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ESTADO X ECONOMIA: DESAFIOS DO BRASIL Profa. Dra. Luciane Agnez Centro Universitário IESB O Estado na Economia ■ Com a Revolução Inglesa de 1688 e a Revolução Francesa de 1789, abriu--se a era do capitalismo e o caminho para o liberalismo. ■ Nessa conjuntura, a percepção do Estado absolutista entrou em declínio. Assim, o liberalismo passou a ser a palavra de ordem — em especial no plano econômico e político. ■ Em poucas palavras, o liberalismo era o contraditório do absolutismo. ■ O liberalismo não defendia o fim do Estado, mas a redução da sua “mão” — noção que ficou popular com a ideia de Adam Smith da “mão invisível”. ■ Não importa qual seja a sua estrutura ou o regime que destaque o funcionamento dos seus poderes: o Estado será sujeito e conformador da ordem social. ■ A partir do século XVIII, e com o surgimento da teoria do Estado de Direito, a noção de intervenção assumiria uma nova característica (contra os abusos de poder e o autoritarismo – uso arbitrário da força). – Assume ser lícito ao Estado intervir, exclusivamente, para condicionar o exercício dos Direitos, em especial o de propriedade, a determinados fins sociais. O Estado na Economia ■ Brasil: – Constituição de 1934 foi a primeira que continha princípios liberais, como a ordem econômica deve ser organizada conforme os princípios da Justiça e as necessidades da vida nacional de modo que possibilite a todos a existência digna; – Constituição de 1937 fortalece o valor da livre iniciativa (ainda prevendo possibilidades para intervenção do Estado); – Constituição de 1967: claramente com caráter liberal (ou neoliberal) – Estado Capitalista; – Constituição de 1988: o caráter neoliberal fica mais claro de identificar, até porque é um texto que surge ao longo da consolidação internacional da globalização e da financeirização: ■ há um fortalecimento dos Direitos ligados à propriedade privada, à livre concorrência e à defesa do consumidor; ■ Apesar de incluir um conjunto de questões sociais e de Direitos para a igualdade, é um texto fundado na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa. Estado de Direito e Economia ■ Está prevista a intervenção do Estado brasileiro na economia como agente normativo e regulador da atividade econômica. ■ O princípio fundamental, que serve de pano de fundo, é a liberdade econômica, como ponto máximo do Estado Democrático de Direito no Brasil. ■ Nesse sentido, a defesa da concorrência e a repressão aos crimes econômicos tornam-se determinantes para promover a eficiência econômica e o bem-estar da sociedade capitalista brasileira. ■ Isso significa dizer que o Estado exerce, na forma da lei, um conjunto de formas de intervenção, a saber: fiscalização, incentivo e planejamento. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Características e funções gerais no Brasil O SFN ■ O SFN é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros que permitem a transferência ou a intermediação de recursos dos ofertadores / poupadores para os demandantes / tomadores. ■ Assim, o sistema financeiro tem o propósito de criar condições para que os títulos e os valores mobiliários tenham a liquidez e a segurança exigidas pelo mercado. ■ No Brasil, o SFN é considerado avançado, seguro e muito bem organizado (décadas de 1960, 1980 e 1990). ■ Hoje: muito bem estruturado, integrado ao sistema internacional e é fundamental para a América Latina. O SFN é constituído por três ramos/segmentos financeiros: 1. moeda, crédito, capitais e câmbio; 2. seguros privados; 3. previdência fechada Mercado financeiro O principal ramo do SFN é o de moeda, crédito, capitais e câmbio: ■ o mercado monetário, que é o mercado que fornece à economia nacional o papel- moeda e a moeda escritural (ou moeda bancária); ■ o mercado de crédito, que é o mercado dos empréstimos e dos financiamentos para as pessoas em geral e para as empresas; ■ o mercado de capitais, que é o mercado que permite às empresas em geral captarem recursos de terceiros e venderem participações em negócios; ■ o mercado de câmbio, que é o mercado de compra e venda de moedas estrangeiras. O ramo de seguros privados envolve: ■ os produtos de seguros; ■ os contratos de capitalização; ■ previdência complementar aberta O ramo de previdência fechada envolve: ■ Os planos de previdência fechados, também conhecidos como fundos de pensão, são planos criados exclusivamente para funcionários de uma empresa ou para uma categoria específica, como advogados. ■ Dessa forma, é criada uma equipe exclusiva para a gestão do(s) fundo(s) oferecidos para os funcionários que aderirem ao plano. ECONOMIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Educação, habitação, saneamento, saúde e segurança Políticas Públicas ■ A partir da operacionalização: tudo aquilo que tratar de bens, ações e/ou serviços públicos abertos a toda a sociedade; ■ Todas as atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos – O que o governo escolhe fazer ou não fazer... BRASIL Agenda econômica e políticas públicas ■ Com o avanço do processo de globalização e o acirramento da competitividade comercial, ganhou força em todo o mundo a lógica de que o Estado é um obstáculo ao desenvolvimento dos mercados e, logo, é fundamental que as novas liberdades sejam adotadas de maneira generalizada — visando o crescimento e o desenvolvimento econômico. ■ Nesse contexto, a agenda econômica brasileira passou a tratar as políticas públicas como um problema nacional. Naquele momento, exigia-se que o Estado promovesse mudanças institucionais e estruturais em sua operacionalização. As primeiras demandas nesse sentido foram adotadas pelo governo de Collor (1990) e, posteriormente, aprofundadas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (1994). ■ Daí a forte pressão do mercado — e dos mais poderosos agentes socioeconômicos — para que o governo desse fim aos monopólios estatais, privatizasse uma centena de empresas públicas deficitárias, saneasse o sistema financeiro, viabilizasse a estabilidade monetária e realizasse um intenso ajuste fiscal. Isso incluía ainda a criação de uma série de agências reguladoras de bens/serviços de utilidade pública — inaugurando um novo período na sociedade brasileira: em que o Estado regula, mas o mercado executa/opera. Desafios econômicos do Brasil ■ Desigualdade social ■ Desiquilíbrios regionais ■ Mobilidade social ■ Educação ■ Qualificar e ampliar estoque de mão-de-obra ■ Limitados gastos em tecnologia e inovação ■ Burocracia e as deficiências de infraestrutura ■ Desafios dos setores: energético, transportes, água e saneamento, telecomunicações Produtividade do Brasil piorou
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