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Visual Merchandising
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Beatriz Caron
Revisão Textual:
Maria Cecília Andreo
Revisão Técnica:
Prof.ª M.ª Mariana Lucena
Projetando Tendências em Vitrines 
Projetando Tendências em Vitrines 
 
 
• Criar metodologia de projeto e planejamento estratégico de Visual Merchandising;
• Entender as técnicas de iluminação e a importância das cores em um ponto de venda, com-
preender e aplicar tendências no mercado de trabalho;
• Propor a concepção estética do ponto de venda a partir de conceitos de arquitetura, design 
de interiores e psicologia do consumo visando a harmonia de cores, texturas, formas, ilumi-
nação, aroma e sons;
• Gerar conceitos, apresentar projetos para clientes e fornecedores respeitando prazos e cota-
ções, montagem e desmontagem de projetos.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Iluminação, Matéria-prima, Harmonização de Cores 
em Visual Merchandising;
• Estudo de Tendências de Visual Merchandising;
• Tradução do Conceito da Marca e Macrotendências no Ponto de Venda;
• Vitrines Temáticas;
• Desenvolvimento do Projeto de Vitrine.
UNIDADE Projetando Tendências em Vitrines 
Iluminação, Matéria-prima, Harmonização 
de Cores em Visual Merchandising 
Providenciar uma experiência completa aos clientes é uma das partes mais importan-
tes do Visual Merchandising (VM). 
O profissional do ramo precisa determinar o conceito da loja e escolher com cuida-
do como expressar essa ideia de modo que chame atenção, surpreenda o cliente e o 
estimule a entrar na loja; assim, ela se diferencia das demais e se consolida com uma 
identidade única.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Todas as melhores e mais bonitas vitrines elaboradas do mundo têm uma coisa em 
comum: elas contam uma história que fascina e cativa: o chamado Storytelling. Trata-se 
da atenção aos detalhes e ao contexto da marca e consiste em uma ferramenta essencial 
para diferenciar uma determinada marca das demais.
A habilidade de transformar materiais comuns em algo relevante pode trazer grande 
diferencial para a vitrine. Objetos como pratos, tigelas, cabides, tubos e livros conse-
guem ser apresentados de modo único e contar uma história de outra perspectiva.
É importante que o profissional esteja atualizado sobre as tendências de moda para 
aplicá-las no Visual Merchandising. Cores, texturas, materiais e fundamentos básicos 
como contraste e alinhamento são questões que fazem a diferença na vitrine e sofrem 
modificações sazonais.
A iluminação dinâmica é o que traz vida à vitrine e ao ponto de venda em geral; ela 
consegue transformar o trabalho do profissional de VM em algo muito mais atrativo. 
Por mais bonita que seja uma vitrine, ela não funciona sem uma iluminação adequada. 
O uso de sombras está em alta e é resultado da decoração com uma iluminação dinâmica 
expressiva, que também provoca um grande efeito emocional visual, tornando imagens 
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simples em algo surpreendente, apenas com jogos de luzes posicionados corretamente. 
Luzes coloridas e painéis de Led também são muito utilizados nas vitrines atuais.
A iluminação é um dos grandes responsáveis por direcionar o olhar dos clientes para 
os produtos dentro de um ponto de venda. Ela pode valorizar ou atrapalhar a visualiza-
ção de um produto, bem como danificá-lo quando mal utilizada. É essencial para chamar 
atenção para a mercadoria em exposição, esteja ela em uma ilha, vitrine ou em um 
nicho, pois atrairá o olhar do consumidor para a área destacada e brilhante. 
A técnica de iluminação dinâmica também pode ser utilizada para dirigir os clientes 
através da loja, atraindo-os a vários locais ao longo do caminho. Para conseguir esse 
resultado, luzes direcionadoras devem ser mais fortes que em outros locais da loja.
A iluminação pode classificada em natural ou artificial: natural é aquela produzida 
pelo sol e pela luz do dia, muito presentes em áreas de luz internas. Já a iluminação 
artificial é aquela que ilumina qualquer espaço interno e é emitida por lâmpadas.
M esmo locais com muito acesso à luz natural necessitam de luz artificial para apre-
sentar adequadamente seus produtos, pois a iluminação comercial não tem o intuito 
apenas de nos fazer enxergar os produtos, mas criar pontos de atração e destaque, 
criando uma atmosfera em volta dos espaços expositivos. 
