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Naomi Sugita Reis
DIREITO TRIBUTÁRIO I 
____________________________________________________________ 
Livros: Curso de direito constitucional tributário - Carrazza, Curso de direito tributário - 
Paulo Carvalho e Hipótese de incidência tributária - Geraldo Ataliba, Direto financeiro e 
finanças públicas - Aliomar Baleeiro. 
SUMÁRIO 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 2 
O TRIBUTO 3 
TRIBUTO COMO OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 3 
CONCEITO CONSTITUCIONAL DE TRIBUTO 4 
DEFINIÇÃO LEGAL DO TRIBUTO 4 
O FATO ABSTRATO E O FATO CONCRETO 6 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 7 
SUBSUNÇÃO 7 
FATO JURIDICAMENTE TRIBUTÁVEL/ IMPONÍVEL 7 
CLASSIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA 8 
ASPECTO MATERIAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 9 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 11 
IMPOSTO 11 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO 12 
COMPETÊNCIA DO ESTADO 15 
COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO 17 
TAXA 19 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 22 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 22 
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL 23 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 26 
CARACTERÍSTICAS 27 
PRINCÍPIOS NO DIREITO TRIBUTÁRIO 29
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Naomi Sugita Reis
Glossário 
• Alíquota → percentual fixo que é utilizado dentro da base de cálculos que determina a 
incidência do tributo. Parâmetro de cálculo {que pode aumentar ou diminuir na 
mudança de impostos para mais ou para menos — ajustador de intensidade} 
• Hipótese de Incidência → fato abstrato previsto em lei {fato gerador} 
• Base de cálculo: dimensiona o fato gerador 
• Fato juridicamente tributável → fato concreto realizado pelo sujeito passivo que se 
subsume à norma 
• Tributo → obrigação de levar dinheiro aos cofres públicos 
• Consequência tributária → relação jurídica obrigacional entre o sujeito ativo e o 
sujeito passivo sobre o crédito tributário 
• Sujeito ativo → pessoa política 
• Sujeito passivo → contribuinte 
• Capacidade tributária → arrecadar, fiscalizar, cobrar {delegável} 
• Competência tributária → legislar {indelegável} 
DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
 O dinheiro que serve para custear a rede pública envolve o direito financeiro 
mais do que o direito tributário. Isso se dá em função de o direito financeiro envolver as 
regras relativas às receitas e às despesas financeiras. Resta claro, portanto, que o Estado 
necessita de receitas públicas {originarias e derivadas} para poder sobreviver, as quais 
podem ser: 
I. Receita pública originária: o dinheiro proveniente da exploração do próprio 
património da pessoa pública {exploração econômica por parte do Estado}. Quando 
o estado faz dinheiro com seu próprio patrimônio. A relevância é quase zero, as 
receitas originarias acabam sendo de baixa expressão econômica e, em consequência, 
insuficientes para poder cobrir os gatos públicos. Pode se dar quando aluga-se um 
bem imóvel público para um particular, por exemplo. 
II. Receita pública derivada: decorrem do Poder de Império do Estado que a lei confere a 
ele. Sendo assim, o Estado cria obrigações aos particulares, que deverão levar 
certas quantias aos cofres públicos quando se depararem com determinadas situações 
previstas em lei. 
A. Reparações de guerra; 
B. Multas; 
C. Tributos {art. 150, I CF}. 
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O TRIBUTO 
 Tributo é uma prestação, um comportamento de levar dinheiro aos cofres públicos, 
que não deriva da vontade do particular — as pessoas o fazem porque, ao não cumprir essa 
obrigação de crédito tributário de maneira tempestiva estarão sujeitas a multa com juros e 
correção monetária {que possuem um único índice de correção que contempla essas 
duas grandezas, chamado de SELIC}… 
 Cumpre ressaltar que o tributo não é uma penalidade, não se pode cobrar um 
tributo a titulo de sanção. Tributo com o intuito de penalizar é o tributo confiscatório, que está 
vedado pela Constituição. As regras aplicadas a tributo e a penalidades são 
completamente diferentes, são regimes jurídicos distintos. 
 O tributo, conforme Paulo de Barros Carvalho, pode ter várias designações 
diferentes, dependendo do contexto em que é empregada: 
• O dever de levar dinheiro aos cofres públicos, coativamente, 
• O dinheiro levado ao cumprimento desse dever, 
• O comportamento de levar dinheiro {prestação}, 
• A lei que prescreve tal dever, 
• A relação jurídica {obrigação} que tal lei engendra. 
TRIBUTO COMO OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 Geraldo Ataliba afirma que o conteúdo das normas tributárias é uma ordem ou 
comando para que se entregue ao Estado {ou pessoa por ele designada} certa soma de 
dinheiro. Em outras palavras, “a norma que está no centro do direito tributário é 
aquela que contém o comando: entregue dinheiro ao Estado”. Nesse sentido, pode 
ser verificado que as normas tributárias não são diferentes das demais normas jurídicas. A 
única coisa que as diferenciam é que a norma tributária possui uma qualidade de 
comando: o comportamento de levar dinheiro aos cofres públicos. 
 O objeto dos comandos jurídicos é o comportamento humano consistente em 
levar dinheiro aos cofres públicos {dinheiro esse, vulgarmente, nomeado de “tributo”}. 
O tributo, no seu sentido jurídico é a OBRIGAÇÃO DE LEVAR O DINHEIRO AOS 
COFRES . Nenhum preceito se volta para outra coisa senão o comportamento humano. O 
objeto da norma não é o dinheiro transferido aos cofres públicos. As obrigações de dar 
têm um objeto que é o comportamento, que é o objeto do comando. 
 A vinculação ou não do tributo não tem a ver com a destinação do tributo, 
mas sim com a atuação do Estado para o ensejo dele. A sua destinação tem a ver com 
“destinação específica”. 
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CONCEITO CONSTITUCIONAL DE TRIBUTO 
 O tributo decorre de uma fonte legal e de um comportamento lícito → licitude 
da hipótese de incidência e compulsoriedade. 
 O conceito de tributo é o centro da construção sistemática que se designa por 
direito tributário, que, como dito acima, não goza de independência científica, apenas 
didática. O direito tributário é um sistema que se constrói a partir do conceito de tributo 
que só pode ser erigido juridicamente num contexto determinado. 
 O conceito de tributo é pressuposto constitucionalmente, pois não há uma 
previsão específica na Constituição. Mas, a partir da interpretação constitucional, é 
possível analisar a existência de hipótese de incidência do fato gerador. 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, 
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 Há a obrigação compulsória de levar dinheiro aos cofres públicos, obrigação essa 
decorrente da prática de um comportamento lícito. 
 O conceito jurídico de tributo, assim como sua classificação jurídica, são resultados 
de interpretação jurídica da Constituição e não reprodução de conceitos formulados em 
instancia econômica ou financeira. 
 O conceito de tributo e de suas especies deve ser construído a partir do sistema 
positivo, sem nenhuma influencia de noções ou formulações estranhas ou impertinentes, 
como as econômico-financeiras. 
DEFINIÇÃO LEGAL DO TRIBUTO 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada {ato de cobrança 
amplamente previsto na Lei de Execuções Fiscais e no próprio CTN a partir do art. 42}. 
• Obrigação: vínculo jurídico transitório, de conteúdo econômico, que atribui ao sujeito 
ativo o direito de exigir do passivo determinado comportamento e que a este põe na 
contingencia de praticá-lo, em benefício do ativo. 
• Pecuniária: levar dinheiro ao sujeito ativo. 
• Ex lege: a obrigação tributária {o tributo} nasce da vontade da lei, mediante a ocorrência 
de um fato imponível nela descrito. Não nasce, como as obrigações voluntárias, da 
vontade das partes. 
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• Que não se constitui em sanção ato ilícito: dos fatosilícitos nascem multas e outras 
consequências punitivas, e não tributos. 
• Sujeito ativo — em princípio, uma pessoa pública: regra geral, o sujeito ativo é uma 
pessoa política ou “meramente administrativa”. Mas a lei pode atribuir a pessoa privada 
a capacidade de ser sujeito ativo de tributos — de maneira excepcional — desde que ela 
tenha a finalidade de interesse público {parafiscalidade}. 
• Sujeito passivo — uma pessoa posta nesta situação pela lei: a lei designa 
explicitamente o sujeito passivo como “destinatário constitucional tributário”. Em 
se tratando de impostos {não vinculados}, as pessoas públicas não podem ser sujeito 
passivo, devido ao princípio da imunidade tributária, previsto na Constituição em seu 
artigo 150, VI. Entretanto, nada impede que sejam passivos nos tributos vinculados. 
 Em relação à expressão da moeda, pode ser feito, por força de lei, dação em 
pagamento em bens imóveis. 
