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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FARMÁCIA NOME: TÂNIA LUCIANE DA SILVA ALVES RA: 2090851 DISCIPLINA: BIOQUÍMICA CLÍNICA DATA: 19/11/22 POLO: SUMARÉ INTRODUÇÃO Neste relatório abordamos as diversas formas de coleta biológica, tais como: Amostra Biológica, o conceito de amostra biológica, como deve ser realizado a coleta de sangue, quais os cuidados e atenções que o profissional da saúde deve levar sempre em consideração durante os procedimentos realizados. Demostramos as instruções gerais de como o paciente deve agir. As formas de coletas empregadas e materiais utilizados, como também algumas regras técnicas do profissional da saúde. Uso e aplicação dos acessórios utilizados no procedimento de coleta de sangue e como o técnico de saúde deve proceder com relação a higienização. Para que o laboratório possa oferecer resultados confiáveis, não basta que as técnicas sejam executadas de forma correta, é necessário que se receba uma boa amostra e entende-se como boa amostra aquela obtida em quantidade suficiente, em recipiente adequado, bem identificado e corretamente transportado. Se as orientações aqui apresentadas forem bem observadas, as circunstâncias para as análises serão mais favoráveis, e tal iniciativa deverá criar procedimentos básicos comuns, para que os usuários possam ter confiança, de que receberão atendimento semelhante independentemente do local em que sejam atendidos (MOTTA, 2017). A fase pré-analítica para exames laboratoriais é de grande importância para todas as pessoas envolvidas no atendimento aos pacientes e quando realizada de forma inadequada pode comprometer os resultados. É importante a identificação adequada do paciente e dos recipientes nos quais será colocada a amostra. Deve-se estabelecer um vínculo seguro e indissolúvel entre o paciente e o material colhido para que, no final, seja garantida a rastreabilidade de todo o processo (SANTOS, p.8512-8523, 2020). A espectrofotometria é um processo de medida que emprega as propriedades dos átomos e moléculas de absorver e emitir energia eletromagnética. O espectro eletromagnético é dividido de acordo com o comprimento de onda de cada tipo de radiação, compreendendo ondas desde raios gama (menores comprimentos de onda) a ondas de rádio (maiores comprimentos de onda). Diversas determinações realizadas em laboratórios clínicos são baseadas em medições da radiação transmitida, absorvida, dispersa ou refletida sob condições controladas. Os instrumentos empregados nestas determinações são capazes de selecionar uma faixa de comprimento de onda específica, geralmente na região do ultravioleta (UV) e visível (Vis). Os chamados de fotômetros utilizam filtros e os classificados como espectrofotômetros usam prismas ou grades de difração. Quando um raio de energia atravessa uma solução, a intensidade do feixe emergente é, geralmente, menor que a intensidade do feixe incidente. Podemos atribuir este fato, por exemplo, à dispersão ou absorção por partículas e moléculas presentes em solução. A avaliação da função renal é um dos mais antigos desafios da medicina laboratorial. Porém, ainda há espaço para o desenvolvimento de marcadores laboratoriais da função renal. É mais fácil compreender a avidez por esses marcadores quando se analisa o impacto da doença renal. Os rins exercem múltiplas funções que podem ser didaticamente caracterizadas como filtração, reabsorção, homeostase, funções endocrinológica e metabólica. A função primordial dos rins é a manutenção da homeostasia, regulando o meio interno predominantemente pela reabsorção de substâncias e íons filtrados nos glomérulos e excreção de outras substâncias. A fisiologia renal apresenta dados impressionantes desde a filtração até a formação final da urina em geral, os exames laboratoriais que avaliam a função renal tentam estimar a taxa de filtração glomerular (TFG), definida como o volume plasmático de uma substância que pode ser completamente filtrada pelos rins em uma determinada unidade de tempo. O diagnóstico precoce de lesão renal facilita o início de um tratamento apropriado e reduz a incidência de falha renal irreversível (RADOSTITS et al., 2002). Os rins desempenham um papel importante como eliminação da água formada ou introduzida em excesso