Já na iluminação de vitrines, além da atmosfera, a luz artificial precisa criar condições 
para uma boa visualização das vitrines no período noturno.
Os tipos de iluminação podem ser classificados da seguinte forma:
• Iluminação natural: é resultante da luz do sol. Pode danificar a cor dos produtos e 
requer uso de iluminação auxiliar em determinados horários;
• Iluminação principal, primária ou iluminação geral: é a iluminação geral de um 
ponto de venda, geralmente em lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou Led. 
Fornece a iluminação essencial para que possamos visualizar a loja como um todo;
• Iluminação secundária: é a iluminação utilizada em áreas específicas, também 
chamada de iluminação direta ou iluminação de destaque. Ela pode ser aplicada 
desde o teto, paredes sobrepostas fornecendo áreas de luz e sombras, no chão, 
para delimitar o caminho, e principalmente direcionada sobre produtos e nichos 
para promovê-los e diferenciar os objetos expostos neles;
• Iluminação de atmosfera: é o tipo de iluminação utilizada em displays, paredes 
ou outros locais que não visa iluminar um produto, mas criar uma atmosfera com 
desenho de luz, ressaltando a estrutura expositiva, e não o produto em si. 
Os focos de luz ajudam a direcionar o olhar para observar melhor o que eles desta-
cam. Eles podem estar nos seguintes locais:
• Fachadas: Direcionados para o logotipo, às vezes à vitrine e à porta de entrada. 
A fachada sempre deve causar boa impressão para quem a observa;
• Ambientes internos: Dentro do ponto de venda, a iluminação direta tem função 
comunicativa: informa locais como caixa, provadores, caminhos até os locais da 
loja. Também pode estar voltada às prateleiras, principalmente as que destacam 
imagens ou manequins;
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UNIDADE Projetando Tendências em Vitrines 
• Vitrine: Os focos de luz devem estar direcionados aos produtos que querem ser 
destacados. Não se deve apontar para o rosto dos manequins, principalmente em 
modelos brancos, para não refletir muita luz e desviar do motivo principal, que é o 
produto. Em dias ensolarados, a vitrine precisará ter mais luz para se ressaltar da 
iluminação natural. As luzes da vitrine não podem incomodar os olhos dos pedes-
tres e o tráfego rodoviário.
Muita atenção à utilização de filtros coloridos que podem mudar a cor da luz e estão 
disponíveis em vários modelos de holofotes. Tons de rosa harmonizam com rostos de 
manequins, tons âmbar causam efeitos dramáticos, tons palha intensificam as cores 
quentes, tons de azul despertam sentimentos frios e são ótimos para trajes invernais. 
Deve-se atentar para que esses filtros não alterem a aparência de cor da roupa, do con-
trário, o cliente identificará outra cor sem a iluminação e pode não gostar do resultado.
As cores são decisivas no momento da montagem de uma vitrine e no ponto de ven-
da de uma marca. As cores não devem ser pensadas apenas como um elemento de de-
coração da vitrine e do ponto de venda, ela deve ser considerada um item que altera toda 
a aparência da loja, influenciando até mesmo o fluxo de recebimento de consumidores. 
Nossa percepção do mundo está concentrada em grande parte do sentido da visão 
e, consequentemente, as cores afetam nossa visualização de qualquer espaço. Dessa 
forma, elas criam impressões e despertam sentimentos positivos e negativos associados 
à nossa memória pessoal e cultural.
Elas são utilizadas dentro de um ponto de venda como estímulo visual, buscando 
aprimorar a experiência de compra, mas também podem nos instigar a sair de determi-
nados espaços, causando-nos um incômodo visual que muitas vezes é sentido, mas não 
é possível descrever.
Saber os efeitos das cores sobre os indivíduos émuito importante para que criemos 
toda a Identidade de marca de uma empresa, desde seu logotipo até as cores utilizadas 
dentro do ponto de venda, embalagens etc.
Combinações de diferentes cores podem, portanto, aguçar nossa vontade para que 
fiquemos observando uma vitrine ou simplesmente nos expulsar da frente dela. Podem 
destacar produtos e pontos de interesse ou afetar nossa percepção de espaços, aumen-
tando ou diminuindo áreas.
