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Metodologia da pesquisa científica E-book 3 Bruna Borba Neste E-book: Introdução ���������������������������������������������������� 3 Objetivo da pesquisa �������������������������������� 5 Pesquisa exploratória �������������������������������������������� 6 Pesquisa descritiva ������������������������������������������������ 7 Pesquisa explicativa ���������������������������������������������� 8 Pesquisa experimental ����������������������������������������10 Natureza da pesquisa ������������������������������������������11 Modalidades de pesquisa ������������������������������������18 Considerações finais�������������������������������36 Síntese ���������������������������������������������������������38 Objetivo, natureza e modalidades de pesquisa 2 E-book 3 INTRODUÇÃO Olá, estudante� Nos módulos 1 e 2 foram apresenta- das as concepções de ciência, Metodologia Científica e as etapas iniciais do processo de pesquisa� Agora, no Módulo 3, daremos continuidade à apresenta- ção dessas etapas, pois elas possuem caracterís- ticas que diferenciam os tipos de pesquisa que são realizadas� Para começar, reflita: quando você quer conhecer mais sobre alguma coisa, seja um assunto, um lugar ou uma pessoa, como costuma buscar informações? Faz pesquisas na internet? Fala com pessoas que conhecem o assunto? Observa bastante antes de tirar conclusões? São muitos os caminhos possí- veis para chegarmos à informação que buscamos� Na ciência esses caminhos foram desenvolvidos a partir de critérios específicos. Não podemos esque- cer que, diferentemente de quando buscamos uma informação no dia a dia, no contexto de pesquisas essas buscas devem ser feitas de maneira organi- zada, considerando-se a pertinência para o que es- tamos pesquisando, além de não nos basearmos em achismos, mas buscarmos conteúdos qualificados. Observar, ouvir, perguntar e refletir são atitudes im- portantes no desenvolvimento de pesquisas� Mas, será que tudo que pretendemos compreender é pos- sível através da observação? Existem informações que necessitam ser transmitidas por outra pessoa? 3 O que os registros sobre determinado assunto nos revelam? A depender da sua investigação, os caminhos para chegar às informações são diferentes e, muitas vezes, é preciso traçar mais de um caminho� Além disso, todo esse caminho deve ser registrado, afinal como vamos lembrar tudo que encontramos nesse trajeto? Para que possamos relatar nossos métodos de investigação, precisamos guardar essas infor- mações� Isso será parte importante para que, caso uma pessoa leia nosso estudo, possa compreender como o realizamos; é importante também para a comunicação com a comunidade científica e para a fidedignidade da pesquisa. Neste módulo você poderá diferenciar as pesquisas que buscam explorar, descrever ou explicar algum fenômeno; pesquisas que são desenvolvidas indo ao encontro da realidade que se pretende estudar, ou seja, o campo; pesquisas que mergulham em documentos, imagens e arquivos, como jornais, e pesquisas que quantificam as informações encon- tradas para produzir conhecimento� Vamos começar! 4 OBJETIVO DA PESQUISA No Módulo 2 vimos que toda pesquisa deve ter um objetivo referente ao seu recorte temático e/ou teórico-metodológico, e este deve ser explicitado pelo pesquisador, apontando detalhadamente o que pretende realizar e como isso contribui com o cam- po em questão� Contudo, para além do objetivo do pesquisador ao realizar aquele determinado estudo, a pesquisa pode ter uma característica específica em relação a como abordar o problema de pesquisa� Referente aos objetivos da pesquisa, destaca-se: pesquisa exploratória, descritiva, explicativa e ex- perimental. O objetivo será uma forma de classificar a pesquisa� Se cada pesquisa objetiva, de maneira geral e espe- cífica, realizar alguma coisa, o problema de pesquisa pode ser abordado por meio de um caminho já dire- cionado, que pretende chegar a determinado fim. De maneira geral, classifica-se esse fim como explorar, descrever ou explicar certo assunto, podendo fazer- -se isso através da experimentação (ou não)� Vimos que existem outras possibilidades de objetivos que se especificam na proposta do pesquisador, porém esses quatro caminhos podem direcionar o que se pretende com o estudo� 5 Pesquisa exploratória A pesquisa exploratória tem como objetivo eluci- dar algo, ainda pouco conhecido, sobre o objeto de estudo. Explorar, nesse caso, significa clarear ou descortinar algo que precisa ser investigado sobre determinado fenômeno, familiarizando o pesquisa- dor com o objeto de estudo, aumentando, assim, seu conhecimento sobre ele. Gil afirma que: [...] as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos poste- riores (GIL, 1999, p. 43). Para tanto, é preciso caracterizar-se o problema e o que se pretende explorar sobre ele e sobre os aspectos que a ele se relacionam, proporcionando uma compreensão maior sobre o assunto estudado� A pesquisa exploratória não pretende comprovar hipóteses fechadas, mas ampliar o conhecimento sobre determinado assunto, ou mesmo contribuir para a formulação de hipóteses� No caso de já haver hipóteses, a exploração possui uma abertura para o que pode aparecer. Dessa forma, é um tipo de pes- quisa que pode contar com fontes de informação variadas, como pesquisa bibliográfica e entrevistas, entre outros� Inclusive, pode ser uma fase de um processo de pesquisa� Para Severino (2010), a pes- 6 quisa exploratória visa fazer um mapeamento sobre determinado assunto para posteriormente ser expli- cado� Seria uma etapa para a pesquisa explicativa� Pesquisa descritiva Como o próprio nome diz, este tipo de pesquisa ob- jetiva descrever características de um determinado fenômeno, como e em quais condições ele acontece� Esta investigação