no organismo; eliminação de elementos inorgânicos, de acordo com as necessidades do organismo; eliminação de produtos finais não voláteis da atividade metabólica; retenção no corpo de substâncias requeridas para a manutenção da função normal como aminoácidos, hormônios, vitaminas, proteínas, glucose, etc.; eliminação de substâncias tóxicas estranhas; formação e excreção de substâncias, tais como íons hidrogênio e amônia. Para um entendimento básico do mecanismo funcional dos rins, é essencial uma apreciação dos exames de urina e, às vezes, do uso de testes de função renal (PECOIT-FILHO, p.4-5, 2004). A urinálise, particularmente a densidade específica em conjunto com as concentrações plasmáticas de ureia e creatinina, proporciona uma indicação da função tubular renal (DUNN, 2001). A creatinina plasmática deriva quase que somente do catabolismo da creatinina encontrada nos tecidos musculares. A creatinina é utilizada para estocar energia no músculo (como fosfocreatina) e a sua quebra em creatinina ocorre em uma taxa constante, cerca de 2% por dia (BUSH, 2004). O fígado é um dos principais órgãos suscetíveis às substâncias químicas (HODGSON, 2010). Testes bioquímicos podem ser usados para confirmar a existência de lesão, colestase ou problemas de função desse órgão (GAYOTTO, 2001). As principais avaliações recomendadas para avaliação periódica são as atividades das enzimas fosfatase alcalina (FA), alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e gama-glutamiltransferase (GGT) (TAMBURRO et al., 1986). Além da exposição a produtos químicos, a alimentação e os hábitos de vida são fatores que também contribuem com o dano hepático (ABESO, 2010). Uma das doenças principais relacionadas é a doença hepática gordurosa não alcoólica. Essa doença é um espectro de várias condições – esteatose, esteatohepatite, fibrose, cirrose – todas relacionadas ao depósito de gordura no fígado (FESTI et al., 2004). A esteatohepatite não alcoólica é uma doença hepática gordurosa não alcoólica onde a presença da esteatose está associada à inflamação no fígado (hepatite). Esta ocorre com frequência em associação com os distúrbios metabólicos como: diabetes do tipo 2, obesidade e dislipidemia, além de suporte nutricional excessivo, hepatite induzida por drogas ou toxinas (ABESO, 2010; WHO, 2003). A prevalência de esteatose aumenta de 16,4% na população com peso normal para 75,8% em pacientes obesos que não utilizam álcool (BELLENTANI et al., 2000). As alterações laboratoriais mais frequentes nessas condições são o aumento na atividade de FA, ALT AST e GGT. Existem evidências de que a GGT elevada é um marcador sensível para resistência à insulina, assim, esta alteração pode estar entre os mais precoces achados bioquímicos da doença hepática gordurosa não alcoólica (FELDMAN et al., 2002). Os lipídios são moléculas de gordura, como LDL, HDL, VLDL e triglicerídeos, que quando estão em valores fora do normal, representam um grande risco para desenvolver doenças cardiovasculares, como angina, infarto, AVC ou trombose venosa. O pâncreas é um órgão alongado situado na cavidade abdominal, atrás do estômago e abaixo do fígado. É formado por tecido glandular exócrino, que produz enzimas que digerem gorduras, proteínas e carboidratos no intestino delgado, e bicarbonato que neutraliza o ácido proveniente do estômago (GAYOTTO, 2001). Os sais minerais são substânciasinorgânicas essenciais para o funcionamento adequado do nosso organismo. Eles estão presentes como eletrólitos nos líquidos corporais, como componentes de enzimas e hormônios e como componentes estruturais de alguns órgãos, tais como ossos e dentina nos dentes. Os sais minerais são elementos que têm sua origem a partir do solo, sendo assim, os seres vivos não podem produzi-los. Cálcio: Esse sal participa da formação de ossos e dentes. Além disso, participam da coagulação sanguínea e regulam uma grande quantidade de funções celulares, incluindo-se o processo de contração muscular. O cálcio pode ser encontrado em leite e derivados, gema de ovo, cereais e legumes verdes. Fósforo: Junto ao cálcio, o fósforo participa da composição de ossos e dentes. Esse sal também está relacionado com a produção de energia e é um dos componentes dos ácidos nucleicos. Pode ser encontrado em leites e derivados, cerais, carnes, ovos