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- Sistema Respiratório - | Envelhecimento e Doenças Associadas | Mecânica Ventilatória Constituído de três passos básicos: 1. Ventilação pulmonar — inspiração e expiração do ar e envolve troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares. 2. Respiração externa — troca de gases entre os alvéolos pulmonares e o sangue nos capilares pulmonares através da membrana respiratória. 3. Respiração interna — troca de gases entre o sangue nos capilares sistêmicos e as células teciduais. O pulmão esquerdo é mais comprido e estreito. O brônquio principal é mais longo, mais estreito e mais horizontalizado. A entrada no hilo segue o padrão ABV. O pulmão direito é mais largo e achatado. O brônquio principal é mais curto, mais largo e mais verticalizado. A entrada no hilo segue o padrão BAV. Inspiração é um processo dito ativo. Para o ar fluir para os pulmões, a pressão intra-alveolar tem de se tornar mais baixa do que a pressão atmosférica e esta condição é alcançada aumentando o tamanho dos pulmões. O primeiro passo na expansão dos pulmões durante a inspiração envolve a contração do diafragma e dos músculos intercostais externos (responsáveis pela elevação das costelas, aumentando o diâmetro anteroposterior e lateral da cavidade torácica). Conforme a cavidade torácica se expande, a pleura parietal que reveste a cavidade é “puxada” para fora em todas as direções e a pleura visceral e os pulmões são puxados com ela. Expiração é um processo dito passivo. Resulta da retração elástica da parede torácica e dos pulmões, sendo que ambos têm uma tendência natural de retornar à posição inicial depois de serem distendidos. Inicia-se quando a musculatura inspiratória relaxa, assim diminuindo os diâmetros vertical, lateral e anteroposterior da cavidade torácica, o que diminui o volume pulmonar. O ar então flui da área de pressão mais elevada nos alvéolos para a área de pressão mais baixa na atmosfera. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica É uma condição respiratória comum caracterizada pela limitação do fluxo aéreo. Corresponde ao espectro que engloba bronquite, bronquiectasia, enfisema e asma. As alterações predominantes da DPOC são encontradas nas vias aéreas, mas também são observadas no parênquima pulmonar e na vasculatura pulmonar. As anormalidades das vias aéreas da DPOC incluem inflamação crônica, aumento do número de células caliciformes, hiperplasia de glândulas mucosas, fibrose, estreitamento e redução do número de pequenas vias aéreas e colapso. Enfisema é o aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos pulmonares associado a destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente. Pode ser centroacinar, panacinar, parasseptal ou irregular. A teoria mais aceita para explicar a destruição dos septos é o mecanismo protease-antiprotease (desbalanço entre proteases e antiproteases). As manifestações clínicas mais comuns são: dispneia, tosse, chiado e sobrecarga do coração (cor pulmonale). São conhecidos como pink puffers. Ácino = bronquíolo respiratório + ductos + sacos alveolares + alvéolos. O enfisema centroacinar comumente está associado ao hábito de fumar e à bronquite crônica. O enfisema panacinar geralmente está relacionado à deficiência de alfa1-antitripsina. Bronquite crônica é causada por exposição prolongada a agentes inalados, sobretudo produtos do tabaco, além de poluentes atmosféricos. Além de tosse e hipersecreção de muco, que são constantes, outras manifestações aparecem com a continuidade do hábito fumar, como dispneia, hipercapnia, hipoxemia e cianos. São conhecidos como blue bloaters. Bronquiectasia é caracterizada pela dilatação permanente dos brônquios, causada por infecção, enfraquecimento ou tração da parede brônquica por defeito na sua formação. Etiopatogênese não é totalmente conhecida. Clinicamente, os pacientes apresentam tosse, febre, expectoração abundante, geralmente malcheirosa; naqueles com lesão mais graves, surge dispneia. Nos casos típicos, tosse e expectoração são mais frequentes pela manhã, logo após o paciente se levantar. Asma é caracterizada pela hiper-reatividade brônquica e hipersecreção de muco em resposta a inúmeros estímulos. Clinicamente, os pacientes apresentam dispneia, sibilos e tosse associados a broncoconstrição. É dividida em duas grandes categorias: atópica (existe sensibilização e resposta imune a certos antígenos) e; não atópica (quando não se identifica um alérgeno predisponente). A persistência da inflamação brônquica pode provocar alterações estruturais irreversíveis nas vias aéreas (remodelamento brônquico), que são responsáveis pela piora progressiva e irreversível da função respiratória.
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