A utilização de cores em um ponto de venda deve ser feita com base em pesquisa 
sobre quem é o público-alvo, qual é a identidade da marca e quais são as tendências 
estéticas que se aplicam ao setor da loja, não pode ser feita simplesmente de maneira 
intuitiva, pois a cor é uma importante ferramenta de comunicação. Estudos indicam que 
as cores traduzem uma série de significados que podem ser adotados como influencia-
dores de vendas (Figura 1).
É muito importante para o profissional de Visual Merchandising compreender os 
princípios básicos das cores e como eles afetarão aos consumidores para a criação de 
um trabalho eficiente.
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As cores podem ser aplicadas em diferentes tipos de lugares, em vitrines e no ponto 
de venda. Nas áreas de exposição dos produtos, as cores são mais neutras para facilitar 
a visualização dos produtos; nas áreas de convívio, as cores podem ser mais intensas; 
nos provadores, as cores são neutras, para não influenciar a leitura da cor dos produtos.
Exemplos de cores e seus significados na percepção de consumidores que podem ser adota-
dos para a criação de lojas, vitrines e sites. Disponível em: https://bit.ly/2XBq1dh
Assim, por meio das características psicológicas das cores, o profissional de VM pode 
determinar em quais áreas o seu uso pode ser mais eficiente. 
• Vermelho: desperta agressividade, entusiasmo. É a cor do alerta, do proibido, do 
fogo, mas também da sedução e da ação;
• Laranja: é uma cor mais viva e jovem, quente e que estimula a criatividade e a 
alegria. Considerada uma cor estimulante. Por ser associada ao sol. É, junto do 
amarelo, uma cor do verão;
• Amarelo: cor de luminosidade, intelecto, concentração, da abundância do ouro. 
Por ser uma das cores primárias, é associada também ao universo infantil;
• Verde: cor do equilíbrio, da esperança, da abundância (dinheiro), da natureza, de 
frescor e tranquilidade;
• Azul: cor da inspiração, do infinito. Quando claro, é associado ao céu, a calma e 
relaxamento. Quando escuro, é uma cor fria, associada à introspecção, tristeza, 
depressão e ao inverno;
• Violeta: cor da espiritualidade, do luxo, da exclusividade, da magia e da introspec-
ção. É associada a luxo e riqueza, pois era difícil de ser conseguida, por isso, era 
uma cor muito cara, utilizada apenas pela Igreja e pela Nobreza;
• Branco: cor da paz, espiritualidade, pureza e limpeza. No Oriente, é considerada 
a cor do luto. Considerada uma cor neutra, que pode ser utilizada junto de todas as 
outras. Utilizada para ampliar espaços;
• Preto: cor com várias características: é associada à elegância, à sofisticação, mas 
também ao medo e à morte (luto). O preto distingue o local e, aplicado em ambien-
tes, pode causar incômodo, porque diminui os espaços.
Pessoas de diferentes culturas e backgrounds respondem de maneiras 
diversas, física e psicologicamente, às cores, formas e texturas emprega-
das. Devemos utilizar cores como ferramentas de projeto, visando a in-
fluenciar a performance dos usuários de determinado espaço. (GURGEL, 
2005, p. 60)
A Figura no link a seguir traz uma breve análise da utilização da psicologia das cores no 
marketing. Disponível em: https://bit.ly/3nK0mJY
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UNIDADE Projetando Tendências em Vitrines 
Estudo de Tendências 
de Visual Merchandising
A vitrine e a estruturação de um ponto de venda devem estar sempre de acordo com 
a atualidade. Dessa forma, a vitrine deve combinar com os temas e as tendências atuais 
do momento em que vivemos. Tendências devem ser pesquisadas a partir de fontes 
confiáveis e utilizadas como um atrativo diferencial de uma marca e necessitam ser atu-
alizadas constantemente.
É preciso projetar um objetivo para a montagem e o desenvolvimento das vitrines. 
Alguns exemplos são: promoções, liquidações, promoção de novos produtos, divulgação 
de tendências, datas comemorativas e mudanças de estações.
De acordo com Morgan (2008, p. 54), Temas e Esquemas são palavras familiares 
no repertório de um Visual Merchandiser e dizem respeito aos elementos criativos que 
serão usados como suporte ao produto.
O tema consiste no elemento principal da vitrine, que pode ser inspirado em uma histó-
ria, uma tendência, uma cartela de cores, um filme, ou um segmento e suas representações.