e pães. Potássio: Esse sal está relacionado com a contração muscular e atividades dos nervos, pois atua promovendo a excitabilidade elétrica. Além disso, é um importante regulador dos batimentos cardíacos. É encontrado em frutas, cereais, leite e carnes. Sódio: Está relacionado principalmente com a regulação do volume de líquidos corporais. Também é importante na condução do impulso nervoso, assim como o potássio, e está relacionado com a pressão sanguínea e contrações musculares. É encontrado no sal de cozinha, em alguns vegetais, queijo e diversos outros tipos de alimento. Magnésio: Fundamental para o funcionamento adequado de nervos e músculos. Além disso, está relacionado com o metabolismo do cálcio e com a síntese de vitamina D. Esse sal mineral é encontrado em verduras com folhas verde-escuras, cereais, frutas cítricas e leguminosas. Ferro: Por ser o componente principal da hemoglobina, esse sal mineral está relacionado com o transporte de oxigênio no nosso corpo. Encontrado em alimentos como fígado, rim, coração, gema de ovo, vegetais verdes, beterraba, feijão, cereais. Flúor: Atua na composição de dentes e ossos. Além disso, está relacionado com a prevenção contra as cáries dentárias. Encontrado principalmente na água fluorada. Iodo: É um sal fundamental para o funcionamento adequado da tireoide, portanto, está relacionado com o metabolismo. Encontrado em frutos do mar e no sal de cozinha iodado. Aula 1 – Roteiro 1 Título da Aula: Coleta de material biológico Objetivo O processo de realização de exames clínicos laboratoriais inicia-se com o pedido do médico e termina somente com a interpretação dos resultados obtidos nos exames. Nesse entremeio, contudo, tem-se a atuação da (o) enfermeira (o) do laboratório, no que se refere à coleta das amostras de material biológico a serem analisadas, o preparo das amostras (fase pré- analítica), a realização dos testes e exames (fase analítica), a análise dos resultados obtidos nos testes e exames, a liberação destes resultados e a preparação dos laudos (fase pós-analítica). Procedimento O braço do paciente deve ser posicionado em uma linha reta do ombro ao punho, de maneira que as veias fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável possível. O cotovelo não deve estar dobrado e a palma da mão voltada para cima. O garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a localização das veias, tornando-as proeminentes e deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não poderá ser interrompido. Deve-se sempre que for realizar uma punção venosa, escolher as veias do braço para a mão, pois neste sentido encontram-se as veias de maior calibre e em locais menos sensíveis à dor. Devido à sua situação subcutânea que permite a visualização ou sensação táctil, são nessas veias que se fazem normalmente à coleta de sangue. No ato da punção, com o indicador ou polegar de uma das mãos, esticar a pele do paciente firmando a veia escolhida e com o sistema agulha-adaptador na outra mão, puncionar a veia com precisão e rapidez; tão logo o sangue flua para dentro do tubo coletor, o garrote deve ser retirado. Porém, se a veia for muito fina o garrote poderá ser mantido. Quando o tubo estiver cheio e o fluxo sanguíneo cessar, remova-o do adaptador; com uma mecha de algodão exercer pressão sobre o local da punção, sem dobrar o braço, até parar de sangrar. Uma vez estancado o sangramento aplicar um curativo; A agulha deve ser descartada em recipiente próprio para materiais infecto contaminantes. OBS: Devido às restrições internas não foram realizadas as coletas previstas no roteiro. Cor tampa Anticoagulante Setor Material Roxo EDTA Hematologia Vidro ou plástico Amarelo Gel separador com ativador de coágulo Sorologia e bioquímica Vidro ou plástico Verde Citrato de Sódio Hematologia (Coagulação) Vidro Vermelho Siliconizado sem anticoagulante Sorologia e bioquímica Vidro ou plástico Cinza Fluoreto de sódio + EDTA Bioquímica Vidro ou plástico Aula 1 – Roteiro 2 Título da Aula: Princípios de fotometria Objetivo Muitas determinações realizadas no laboratório clínico são baseadas em medições de energia radiante transmitida, absorvida, dispersa ou refletida sob condições controladas. Ao falarmos em fotometria pensamos instintivamente em luz. Na realidade a porção visível do espectro eletromagnético (EMR) é uma pequena porção e aquela que excita a retina produzindo nosso mais importante sentido, a visão. Esta relação fotometria-luz é desvantajosa porque encaramos o EMR em termos de luz e cor, quando deveria ser considerado em termos de energia, o que é a realidade. Esta energia é propagada sob forma de ondas que poderiam ser esquematicamente consideradas como uma união de vales e elevações que partem do ponto de emissão da energia. Procedimento PREPARO DO APARELHO 1- Após ligar o aparelho. 