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Página 1 de 5 PATOLOGIA VETERINÁRIA ´Patologias do sistema digestivo II Anatomia da glândula salivar: Elas podem apresentar reação inflamatória como Sialodenite, pode ser causada por bactéria ou presença de cálculos (sialolitíase). Geralmente apresentam por presença de bactérias, ocorre descamação de células, muco e pode formar cálcu- los. Os cálculos também podem causar obstrução do ducto salivar, e pode progredir para uma mucocele ou rânula. Glândula continua produzindo saliva e ela se dis- tende, e há um aumento da região submandibular. Conseguimos observar na citologia se são bactérias gram positivas ou negativos, se há neoplasia. Introduz agulha, traciona embolo, encaminhar para citopatológico para saber causa. Clinicamente: aumento do volume da região submandibular ou sublingual, animal pode apresentar sialorreia Esôfago: Anomalias do desenvolvimento: • Atresia segmentar: um pedaço do esôfago não se forma • Metaplasia epitelial: adaptação do tecido frente a uma agressão, comum em seres humanos (ex: RS) • Estenose: estreitamento como um todo MEGAESÔFAGO – dilatação do esôfago: Comum em cães O paciente terá problema para dar continuidade do alimento da cavidade oral para o estomago. A contração encami- nha o alimento ao estomago. Há problema da musculatura e no reflexo neural envolvido na deglutição. Pode ser congênito ou adquirido. Adquirido: Ruptura do reflexo neural em animais adultos Causas: neuropatias degenerativas, hipoadrenocorticismo, hipotireoidismo, déficit de tiamina, intoxicação por chumbo, tumores (timoma), persistência do arco aórtico direito Congênito: Manifestação clínica: regurgitamento, não há processo de digestão ESOFAGITE – inflamação do esôfago • Esofagite de refluxo: suco gástrico em contato com o esôfago • Esofagite iatrogênica: uso de anti-inflamatórios prejudica irrigação gástrica e a longo prazo pode haver desen- volvimento de úlceras tanto no estomago quanto esôfago Neoplasias: • Papiloma: ruim para bovinos, pode haver obstrução • Carcinoma: carcinoma de células escamosas ou carcinoma de laringe é observado muito em gatos, cães e em bovinos pode ocorrer pela ingestão de Pteridium aquilinum • Sarcoma: menos frequente Fibrossarcoma Osteossarcoma Pode obstruir esôfago impedindo eructação, quadro de timpanismo (acúmulo de gás no rúmen, óbito rápido) Parasitas: Spirocerca Lupi: penetra mucosa gástrica e rompe aneurismas (artéria aorta) Página 2 de 5 SISTEMA DIGESTIVO PARTE III – segunda vídeo aula: Estômago: Órgão que mudança de posição pode resultar a doenças com sinais clínicos leves ou graves. Mudanças de posição: • Deslocamento de abomaso: esquerda (mais comum por já estar mais pra esquerda mesmo) ou direita Mais comum em vacas estabuladas (silagem de milho, alimentos de alta quantidade de carboidrato, altamente fermentáveis, produz ácidos graxos voláteis que resultam no deslocamento por conta da produção de gás) Deslocamento pós-parto: identificado por intensa dor (sentam, levantam, rangem dentes, gemem), percussão na vaca, som metálico indica produção de gás, auscultar rúmen (movimentos ruminais ausentes), fezes escas- sas, diminui ingesta de alimento (anorexia parcial, emagrecimento), cetose, queda de produção leiteira Tratamento: retirar o gás do abomaso ou abomasopexia (incisão no flanco, retira gás, sutura, e conecta na região abdominal-ventral) • Torção e dilatação: comum em cães, emergência Animal que alimenta uma vez ao dia, grande quantidade, e faz exercício físico após. Alimento pesa estomago e pode virar no momento de exercício. O estomago possui vasos irrigando-o, também estarão obstruídos (isquê- micos). Há graus variados de torção (90, 180, 270, 360º). O conteúdo gástrico pode aumentar a isquemia e torção. Atendimento nas primeiras 4 horas. Abdômen distendido Morte celular por isquemia é irreversível. Tecido há muito tempo em isquemia: bactérias proliferando, retoma- mos por cirurgia a posição anatômica, porém o sangue que estava com as substâncias toxicas, elas vão para a circulação sanguínea e pode levar o animal a óbito. Animal na fluidoterapia, retirar gás do estomago, afrouxa irrigação sanguínea, toxinas produzidas entrando em contato com o sangue pouco a pouco. Impactação e dilatação gástrica em equinos: cavalo possui estomago pequeno e é guloso. Administrar con- centrados ocorre fermentação e produção de gás. Falta de água. Sinal clínico: cólica Sondagem do animal, água morna, retirando conteúdo gástrico, Alterações circulatórias: • Hemorragia (gastrorragia): úlceras, ingestão de alimentos contaminados, cacos • Hiperemia ativa (fisiológica): necropsia de animais com conteúdo no estomago Corpo estranho: obstrução e lacerações Processos inflamatórios: gastrites Dor epigástrica, náuseas, êmese. Diminuição da ingesta. Classificação de acordo com exsudato inflamatório: • Gastrite catarral aguda: espessamento da parede, aumento da secreção, não necessariamente apresenta hipe- remia e úlceras • Gastrite hemorrágica aguda: mucosa avermelhada, sangue (petéquias) • Gastrite ulcerativa: ulcerações (pode ser hemorrágica também) Gastrite ulcerativa hemorrágica: comum em cães e gatos com insuficiência renal Úlceras: escavação na mucosa produzida por necrose de coagulação e que se aprofunda. Erosão no estomago que se aprofunda podendo causar hemorragias e perfurações. • Úlceras de estresse: comum em animais de produção (suínos), mucosa gástrica cheia de úlceras no corpo e fundo do estomago, são rasas • Úlceras gástrica: menos úlceras, comum em cão e gato (medicamento, doenças) • Úlceras duodenais: em cães e gatos (mastocitoma [diminui proteção gástrica], insuficiência renal, uso de cataflan [agressivo]) Suínos que recebem milho bem triturado. Bezerro afastado da mãe (estresse): úlceras abomasais, pode ter ruptura Uso do anti-inflamatório em equinos Úlceras em equinos: geralmente próxima ao margus plicatus Parasitas: • Equinos: habronemose gástrica Habronema muscae, H. micróstoma (estômago, pulmão, conjuntival), Drashia megastoma (nódulos) → mosca pousa ou deixa larva no pelo, narinas, chega até o estomago, penetra na mucosa gástrica formando nódulos granulomatosos no estomago Página 3 de 5 Gasterophilus nasalis (piloro), G. intestinalis (cardia) → mosca que pousa na narina e migra no estomago, ou é inge- rida, larvas ove põem no estomago, bernes gástricos (2-3cm) • Suínos Ascarídeos (altas infestações, migram e preenchem o estômago) • Cães e gatos Physaeloptera preputiale • Ruminantes Haemonchus contortus: anemia, hipoalbuminemia, necropsia com líquidos cavitários (ovinos com papeira positivo para verminose) Neoplasias: • Linfoma ou leucose em bovinos (principalmente gatos): massa oriunda de leucócitos • Adenocarcinoma gástrico (cães): alta ingestão de gorduras • Carcinoma (equino) • Leiomioma (cães e gatos) Rúmen e retículo: Dilatação do rúmen: timpanismo Alteração onde há produção de gás no rúmen onde ele não está sendo liberado • Timpanismo primário ou espumoso: relacionado a mudança de alimentar ou ingestão de alimentos fermentá- veis. Órgãos abdominais mais pálidos, órgãos torácicos comprimidos • Timpanismo secundário ou obstrutivo: alimentos/neoplasias/abcessos obstruindo o esôfago, rúmen continua fermentando Timpanismo post-mortem: abdômen dilatado Timpanismo - corpos estranhos: • Orofaringe • Entrada do tórax • Região da cardia Corpos: - Obtusos: arredondado, sem ponta, não lacera, provavelmente obstrutivo Bezoares: tricobezoar (comum em ovinos, formado de pelo), fitobezoar (comum em bovinos, plantas), misto - Pontiagudos: reticulo peritonite traumática Úlceras de rúmen: Ruminite necrobacilar: bactéria Fusobacterium necrophorum, mudança da alimentação faz com que ela adentre mu- cosa ruminal formando úlceras, podem cair na circulação sanguínea e formas abcessos em fígado e esôfago Neoplasias:• Papiloma (bovino, possível causa de obstrução esofágica que resulta em timpanismo) • Carcinoma • Linfoma INTESTINO – terceiro vídeo aula: Irrigação sanguínea término-terminal Apresentam vilosidades recobertas por enterócitos (se multiplicam em região de cripta, e no ápice há descamação e formação do bolo fecal) Intestino delgado: função principal de absorver nutrientes, vilosidades longas (aumenta área de superfície de absor- ção) Intestino grosso: vilosidades mais achatadas, função de absorção da água, auxiliando fermentação Alterações congênitas: Anomalias segmentares: • Estenose: estreitamento da luz da alça intestinal • Atresia: Membranosa: forma membrana parcial ou completa dentro da alça intestinal Cordonal: forma-se cordão fibroso sem passagem Fundo cego: sem continuidade Obstrução simples ou mecânica: • Corpos estranhos (felinos) • Compactações (felinos): fecaloma, impactação de ceco (equinos) Página 4 de 5 • Concreções (enterólitos que podem chegar a grandes proporções obstruindo o intestino) • Congênitos (estenose, atresia) • Compressão intra e extra luminal (neoplasias, abscessos, granuloma) Obstrução com estrangulamento (comprometimento circulatório) • Torção: torção do intestino no seu próprio eixo • Vólvulo (comum em equinos, principalmente relacionado a hérnias): torção intestinal onde o eixo é o mesentério • Intuscepção: encarceramento