 Norma jurídica é o que está contido no texto de lei. A norma jurídica é composta 
pelo: 
• Fato Gerador/ Hipótese de Incidência: descrição de um ato lícito 
• Consequência {relação jurídica tributária} 
• Dever-ser 
 A lei não confere à autoridade administrativa a prerrogativa de analisar se é 
conveniente ou oportuno o pagamento do tributo, ele é obrigado a lançar, sob pena de 
responsabilização. Cumpre ressaltar que, mesmo existindo a plena vinculação para 
cobrança, o agente público {auditor fiscal} detém certas competências discricionárias 
dentro dos limites legais. E isso não afasta a vinculação. 
 A Fazenda, ao analisar o sujeito passivo {destinatário constitucional do tributo} em 
função da malha fina, pode analisar as contas bancárias dele. 
 O crédito tributário só pode ser dispensado se uma lei acima assim estabelecer. 
Esse é um dos motivos de ele ser vinculado. A impenhorabilidade do bem de família não 
se perfaz para os fins tributários {bem de família pode ser penhorado para pagar tributos}. 
A. Acepções do vocábulo “tributo”: 
1. Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, 
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem 
prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a 
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. 
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2. Dever jurídico do sujeito passivo 
3. Direito subjetivo do sujeito ativo de exigir o cumprimento da prestação 
4. Relação jurídica tributária 
5. Norma jurídica {art. 153 CF} 
6. Hipótese de incidência: subsunção do fato à norma {se preocupa com o fato, 
com a norma e com a relação entre os dois} 
7. Processo de positivação 
III. Natureza jurídica: 
Art. 4o A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da 
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
A. Natureza jurídica específica deve ser analisada para saber qual é o tributo. Se 
quer saber a natureza de um tributo, tem que ser analisada a base de cálculo 
1. Exemplo: no Município de POA, é cobrado o IPTU com a base de cálculo em 
cima do valor venal ou então em cima dos alugueres percebidos em cima do 
imóvel — o valor venal é sim uma base de cálculo legítima para o IPTU, pois 
tem muito a ver com o fato gerador. Entretanto, os alugueres percebidos não 
tem nada a ver com o fato gerador, pois se trata de renda auferida, que é de 
interesse da União com o Imposto de Renda. Sendo assim, é manifestamente 
inconstitucional o IPTU com base de cálculo de faturamento. 
B. Binômio identificador: 
1. Hipótese de incidência/ fato gerador; 
2. Base de cálculo {é a GRANDEZA econômica que dimensiona o fato gerador, é 
ele o real critério para analisar a natureza jurídica do tributo, pois as vezes o 
fato gerador pode ser dúbio, muito abrangente e é na base de cálculo que 
podem ser encontradas fraudes, falcatruas}. 
O FATO ABSTRATO E O FATO CONCRETO 
 Um fato juridicamente relevante {fato concreto} está atrelado a uma 
consequência jurídica e, portanto, envolve a obrigação de o sujeito passivo pagar ao 
sujeito ativo uma determinada quantia em dinheiro a título de tributo. 
 Essa consequência jurídica é uma relação jurídica tributária, envolvendo o 
sujeito ativo {credor} e o sujeito passivo {devedor}, na qual este tem o dever de levar 
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dinheiro aos cofres públicos e esse tem o direito subjetivo de captar {arrecadar, fiscalizar, 
cobrar} esse dinheiro devido pelo sujeito passivo. Essa atividade do sujeito ativo é 
plenamente vinculada. 
 A estrutura de uma norma jurídica envolve a leitura dos textos do direito 
positivo, os quais prevêem a hipótese de incidência do pagamento de um tributo 
{fato abstrato}. A hipótese de incidência está contida no texto de lei e está ligada a um 
fato abstrato lícito, possível e realizável do mundo real, ensejando uma consequência jurídica, 
que é o dever do sujeito ativo de pagar e o direito de o sujeito passivo receber o crédito 
tributário. 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 
 A hipótese de incidência está prevista em lei e prevê quando é que vai ser 
necessário o pagamento do tributo. A hipótese de incidência incide sobre o fato gerador 
e faz com que ele deixe de ser um simples fato e faz com que ele seja juridicamente 
relevante. O fato passa a ser um fato jurídico tributável, desencadeando consequências 
jurídicas, a fim de que sejam cumpridas as obrigações tributarias. 
 A hipótese de incidência está ligada à norma jurídica {dever-ser interproporcional 
neutro}, enquanto o fato jurídico tributável {fato imponível} está no mundo dos fatos. O 
fato gerador é a situação definida em lei como necessária para o pagamento concreto do 
tributo, podendo estar portanto no mundo dos fatos ou no mundo abstrato. O fato 
abstrato é a hipótese de incidência ou hipótese tributária enquanto o fato concreto é 
o fato juridicamente tributável ou fato imponível. Ambas as expressões substituem a 
expressão FATO GERADOR, que acaba por ser dúbia, podendo tanto ser do mundo físico 
quanto do mundo abstrato. 
 Fato gerador pode ser visto, de acordo com o CTN como o fato abstrato, mas não 
é dada uma outra denominação ao fato fático. Por isso que é melhor usar a construção 
doutrinária acima do “fato gerador”. 
SUBSUNÇÃO 
 A Subsunção é o fenômeno de um fato configurar rigorosamente a previsão 
hipotética da lei. Diz-se que um fato subsume à hipótese legal e, portanto, à norma 
quando completa rigorosamente à descrição que dele faz a lei. 
FATO JURIDICAMENTE TRIBUTÁVEL/ IMPONÍVEL 
 É fato imponível um fato concreto, acontecido no universo fenomênico que 
configura a descrição hipotética contida na lei. É a realização da previsão legal. O fato 
imponível está para a hipótese de incidência como o objeto está para o conceito. 
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 A hipótese de incidência contém um arquétipo, um protótipo bem circunstanciado. O 
fato imponível é a materialização desse arquétipo legal. 
 Fato gerador é o que está previsto em lei como algo que, uma vez praticado, 
ensejará a obrigação de pagamento do tributo, em outras palavras, o fato gerador pode ser 
concebido com a mesma conotação da hipótese de incidência. 
 A simples existência da norma jurídica por si só não enseja em uma 
obrigação de pagar. É vislumbrada a necessidade de que um fato ocorra no mundo 
concreto, MAS dentro da hipótese de incidência. 
 Em relação ao critério objetivo e jurídico, que é o utilizado para a base de calculo 
base imponível, ele sempre será o único elemento que confere o gênero jurídico do 
tributo. Em outras palavras, ao se investigar o gênero jurídico do tributo, não interessa 
saber quais os elementos que compõem o pressuposto material, basta verificaram a base 
de calculo: a natureza dessa base de calculo sempre conferirá o gênero jurídico ao 
tributo. 
CLASSIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 A doutrina de Geraldo Ataliba fez uma classificação dos tributos a partir do que a 
Constituiçãoprevê em seus artigos 145, 148 e 149. À ciência do direito compete analisar 
o conjunto de textos normativos e, a partir deles, propor classificações e conceitos no 
intuito de planar o emaranhado de leis e artigos em algo inteligível. 
 A Constituição estabelece cinco tipos de tributos e a doutrina traz uma 
classificação hábil para determinar o que pode ser considerado como espécie tributária. 
Por isso que somente depois da vigência da Constituição — como fundamento da 
ordenação jurídica global — é que foi possível elaborar uma classificação dos tributos. 
Esta toma, portanto, como ponto de partida, o supremo dado jurídico: a Constituição. 
Sendo assim, a classificação dos tributos é uma tarefa do mundo jurídico e não do 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA FATO IMPONÍVEL
DESCRIÇÃO GENÉRICA E HIPOTÉTICA DE UM 
FATO
FATO CONCRETAMENTE OCORRIDO NO 
MUNDO FENOMÊNICO, EMPIRICAMENTE 
VERIFICÁVEL
CONCEITO LEGAL FATO JURÍGENO - ESFERA TANGÍVEL DOS FATOS
DESIGNAÇÃO DO SUJEITO ATIVO SUJEITO ATIVO JÁ DETERMINADO
EVENTUAL PREVISÃO GENÉRICA DE 
CIRCUNSTÂNCIAS DE MODO E DE LUGAR
MODO DETERMINADO E OBJETIVO, LOCAL 
DETERMINADO
MENSURAÇÃO GENÉRICA - BASE DE CÁLCULO MEDIDA DETERMINADA - BASE CALCULADA
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mundo das finanças, posto que, apesar de o fundamento dos tributos coincidir com a 
classificação financeira preexistente, ela é exclusivamente jurídica. 
 Existe uma grande diferença entre “texto” e “norma jurídica”, esse é a literalidade 
que está num artigo de um texto de lei, enquanto esta é um juízo de significação que 
decorre de uma interpretação do texto positivo. 