2- Selecionar o comprimento de onda adequado. 3- Ajustar para o zero de absorbância e 100% de transmitância com água destilada para zerar o aparelho. 4- Colocar tubo branco e zerar o experimento. 5- Verificar o tubo padrão. 6- Fazer um tubo chamado de branco (1,5 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto) e um tubo chamado de padrão (1,0 mL de padrão de albumina (8 mg/mL) + 0,5 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto). Agitar e incubar os tubos por 15 min a 37ºC. Zerar com branco e proceder a leitura do tubo padrão. Ler a absorbância do tubo teste nos comprimentos de onda 400, 420, 450, 470, 500, 520, 550, 580, 600, 630, 650, 680 e 700 nm, usando o branco entre as medições. 𝜆 400 420 450 470 500 520 550 580 600 630 650 680 700 Abs. 0,243 0,174 0,223 0,283 0,440 0,562 0,558 0,457 0,344 0,182 0,061 0,031 0,058 Padrão como reagente; Branco para calibrar; Construir uma curva de absorbância em função do comprimento de onda. Estabelecer qual é o máximo 𝜆 do produto da reação de biureto. 7- Preparar um tubo chamado de teste (que não sabemos a concentração), contendo (1,0 mL de solução problema – preparada pelo professor + 0,5 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto) e outros 3 tubos padrão chamados de: A= (0,1 mL de padrão de albumina (8 mg/mL) + 1,4 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto). B= (0,3 mL de padrão de albumina (8 mg/mL) + 1,2 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto). C= (0,5 mL de padrão de albumina (8 mg/mL) + 1,0 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto). D= (1,0 mL de padrão de albumina (8 mg/mL) + 0,5 mL de água + 2,5 mL de reagente de biureto). Proceder como no item anterior: agitar e incubar os tubos por 15 min a 37ºC. Ler a absorbância a 540nm. Padrão A = 0,467 nm; Padrão B = 0,491 nm; Padrão C = 0,556 nm; Padrão D = 0,616 nm; Teste = 0,757 nm. Construir uma curva e tentar calcular a concentração de proteínada solução problema nesta amostra (comentar a necessidade de uso de triplicatas e mais pontos na curva). Figura: Curva de Absorbância Fonte: Fonte Própria, Unip (2022). Aula 2 – Roteiro 1 Título da Aula: Perfil Renal – Ureia, Creatinina e Ácido Úrico. Objetivo Revisar conceitos sobre função renal e como que a análise de ureia, creatinina e ácido úrico podem explicar a saúde renal. Comentar a prova de depuração de creatinina. Explicar a necessidade de ter os Gráficos de Levey-Jennings e regras de Westgard para os testes de laboratório clínica. A metodologia laboratorial mais usada para a dosagem de ureia baseia-se em métodos enzimáticos colorimétricos. A grande maioria deles emprega uma enzima que degrada a ureia (urease) e outra enzima acoplada que usa a amônia como substrato. É nessa fase que há o monitoramento da variação cromática para a determinação dos valores de ureia. Os métodos de química seca também têm sido descritos utilizando a urease. Poucos interferentes analíticos foram encontrados na determinação da ureia. A creatinina é um produto residual da creatina. A transformação de creatina em creatinina acontece no tecido muscular, no qual 1%-2% da creatina livre se converte espontânea e irreversivelmente em creatinina todos os dias. Logo, a quantidade de creatinina produzida é dependente da massa muscular e não apresenta grandes variações diárias. A análise do ácido úrico pode ser feita através do exame do sangue ou de urina. O exame de ácido úrico, normalmente, é pedido pelo médico quando o paciente apresenta dor nas articulações ou quando existem suspeitas de doenças mais graves, como lesão renal ou leucemia. Obs: Foram realizadas duas tentativas e o resultado foi inconclusivo. Aula 2 – Roteiro 2 Título da Aula: Perfil Renal - Uroanálise Objetivo Os testes de função renal avaliam a capacidade