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Vict�ria K. L. Card�so C�l�pr�ct�l�gia básica Anatomia Artéria principal: aorta abdominal. ● Ramos diretos: artéria mesentérica superior e artéria mesentérica inferior. ● Divisão na porção final: artéria ilíaca direita e artéria ilíaca esquerda. ● Ramos da artéria mesentérica superior: ○ Artéria cólica direita: irriga toda a área direita. ■ Até 15% da população não tem esse vaso. ■ Um de seus ramos se liga com um dos ramos da cólica esquerda, fazendo um arco, o arco de Riolan, que nutre o transverso. ○ Artéria íleo-ceco-cólica: nutre a área direita, a região do ceco e a região do íleo. ■ No caso de não haver a artéria cólica direita, é a principal responsável pela irrigação da área direita. ■ Ao final, a ceco-cólica dá origem a artéria apendicular. ● Ramos da artéria mesentérica inferior: artéria cólica esquerda, artérias sigmóide e artéria retal superior. ● Ramo da artéria ilíaca (comum) direita: artéria ilíaca interna. ○ Ramos da artéria ilíaca (pudenda) interna: artéria retal média e artéria retal inferior. Obs: o cólon transverso é irrigado pelo arco de Riolan, formado por ramos da artéria cólica direita e esquerda, e pela cólica média Obs: ou seja, esse arco é uma anastomose dos ramos da artéria mesentérica superior, artérias cólicas média e direita, com um ramo da artéria mesentérica inferior. Obs: outros nomes para arco de Riolan → arco justacólico, arcada de Riolan ou artéria marginal de Drummond. Parte venosa → drenagem: ● Principal ponto: envolvimento da veia porta. ○ Formação da veia porta: veia mesentérica superior com a veia esplênica. Anatomia retal: ● Primeiro ponto: o canal anal, o anus e o reto distal formam um PLEXO, não uma estrutura ou um tubo. ○ O cólon e o reto têm musculatura. ● Válvulas do reto: são as válvulas de Houston → podendo ser 3 ou 2. ○ Função: ajudam no término da peristalse → importante para que @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so se tenha o reflexo inibitório reto-anal (continência). ○ Importância da 2º válvula: define a porção intraperitoneal (intra-abdominal do reto) e a extraperitoneal (extra-abdominal). ■ Acima da válvula = intraperitoneal. ■ Abaixo da válvula = extraperitoneal. ● Fáscias retais: são fáscias virtuais (não são visíveis). ○ Fáscia anterior: fáscia de Denovelier. ○ Fáscia posterior: fáscia de Waldeyer. ● Irrigação do reto: artéria retal superior + artéria retal média + artéria retal inferior → todas são ramos da artéria ilíaca, que é ramo da aorta abdominal → ou seja, sangra muito. ● Inervação retal: ○ Principais complicações do plexo pélvico inferior: ejaculação retrógrada, impotência sexual e dificuldade para urinar. Obs: o reto é um órgão pobremente irrigado, por isso são cirurgias complicadas → é o mesorreto que irriga o reto. Obs: o melhor exame para ver o reto é a RNM. Obs: o reto se inicia a nível de S2 -S3, pois varia de tamanho. Canal anal: ● Músculos: musculatura esfincteriana interna e musculatura esfincteriana externa. ○ Musculatura esfincteriana interna: musculatura lisa → controle involuntário. ■ O esfíncter interno é mais responsável pela @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so continência ao repouso → 70% da continência. ○ Musculatura esfincteriana externa: musculatura estriada → controle voluntário. ■ ● Linha pectínea ou linha denteada: divide as regiões de sensibilidade. ○ Acima da linha pectínea: há sensibilidade de toque, mas não há sensibilidade de dor. ■ Aqui o tecido é estratificado pavimentoso, então o câncer mais comum é o adenocarcinoma. ○ Abaixo da linha pectínea: presença do endoderma → há muita dor, região muito sensitiva. ■ Aqui o tecido o câncer mais comum é o carcinoma escamoso → carcinoma epidermóide de canal anal (CEC de canal anal). ○ Essa linha possui as criptas anais que contêm as glândulas de morgagni. Obs: endoderma = não sensitivo; ectoderma = sensitivo. Músculo puborretal: ● Inserção: púbis. ● Localização: “faz um U” em volta do intestino. ● Importância: constipação pélvica → anismo. ○ Contração Paradoxal do Músculo Puborretal → é uma doença dentro na fisiologia anorretal, em que o paciente não realiza o relaxamento adequado da musculatura anal durante a evacuação. Com isso, há uma contração ao invés do relaxamento, gerando uma constipação pélvica. Semiologia proctológica Ponto principal: anamnese detalhada + exame proctológico. Posições para exame proctológico: ● Posição de Sims → principal posição. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Decúbito lateral esquerdo, com flexão do MMII direito ou de ambos os MMII. ● Posição Genupeitoral → não é mais usada. Sequência do exame proctológico: 1. Ectoscopia: inspeção anal, perianal e períneo→ dependendo do que se visualizar, o toque retal e ou a anuscopia estão contraindicados. a. Ectoscopia estática: afastar as nádegas do paciente e avaliar toda a região anal, perianal e períneo. b. Ectoscopia dinâmica: solicitar as manobras de contração e expulsão. c. Contraindicações para toque retal e anuscopia: trombose hemorroidária e fissuras. i. Se houver abscessos e fístulas na região do ânus, também não se realiza o toque retal e a anuscopia. 