Escolher o tema de uma vitrine passa pelas seguintes decisões:
• Quais produtos querem ser apresentados pelo lojista nessa vitrine?
• Qual é o orçamento disponível para apresentar esses produtos?
• Quais produtos apresentados necessitam acompanhar imagens ou mensagens da 
campanha publicitária?
A decisão de um tema pode começar por uma cor, uma mensagem que faça senti-
do no atual momento econômico, político e social vivido pelo local em que a loja está 
instalada, uma data comemorativa ou um apelo comercial (no caso dos períodos de 
liquidação), entre outras opções.
O planejamento promocional de vitrines e a utilização de datas especiais para atrair 
consumidores são uma prática antiga em todos os tipos de pontos de venda, mas alguns 
conseguem tirar mais vantagens que outros.
Nessas datas, toda a comunicação dirigida, vitrine, fachada, espaços internos podem 
ser ornamentados para comemorar e incitar a compra de presentes e serviços.
Ao valorizar datas especiais, os comerciantes expressam uma gama de valores para 
com seus clientes, veiculando, da forma que podem, seus produtos às datas.
O planejamento de calendário promocional é desenvolvido a partir da análise de 
três fatores: 
• Datas de maior relevância em compras: Nacional ou mundial e importantes para 
a marca ou loja;
• Datas de menor importância em compras: Nacional ou regional;
• Eventos regionais ou locais.
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Entre as datas de maior relevância em compras, podemos destacar as datas que inci-
tam as pessoas a presentear, como uma ação formal/social, como os feriados católicos 
e muito comemorados pelo mundo: Natal e Páscoa, dias especiais (Mães, Pais, Crianças, 
Namorados, Halloween), bem como competições nacionais, como Copa do Mundo e 
Olimpíadas. O Carnaval também é uma data de relevância – embora as pessoas não 
tenham o hábito de se presentear nessa época, costumam adquirir roupas para desfiles, 
fantasias e investir principalmente em viagens e lazer.
Já as datas de menor importância em compras são formadas por dias e épocas liga-
das a profissões específicas, aniversário de cidades etc.
Os eventos regionais ou locais também podem ser um atrativo às compras ou à 
aquisição de serviços, como feiras e festas locais ou regionais. Estes normalmente ge-
ram consumo de acordo com o que oferecem, não se aplicando a todos os segmentos 
do comércio.
Além de datas específicas, os períodos de lançamento de coleção Primavera-Verão 
e Outono-Inverno e de liquidação são as grandes temáticas abordadas pelo varejo de 
moda para atrair os consumidores, tanto em shoppings quanto em lojas de rua.
Tradução do Conceito da Marca e 
Macrotendências no Ponto de Venda
A s macrotendências consistem em referências globais, são as identificações e os 
posicionamentos de comportamento que geram grande impacto na sociedade e apontam 
caminhos de transformação. São a análise de grandes movimentos ou correntes 
socioculturais que nos influenciam por um longo período. Além de representarem 
posicionamentos de comportamento, as macrotendências apontam e norteiam toda a 
cadeia da moda quanto à produção para o consumo, ou seja; impactam diretamente na 
criação de novos produtos e nas técnicas de venda deles.
Com uma duração estimada de cerca de 10 anos, esses caminhos de transformação 
refletem em tudo, no consumoda moda, na economia, na música, na literatura, nas 
artes, na decoração e na arquitetura.
As ações comportamentais de coletivos ao redor de todo o mundo diante das circuns-
tâncias de vida abastecem e geram, simultaneamente, novos acontecimentos. Também 
endossam a comunicação globalizada totalmente on-line e em tempo real, fortalecendo 
e disseminando o estudo e a influência das macrotendências mundiais.
Os pontos de venda e vitrines atuais devem seguir os conceitos das principais macro-
tendências, são elas: tecnologia, sustentabilidade, movimentos sem gênero, feminismo, e 
a cultura do distanciamento causada pelo isolamento social da pandemia da COVID-19.