funcional dos rins e, em geral, medem o fluxo sanguíneo para os rins, filtração glomerular e função tubular. Esses testes podem ser feitos no sangue, urina ou em ambos. O diagnóstico precoce de lesão renal facilita o início de um tratamento apropriado e reduz a incidência de falha renal irreversível. No entanto, os resultados da urinálise não refletem a magnitude da doença e não são específicos para alguma doença renal. As determinações sanguíneas de ureia e creatinina são componentes essenciais na avaliação do sistema urinário. O método a ser utilizado para avaliar a função renal deve ser o mais específico possível, a fim de identificar a real origem do problema, se pré-renal, renal ou pós-renal. Procedimento Perfil Renal – Uroanálise foi feito análise conforme procedimento. De acordo com o nosso experimento realizado em P1 e P2 com Uri-Color Check, segue resultado: Área de compensação Paciente 1 Paciente 2 Glicose Negativo negativo Corpos Cetônicos Negativo Negativo Bilirrubina Negativo Negativo Proteína Negativo Negativo Nitrito Negativo Negativo pH 5,5 6,0 Sangue/Hemoglobina Negativo Negativo Densidade 1,020 1,025 Leucócito + Negativo Urobilinogênio Negativo Negativo Na análise química geralmente obtém-se o pH, proteínas totais, glicose, bilirrubinas e urobilinogênio, corpos cetônicos, ação peroxidásica, esterase leucocitária e nitritos. Os estudos dessa etapa podem ser efetuados em tubos de ensaio, com a formação de reações químicas ou, por meio de tiras reagentes. A utilização de tiras reagentes objetiva um teste mais veloz, simples, com baixo custo e alta precisão. Já a sedimentoscopia possui a finalidade de identificar e, ocasionalmente, quantificar vários componentes figurados, como: leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias, cilindros, cristais e fungos. Além disso, é um processo de grande demanda que necessita de atividade laboratorial manual acentuada, é pouco uniforme e acarreta um maior custo aos laboratórios porque é fundamental a presença de mão de obra qualificada para se alcançarem resultados confiáveis. Aula 3 – Roteiro 1 Título da Aula: Perfil hepático Objetivo Revisar conceitos sobre função hepática e relacionar com possíveis patologias. Explicar a metodologia cinética (que pode ser gama-glumatil transferase, ALT/TGP (Alanina transaminase), AST/TGO (Asparto transaminase), desidrogenase láctica ou fosfatase alcalina) e metodologia de ponto final (bilirrubinas). Explicar a necessidade de ampliar o perfil hepático. O teste de função hepática é realizado para auxiliar no diagnóstico do paciente que sofre de doenças que atacam o fígado e dos seus níveis de proteínas, enzimas e bilirrubina no sangue. Essas substâncias incluem: • Alanina aminotransferase (ALT) • Albumina • Fosfatase alcalina (FAL) • Alfafetoproteína (AFP) • Aspartato aminotransferase (AST) • Bilirrubina • Gama-glutamil transpeptidase (GGT) • Desidrogenase láctica (LDH) • 5’-nucleotidase Os níveis de algumas dessas substâncias medem a presença e o grau da inflamação hepática (por exemplo, ALT e AST). Os níveis de outras substâncias medem a eficiência com a qual o fígado executa as suas funções normais de síntese de proteínas e secreção de bile (por exemplo, albumina e bilirrubina). Aula 3 – Roteiro 2 Título da Aula: Perfil pancreático Objetivo Revisar conceitos sobre função pancreática (endócrina e exócrina) e metabolismo glicídico. Comentar a prova de glicemia, TTOG, frutosamina, hemoglobina glicada e relacionar com os vários tipos de diabetes e resistência à insulina. Explicar as relações entre perfil pancreático, renal e hepático. A função endócrina do pâncreas trabalha para a produção de diversos hormônios, como por exemplo a insulina. Na função exócrina, o pâncreas produz enzimas que auxiliam o processo da digestão dos alimentos, transformando-os em nutrientes. Essas enzimas são principalmente a lipase (que quebra as gorduras), a protease (que quebra as proteínas) e a amilase (que quebra os carboidratos). Diversas agressões ou doenças podem fazer com que o pâncreas diminua ou pare de funcionar da forma correta. Uma delas, bastante conhecida, é o diabetes tipo 2, que pode inclusive levar à falência da parte endócrina. As células Alfa, correspondem a 25 % de todas as células da ilhota, produzem glucagon, hormônio hiperglicemiante, com