacionado à cultura de cana-de-açúcar é o gasto de 
água para a produção de álcool, onde 1,4 mil litros de água são necessários para 
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1490-excesso-de-materia-organica-gera-a-eutrofizacao-que-pode-prejudicar-biodiversidade-e-uso-de-agua-por-humanos.html
 
40 
 
produzir apenas um litro de álcool combustível a partir da cana. Além disso, a 
fuligem gerada a partir da queima da cana durante a colheita pode se depositar 
no solo ou em corpos d’água alterando a ciclagem natural de carbono destes 
ecossistemas. 
Em relação ao tipo de vegetação do entorno de corpos d’água, Ballester 
afirma ainda que “quando se retira a vegetação da borda de um rio, entra mais 
luz e materiais no corpo d’água, que fazem com que a água tenha menos 
oxigênio e modifique as condições locais. Isso afeta a diversidade biológica do 
ecossistema”. 
No geral, podemos dizer que as mudanças no uso da terra se relacionam 
fortemente com a biodiversidade de ecossistemas terrestres e aquáticos, e que 
o aquecimento global pode ser tanto uma consequência dessas mudanças 
quanto uma causa. 
 De qualquer forma, já é sabido que qualquer alteração em padrões 
ambientais naturais que mantêm a vida como a conhecemos pode interferir em 
todo um sistema. Com a terra não é diferente. 
 
Fonte: planetabiologia.com 
 Por exemplo, sabemos que o crescimento populacional vem 
acompanhado de uma maior demanda por alimentos e outros recursos que nos 
 
41 
 
levam a alterar a maneira como utilizamos a terra, muitas vezes nos fazendo 
transformar áreas florestais em pastagens ou áreas agrícolas. Resta saber 
quanto dessa demanda é realmente necessária. 
Alguns estudiosos afirmam que a produção total de alimentos do mundo 
é suficiente para abastecer três vezes o número populacional do planeta! Dessa 
maneira percebemos que nós também influenciamos no uso da terra. 
 Ao desperdiçar alimentos, estamos contribuindo para o aumento da 
demanda por áreas agrícolas, pois estamos adquirindo produtos alimentícios 
que são mais do que suficientes para nossas famílias, onde grande parte vai 
parar no lixo. Sem contar os problemas advindos de outras etapas, como o 
transporte de alimentos.10 
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
A educação ambiental nasceu com o objetivo de gerar uma consciência 
ecológica em cada ser humano, preocupada com o ensejar a oportunidade de 
um conhecimento que permitisse mudar o comportamento volvido à proteção da 
natureza. 
 
10 Extraído do link:www.ecycle.com.br 
 
42 
 
Fonte: blogs.canalrural.com.br 
O desenvolvimento sustentável deve estar, também, aliado à educação 
ambiental, a família e a escola devem ser os iniciadores da educação para 
preservar o ambiente natural. A criança, desde cedo, deve aprender cuidar da 
natureza, no seio familiar e na escola é que se deve iniciar a conscientização do 
cuidado com o meio ambiente natural. 
É fundamental essa educação ambiental, pois, responsabilizará o 
educando para o resto de sua vida. Segundo Munhoz (2004), uma das formas 
de levar educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na 
sala de aula e em atividades extracurriculares.11 
Através de atividades como leitura, trabalhos escolares, pesquisas e 
debates, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade 
onde vivem; instados a refletir e criticar as ações de desrespeito à ecologia, a 
essa riqueza que é patrimônio do planeta, e, de todos os que nele se encontram. 
E ainda diz: Os professores são a peça fundamental no processo de 
conscientização da sociedade dos problemas ambientais, pois, buscarão 
desenvolver em seus alunos hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental 
 
11 Extraído do link: brasilescola.uol.com.br 
 
43 
 
e respeito à natureza transformando-os em cidadãos conscientes e 
comprometidos com o futuro do país. 
 