 Segundo Geraldo Ataliba, “o critério jurídico de classificação dos tributos está 
na consistência do aspecto material da hipótese de incidência”. É a materialidade do 
conceito do fato, descrito hipoteticamente pela HI que fornece o critério para 
classificação das especies tributárias e o principal caráter diferencial entre as especies 
tributarias está na conformação ou configuração do aspecto material da HI. 
ASPECTO MATERIAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 
Teoria Trinária/ Tripartite 
 Geraldo Ataliba afirma que, em todas as legislações existentes, em todos os casos, 
o aspecto material da HI, ou: a) consiste numa atividade do poder público {ou numa 
repercussão desta} ou, b) consiste em um fato ou acontecimento inteiramente 
indiferente a qualquer atividade estatal. Portanto, essa diferenciação permite classificar 
todos os tributos segundo o aspecto material de sua HI: tributos vinculados e não 
vinculados. Sendo a diferença entre o tributo vinculado e não vinculado é, basicamente, a 
atuação do Estado para a ensejar a obrigação de seu pagamento. 
 Será vinculado aquele tributo cuja hipótese de incidência está vinculada a uma 
atuação estatal, a um agir da administração pública. O termo “vinculado” está associado ao 
agir do Estado, ou seja, quando o particular não faz nada para que seja cobrado o 
tributo, apenas o Estado é quem age — o Estado um serviço que o particular NÃO PODE 
RECUSAR. Exemplos disso são: taxa de coleta domiciliar de lixo, contribuição de 
melhoria… 
 A consistência do aspecto material é uma atividade estatal, um ato jurídico ou 
material do Estado. Exemplos de fatos juridicamente tributáveis vinculados são de o 
Estado: fornecer, agua, certidão, expedir documentos, realizar obra que valoriza imóvel 
particular, conceder licença, conceder autorização, permissão… 
 No âmbito dos tributos vinculados, podem ser vislumbrados os tributos 
diretamente vinculados, que são aqueles que envolvem uma atuação direta do Estado 
{basta que o Estado faça algo, que nascerá a obrigação tributária} {basta que seja algo 
consequente da atuação estatal}, enquanto os indiretamente vinculados são aqueles que 
dependem não apenas da prestação do serviço público, da atuação estatal, mas de algo a 
mais, chamado de fator intermediário. 
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 Os tributos não vinculados são aqueles que a hipótese de incidência prevê um 
fato praticado pelo próprio particular e não pela administração pública. São também 
chamados de “tributos sem causa estatal”. Ao analisar a hipótese de incidência extraída da 
lei, verifica-se que todos impostos são uma espécie tributária que sempre vai ser não 
vinculada, ou seja, o particular só vai ser obrigado a pagar impostos se ele fizer um ato 
previsto em lei. 
 Tem-se, portanto, um fato qualquer não consistente numa ação do poder público, 
mas ligado a uma pessoa qualquer. Exemplos de fatos juridicamente tributáveis não 
vinculados são: vender, exportar, ser proprietário, transmitir imóvel, prestar serviço, 
receber rendimentos, importar… 
 O imposto extraordinário de guerra não tem uma hipótese de incidência 
predefinida pela Constituição. O texto legal apenas tem a previsão em seu artigo 154, II 
que, em caso de iminência/ atual guerra externa, ficaria a cargo da União o IG - podendo 
ela colocar a hipótese de incidência sobre o que quisesse para poder arrecadar receita. 
Finda a causa que lhe deu origem {guerra externa}, acabam os pressupostos de cobrança. 
A união faz uma lei através de competência extraordinária e estabelece um fato gerador 
não vinculado a uma atividade estatal {um imposto que poderia ser usado para poder 
ser arrecadado o IG é o ICMS}. 
 Os defensores dessa teoria admitem a existência da contribuição social e do 
empréstimo compulsório, mas eles não possuem uma característica única {de vinculado 
ou não}, sendo necessária a análise da HI. 
 Segundo a teoria tripartite/ trinária, só existem três tipos de tributos: os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhorias. E ela é contraposta pela teoria 
pentapartite/ quinaria, que é é defendida pelo professor Ives Gandra da Silva Martins, e 
apoiada pelo STF e prevê que existem cinco tipos de tributos que não se comunicam e 
possuem natureza jurídica distinta: impostos, taxas, contribuições de melhoria, 
empréstimo compulsório e contribuições especiais. 
Teoria Quinária/ Pentapartite 
 Ives Gandra da Silva Martins e o STF prevêem cinco tipos de tributos, quais 
sejam: a) impostos, b) taxas, c) contribuição de melhoria, d) empréstimo 
compulsório, e)contribuição especial. 
 A questão de os tributos serem ou não vinculados não tem a ver com a 
destinação específica e também a necessidade de restituição ou não. A vinculação 
depende de uma análise da interferência da atuação do Estado na Hipótese de Incidência. 
I. Impostos {art. 167, IV CF} caracterizam uma categoria autônoma porque são tributos 
não vinculados a uma atividade estatal, sem destinação específica ao tributo 
arrecadado {e não vinculado a qualquer despesa específica}. Ao contrario da 
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contribuição previdenciária {contribuição especial}, que tem um destino próprio, que 
é a Previdência Social, administrado pela RF. 
A. Não vinculado 
B. Sem destinação específica {órgão, fundo ou despesa específicos} 
C. Não restituível 
II. Taxas: 
A. Vinculado {diretamente} 
B. Destinação específica 
C. Não restituível 
III. Contribuição de melhoria: 
A. Vinculado {indiretamente} 
B. Destinação específica 
C. Não restituível 
IV. Empréstimo compulsório: 
A. Não vinculado / vinculado 
B. Destinação específica 
C. Restituível {característica que o coloca em posição autônoma} 
V. Contribuição especial: 
A. Não vinculado / vinculado 
B. Destinação específica 
C. Não restituível 
CRIAÇÃO DE TRIBUTOS 
 O CTN é formalmente uma Lei Ordinária, mas materialmente é vista como uma 
Lei Complementar. 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
IMPOSTO 
art. 145, I 
 São criados através de Lei Ordinária, menos o Imposto sobre Grandes Fortunas 
{ainda não existente} e o Imposto Residual, que serão criados através de Lei 
Complementar, em função de determinação expressa por parte da Constituição. 
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 A base de cálculo nos tributos sempre é fácil de ser identificada. Portanto, 
sempre vai ser vislumbrada uma alíquota. Portanto, não vai ter imposto com valor fixo. 
 A capacidade é o foco da tributação de impostos{o tamanho da concentração de 
riqueza do particular}, respeitado o mínimo existencial. 
 No caso do imposto de guerra, a União pode fazer de tudo, vale tudo. 
 Impostos indiretos e diretos se diferem pelo sujeito passivo. Nos indiretos 
{ICMS e IPI}, o sujeito passivo originário repassa para o consumidor final no ônus de 
pagar o tributo — o ônus suportado pelo tributo é repassado para outro. O que 
caracteriza o tributo indireto é que o industrial PAGA o tributo já! Mas ele repassa esse 
ônus para o consumidor final no preço do produto. Enquanto nos diretos, quem paga o 
tributo é quem pratica o fato gerador. Os PIS e COFINS não são tributos indiretos. 
 Impostos regulatórios {caráter extrafiscal} {II, IE, IPI, IOF} são aqueles que não 
precisam respeitar o princípio da anterioridade {da não surpresa} induzem o 
comportamento dos particulares a um determinado caminho. Por exemplo, o 
incentivo a comprar produtos estrangeiros ou nacionais, reduzindo ou aumentando 
impostos. Mas, não há confiscatoriedade. Eles são manipulados de acordo com os 
interesses da pessoa política em estimular ou desestimular importações {no caso do II} 
e exportações {no caso do IE}. Barreira alfandegaria é utilizar imposto para evitar a saída 
ou entrada de bens — são péssimas para o comércio exterior e são medidas protecionistas 
para prestigiar a economia interna. 
 Progressividade é um critério que informa a alíquota de um tributo — a alíquota 
aumenta e diminui de acordo com a base de cálculo. A Constituição prevê a possibilidade 
de progressividade. Caso não haja previsão EXPRESSA na Constituição, há de o tributo 
ser proporcional {independente do aumento ou diminuição da riqueza}. Só pode ser 
Progressivo o tributo que a Constituição autorizar. 
ARTIGO 153 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO 
I. II - Imposto de Importação: tem, via de regra, uma alíquota de 60% do valor do 
produto importado e pode ser majorado em até 5x, chegando a 300%, e ainda podem 
ser aliados a ele o IPI à importação. 
A. Regulatório — Extrafiscal. 
B. Fato gerador: importar produtos do exterior {menos bens de bagagem}. 
II. IE - Imposto de Exportação: é melhor para o país exportar mais e importar menos, 
pois o país se tornaria economicamente estável. E por que existe o imposto de 
importação? A maioria das alíquotas de exportação beiram a 0%. Quando o sujeito 
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exporta, ele recebe um crédito referente à quantia {monetária} que ele exportou, 
credito esse que pode ser abatido com outros impostos, como IR… 
A. Regulatório — Extrafiscal. 
B. Fato gerador: venda de bens para o exterior. 
C. Por exemplo, quando um outro Estado tem falta de arroz, o Brasil, se exportar 
muito muito muito arroz, a margem de lucro vai ser maior pro produtor e no Brasil 
vai ter falta de arroz {porque está sendo tudo exportando} e quando tem no Brasil. 
