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Aula 4_Jor Economico 2022(1) (1)

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ESTADO X ECONOMIA:
DESAFIOS DO BRASIL
Profa. Dra. Luciane Agnez
Centro Universitário IESB
O Estado na Economia
■ Com a Revolução Inglesa de 1688 e a Revolução Francesa de 1789, abriu--se a era do 
capitalismo e o caminho para o liberalismo. 
■ Nessa conjuntura, a percepção do Estado absolutista entrou em declínio. Assim, o 
liberalismo passou a ser a palavra de ordem — em especial no plano econômico e 
político.
■ Em poucas palavras, o liberalismo era o contraditório do absolutismo.
■ O liberalismo não defendia o fim do Estado, mas a redução da sua “mão” — noção que 
ficou popular com a ideia de Adam Smith da “mão invisível”.
■ Não importa qual seja a sua estrutura ou o regime que destaque o funcionamento dos 
seus poderes: o Estado será sujeito e conformador da ordem social.
■ A partir do século XVIII, e com o surgimento da teoria do Estado de Direito, a noção de 
intervenção assumiria uma nova característica (contra os abusos de poder e o 
autoritarismo – uso arbitrário da força).
– Assume ser lícito ao Estado intervir, exclusivamente, para condicionar o exercício 
dos Direitos, em especial o de propriedade, a determinados fins sociais.
O Estado na Economia
■ Brasil:
– Constituição de 1934 foi a primeira que continha princípios liberais, como a 
ordem econômica deve ser organizada conforme os princípios da Justiça e as 
necessidades da vida nacional de modo que possibilite a todos a existência 
digna;
– Constituição de 1937 fortalece o valor da livre iniciativa (ainda prevendo 
possibilidades para intervenção do Estado);
– Constituição de 1967: claramente com caráter liberal (ou neoliberal) – Estado 
Capitalista;
– Constituição de 1988: o caráter neoliberal fica mais claro de identificar, até 
porque é um texto que surge ao longo da consolidação internacional da 
globalização e da financeirização:
■ há um fortalecimento dos Direitos ligados à propriedade privada, à livre 
concorrência e à defesa do consumidor;
■ Apesar de incluir um conjunto de questões sociais e de Direitos para a igualdade, é 
um texto fundado na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa.
Estado de Direito e Economia
■ Está prevista a intervenção do Estado brasileiro na economia como agente 
normativo e regulador da atividade econômica. 
■ O princípio fundamental, que serve de pano de fundo, é a liberdade econômica, 
como ponto máximo do Estado Democrático de Direito no Brasil. 
■ Nesse sentido, a defesa da concorrência e a repressão aos crimes econômicos
tornam-se determinantes para promover a eficiência econômica e o bem-estar da 
sociedade capitalista brasileira. 
■ Isso significa dizer que o Estado exerce, na forma da lei, um conjunto de formas de 
intervenção, a saber: fiscalização, incentivo e planejamento. 
O SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL
Características e funções gerais no Brasil
O SFN
■ O SFN é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros que permitem a transferência ou a 
intermediação de recursos dos ofertadores / poupadores para os demandantes / tomadores. 
■ Assim, o sistema financeiro tem o propósito de criar condições para que os títulos e os valores 
mobiliários tenham a liquidez e a segurança exigidas pelo mercado.
■ No Brasil, o SFN é considerado avançado, seguro e muito bem organizado (décadas de 1960, 
1980 e 1990).
■ Hoje: muito bem estruturado, integrado ao sistema internacional e é fundamental para a América 
Latina.
O SFN é constituído por três ramos/segmentos financeiros: 
1. moeda, crédito, capitais e câmbio; 
2. seguros privados; 
3. previdência fechada
Mercado financeiro
O principal ramo do SFN é o de moeda, 
crédito, capitais e câmbio:
■ o mercado monetário, que é o mercado que fornece à economia nacional o papel-
moeda e a moeda escritural (ou moeda bancária);
■ o mercado de crédito, que é o mercado dos empréstimos e dos financiamentos para 
as pessoas em geral e para as empresas; 
■ o mercado de capitais, que é o mercado que permite às empresas em geral 
captarem recursos de terceiros e venderem participações em negócios; 
■ o mercado de câmbio, que é o mercado de compra e venda de moedas 
estrangeiras.
O ramo de seguros privados envolve:
■ os produtos de seguros; 
■ os contratos de capitalização; 
■ previdência complementar aberta
O ramo de previdência fechada envolve:
■ Os planos de previdência fechados, também conhecidos como fundos de pensão, 
são planos criados exclusivamente para funcionários de uma empresa ou para uma 
categoria específica, como advogados. 
■ Dessa forma, é criada uma equipe exclusiva para a gestão do(s) fundo(s) oferecidos 
para os funcionários que aderirem ao plano.
ECONOMIA DAS 
POLÍTICAS PÚBLICAS
Educação, habitação, saneamento, saúde e segurança
Políticas Públicas
■ A partir da operacionalização: tudo aquilo que tratar de bens, ações e/ou serviços 
públicos abertos a toda a sociedade;
■ Todas as atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, 
e que influenciam a vida dos cidadãos
– O que o governo escolhe fazer ou não fazer...
BRASIL
Agenda econômica e políticas públicas
■ Com o avanço do processo de globalização e o acirramento da competitividade 
comercial, ganhou força em todo o mundo a lógica de que o Estado é um obstáculo ao 
desenvolvimento dos mercados e, logo, é fundamental que as novas liberdades sejam 
adotadas de maneira generalizada — visando o crescimento e o desenvolvimento 
econômico. 
■ Nesse contexto, a agenda econômica brasileira passou a tratar as políticas públicas 
como um problema nacional. Naquele momento, exigia-se que o Estado promovesse 
mudanças institucionais e estruturais em sua operacionalização. As primeiras 
demandas nesse sentido foram adotadas pelo governo de Collor (1990) e, 
posteriormente, aprofundadas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (1994).
■ Daí a forte pressão do mercado — e dos mais poderosos agentes socioeconômicos —
para que o governo desse fim aos monopólios estatais, privatizasse uma centena de 
empresas públicas deficitárias, saneasse o sistema financeiro, viabilizasse a 
estabilidade monetária e realizasse um intenso ajuste fiscal. Isso incluía ainda a criação 
de uma série de agências reguladoras de bens/serviços de utilidade pública —
inaugurando um novo período na sociedade brasileira: em que o Estado regula, mas o 
mercado executa/opera.
Desafios econômicos do Brasil
■ Desigualdade social
■ Desiquilíbrios regionais
■ Mobilidade social
■ Educação
■ Qualificar e ampliar estoque de mão-de-obra
■ Limitados gastos em tecnologia e inovação
■ Burocracia e as deficiências de infraestrutura
■ Desafios dos setores: energético, transportes, água e saneamento, telecomunicações
Produtividade do Brasil piorou

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