Fonte:www.pensamentoverde.com.br 
Apesar da importância fundamental do professor no processo de 
desenvolvimento da nação, ainda, não se dá o devido valor, por parte de nossas 
autoridades, ao professor e com isto a educação. O Estado, ainda, não se 
conscientizou que a educação é o veículo do bem-estar social, mas, sim, de 
forma oposta, se tem priorizado o interesse político de manter a massa sem uma 
formação cultural adequada. 
Qualquer ação de proteção ambiental deve passar pela educação 
ambiental. 
Na carta de Belgrado, de 1975, apud Rebollo (2001), foi apresentado uma 
linha de ação onde diz: 
a) conscientizar os cidadãos de todo mundo sobre o problema ambiental; 
b) disponibilizar o acesso a conhecimentos específicos sobre o meio ambiente; 
c) promover atitudes para a preservação ambiental; 
d) desenvolver habilidades específicas para ações ambientais; 
e) criar uma capacidade de avaliação das ações e programas implantados; 
f) promover a participação de todos na solução dos problemas ambientais. 
 
44 
 
Lopes de Sá (1999), afirma: ¨há uma consciência mundial em marcha, 
cuja formação se acelera e que condena a especulação gravosa da riqueza tão 
como o uso inadequado de utilidades, como fatores de destruição do planeta e 
lesão à vida dos entes eu povoam o mundo¨. 
 
Fonte: info.opersan.com.br 
Diversos movimentos de massa humana pressionaram os poderes 
políticos e catástrofes expressivas (Bhopal em 1984, Chernobyl em 1986, 
afundamentos de petroleiros, destruições de florestas etc.) e em parte 
terminaram por convencer aos dirigentes do Estado de que era grave a questão. 
 Caseirão (2000) diz (1997) ¨no polo norte foi detectado partículas de 
césio, que é produto radioativo, acumulados nos tecidos das focas da área. Este 
fato demonstra que os problemas da poluição não têm incidência meramente 
local. A poluição é transportada para locais muito distantes daqueles em que a 
mesma é produzida 
No Rio Grande do Sul, Brasil (1998) um barco esteve cerca de uma 
semana a descarregar ácido sulfúrico diretamente para as águas do porto, que 
se situa perto da reserva ecológica da Lagoa dos Patos 
 
45 
 
¨Resultado: a pesca teve de ser proibida numa faixa de 18 km, cerca de 
6,5 mil famílias de pescadores ficaram sem meio de subsistência e o prazo 
estimado para a recuperação do ecossistema destruído é de 10 anos¨. 
Minamata, Japão (195?) Informou: ¨As descargas contínuas de mercúrio 
na baía de Minamata, provocaram o nascimento de vários bebes com graves 
deformações físicas¨. 
 
 
Fonte: guedesambiental.wordpress.com 
Prince William Sound, Alasca (1989), também recrimina: ¨Um 
derramamento causado pelo superpetroleiro Exxon Valdez destruiu todo o 
ecossistema da região, liquidou mais de 250.000 aves e matou um número não 
determinado de mamíferos marinhos e peixes. ¨Passados que estão 10 anos, a 
vida na região não está ainda reconstituída e a Exxon já pagou indenizações de 
valor superior a 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 450 milhões de contos) ¨; 
Consta no relatório Greenpeace sobre a contaminação do leite por dioxina 
na Alemanha. ¨Em março de 1998, foram detectados níveis alarmantes da 
substância cancerígenos dioxina no leite produzido no estado alemão de Baden 
– Wurttemberg (sudeste da Alemanha). ¨O leite foi retirado do mercado. 
Investigações científicas realizadas pelo Freiburg State Istitute for Chemical 
Analysis of Food indicaram um aumento assustador dos índices de dioxina nas 
 
46 
 
amostras de leite e manteiga coletadas desde setembro de 1997. A descoberta 
levou as autoridades alemãs a conduziremum estudo abrangente para 
determinar a fonte da contaminação¨. 
São alguns exemplos, dos muitos existentes, de referências a poluição 
ambiental e de produtos que comprometem a vida do ser humano e da terra. 
 
