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Patologias intestinais Intestino delgado Possuem muitas vilosidades (absorção) Epitélio cilíndrico simples Intestino grosso Absorver fluidos e controlar evacuações Vilosidades menores – absorção Enterócitos com poucos microvilos Alterações congênitas Atresia intestinal Oclusão no anus, ou falta do segmento (conexão) do intestino (problema na alça intestinal) Ocorre em todas as espécies – hereditário Locais: íleo, jejuno, cólon, reto, ânus Obstruções intestinais Obstrução do conteúdo em direção ao ânus sofre interferência Formas de classificação: 1. Localização: delgado cranial ou caudal; jejuno, ceco... 2. Grau (completa, incompleta, suboclusão ou alça fechada) 3. Estado de circulação sanguínea (simples ou estrangulada) 4. Tipo de evolução (aguda ou crônica) Causas: C.E: Estenose (neoplasias ou cicatrização); compressão extrínseca, íleo paralítico... ENTERO = intestino Enterotomia = abertura do segmento da alça Enterectomia = ressecção, retirada de uma pedaço da alça Entero-anastomose = ligação das duas partes da enterectomia Intussuscepção Segmento intestinal invagina para dentro de outro segmento distal do intestino, tendo necrose na região “Quando o intestino entra para dentro dele mesmo” Causa: Irritabilidade ou Hiper-motilidade seja por conta de vermes, tumores... Funcionamento rápido/excessivo do intestino Causas em cães: manuseio do int.delgado, neoplasias, nódulos linfoides, doenças inflamatórias e parasitas, corpo estranho Diagnóstico pelo ultrassom – EMERGÊNCIA Vólvulo, Torsão (torção) Rotação das alças intestinais sobre ele mesmo Oclusão as veias mesentéricas, chegada de menos sangue no local – edema, congestão, hemorragia e necrose Obstrução vascular e lesão isquêmica – infarto Vôlvulo pode resultar em uma torção de 720° Pode ocorrer estase intestinal e toxemia e/ou bacteremia – lesão de reperfusão Toxemia e ruptura intestinal pode levar a morte Enterectomia ou enteropexia Íleo paralítico Peristaltismo no íleo tem parada, devido a muita manipulação durante cirurgias Hipo-motilidade, resultando em obstrução funcional do intestino Ocorre umas descarga nervosa contínua, o que ele se tornar refratário, resultando em falta de estimulação tônica da musculatura intestinal Hérnias Defeito, ruptura, enfraquecimento ou relaxamento das estruturas da parede abdominal Alça intestinal passa pelo abdômen através de uma abertura, e fica localizada entre a musculatura e subcutâneo Pode ser congênita ou adquirida Hérnia umbilical, intestino “passa pelo buraco do umbigo” Complicações: Encarceração (fixação) a alça intestinal se adere a parede da musculatura, se fixa Torção intestinal – estrangular e impedir passagem de sangue Fezes podem ficar retidas no local e formar fecaloma (massa de fezes endurecida e seca que se acumula) obstruindo a passagem de fezes Visceral – intestino pode sair da pele Rompimento do intestino dentro da cavidade abdominal (peritonite) Classificação: Hérnia internas Comum em equinos Deslocamento do intestino por um forame normal ou patológico na cavidade abdominal Diagnóstico: Ultrassom Hérnia externas Saco herniário é formado por uma bolsa do peritônio parietal, que armazena a parede Penetra para fora da cavidade abdominal Fatores determinantes: Fragilidade muscular Traumas Hiperplasia prostática em machos, pode comprimir o reto Força para defecar + aumento da pressão intra-abdominal – protusão do reto através da musculatura Castração em cães grandes ou obesos, realizar sutura com fios grossos para não ter risco de romper Processos inflamatórios Classificados com base no tempo (agudo ou crônico) Pode acometer o epitélio intestinal a lâmina própria Normalmente resultam em infiltração celular e/ou necrose Sinais mais evidentes de processo inflamatórios: diarreia *microvilosidades – absorção (enterócitos) Diarreia Eliminação de fezes líquidas, acompanhadas por aumento volume fecal e frequência Evolução: Se irá ter lesão na parede do intestino (erosão, úlcera) Lesão dos enterócitos, atrofias, hiperplasia (aumento de tamanho) 4 mecanismos pelas quais pode ocorrer: Diarreia por má absorção Diarreia osmótica (SOLUTOS NÃO ABSORVÍVEIS) Relacionado a problemas com intestino delgado e que pode levar a um aumento de secreção fluída no IG Maior quantidade de células caliciformes Atrofia das vilosidades/criptas – impedindo a absorção de nutrientes e água Vilosidades de característica curta, arredondadas, fusão das vilosidades, função enzimática imatura A.E: infecções virais, bacterianas ou parasitárias Principais agentes: Rotavirus, Coronavirus, Coccidiose Diarreia hiper-secretora Produção de mais fezes com muco Pode ser causada por toxinas bacterianas – retenção de íon (Na+) nas células da mucosa, retenção de água na luz intestinal Em algumas enfermidade se é observada a presença de bactérias no epitélio intestinal (E.coli) Pode ser causada por “chumbinho” Diarreia por exsudatos ▪ Enterite catarral: secreção viscosa ▪ E. fibrinosa: fibrina na luz (causada pela panleucopenia