A exportação não pode ser proibida {não pode ser usado o tributo como forma de 
proibir algo}, portanto, vai ser aumentada a alíquota para desestimular os 
produtores de arroz a exportarem. 
III. IR - Imposto de Renda: o imposto de renda, por força de lei, deve ser progressivo {de 
certo modo}. As contribuições variam de 7,5% até 27,5%. Dessa alíquota de 7,5% até 
a alíquota de 24,5% o tributo vai ter característica de progressividade. Já quando chega 
na alíquota de 27,5%, o qual é devido por quem ganha mais de 4 mil reais, vai sempre 
ser proporcional. 7,5% até 27,5% → progressivo. 27,5% → proporcional. 
A. Pessoa Jurídica {IRPJ}: incide sobre o lucro líquido {aquilo que o empresário 
recebe, reduzidas as despesas}. 
B. Pessoa física {IRPF}: critério constitucional e IMPERATIVO da progressividade. 
Por isso que existe tabela progressiva anterior. 
IV. IPI - Imposto sobre operações de Produtos Industrializados: precisa respeitar o 
princípio da não surpresa apenas no aspecto nonagesimal {90 dias de anterioridade}. 
A. Regulatório — Extrafiscal: a intenção é selecionar alguns produtos e majorar 
{cigarro} e selecionar outros produtos e diminuir {linha branca}. Este imposto é, 
originalmente, devido pelo sujeito passivo “Industria” e é repassado para o 
consumidor final {nós}, o que o torna um imposto indireto. 
B. Seletivo: é um critério de tributação obrigatório ao IPI, é um elemento inerente 
ao IPI. O legislador é quem regula essa seletividade, decidindo o que seria um bem 
de consumo indesejado por exemplo. Essa seletividade é a forma de fazer valer a 
extrafiscalidade através de majoração ou diminuição das alíquotas. 
C. Obrigatoriamente, o IPI é indireto. O que caracteriza o tributo indireto é que o 
industrial PAGA o tributo já! Mas ele repassa esse ônus para o consumidor final no 
preço do produto. 
D. Não cumulatividade {pessoa física destinatária do produto final não pode ser 
tributada quando vai comprar bens para seu consumo}. 
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E. Fato gerador: 
1. Operação comercial, 
2. Processo industrial para exposição a venda, 
3. Importação de produto industrializado {não cumulatividade}, 
4. Arrematação de bem apreendido {não existe legislação acerca do IPI 
arrematação, então ele não está sendo cobrado}. 
V. IOF - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos 
ou valores mobiliários: 
A. Regulatório: o ente pode alterar através de decreto — Extrafiscal; 
B. Fato gerador: 
1. Operação de crédito 
2. Operação de câmbio 
3. Operação de seguros 
4. Operação de títulos ou valores imobiliários 
VI. ITR - Imposto de Tributação Rural: 
A. Pode ocorrer a parafiscalidade. O município já fica com 50% do ITR, mas a União 
pode delegar a capacidade tributária {arrecadar, fiscalizar e cobrar}, sendo que o 
município poderá ficar com 100% da receita. 
B. Fato gerador: 
1. Propriedade de bem imóvel territorial localizado na zona rural ou na zona 
urbana com destinação rural {“chacrinha” no centro da cidade, levando em 
conta o aspecto econômico - produzir alface e vender, ter galinhas e vender os 
ovos…}. 
a) Art. 32 CTN: em relação ao IPTU → O imposto, de competência dos 
Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato 
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza 
ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana 
do Município. Mas existem limites e critérios para esse estabelecimento. 
C. IGF - Imposto sobre Grandes Fortunas: não foi criada ainda, mas quando for 
criada deverá ser através de Lei Complementar {quorum qualificado - maioria 
absoluta}. 
 14
Naomi Sugita Reis
ARTIGO 154 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 A União tem uma característica única, de possuir competência residual. 
A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que 
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição; 
II - IEG - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
ARTIGO 155 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
COMPETÊNCIA DO ESTADO 
I. ITCMD - Imposto de Transmissão Causa Mortis ou Doação de qualquer bem ou 
direito: 
A. Pagamento é feito eletronicamente. Caso o destinatário constitucional tributário 
não pague, o Estado irá notificá-lo para que efetue esse pagamento - normalmente 
a fiscalização se dá em função do IR aumentado. O sujeito tem até o ultimo dia do 
mês em que recebeu o bem para declarar o bem/ direito. Caso não declare, ele 
incorrerá em multa que pode chegar até 20% do valor do bem. O cartório de 
registo de imóveis é responsável pelos tributos relativos a ele {ITCMD e ITBI}, por 
isso é que eles não fazem nada sem a comprovação pelo sujeito passivo do 
pagamento do tributo. 
B. Fato gerador: transmissão causa mortis/ doação de qualquer bem ou direito. 
C. Proporcional {fixo em 4% no Paraná, mas tem resolução do CN prevendo que a 
alíquotamáxima em um Estado seria 8%}. Alíquotas mínimas também são 
previstas para evitar a guerra fiscal {evitar que investidores sejam atraídos em 
função de alíquota 0}. 
D. Sujeito passivo da relação tributária: 
1. Causa mortis: espólio até que venha a sentença da sucessão {os herdeiros 
passarão a ser os sujeitos passivos}; 
2. Doação: quem recebeu a doação - donatário. 
E. Bens móveis: domicílio fiscal. 
F. Bens imóveis: Estado onde o bem se encontra. 
 15
Naomi Sugita Reis
II. ICMS - Imposto sobre operações relativas a Circulação de Mercadorias e 
prestação de Serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicação: quatro impostos de naturezas distintas, porque cada um tem um fato 
gerador diferente. {Lei Kandir - Lei Complementar geral sobre ICMS} 
A. Fato gerador: 
1. Operações bilaterais de circulação de mercadorias: negócio jurídico de 
compra e venda. Não vale a industria mandar para a distribuidora, e não basta 
a circulação física {precisa da BILATERALIDADE}. 
a) Operações entre estados: alíquotas interestaduais são estabelecidas pelo 
Congresso Nacional. 
(1) Muita gente acaba pagando {quando a industria manda para a sua filial 
em outro estado, saindo do RS no valor de 12% e chegando no PR no 
valor de 18%} sem perceber que é errado, por causa do princípio da não 
cumulatividade: o empresário tem que pagar apenas a diferença entre os 
dois estados {6%}. Acaba até sendo mais vantajoso nesse caso, porque se 
não pagasse no RS, teria que pagar os 18% do Paraná. 
(2) Mas, segundo o precedente do STF, a situação ficaria melhor para o 
empresário em relação a determinadas mercadorias que possuem no 
Estado que receberá {na filial} um ICMS em 0%, que daí ele não pagaria 
nada nem no RS e nem no PR. 
(3) A mercadoria que está sendo transportada precisa estar acompanhada de 
documentação fiscal idônea, porque pode ocorrer de estar atravessando 
um Estado que não é o receptor. Essa mercadoria então, não poderá ser 
tributada no estado de passagem. Se não tiver esses documentos, vão 
autuar, mas não vão apreender a mercadoria. 
2. Serviços de transporte interestadual 
3. Serviços de transporte intermunicipal 
4. Serviços de comunicação 
O imposto incide sobre: 
I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de 
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; 
II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer 
via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
 16
Naomi Sugita Reis
III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a 
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação 
de comunicação de qualquer natureza; 
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto 
sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar 
aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. 
VI – a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, 
ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do 
estabelecimento; 
VII – o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 
VIII – a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não 
destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
B. Indireto: repassa o ônus para o consumidor final em função da operação, que 
engloba o custo total da venda. Engloba os custos com frete e até com o ICMS. O 
ICMS é incluído em sua própria base de cálculo. Quem paga é o industrial, quem 
paga é o comerciante, mas quem ARCA com o ÔNUS ECONÔMICO é o 
consumidor final. 
C. Sem destinação final, porque, afinal, é um imposto. 
III. IPVA - Imposto de Propriedade {e detenção de direitos} de Veículos 
Automotores: 
A. Fato gerador: não incide em aeronaves, barcos… apenas em veículos terrestres. 
B. Devido no domicílio fiscal do proprietário: se mora em Curitiba, registra no 
DETRAN-PR e paga no PR. No caso de locadoras de veículos, elas possuem 
domicilio em vários estados e escolhem em qual deles elas pagarão o IPVA {no 
estado que tiver a tributação mais branda}. 