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UNIDADE Projetando Tendências em Vitrines 
Vitrines Temáticas 
Para elaborarmos um calendário anual de vitrines temáticas que podem auxiliar na 
criação de decorações temáticas, podemos seguir estas dicas:
• Reservar em primeiro lugar na agenda as datas de maior relevância em compras, 
as datas de lançamento das coleções, a data de aniversário da marca ou do ponto 
de venda;
• Em seguida, devem ser pesquisadas profissões ligadas aos segmentos ofertados 
no ponto de venda e que tenham datas comemorativas, para analisar quais são 
realmente relevantes para grandes ações (decoração de toda a loja), para ações de 
porte médio (vitrine e promoções) ou ações de pequeno porte (divulgação sob a 
forma de cartazes, brindes aos profissionais etc.;
• Em seguida, analisamos os eventos regionais e locais, para estarmos de acordo 
com a programação da cidade, podendo incluir nosso ponto de venda em uma ação 
conjunta com outras lojas, por exemplo.
No mês de janeiro, existem muitas liquidações, saldões e trocas de presentes do Na-
tal. É o período em que as pessoas têm contas de início de ano e geralmente procuram 
não investir em roupas. Por isso mesmo, é a data ideal para reformas e novos planeja-
mentos visuais para o ponto de venda.
Lojas segmentadas podem se aproveitar de dias especiais – músicos, histórias em 
quadrinhos, fotógrafos (LOURENÇO; SAM, 2011) – e das férias escolares para ofertar 
produtos aos seus clientes.
Geralmente em fevereiro, o Carnaval é uma das datas móveis em que mais se 
investe no país para o segmento de bebidas, fantasias, bijuterias e agências de viagens. 
Ações planejadas para o Carnaval requerem planejamento antecipado, mas podem ser 
ótimas para atrair consumidores. Esse mês também está marcado pela volta às aulas e 
pelas liquidações.
Março é o mês que marca o início do outono e o Dia das Mulheres e ainda é possível 
explorar a volta às aulas, dependendo do estado.
O mês de abril é marcado, principalmente, pela Páscoa e todos os segmentos ligados 
à data (principalmente chocolates, alimentos e bichos de pelúcia). As vitrines de todos 
os segmentos abordam esse tema com coelhos, cenouras e elementos rústicos e rurais.
O mês de maio é marcado pelo Dia das Mães, comemorado desde a Grécia antiga. 
É também o mês das noivas e diversas lojas de produtos e serviços ligados a esse nicho 
têm em abril um dos meses mais lucrativos do ano.
O mês de junho é um período festivo no Brasil, por causa das festas juninas, dias 
especiais, como o Dia dos Namorados, e a chegada do inverno, período em que as vitri-
nes são modificadas, embora muitos dos produtos cheguem às lojas somente em julho.
O mês de julho é sempre marcado pelas férias escolares de inverno e impulsiona, 
assim como dezembro, as viagens. Também é o mês em que se comemora o Dia do 
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Comerciante e muitas associações comerciais promovem promoções entre as lojas com 
ofertas de prêmios.
O mês de agosto é o mês dos pais, por isso, é a melhor época para explorar vitrines 
de lojas exclusivamente masculinas. Essa data também impulsiona o comércio de celu-
lares, eletrônicos e veículos. 
No mês de setembro, as vitrines passam por transformações devido à chegada da 
Primavera e das mudanças climáticas.
O mês de outubro tem no país como temática principal o Dia das Crianças, resultado 
de uma ação promocional promovida pelas empresas Estrela e Johnson & Johnson na 
década de 1960. No final do mês, o Dia das Bruxas – Halloween – é um tema também 
bastante trabalhado, embora não seja comemorado no Brasil na mesma intensidade dos 
Estados Unidos.
No mês de novembro, as lojas começam a se preparar para o Natal, com o início 
das decorações temáticas em lojas e shoppings. Mas como as vitrines de Natal são 
preparadas com muita antecedência, sugere-se que as roupas sejam trocadas continu-
amente, para mostrar as novidades. Em muitas cidades, no mês de novembro existe o 
feriado do Dia da Consciência Negra (20), e esse pode ser um tema interessante para 
algumas regiões.
Outra data muito explorada nesse mês é a conhecida Black Friday norte-americana, 
que é o dia em que se inaugura a temporada de compras natalícias, com significativas 
promoções em muitas lojas de departamentos. É um dia depois do Dia de Ação de 
Graças nos Estados Unidos, ou seja, celebra-se no dia seguinte à quarta quinta-feira do 
mês de novembro. Vários consumidores esperam essa data à procura de oportunidades 
e descontos em suas compras.