da alça intestinal, uma alça entra dentro da outra, se sobrepõem. Excesso de peristaltismo, corpos estranhos, pós cirúrgico Post-mortem: se puxar e sair com facilidade e não tiver alteração circulatória na mucosa • Hérnias estranguladas: alça entra no anel herniário Células não recebem oxigênio e nutrientes e morrem Hérnia: protusão anormal de uma víscera através da parede abdominal ou outra estrutura limitante, que tem a forma- ção de um anel herniário. Pode ser confundida com câncer • Hérnia inguino-escrotal • Hérnia diafragmática: no diafragma tem uma passagem (adquirida ou congênita). Animal cianótico, taqui- pneico, auscultando peristaltismo no tórax Obstrução nervosa: • Íleo adinâmico: peristaltismo diminuído, hipomotilidade intensa, bolo fecal não progride. Pode ser por disfunção de receptores nervosos. Almitraz em equinos. • Megacólon (felinos): pode ser consequência do fecaloma Congênito: deficiência dos plexos mioentéricos, mantem contratibilidade e chega bolo fecal e intestino vai di- latando Adquirido: trauma, em suínos é comum por não formar anus (atresia anal), constipação em gatos (alimentação, obstruções) Obstrução vascular: • Tromboembolismo intestinal (equinos): causada pelo S. vulgaris, lesa artéria mesentérica, forma trombos que caem na circulação sanguínea obstruindo vasos mesentérios, tecido entra em necrose Alterações nos processos obstrutivos: teremos alterações no local, anterior e posterior ao local e alterações sistêmi- cas. • Alteração local: comprometimento vascular, isquemia (ruptura), comprometimento da progressão • Alteração nos segmentos anteriores: bolo intestinal • Alteração nos segmentos posteriores • Alterações sistêmicas: intestino entende que precisa drenar, animal entra em desidratação, necrose do tecido, pode desenvolver choque séptico. Em caso de ruptura: peritonite e morte Perfurações e rupturas intestinais: Necropsia: lesão retilínea, corte reto e limpo com reação inflamatória Ante-mortem precisa ter alteração vascular Inflamação: Enterite → intestino delgado (duodenite, jejunite ou ileíte) Tiflite/cecite → ceco Colite → cólon Proctite → reto Inflamação de acordo com o exsudato: ENTERITE • Catarral: mais brando, ocorre principalmente quando intestino aumenta produção de muco • Hemorrágica: envolve agentes de alta patogenicidade • Purulenta: quadros bacterianos • Fibrinosa: salmonelas • Ulcerativa/necrótica Diarreia: desequilíbrio alimentar, agentes infecciosos (vírus, bactérias e parasitas) Página 5 de 5 Agentes virais • Rotavírus: acomete mamíferos e aves. Causa diarreia branda, autolimitante • Coronavírus: acomete bovinos, suínos, canino e felino. Comportamento varia. É relativamente brando em bovinos. Nos suínos é responsável pela gastroenterite transmissível, surto varia de 3-4 semanas, alta mortalidade, clinica- mente apresenta diarreia profusa, esbranquiçada, vômito, fêmeas em lactação podem parar de produzir leite Em cães acomete inúmeros tecidos, pode resultar em diarreia hemorrágica, desenvolve broncopneumonia, sinais de ataxia e convulsão, lesão em tecido linfoide, hemorragia em rim... Em felinos pode desenvolver PIF, peritonite infecciosa felina (úmida e seca), extremamente grave • Parvovírus: acomete canino, felino, suíno e bovino. Cães: acomete cripta intestinal Felinos: Panleucopenia felina Suínos: problemas reprodutivos Bovinos: brando • Pestivírus: acomete bovinos, BVD (diarreia viral bovina ou doença das mucosas) Agentes bacterianos: • Colibacilose: Escherichia coli Bovinos: diarreia esbranquiçada, geralmente por mudança alimentar Doença do edema em suínos: ataxia, diarreia, edema palpebral • Clostridiose (enterotoxemia): Clostridium perfringens Mudanças bruscas de alimentação ou alto teor de carboidrato • Salmonelose: Salmonella typhimurium, S. choleraesuis Bovinos: fibrina na diarreia Suínos: síndrome do estreitamento anal (úlceras no reto, estenose anal) • Rhodococcus equi • Tuberculose • Paratuberculose intestinal: Mycobacterium avium Protozoários: • Coccidiose: Eimeria sp e Isospora sp Estrias de sangue e/ou pontos brancos • Criptosporidiose: Criptosporidium sp Atrofia as vilosidades, eventuais estrias de sangue • Giardíase: Giardia spp Inibe absorção de açúcares Parasitas • Ascarídeos: Ascaris sunn, Parascaris equorum, Oxiurius equi, Toxocara vitulorum, Toxocara canis, Toxocara cati • Strongylus vulgaris, S. edentatus, S. equm • Ancylostoma caninum • Trichuris vulpi • Anoplocephala perfoliate • Dipylidium caninum • Moniesia sp Neoplasias • Pólipos adenomatosos • Adenoma • Adenocarcinoma • Linfoma
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