C. Sujeito passivo: o proprietário e quem detém direitos sobre o bem, sobre o 
veículo {em caso de banco, que tem direito de domínio sobre o carro}. 
ARTIGO 156 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO 
I. ITBI - Imposto que incide sobre a Transmissão de Bens Imóveis em ato inter 
vivos: 
 17
Naomi Sugita Reis
A. Fato gerador: transmissão de bem imóvel entre pessoas vivas {não é doação e não 
é herança - caso do ITCMD}. 
B. Incide sobre o valor de mercado — valor venal — e não sobre o valor declarado. 
Isso se dá para evitar Fraudes no IR e no ITBI - evitar sonegação de impostos. A 
pessoa pode declarar o valor que quiser, mas o fisco aplicará o valor de mercado. 
C. Se o sujeito não apresentar o comprovante de quitação do ITBI, o cartório não faz o 
registro, porque ele seria o responsável. 
D. Sujeito passivo {destinatário constitucional tributário}: quem compra o bem. 
II. IPTU - Imposto que incide sobre a propriedade Predial e Territorial situados em 
área Urbana. 
A. Valor venal: estabelecido pelo município na planta genérica de valores que só pode 
ser alterada por meio de lei, salvo correção monetária {simples inflação}. Uma 
pessoa pode residir em um imóvel avaliado no mercado em R$ 1.000.000,00, mas 
se na planta genérica, estiver estabelecido em R$ 500.000,00, o IPTU vai incidir 
sobre o valor da planta {mesmo que desatualizada}. Se for aumentar, em virtude de 
atualização da planta, o aumento é gradual, vai aumentando gradualmente nos 
anos subsequentes. 
B. Notificação de lançamento de IPTU: carnê. 
III. ISS - Imposto Sobre Serviço: não pode ser menor que 2% e maior que 5%, sob pena 
de inconstitucionalidade. Para que possa haver isenção do ISS, representantes de 
todos os Estados 26 Estados e o DF devem aprovar - por unanimidade. Mas a isenção 
pode acabar gerando guerra fiscal. Principal fonte de receita dos municípios. É devido 
até na prestação de serviço de advocacia, medico… 
A. Fato gerador: serviços de qualquer natureza {predefinidos em Lei Complementar}, 
mas a sua criação é por Lei Ordinária. 
B. Está previsto em Lei Municipal {Ordinária, mas com maioria absoluta} - Código 
Tributário Municipal com uma lista de serviços. Em função dos artigos 156, III CF, 
146 CF e 69 CF: foi criada a Lei Complementar Federal 116/03, que é taxativa e 
estabelece o que é serviço e o que não é serviço. Não é a Lei Complementar 
própria do Município que define isso. O serviço é identificado pela LC 116/03. Em 
função da facultatividade do exercício da competência, o Município pode escolher 
quais serviços, daqueles previstos na LC 116/03 ele tributará. Caso o município 
estabeleça em seu CTM um serviço passível de tributação que não esteja previsto 
no 116/03, vai ser inconstitucional. 
 18
Naomi Sugita Reis
TAXA 
art. 145, II 
 Sempre serão tributos diretamente vinculados, porque basta a atuação do Estado 
para que o sujeito ativo tenha que pagar a obrigação tributária. São cobradas em duas 
circunstâncias: por conta da prestação de um serviço público ou pelo exercício do poder 
de polícia {poder de fiscalização e de controle}. 
 A competência é comum {e não privativa como os impostos}, qualquer um dos 
agentes políticos pode legislar sobre as taxas {até mesmo o Município em caso de 
interesse local}, desde que dentro da sua própria competência administrativa. 
 Normalmente são instituídas mediante Lei {mas podem vir a ser instituídas através 
de Medidas Provisórias}. 
 A hipótese de incidênciaé um fato abstrato, lícito de possível realização que 
envolva um agir do Estado e não do sujeito passivo. E a consequência é mesmo a relação 
jurídica tributaria. 
 As taxas, por serem tributos contraprestacionais, possuem como critério principal 
a retributividade. Os entes não podem se utilizar do princípio da capacidade tributava 
{que permeia os impostos}, mas justamente do princípio da retributividade {não pode ter 
intuito de lucro com as taxas, mas de contraprestação}. Não serve, portanto, para ter 
um intuito extrafiscal, como têm os tributos. 
 A rigor, todos os tributos devem respeitar a capacidade contributiva, mas em 
alguns tributos, como nas taxas, essas capacidade fica em segundo plano, levando em 
conta principalmente a retributividade — porque nas taxas o indivíduo está pagando em 
contraprestação a atividade Estatal. Isso fica evidenciado pelo fato de as instituições 
financeiras pagarem “a mesma quantia” de taxas que uma farmácia ou um restaurante, 
porque as taxas não podem ser cobradas de acordo com a capacidade econômica do 
sujeito passivo {o que não ocorre com IRPJ, que é baseado nesse critério}. 
 A base de cálculo deve ser relacionada com o fato gerador, que é uma atuação 
estatal, sendo assim, se a base de cálculo da taxa incidir sobre uma atuação do indivíduo, 
ela será inconstitucional. 
 Nada impede que uma taxa tenha como base de cálculo um ou mais dos critérios 
{desde que não sejam todos} que um imposto {é proibida a taxa com base de cálculo 
“própria de imposto”}. É o caso das taxas de coleta domiciliar de lixo, que possuem como 
base de cálculo a metragem do imóvel, mas não é inconstitucional, pois o IPTU possui a 
base de cálculo no valor venal do imóvel - localização, metragem e destinação econômica, 
nesse sentido, a taxa de coleta domiciliar de lixo possui apenas 1/3 de semelhança com a 
base de cálculo do IPTU, sendo válida. 
 19
Naomi Sugita Reis
 Os valores das taxas são fixos, sendo que o custo da taxa nunca pode ser 
desproporcional à atividade do Estado — elas não podem ser cobradas para que o Estado 
tenha lucro, apenas para financiar a atividade {serviço/ atividade de polícia} que o Estado 
exerce. 
 Via de regra, o particular só vai se ver obrigado a pagar o tributo quando utiliza o 
serviço. Mas existem exceções, quando a simples disponibilidade do serviço público gera 
o dever de o particular pagar a taxa — é o caso de taxa de coleta domiciliar de lixo {em 
função dos princípios da dignidade da pessoa humana, saúde…} —, pagando a taxa pela 
simples disponibilização. Sendo os serviços de utilização compulsória. 
São cobradas quando se dá: 
• Prestação de serviço público {taxas de serviço} 
• Exercício regular do poder de polícia {taxas de “polícia”} 
- fiscalização e controle para determinadas atividades: que ensejam no alvará. 
I. Taxa de serviço: divisível e específica. 
A. Serviços públicos divisíveis. Deve ser possível a identificação de quem usufrui 
diretamente do serviço e em que medida — por isso que a taxa de iluminação 
pública foi declarada inconstitucional, assim como a varredura das ruas e a “taxa” 
de prevenção de incêndio. Serviços colocados à disposição do particular podem ser 
cobrados a título de taxas, desde que seja compulsório: taxa de coleta domiciliar de 
lixo. 
1. Serviços gerais não podem ser divisíveis, pois não tem como ser identificado o 
usuário e em que medida. Caso não seja possível entender / identificar quem e 
em que medida usufrui, não vai ser inferida a taxa → vai vir dos impostos — 
receita geral — {ITBI, ISS, IPTU}, que não são vinculados e formam um bolo. 
Então, uma porcentagem desse bolo vai para os serviços indivisíveis {assim 
como para educação e para saúde}. 
B. Serviços públicos específicos. Quando é possível identificar uma unidade 
autônoma de intervenção do Estado, seja por meio de um órgão, de uma secretaria, 
de um ministério… mas não deriva do próprio ente. 
II. Taxas de polícia: decorrente do exercício regular do poder de polícia — prática de 
atos de fiscalização e controle. Isso acaba ensejando em um alvará, que pode ser 
expedido por: vigilância sanitária, brigada de bombeiros… diversos órgãos 
governamentais — que influenciam de maneira direta ou indireta no bem estar do 
cidadão. 
 20
Naomi Sugita Reis
A. As taxas não são pagas para a obtenção do alvará, mas sim para que seja feita 
uma fiscalização e um controle — ou seja, é pago o serviço que o Estado realiza 
{diretamente ou por meio de seus órgãos}. Paga pela fiscalização e pelo controle. É 
uma contraprestação pela fiscalização e pelo controle realizados. O alvará decorre 
dessa atuação, mas não sempre {caso não seja aprovado pelo Estado o 
funcionamento}. 
Art. 149-A: Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma 
das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura 
de consumo de energia elétrica. 
Taxas vs. Tarifas 
 Pode ocorrer delegação para entes privados {concessão de serviço público} — 
sendo devida TARIFA e não TAXA. E tarifa não é tributo, mas pode vir a ser coleta de 
lixo. Agua, eletricidade e esgoto são exceções, pois são cobrados por tarifa, 
independentemente de quem preste o serviço, a essencialidade de quem presta é 
irrelevante. 