felina) ▪ E. hemorrágica: sangue não digerido (melena ou hemato) ▪ E. mucóide: muco na luz, geralmente pode formar cistos ▪ E. granulomatosa: proliferativa – formação de placas brancas Normal Necrose Diarreia por hipermotilidade Doenças de A.E específicos – Virais Rotavírus Infecta e causa diarreia em animais jovens Em aves mais perigosas Dividido em grupos: Enterite por Rotavirus do tipo A: Diarreia aquosa, aspecto gorduroso e “explosivo” Duração de 4 a 8 dias Variações dos sinais clínicos Acometem células epiteliais do intestino delgado Não são fatais – Alta morbidade e baixa mortalidade Enterite por Coronavírus Leva a Síndrome respiratória aguda (SRA) – vírus começa no intestino e acomete outros órgãos Pode causar lesões nos sistemas respiratórios, hepático, gastrointestinal e neurológico Lesões e sinais clínicos parecidos com Rotavirus Maior mortalidade e mais virulento Lúmens das criptas contêm vestígios de células ou tecidos mortos (debris celulares) e células podem estar hiperplásicas Grupos – 1: Coronavirus canino, felino – PIF, humanos e suínos / 2:Ratos, bovinos e humanos / 3: Aves PIF – Peritonite infecciosa felina Classificada em 2 tipos: ▪ Úmida ou efusiva = Animal fica com o abdômen distendido, com exsudato dentro ▪ Seca = Emagrecimento, pelos eriçados... Adenovírus Específico de cães filhotes Pode acometer fígado (hepatite) e córnea (“síndrome do olho azul” – úlcera de córnea), mas inicialmente no intestino Transmissão: Aerosóis, fezes e fômites Encontrado em todos os tecidos sendo eliminado em todas as secreções durante a fase aguda Após a recuperação ainda há eliminação do vírus na urina dos cães Superagudo: Evolução super-rápida em um curto espaço de tempo, difícil ter diagnostico antes do óbito Agudo: Apatia, letargia, inapetência, sede intensa, anorexia, vomito, dor abdominal, diarreia com ou sem sangue... Panleucopenia (Parvovírus) Em gatos, Parvovirose é sinônimo Leucócitos baixos, com todas as células de defesa abaixo do normal Lesões geralmente no intestino delgado Atrofia das vilosidades, secundário a destruição das células das criptas Vírus citolítico – infecta células em divisão SC: desidratação, depressão, vômitos e diarreia, hematoquezia (sangramento no intestino) Parvovírus (Parvovirose) Cheiro característico Ocorrência de 3 síndromes distintas: Mais comum em filhotes até 2 semanas – doença generalizada: fígado, coração, rim, medulaóssea, intestino e pulmão 3 a 8 semanas – desenvolvimento de miocardite 8 semanas adiante – idêntica em gatos MA: intestino delgado dilatado, flácido e preenchido por líquido hemorrágico Cinomose (Paramyxoviridae) Acomete filhotes e adultos Doença crônica 3 fases: ▪ Fase digestória: Vômitos e diarreia com sangue ou não ▪ Fase respiratória: tosse, secreção nasal purulenta, pneumonia, anorexia, nariz com hiperqueratose (ressecados), coxins hipertrofiados com hiperqueratose ▪ Fase neurológica: convulsões, “tics” 0nervosos (patognômonico = específico da doença) Animal pode apresentar as 3 fases, ou não Doenças de A.E específicos – Bacterianas Escherichia coli (Colibaciloses) Bactéria bacilar, anaeróbia, Gram- negativa, e sem produção de esporos Bactérias que habitam o intestino, geralmente coliformes Fatores estressantes podem ter desequilíbrio Tratamento com probióticos Algumas espécies são muito patogênicas: C. enterotóxica, C. pós-esmame, C. enteroinvasiva, doença do edema (colibacilose enterotoxêmica) Clostridium (C.Perfringers) Bacilo gram +, anaeróbio, produtores de esporos Vários tipos foram descritos A, B, C, D e E Detectadas 17 diferentes tipos de exotoxinas Botulismo mais comum em pequenos animais Campilobacteriose (Campylobacter spp) Gram -, móvel, intracelular obrigatória Mais comum em grandes animais Lesões de enteropatia proliferativa Diarreia dura em torno de 5 a 15 dias Zoonose Diagnóstico: Histopatológico, bactéria em forma de vírgula Doenças de A.E específicos – Parasitária Amebíase – entamoeba spp; ▪ Coccidiose (protozoários) – Eimeria e Isospora – hematófago ▪ Giardiase – cães; ▪ Ascaridíase – vermes cilindros lisos e esbranquiçados; ▪ Toxocara Canideos e Felideos – mais comum ▪ Tricurídeos – vermes chicote; ▪ Dypilidium – pulga; prurido em região anal ▪ Oxyris equi – mais comum de animais domésticos. Doenças de A.E específicos – Protozoários Coccidiose (protozoários) – Eimeria e isospora Giardíase – cães Diarreia de coloração amarelada Realizar coleta de exame de fezes: 3 amostras Neoplasias Frequentes em cães e gatos Gatos: ▪ Linfoma intestinal – Linfócitos localizados na submucosa ▪ Adenocarcinoma – maligno de glândulas nas submucosas Cães: ▪ Adenocarcinoma ▪ Leiomioma – Benigno de tecido muscular ▪ Leiomiiossarcoma – maligno de tecido muscular ▪ GIST (gastrointestinal sarcoma tumor) – células Cajal: parecida com fibroblastos, encontradas no duodeno – localizadas na musculatura e submucosa ▪ ▪ Fibrossarcoma – Fibroblastos, camada da lâmina própria ▪ GIST e fibrossarcoma fechar diagnostico com imuno histoquímica
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