O mês de dezembro é focado no Natal, com uma cartela de cores forte e intensa, 
com muito verde, vermelho e durado. Após o dia 25, as lojas realizam as tradicionais 
trocas de presentes e, em seguida, preparam-se para as festas de Ano-Novo, utilizando 
cartela de cores geralmente branca e prata.
Figura 2
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Projetando Tendências em Vitrines 
Desenvolvimento do Projeto de Vitrine
O vitrinista é um profissional que deve estar em constante atualização profissional, 
pois a área de moda e, principalmente, as tendências que estão ligadas diretamente ao 
consumo variam constantemente e a criatividade exibida em muitos pontos de venda 
exige um alto grau de originalidade, que nos dias atuais é dificilmente conquistado.
É função de um vitrinista procurar recursos adequados para criar cenários e am-
bientes de compra atraentes, valorizando os produtos por meio de sua apresentação e 
formas de exposição harmoniosas e atrativas, transformando conceitos em mensagens 
visuais que serão decodificadas pelo público-alvo da marca. O profissional de Visual 
Merchandising pode atuar de duas maneiras: como contratado da empresa e responsá-
vel pelo setor de Visual Merchandising ou como freelancer, para conceber propostas 
visuais atrativas.
Para o planejamento de vitrines, existem algumas etapas de desenvolvimento muito 
importantes e que organizarão o processo de proposta e montagem de elementos. 
São elas:
• Identificação da proposta: projeto de criação/montagem/compra de elementos 
de corativos/montagem de vitrine temática/troca de roupa;
• Criação de briefing: com os valores disponíveis para a execução do trabalho, os 
espaços e sua descrição, prazos de execução e temas de inspiração;
• Layout/esboço/croqui/desenho em escala ou 3D;
• Memorial descritivo (roteiro/materiais/detalhes do projeto), levantamento de custos 
e equipamentos necessários;
• Estabelecimento de formas e pagamento/prazo de execução;
• Acompanhamento de montagem e organização de produtos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Lojas & Vitrinas – Decoração – Instalações Comerciais, Cores e Linhas, Iluminação
PASSOS, H. de O. Lojas & Vitrinas – Decoração – Instalações comerciais, 
cores e linhas, iluminação. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1979.
Vitrinas – Acidentes Estéticos na Cotidianidade
OLIVEIRA, A. C. de. Vitrinas – Acidentes estéticos na cotidianidade. São Paulo: 
EDUC, 1997.
Vitrinas em Diálogos Urbanos
DEMETRESCO, S. Vitrinas em diálogos urbanos. São Paulo: Anhembi Morumbi, 
2005. Coleção Moda e Comunicação.
 Leitura
O Consumidor e a Construção da Imagem da Marca através da Observação da Vitrine
https://bit.ly/3spWu4C
Me chama que eu vou: o Efeito das Vitrines no Comportamento de compra do Consumidor Brasileiro
no Varejo de Moda
https://bit.ly/3qlu8X1
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UNIDADEProjetando Tendências em Vitrines 
Referências
DEMETRESCO, S. Vitrinas em diálogos urbanos. São Paulo: Anhembi Morumbi, 
2005. Coleção Moda e Comunicação.
DILON, S. Princípios de gestão de negócios de moda. Barcelona: Gustavo Gilli, 2012.
GURGEL, M. Projetando espaços – Guia de arquitetura de interiores para áreas co-
merciais. São Paulo: Senac, 2005.
LOURENÇO, F.; SAM, J. O. Vitrina – Veículo de comunicação e venda. São Paulo: 
Senac, 2011.
MORACE, F. (Org.). Consumo autoral. As gerações como empresas criativas. São 
Paulo: Estação das Letras e Cores Editora, 2009. 
OLIVEIRA, A. C. de. Vitrinas – Acidentes estéticos na cotidianidade. São Paulo: EDUC, 1997.
Sites Visitados
REPOSITÓTIO PUC-RS. Me chama que eu vou: o efeito das vitrines no comporta-
mento de compra do consumidor brasileiro no varejo de moda. Disponível em: <https://
repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/14223/2/Me_chama_que_eu_vou_o_
efeito_das_vitrines_no_comportamento_de_compra_do_consumidor_brasileiro_no_va-
rejo_de_moda.pdf>. Acesso em: 28/09/2020.
SICOM. Tendências do comércio: vitrines. Disponível em: <http://sicom.com.br/
blog/2020/01/tendencias-do-comercio-vitrines/>. Acesso em: 28/09/2020.
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