2. Toque retal: avaliar tonia esfincteriana, canal anal, mucosa retal e verificar se há sangramento, muco ou pus em dedo de luva. a. Identificar: ânus profundo, ânus patuloso, se paciente não relaxa e se o paciente consegue fazer contração voluntária (esfíncter) → fazer rotação do dedo, para avaliar toda a parede retal. b. Importante: não se toca apenas o ânus e o reto, deve-se tocar a região perianal e perineal. 3. Anuscopia: inspeção do canal anal, a partir de um anuscópio. a. O anuscópio deve ser introduzido direcionado a cicatriz umbilical, depois volta para a forma retilínea. b. Obs: hemorróidas localizadas acima da linha pectínea podem ser retiradas sem a necessidade de anestesia; Principais exames complementares: ● Exame proctológico → anuscopia. ● Colonoscopia → inspeção de todo o cólon. ● Retossigmoidoscopia rígida ou flexível → inspeção do reto e do sigmóide. ● Manometria anorretal → estuda a fisiologia. ○ Ex: detecta a presença da doença de Hirschsprung. ○ Esse é o exame que verifica o reflexo inibitório reto-anal. ● USG endorretal. ● Defecorressonância. ● Ressonância de pelve. ● Pesquisa de sangue oculto nas fezes. ● Tempo de trânsito. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Sinais de alerta na coloproctologia: ● Sangramento. ● Dor, ardor ou coceira perianal. ● Dor abdominal. ● Presença de muco ou pus. ● Presença de prolapso ou “caroço”. ● Constipação ou diarreia crônica. ● Mudança de hábitos intestinais. ● Incontinência anal. ● Tenesmo (“vontade de fazer cocô sem ter cocô”). ● Histórico familiar de CA de intestino. Escala de Bristol: (tipos normais → 4 e 5) Sangramento anal ou retal: ● Investigação: ○ Coloração. ○ Volume. ○ Associado ou não à evacuação. ○ Suja o vaso ou só o papel. ○ Dor. Doença hemorroidária: ● Primeiro ponto: todo mundo tem hemorróida interna, mas nem todo mundo evolui para doença hemorroidária. ○ Todo mundo nasce com 3 mamilos hemorroidários fixos internos (lateral esquerdo, posterior direito e anterior direito). ○ Porém, não é todo mundo que tem hemorroidas externas. ● Definição: congestão e hipertrofia dos mamilos hemorroidários. ○ As hemorróidas internas têm até 5% de responsabilidade na incontinência anal. ○ Principal causa de doença hemorroidária: hereditária. ○ Outras causas: constipação, má alimentação, hábitos de vida inadequados, baixa ingesta hídrica, muito tempo sentado no vaso (mexendo no celular), muita força ao evacuar… @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Sintomas: sangramento anal, que pode ou não exteriorizar os mamilos hemorroidários através do ânus. ● Classificação de hemorróidas internas: ○ Estágio 1: é a hemorróida que sangra quando as fezes passam. ■ Só há o diagnóstico na anuscopia. ○ Estágio 2: a hemorróida prolapsa ao defecar, mas volta. ○ Estágio 3: a hemorróida prolapsa ao defecar, mas não volta mais sozinha → o paciente precisa invaginara hemorróida com o dedo para ela voltar. ○ Estágio 4: a hemorróida prolapsa e não volta mais. ● Tratamento: pode ser clínico, cirúrgico ou por procedimentos sem cortes. ○ Técnica excisional: (são as que envolvem corte) Milligan Morgan, Fergusson, Semi fechada, com laser…. ○ Não excisionais: (são as que NÃO envolvem corte) hemorroidopexia grampeada e desarterialização hemorroidária. Fissura anal: ● Definição: solução de continuidade na pele do canal anal, normalmente com origem traumática. ○ Principal causa: fezes endurecidas. ■ Locais mais comuns: anterior e posterior. ■ Fissuras lateralizadas não são causadas por fezes endurecidas, então deve-se sempre pensar em diagnósticos diferenciais, como TB, linfomas, doença inflamatória intestinal. ● Sintomas: dor intensa às evacuações, que se prolonga durante horas. ○ Pode haver também sensação de ardor e queimação. ○ Tríade da fissura: dor + hipertonia + isquemia. ● Tratamento: tópico (analgésicos, antiinflamatórios), botox ou cirúrgico. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Abscesso anal: ● Definição: processos infecciosos → coleções purulentas na região anorretal. ● Sintomas: dor extrema, contínua e latejante. ● Tratamento: SEMPRE cirúrgico (drenagem), pode associar a analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos. Fístula anal: ● Definição: trajeto que comunica dois epitélios diferentes → abscesso e fístula são a mesma doença, só que em tempos diferentes. ○ Localização mais comum: fístula interesfincteriana. ● Sintomas: dor, saída de secreção purulenta e secreção de orifícios externos. ● Tratamento: SEMPRE cirúrgico, com técnicas minimamente invasivas. @p�sitivamed
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