ação contrária a da insulina. Ele estimula a glicogenólise (degradação do glicogênio em glicose) no fígado, a fim de aumentar a glicose sanguínea. As células Beta, correspondem a 60% do total e produzem a insulina, hormônio hipoglicemiante (responsável por colocar a glicose da corrente sanguínea para dentro da célula), anabólico e de armazenamento do excesso de energia, interferindo no metabolismo dos carboidratos, das gorduras e proteínas. As células Delta, representam 10% do total e produzem a somatostatina, inibidor universal das células secretoras. A somatostatina age localmente nas próprias ilhotas de Langherans, para deprimir a secreção de insulina e de glucagon. Esses perfis revelam o funcionamento ou a presença de lesão dos rins e fígado respectivamente. Aula 4 – Roteiro 1 Título da Aula: Perfil lipídico Objetivo Revisar conceitos sobre perfil lipídico (principalmente colesterol total e suas frações, triglicérides, apolipoproteínas e homocisteína total). Proceder a determinação de HDL-col e TG no soro de paciente e relacionar com LDL (explicar a equação de Friedwald e agora Fórmula de Martin. Equação de Friedwald: Colesterol LDL = colesterol total – (colesterol HDL + colesterol VLDL) Colesterol VLDL = triacilglicerol/5 Relacionar com doenças cardiocirculatórias, dando ênfase às dislipidemias, entre elas a arterosclerose. O perfil lipídico, também conhecido lipidograma, é um grupo de testes capaz de determinar a quantidade de lipídios, isto é, moléculas gorduras, na circulação sanguínea. Normalmente, oexame é solicitado para avaliar o risco de doença cardíaca coronária. Os dados lipídicos apresentam excelentes indicadores da possibilidade de ataque cardíaco ou AVC, bem como trombose venosa e angina – doenças originárias da obstrução dos vasos sanguíneos. A partir do perfil lipídico, é possível avaliar as taxas de LDL (o colesterol “ruim”), HDL (o colesterol “bom”), VLDL e triglicerídeos. Assim, quando os valores estão fora do normal, ou seja, há distúrbios nos níveis de lipídios que circulam no sangue, considera-se uma dislipidemia. Alterações do perfil lipídico podem incluir colesterol total alto, bem como alta taxa de triglicerídeos e níveis elevados de LDL. Os valores de referência variam conforme a idade do paciente, sendo que, para indivíduos até 20 anos de idade, os números desejáveis são: • Colesterol total: < 200 mg/dL • LDL: 100 – 129 mg/dL • HDL Limítrofe: ≥ 60 mg/dL • VLDL: < 30 mg/dL • Triglicérides: < 150 mg/dL O LDL Considerado o colesterol “ruim”, o LDL é essencial para o bom funcionamento do organismo, especialmente, para a produção de hormônios, além de impedir a formação de placas de aterosclerose nos vasos sanguíneos. Contudo, o aumento da taxa da LDL no perfil lipídico sinaliza os principais riscos de doenças cardiovasculares. Por esse motivo, é importante manter os valores abaixo de 130 mg/dL (dependendo da idade). O HDL É considerado o colesterol “bom”, por esse motivo, os valores recomendáveis são limítrofes, ou seja… (explicar o que isso quer dizer). O HDL está presente em gorduras boas e fibras, sendo adquirida em uma alimentação saudável com peixes, azeite, vegetais e sementes. O VLDL É o colesterol responsável pelo transporte dos triglicerídeos para os tecidos do corpo humano. Contudo, não faz parte do grupo de gorduras boas, portanto, seu valor deve ser mantido dentro do recomendável, para não ocasionar doenças cardiovasculares. Os Triglicerídeos São moléculas de gordura responsáveis pelo fornecimento de energia. Porém, quando presente em taxas elevadas, pode ocasionar a obstrução dos vasos sanguíneos, com possibilidades de ocasionar um AVC. O aumento do triglicerídeos está associado ao consumo elevado de carboidratos (massas, pães e doces). Aula 4 – Roteiro 2 Título da Aula: Sais minerais Objetivo Revisar conceitos sobre a constituição dos ossos, dando ênfase à importância dos sais minerais, principalmente cálcio, fósforo e magnésio. Relacionar com enfermidades ósseas e hormônios tireoidianos. Os sais minerais são elementos inorgânicos necessários para o funcionamento adequado do organismo, atuando, por exemplo, na constituição de ossos, contração muscular e propagação do impulso nervoso. Em virtude da incapacidade do nosso corpo de produzir essas substâncias, é fundamental que