 {ADI 800 STF} Pedágio não é tributo — O STF decidiu que não é tributo por ele 
não ser algo compulsório. 
 A figura de compulsoriedade se refere à ideia de que a simples 
disponibilização enseja no pagamento do tributo pelo individual — use ele ou não o 
serviço. 
 O mais benéfico para a cobrança é a tarifa, porque mexe quando quer, não sendo 
aplicável nela o regime tributário e os princípios que o permeiam {como da 
anterioridade}. 
TAXA TARIFA
Regime de direito tributário {público} Regime de direito privado
PJ de direito público PJ de direito privado
Serviço essencial Serviço não essencial
Compulsório Utiliza se quiser
Sem delegação Delegado pela pessoa pública
 21
Naomi Sugita Reis
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
art. 145, III CF 
art. 82 CTN 
 É uma espécie de tributo indiretamente vinculado, pois para que ocorra seu “fato 
gerador” é necessário que ocorra o binômio: obra pública e mais valia imobiliária 
{valorização do imóvel}. Obra privada e obra decorrente de parceria público privada não 
pode ter relação com contribuição de melhoria! 
 *Ela tem a finalidade de custear obras públicas específicas feitas pelo Estado. Em 
função disso, é vislumbrado um limite global {custo/ despesa da obra} e um limite 
individual {valorização efetiva percebida por cada imóvel — acréscimo de valor que 
a obra resultar para cada imóvel beneficiado} — não pode ter um valor fixo para 
todos, precisa ser algo individualizado, pois cada imóvel valoriza de acordo com o 
seu valor individual. Esse tributo só pode ser cobrado depois da obra, pois ele é cobrado 
em cima desses limites, que só terão um valor específico, ao final da obra em si. Não 
existe um limite mínimo. 
 A competência para legislar acerca da contribuição de melhoria é comum {de todos 
os entes na medida de suas competências}. Ela é instituída para fazer face à construção de 
obra pública e, portanto, ela tem a característica de destinação específica {assim como as 
taxas}. A lei que institui esse tributo é especifica de cada obra {pois tem que ter a obra 
pronta}. Cobranças antecipadas não são contribuição de melhoria → por isso que o 
que é mais corrente, usual, são contribuições facultativas {que o indivíduo não tem 
obrigação alguma de pagar}. 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
art. 148 
 Este tipo de tributo é criado pela União por meio de Lei Complementar {art. 69 
CF}, pois envolve normas gerais em matéria tributária em função de determinação 
expressa por parte da Constituição. 
 Alfredo Augusto Becker afirma que o Empréstimo Compulsório é nada menos do 
que um tributo restituível {ou seja, não vinculado}, masnão existe vedação à 
instituição de um EC vinculado, só nunca foi utilizado. 
 Uma vez criado, como é de competência da União, vale para todo o território 
brasileiro, não pode ser seletivo. Ademais como é um empréstimo, o dinheiro deverá ser 
devolvido/ restituído nos termos da Lei Complementar que determinou este tributo. 
 
 Tem que ser escolhida uma HI que possa ser mensurada em dinheiro para poder 
aplicar uma base de cálculo. Ou seja, o legislador tem que escolher um fato que tenha 
conteúdo econômico. 
 22
Naomi Sugita Reis
 A sua hipótese de incidência {fato abstrato, fato gerador} não se encontra 
previamente determinada na Constituição, assim como o Imposto Extraordinário de 
Guerra. Isso se dá pelo fato de existir pressupostos por uma lei complementar em caso 
dos seguintes pressupostos necessários: 
• Investimento público urgente ou com relevante interesse nacional 
 Isso aconteceu com a ELETROBRÁS nos anos 70, em que o EC tinha como FG 
consumir energia elétrica. Foi devolvido em meados de 2005 em ações da ELETROBRÁS e 
não foi declarado inconstitucional porque a CF/88 já previa a constitucionalidade desse 
meio de devolução {ações da ELETROBRÁS}. 
 Aconteceu também com os Combustíveis na década de 90, em que o EC já estava 
incluso no valor do combustível e o FG era consumir combustível. Mas foi declarado 
inconstitucional porque foi criado um fundo nacional de desenvolvimento que iria fazer 
um manejo do dinheiro e a devolução de daria por meio de quotas desse FND - as pessoas 
seriam “sócias” desse fundo. E isso não pode. O EC tem que ser devolvido em 
DINHEIRO e não em quotas. 
• Calamidade pública regional {lugar abrangente, mais de um Estado…}, guerra 
externa ou sua iminência. 
 
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL 
art. 149 
 Maior fonte de renda da União são as contribuições especiais e são de sua 
competência privativa. Quem deu o nome foi a doutrina. Essas contribuições podem ser 
ou vinculadas ou não vinculadas, ou seja, podem ser taxas/ contribuições de melhoria 
ou então impostos. 
 As contribuições especiais podem ser criadas pela União e podem ser divididas 
em: 
I. *Contribuições sociais*: a União tem a competência residual para criar a 
contribuição social que ela quiser {art. 196}, respeitando lei complementar, não 
cumulatividade e que não seja repetida uma base de calculo já existente em uma 
contribuição. 
A. Sociais gerais: 
1. Sistema S - SESC, SENAC, SENAI {entes paraestatais - pessoas jurídicas de 
direito privado destinatários de verba pública por meio do tributo que são 
merecedoras de subsídio por parte da União por meio de tributos para poder 
 23
Naomi Sugita Reis
arcar com os gastos}. Não são parafiscais porque é a União que cobra 
arrecada e fiscaliza {que tem a capacidade tributária} e apenas repassa para o 
Sistema S. Não pode ter pessoas privadas como pessoas ativas da relação 
jurídica tributária. 
2. Salário Educação - art. 212, §5º: sobre a educação básica e não sobre o ensino 
superior. 
§ 5o A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição 
social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. 
B. Seguridade Social - art. 195 CF - {previdência, assistência e saúde}: PIS, PASEP, 
COFINS, Contribuição Previdenciária sobre a folha de salários. Os Estados, o DF e 
os Municípios podem instituir contribuições de previdência para seus servidores 
públicos {é compulsório} e os Municípios/ DF podem instituir a CIP {contribuição 
de iluminação pública}. 
1. Previdência: indiretamente vinculada {atividade do Estado desde que a pessoa 
preencha os requisitos} 
a) Folha de salários 
2. Assistência e Saúde: {diretamente vinculada} 
a) CSLL: incide sobre o lucro — sobre o faturamento descontada a despesa. 
Tem que ser pago ainda o Imposto de Renda. Pessoas jurídicas optantes 
pelo SIMPLES pagam IRPJ, COFINS, CSLL, PIS e outros tributos unificado. 
Sua alíquota varia entre 9% e 20% e a base de cálculo é o valor do resultado 
do exercício, antes da provisão para o Imposto de Renda. 
(1) Lucro presumido: 32% do faturamento; 
(2) Lucro real: identifica as despesas dedutíveis através de uma 
contabilidade bem redonda. 
b) PIS/ PASEP: Programa de Integração Social {do funcionário público ou 
privado} - incide sobre a receita bruta {faturamento} da empresa sem 
nenhum desconto. O Imposto de Renda não incide. 
c) COFINS - incide sobre a receita bruta {faturamento}. 
II. Contribuições corporativas {profissionais}: tributo parafiscal {a União possui a 
competência tributária e delega a capacidade tributária ativa para os conselhos de 
fiscalização de profissões}. Servem para financiar o conselho, para que ele possa 
fiscalizar {é uma anuidade como contraprestação para que a atividade seja 
fiscalizada}. O fato gerador {pagar} que enseja o fato juridicamente tributável serve 
 24
Naomi Sugita Reis
para financiar o poder de polícia do Estado, portanto, as contribuições corporativas 
são diretamente vinculadas. A contribuição para a OAB não se encaixa como 
tributo {contribuição especial - contribuição corporativa} porque ela é algo sui 
generis e não precisa de lei para majorar a contribuição. 
A. Contribuições sindicais — em 2018 não são mais consideradas tributos: 
1. Fixada em assembléia: facultativa — então não é considerada como uma 
contribuição especial. 
2. Um dia de trabalho: era compulsória, mas com a Lei. 13.467 passou a ser uma 
contribuição voluntária, deixando de ser uma contribuição sindical. 
B. Contribuições de interesse profissional/ econômico 
III. CIDEs {Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico}: ela possui um 
caráter nitidamente extrafiscal — é um tributo que intervém na economia e tem a 
finalidade de produzir atos em prol do próprio setor econômico que sofre a 
intervenção. Atua em determinado meio econômico por meio de tributo. Tem que ser 
investida no setor econômico que foi alvo da intervenção estatal por meio de tributo. 