Fonte:blog.portalpravaler.com.br 
O que precisa ser feito é acelerar a conscientização ecológica na empresa 
e na comunidade e construir uma cultura ambiental, que se imponha àquela do 
consumo. 
Para melhorar a qualidade ambiental diz Frers (2000): ¨Dar a conhecer a 
um público cada vez mais amplo as causas principais do problema e conseguir 
nele a compreensão e conscientização sobre isso, conhecer, compreender, 
tomar consciência e atuar, essa deve ser a dinâmica e finalmente, formar uma 
Associação não governamental que congrega a todos os participantes ativos no 
processo, com o objetivo de organizar professores e estudantes do sistema 
educativo nacional desde os níveis elementares até os pós-graduados, a todos 
as associações civis não governamentais e em fim a toda pessoa que 
responsável e organizadamente, baseada em sua própria experiência ou em dos 
demais, deseja atuar para oferecer um projeto alternativo e fundamentado que 
 
47 
 
possa dar aos governos de mecanismos de ação cuja proposta seja da 
sociedade civil organizada¨. 
 
 
Fonte: www.buzzero.com 
Ainda é importante observar o referido sobre o assunto em evento que 
reuniu Ministros da Educação em Cúpula das Américas, Cúpula de Brasília 
(1998). ¨A educação ambiental para a sustentabilidade deve permitir que a 
educação se converta em uma experiência vital, alegre, lúdica, atrativa, criadora 
de sentidos e significados, que estimule a criatividade e permita redirecionar a 
energia e a rebeldia da juventude para execução de projetos de atividades com 
a construção de uma sociedade mais justa, mais tolerante, mais equitativa, mais 
solidária democrática e mais participativa e na qual seja possível a vida com 
qualidade e dignidade¨. 
 Na atualidade se impõe a necessidade da educação para o 
desenvolvimento sustentável e do controle, por legislação do meio ambiente 
natural e da gestão ambiental.12 
O que é Educação Ambiental: 
 
12 Extraído do link: brasilescola.uol.com.br 
 
48 
 
Educação ambiental é todo o processo empregado para preservar o 
patrimônio ambiental e criar modelos de desenvolvimento, com soluções limpas 
e sustentáveis. 
 
Fonte:onlinecursosgratuitos.com 
 
Esta é uma área essencial na sociedade, pois desperta nos indivíduos o 
cuidado com a prática de atividades que possam causar impacto ambiental, entre 
elas, a poluição do ar, dos rios, a degradação do solo, a pesca predatória, o 
desmatamento, a produção de energia com o uso de combustíveis poluentes, o 
destino do lixo etc. 
A educação ambiental é uma ação que hoje já está presente em todas as 
nações, que buscam o desenvolvimento tecnológico sem exaurir os recursos 
naturais do planeta. 
 Educação ambiental nas escolas 
A preservação do meio ambiente depende muito da forma de atuação das 
gerações presentes e futuras, e o que estão dispostas a fazer para diminuir o 
impacto ambiental das suas ações. 
Por esse motivo, a educação ambiental é de extrema importância e deve 
ser abordada nas escolas, para que todos os membros da sociedade 
 
49 
 
desenvolvam uma consciência ambiental e tenham atitudes responsáveis em 
relação ao meio ambiente. 
 Educação ambiental e desenvolvimento sustentável 
A educação ambiental está intimamente relacionada com o 
desenvolvimento sustentável, porque tem como finalidade primordial encontrar 
uma forma de desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem 
comprometer as próximas gerações de suprir suas próprias necessidades. 
Fonte:clickgratis.blog.br 
 A educação ambiental no Brasil 
No Brasil, a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, sobre educação ambiental, 
decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidência da 
República, dispõe no artigo 1º: Entendem por educação ambiental os processos 
por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, 
conhecimento, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sua qualidade de vida e sua 
sustentabilidade. 
https://www.significados.com.br/desenvolvimento-sustentavel/
 
50 
 
A Lei dispõe, no artigo 2º: A educação ambiental é um componente 
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de 
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em 
caráter formal e não formal.13 
7 BIBLIOGRAFIAS 
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sustentável e a sustentabilidade corporativa. Disponível em: 
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http://www.fea.unicamp.br/docentes/ortega/livro/index.htm .Acesso em 11 ago. 
2017. 
 
13 Extraído do link:www.significados.com.br 
http://www.fea.unicamp.br/docentes/ortega/livro/index.htm%20.Acesso
 
51 
 
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