elas sejam adicionadas à nossa dieta. Cálcio: é um dos sais minerais mais conhecidos e representa, aproximadamente, metade da quantidade total de minerais do organismo. Seu papel é amplo, estando relacionado com a permeabilidade da membrana, contração muscular, liberação de hormônios, coagulação do sangue, além, é claro, de formar ossos e dentes. O cálcio pode ser encontrado em vários alimentos, destacando-se leites e derivados, cereais e legumes. Fósforo: Esse sal mineral é encontrado principalmente no esqueleto humano, pois faz parte da composição dos ossos. Além desse papel mais conhecido, ele faz parte da estrutura da membrana (fosfolipídio) e fornece energia para a célula na forma de ATP (adenosina trifosfato). É encontrado em leites e derivados, ovos, pães e cereais. Flúor: Seu papel mais conhecido é, sem dúvida, na prevenção de problemas dentários, mas ele também é importante para outras células e tecidos. Encontrado em maior quantidade na água fluorada. Iodo: Esse sal mineral está relacionado diretamente com o metabolismo do organismo, uma vez que faz parte da composição dos hormônios tireoidianos (tiroxina e tri-iodotironina). Pessoas acima dos 14 anos devem consumir 150 mcg de iodo diariamente. O iodo é encontrado adicionado ao sal de cozinha e em alguns frutos do mar. Potássio: Esse sal mineral atua principalmente no metabolismo e na produção de proteínas e glicogênio. Além disso, está ligado à excitação neuromuscular, participa da bomba de sódio-potássio e controla os níveis de pH e a quantidade água disponível no nosso organismo. Um adulto deve consumir diariamente cerca de 4700mg desse sal. Pode ser encontrado em frutas, leite, carnes e cereais. Sódio: constitui o sal de cozinha e está relacionado, entre outras funções, com a manutenção do potencial de membrana, absorção de água, glicose e aminoácidos, além de ajudar no controle da pressão sanguínea. Recomenda- se que, diariamente, um adulto faça uso de 1,3 g de sódio diariamente. Além do sal de cozinha, pode-se encontrar sódio em alimentos como queijo e vegetais. Magnésio: Apesar de menos comum, esse sal mineral não é menos importante, pois está relacionado com mais de 300 reações enzimáticas diferentes. Relaciona-se com o metabolismo do cálcio e também com a produção de vitamina D. Recomenda-se que adultos entre 19 e 30 anos consumam diariamente 400 mg. Após essa idade, a recomendação é de 420mg para homens e 320mg para mulheres. Ele é encontrado principalmente em verduras com folhas verde-escuras. Ferro: desempenha um importante papel no transporte de oxigênio para as células, uma vez que faz parte da hemoglobina, que é encontrada nos eritrócitos. Além disso, o sal é responsável por ativar enzimas e atua na respiração celular. É encontrado em alimentos como coração, fígado, gema de ovo, beterraba e feijão. Zinco: é um mineral importante para a realização de reações químicas por algumas enzimas. Ele está relacionado com a resposta imune, função neurológica, estrutura de proteínas, síntese de hormônios, transmissão de impulsos nervosos, entre outras funções. É importante destacar que é um componente da insulina e, portanto, relaciona-se com o controle da glicose. O zinco pode ser encontrado em peixes, aves, carne bovina, leite e derivados. Material dosado = Calcio P1 Abs teste x 10 0,888 x 10 = 6,5 mg/dL Abs Padrão 1,354 P2 Abs teste x 10 1,398 x 10 = 10,3 mg/dL Abs Padrão 1,354 VR = 8,8 - 11,0 mg/dL P1 = 6,5 mg/dL < VR P2 = 10,3 mg/dL dentro do valor de referência Referências Bibliográficas ABESO, 2010 – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Meta bólica. 3ª Edição, 2010. Disponível em: http://www.abeso.org.br/. Acesso em: 14 mai. 2013. BELLENTANI, S. et al. Prevalência de fatores de risco para hepático esteatoses no norte da Itália. Análise de Medicina Interna., v.132, p.112-7, 2000. CHAMPE, P. C.;HARVEY, R.A.;FERRIER, D.R. Bioquímica Ilustrada, 3ªed.;Porto Alegre: Artemed, p. 271-272, 2006. FESTI, D. et al. Esteatose hepática em pacientes obesos: aspectos clínicos e significado prognóstico. Avaliações de obesidade, v. 5, p. 27-42, 2004. GAYOTTO, L. C. da C. Doenças do fígado e vias biliares. 1ª Edição. Editora Atheneu. São Paulo, 2001. HODGSON, E. A. Tratado de toxicologia moderna. 4ª Edição. 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