Com destinação específica. 
 
A. CONDECINE {tributo}: os cinemas que querem apresentar filmes com produção 
no exterior pagam pela exploração das imagens a uma contribuição especial com 
alíquota de 10% sobre: parte do faturamento ou sobre o valor pago pela cessão de 
direito de uso do filme. Ela arrecada recursos para que a ANCINE {autarquia} 
possa investir no setor específico voltado para o aspecto cultural de cinema 
{conceito amplo}. Os cinemas vão pegar o que lucram com todos os filmes que não 
são nacionais, pagar contribuição especial de 10% sobre esses lucros e esses 10% 
vão para a ANCINE a fim de incentivar o cinema nacional. 
1. Extrafiscalidade: poder incentivar o desenvolvimento do cinema nacional. E 
não apenas para tapar o buraco. 
B. CIDE-comb {art. 177, §4º CF}: tributo indireto — quem paga é a mineradora e 
repassa o ônus tributário para o consumidor. Não existe um imposto sobre os 
combustíveis, mas sim uma contribuição especial e os recursos arrecadados por ela 
serão revertidas para projetos ambientais relativas ao pagamento de subsídios a 
preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e 
derivados de petróleo. Sua receita é tao alta que a União passou a ser dependente 
dela e não vai somente para projeto ambiental e para a melhoria de malha 
rodoviária, vai também junto com o bolo de impostos para fazer frente às despesas 
previstas da Lei Orçamentária — violação ao próprio art. que a instituiu — é 
inconstitucional mas ninguém discute isso, é ético que se destine a outros ramos: 
não deixa de ser tributo. 
 25
Naomi Sugita Reis
REFIS: mistura de anistia com parcelamento do tributo. A multa pode chegar até 225%. 
PRECATÓRIO 
 Aquele precatório vencido e não pago ao indivíduo se torna moeda de troca com 
os tributos, ou seja, podem ser compensados com os tributos {Art. 74 ADCT} e isso 
ensejou em comércio de precatórios. Mas, via de regra, não pode ser utilizado como 
compensação. 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
Roque Antonio Carrazza 
 A competência é a aptidão conferidapela Constituição às pessoas políticas para 
que, por meio de lei {normalmente ordinária}, criem os seus tributos. É a aptidão para 
criar in abstracto os tributos. As imunidades também são concedidas através de lei e não 
através da Constituição. 
 A competência não pode ser confundida com a aptidão que as pessoas políticas 
têm de arrecadar, fiscalizar e cobrar tributos, que é a capacidade tributária ativa. 
 Não há de se falar em poder tributário, mas sim competência tributária, pois ela é 
regrada e disciplinada pelo Direito. Isso se dá porque a força tributária estatal não atua 
livremente, mas dentro dos limites positivos. 
 Competência tributária é, portanto, a possibilidade jurídica de criar abstratamente 
tributos descrevendo legislativamente suas hipóteses de incidência, seus sujeitos ativos, 
seus sujeitos passivos, suas bases de cálculo e suas alíquotas. Sendo assim, exercer a 
competência tributária é dar nascimento, no plano abstrato, a tributos. Mas, o legislador 
deve sempre ser fiel à norma padrão de incidência do tributo, pré traçada na Constituição. 
Capacidade tributária não é a mesma coisa que competência! 
 Arrecadação decorre de quando o particular paga devidamente o tributo. Já na 
cobrança, o particular {sujeito passivo} sofreu um procedimento de fiscalização {controle 
do cumprimento das obrigações tributárias}, o qual apurou que o tributo não foi pago no 
momento adequado. Essa cobrança será feita através de auto de infração. 
 A União possui dois atributos da competência, quais sejam: competência residual 
{imposto não previsto no texto constitucional - criatividade no fato gerador e na base de 
calculo} e competência extraordinária {para instituição do imposto extraordinário de 
guerra}. 
 Em matéria de competência de impostos, compete ao Distrito Federal instituir 
tanto impostos dos Estados {ITCMD, ICMS, IPVA} quanto dos Municípios {ITBI, IPTU}. 
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Naomi Sugita Reis
 Pelo Princípio da autonomia municipal e pelo Princípio federativo, cada ente federativo é 
autônomo e igual - inclusive os Municípios. Entretanto no aspecto prático jurídico, os 
Municípios não são colocados dentro da Competência Federal porque eles não possuem 
representação no Congresso Federal, ficando, portanto dentro da esfera estadual. 
 Só tem competência tributária no Brasil os entes federativos, ou seja: a União, os 
Estados, os Municípios e o Distrito Federal. 
 A Constituição é chamada de “Carta de Competências” e estabelece as 
competências que cada ente terá em matéria tributária. Ela estabelece as diretrizes para 
que sejam elaborados os tributos. Os entes precisam respeitar a HIPÓTESE DE 
INCIDÊNCIA e a BASE DE CÁLCULO que estão previstos na Constituição, juntamente 
com a competência tributária. 
 Não dá para confiar no nome que o legislador dá às coisas para poder identificar a 
natureza jurídica de um tributo, por isso que, para poder saber qual seria essa natureza, 
precisam ser analisados, de preferencia, estes dois elementos: 
• Hipótese de incidência; 
• Base de cálculo. 
CARACTERÍSTICAS 
I. Privatividade: {relacionada diretamente com a figura tributária dos impostos} 
somente aquela pessoa política que recebeu aquele tributo/ “presente” da 
Constituição é que pode criar com exclusividade o tributo que lhe foi atribuído. 
Existem tributos que só podem ser criados por uma pessoa política específica, como o 
imposto. A Constituição concede poder/ competência para a União criar os seus 
impostos, os Estados os seus, os Municípios os seus e nenhum ente poderá invadir 
a esfera de competência tributária do outro. 
A. Normalmente, quem cria o tributo, é quem vai se aproveitar da receita derivada 
dele {tem a capacidade tributária ativa}. 
1. Entretanto, em alguns casos, é possível que ocorra uma parafiscalidade — um 
ente regulamente um tributo, mas outro aproveite da receita proveniente 
do pagamento. {ITR: a União que regulamenta sobre esse imposto e delega 
aos municípios a atividade de arrecadar, fiscalizar e cobrar, permitindo com que 
o município passe a ser sujeito ativo desse imposto e com que fique com a 
integralidade da receita proveniente do ITR}. Pode ocorrer também com os 
Conselhos Profissionais {CRM…}, que são pessoas jurídicas de direito público, 
autarquias; esses conselhos podem fazer o trio {arrecadas, fiscalizar e cobrar}. 
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Naomi Sugita Reis
II. Incaducabilidade: a competência tributária é incaducável, já que o seu não exercício 
não tem o condão de impedir que a pessoa política, querendo, venha a criar, por meio 
de lei, os tributos que lhe forem constitucionalmente deferidos. Ou seja, a 
competência não pode “caducar”, não se perde a competência por não tê-la 
exercido. Essa característica é consequência lógica da incaducabilidade da função 
legislativa, da qual a função de criar tributos faz parte. Ainda, o ato de legislar sempre 
envolve necessariamente uma alteração da ordem jurídica em vigor, ou seja uma 
inovação normativa. É próprio da lei prever ou disciplinar situações que ainda não 
foram alvo de leis anteriores. O Poder Legislativo, enquanto expede leis, exercita uma 
competência que a Constituição lhe outorgou, e que, até aquele momento, não havia 
exercitado. 
A. A União até hoje não criou o IGF, mas não significa que ela “vai perder” a 
competência para legislar acerca desse imposto. Não existe um marco temporal 
para que seja feita uma lei acerca do IGF, portanto, a competência tem uma 
característica de incaducidade. 
III. Inalterabilidade: as pessoas políticas recebem da Constituição uma faixa de 
competência que não pode ser alterada por elas mesmas. Por exemplo, a União não 
pode alterar sua competência {abrangendo}. Suas dimensões não podem ser ampliadas 
pela pessoa política, porque se caracteriza invasão de competência alheia {de outro 
ente político}. Sendo assim, a competência é improrrogável — não pode ter suas 
dimensões ampliadas pela própria pessoa política que a detém. 
IV. Irrenunciabilidade: a pessoa política NEM MESMO POR MEIO DE LEI pode 
renunciar, excluir de seu âmbito de competência a atribuição para legislar sobre 
determinado tributo. A Constituição conferiu aptidão que, quando e se exercida, pode 
beneficiar o interesse público. Ela pode deixar de exercer a competência, visto a 
característica da facultatividade — seria deixar de legislar sobre “ficando inerte”. Mas 
não pode RENUNCIAR expressamente por meio de lei! Não pode a pessoa 
política dizer “não quero fazer isso”, ela pode ficar inerte, mas não pode renunciar. 
A. Emenda Constitucional pode alterar {retirar}, desde que respeite o princípio 
federativo e o princípio da autonomia 
V. Indelegabilidade: a pessoa política, ao receber o poder/ aptidão da Constituição, não 
pode fazer o que quiser com isso — não pode delegar a outro ente A COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA. Mas a CAPACIDADE TRIBUTÁRIA pode delegar!!! 
VI. Facultatividade de exercício: a pessoa política possui a competência sobre 
determinados tributos concedida pela Constituição, mas ela tem a FACULDADE de 
legislar. Legislará de acordo com a necessidade. Não há obrigatoriedade de exercer a 
competência. 
UNIÃO 
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ESTADOS 
MUNICÍPIOS 
PRINCÍPIOS NO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 São importantes, possuem certa carga axiológica, funcionam como limites da 
competência tributária. Ao exercer a competência tributária, o legislador deve se atentar 
aos seguintes princípios: 
NOME DO TRIBUTO
IPI IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
{imposto regulatório} {caráter extrafiscal} {seletividade} {indireto}
IE IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS NACIONAIS {extrafiscal} {imposto regulatório} {sem anterioridade}
IR IMPOSTO DE RENDA OU PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA {proporcionalidade}
II IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS {extrafiscal} {imposto regulatório} {sem anterioridade}
ITR IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
IOF IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS
IGF IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNASNOME DO TRIBUTO
IPVA IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES 
ICMS
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE 
INTERESTADUAL, INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO 
{indireto}
ITCMD IMPOSTO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÕES CAUSA MORTIS E DOAÇÕES DE QUALQUER BEM OU DIREITO 
NOME DO TRIBUTO
IPTU IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
ISS IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA 
ITBI IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER VIVOS DE BENS E IMÓVEIS E DE 
DIREITOS REAIS A ELES RELATIVOS 
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I. Legalidade tributária {estrita legalidade tributária}: garante uma maior 
legitimidade ao tributo. 
 Segundo este princípio, via de regra, somente uma LEI {no sentido formal, que 
tenha respeitado todas as etapas do processo legislativo} é que pode criar ou majorar um 
tributo. Isso está ligado com o conceito de auto-imposição tributária {quem faz as leis 
são as pessoas eleitas pelos cidadãos, sendo assim, no momento em que o tributo é 
aprovado, é a população quem aprova indiretamente, por intermédio de seus 
representantes legislativos}. 
 *Tanto a Lei Ordinária quanto a Lei Complementar podem instituir os tributos. 
 A Lei Complementar que interessa para o Direito Tributário é a Lei Federal 
{responsável pela criação de tributos de competência da União — p. e. Imposto residual, 
Contribuição Social residual, Empréstimo Compulsório, IGF} ou então Lei Nacional, que 
identifica o fato gerador do tributo, assim como prescrição/decadência, mas não cria 
tributos, apenas estabelece normas gerais em caráter tributário {art. 146, CF - delimitação 
da área de atuação de cada pessoa política, para evitar que duas tributem sobre a mesma 
coisa - por exemplo ICMS e ISS}. Esta deve respeitar a maioria absoluta dos membros do 
Congresso Nacional, ou seja, no âmbito da União {art. 69, CF}.* 
 O Código Tributário Nacional é uma lei formalmente Ordinária, mas como ele foi 
elaborado antes da CF/88, ele acabou por ser recepcionado como uma Lei 
Complementar Nacional, porque dispõe sobre normas gerais de interesse de todos os 
entes federativos, não apenas daquelas que importam apenas à União {Lei Federal}. 
 
 Ainda existe a figura da Medida Provisória, que pode ter como objeto apenas a 
matéria que é tratada em Lei Ordinária {se for matéria de Lei Complementar, não caberá 
uma Medida Provisória}. 
 Lei é diferente de Legislação Tributária. Aquela é atinente apenas à Lei Ordinária e 
à Lei Complementar, enquanto esta trata de todas as leis que estão relacionadas de 
maneira direta ou indireta com o tributo: 
• Constituição Federal 
• Normas que podem criar e majorar tributos: LO, LC, MP, Tratados e Convenções 
internacionais 
• Normas que regulamentam disposições já existentes {não cria obrigação nova!}: 
Decreto {chefe do Executivo}, Resoluções, Instrução Normativa, Portarias. 
 Existem alguns tributos que podem ter suas alíquotas trabalhadas para mais ou 
para menos por meio de ato do poder Executivo {decreto ou qualquer outro 
instrumento normativo infralegal}. São aqueles tributos que possuem um caráter 
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Naomi Sugita Reis
extrafiscal {IE, II, IPI, IOF}, de modo que o presidente da Republica pode aumentar e 
diminuir as alíquotas sem precisar do Congresso Nacional. 
 Lei diz que a alíquota é de 30%, podendo ser trabalhada uma faixa de alíquotas de 
0% a 5x a alíquota de 30%. Sendo assim, o Presidente pode fixar a alíquota {aumentando 
ou diminuindo} obedecendo o que o Legislativo estabeleceu. 
 Exemplo: 0% ← 30% → 150% {zona em que podem transitar as alíquotas de um 
determinado tributo}. 
 A CIDE combustíveis pode ter sua alíquota reduzida ou restabelecida {voltar 
à alíquota fixada como ponto de referencia}, mas não pode tê-la majorada. 
II. Irretroatividade: garante uma maior segurança jurídica. 
 
 A lei tributária não pode voltar a fatos pretéritos em que o gravame não 
existia, mesmo se mais benéfico por uma questão de isonomia, pois iria prejudicar a 
pessoa que paga os tributos em dia e iria beneficiar quem fica se enrolando para pagar 
{não cabe retroatividade benéfica}. 
 Entretanto, no que se trata de penalidades {multa}, elas poderão retroagir. 
Enquanto não tiver um fato julgado em relação à aplicação da multa, poderá ser requerida 
a aplicação retroativa da multa, mas se já tiver coisa julgada, não poderá. 
 *Fatos geradores ocorridos antes da vigência e eficácia não retroagem, salvo 
penalidade mais benéfica, desde que não tenha transitado em julgado. 
 É absoluta a regra no sentido de que não pode ocorrer retroatividade de tributos. 
 Nem sempre vai retroagir a penalidade {só retroage se ainda não tiver coisa 
julgada}. Ela poderá retroagir nos casos em que se tratar de ato não definitivamente 
julgado.* 
 Exemplo: 
Dia 15.03.2012: FG = ICMS em 40 mil reais com 20% de alíquota 
Dia 01.02.13: Auto de Infração {ICMS 20%, Multa 40% e SELIC} 
Via Administrativa: Impugnação {PAF} ou Via Judicial: 
Agosto de 2015: ICMS em 15% de alíquota e 20% de multa → Não pode pedir aplicação 
retroativa a alíquota do tributo, mas pode pedir da multa {porque esta é penalidade e 
penalidade pode retroagir}. 
PENHORA ADMINISTRATIVA - CONSTITUCIONAL OU NÃO? 
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 Não é automática a determinação de hasta pública quando não tem o tributo 
recolhido. Precisa ser feita a Certidão de Dívida Ativa {tributo + juros + correção 
monetária}{entrando direto com execução fiscal, regida pela lei 6830/80}. O devedor vai 
ser citado para em 5 dias pagar ou nomear bens à penhora. Ou então, pode ser feito o 
termo de penhora e em 30 dias podem ser feitos os embargos à execução fiscal. 
 Fazenda Pública {erário, fisco}: faz referencia direta à Receita Federal do Brasil, 
bens públicos da União. 
 Nova lei {funrural} concedendo possibilidade de parcelamento dessa dívida ao 
devedor rural. Come essa lei, foi colocado um artigo alegando que a União pode fazer 
unilateralmente e diretamente {expedição de oficio aos cartórios de registro de imóveis ou então no 
DETRAN em caso de carros}. 
 Crítica: pertinencia tematica, como é que a união vai fazer diretamente a penhora 
de bens se ela é uma parte neutra? Constrição patrimonial - confisco de bens apenas por 
decisão judicial? Receita Federal com instrução normativa regulamentou essa forma para a 
penhora administrativa: audiencia pública para ouvir alguns setores para ver como seria a 
melhor forma para isso ser emparelhado. 
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	ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
	O TRIBUTO
	TRIBUTO COMO OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
	CONCEITO CONSTITUCIONAL DE TRIBUTO
	DEFINIÇÃO LEGAL DO TRIBUTO
	O FATO ABSTRATO E O FATO CONCRETO
	HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
	SUBSUNÇÃO
	FATO JURIDICAMENTE TRIBUTÁVEL/ IMPONÍVEL
	CLASSIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA
	ASPECTO MATERIAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
	ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
	IMPOSTO
	COMPETÊNCIA DA UNIÃO
	COMPETÊNCIA DO ESTADO
	COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
	TAXA
	CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
	EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
	CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
	COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
	CARACTERÍSTICAS
	PRINCÍPIOS NO DIREITO TRIBUTÁRIO

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