minuciosa pode contribuir para o levantamento das diversas variáveis que podem ter relação com o fenômeno� Não se confunda: descrever não é a mesma coisa que explicar� Por mais que a pesquisa descritiva pos- sa contribuir com a explicação, o objetivo dela não é explicar como determinado fenômeno ocorre� Mas, como na pesquisa exploratória, a descrição pode ser uma etapa do processo� Para tanto, é possível utilizar-se técnicas variadas, como levantamen- to de dados, experimentos, pesquisa bibliográfica e entrevista, ou mesmo realizá-la na modalidade estudo de caso� Técnicas padronizadas entre os pesquisadores também podem ser utilizadas (GIL, 1999), por exemplo, para mensuração. Descrever pode ser um objetivo, ou etapa, presente nas pes- quisas de diversos campos, seja ciências humanas, exatas ou biológicas� Apesar de ser esperado que o pesquisador avance no conhecimento sobre o fenô- meno para além de sua descrição, essa é uma etapa 7 importante para diversos estudos e pode contribuir com o estudo de outros pesquisadores� Saiba mais: A pesquisa de mercado utiliza recursos des- critivos para sua realização� O vídeo Como fa- zer pesquisa de mercado, desenvolvido pelo Sebrae, explica como realizar esse tipo de pesquisa, que pode contribuir com a valida- ção de hipóteses e ideias, entre outras coi- sas� Acesse: https://www�youtube�com/ watch?time_continue=69&v=nuiQ8dO2DCg Pesquisa explicativa Diferentemente de explorar um assunto ou descrevê- -lo, a pesquisa explicativa pretende esmiuçar os aspectos que estão relacionados a determinado fenômeno, fazendo relações com a pretensão de compreendê-lo� O aprofundamento neste tipo de pesquisa permite que os resultados indiquem as razões, ou porquês, para que determinado fenômeno ocorra, muitas vezes estabelecendo uma relação causal (causa e efeito)� Esse tipo de relação nem sempre é estabe- lecido com superficialidade, como muito se pensa, sendo, segundo alguns autores, desafiador para o pesquisador chegar a umaconclusão que afirme que 8 o efeito foi fruto de determinada causa. De acordo com Mattar, o pesquisador: Inclusive, jamais chega a afirmar categori- camente a relação de causalidade, mas sim em termos de probabilidade, com afirmações do tipo: “se ocorrer isto, provavelmente de- verá ocorrer aquilo”. É a chamada causação probabilística (MATTAR, 2001, p. 31). Para tanto, é preciso ter o controle das variáveis envolvidas, do tempo entre uma situação (causa) e outra (efeito) e a eliminação de possíveis fatores de interferência� Em pesquisas de cunho experimental, esse tipo de planejamento é viável� Uma pesquisa explicativa pode ser precedida de descrição e exploração, por exemplo, etapas que podem contribuir para que a explicação seja mais bem elaborada� 9 Pesquisa experimental As pesquisas experimentais são caracterizadas por realizarem, junto ao objeto de estudo, experimentos, manipulando e controlando a situação e as variáveis que se relacionam ao objeto� Realizadas, de modo geral, em ambientes propícios, como laboratórios, as pesquisas experimentais pretendem chegar a respostas objetivas e fidedignas. Assim, criam-se situações de controle onde o pesquisador pode manipular as variáveis e evitar que outras variáveis aleatórias interfiram no estudo (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007)� No campo das ciências naturais este tipo de pesqui- sa é realizado com maior frequência, pois objetiva perceber as relações funcionais existentes entre os fenômenos (SEVERINO, 2010)� Nas ciências huma- nas, um exemplo são as pesquisas experimentais realizadas no contexto de laboratório, onde é feita a análise comportamental com ratos, por exemplo� Neste tipo de pesquisa é comum, também, esta- belecer-se dois grupos: o grupo experimental e o grupo controle� O objetivo dos grupos é proporcio- nar uma comparação durante o experimento, assim um recebe alteração de variáveis e outros não� O grupo experimental é aquele submetido à altera- ção ou inserção de variáveis, já o grupo controle é aquele que não recebe alterações, permitindo que seja feita uma comparação frente à experimentação� Por exemplo: pesquisas que pretendam avaliar a 10 eficácia da germinação de uma dada semente po- dem criar uma situação em que em um vaso sejam inseridos semente e adubo e, em outro, apenas se- mente, submetendo as duas às mesmas condições de temperatura, exposição ao sol etc. Ao final, será possível medir se a variável adubo modificou algo no experimento� Falaremos sobre as características das variáveis nos tópicos seguintes� Natureza da pesquisa Pesquisa qualitativa e quantitativa são abordagens no fazer da pesquisa� São formas de se aproximar do fenômeno que será estudado� As pesquisas, de diferentes referências epistemológicas, podem adotar um desses tipos de abordagem, ou os dois (SEVERINO, 2010)� Elas reúnem um conjunto de ca- racterísticas que dão um direcionamento ou cunho à pesquisa, apesar de abarcarem diversas possibi- lidades de aplicações metodológicas� A definição de abordagem ocorre desde o início da pesquisa, no tipo de pergunta que se constrói como problema de pesquisa� Há perguntas e perguntas: o que universitários no primeiro período de curso têm como expectativas profissionais? Qual é a por- centagem de estudantes de uma universidade que realizam estágio no primeiro e no último período de um curso? Esses exemplos buscam ilustrar a diferença na abordagem de uma pesquisa desde a forma como 11 o problema é elaborado� Existem questões que não são mensuráveis; outras já o são� Existem outras questões que podem ser relacionadas com dados mensuráveis, mesmo não sendo dessa natureza� As abordagens qualitativas e quantitativas não de- vem ser colocadas em oposição uma à outra, como se houvesse maior qualidade em um formato ou outro� A pertinência da escolha dependerá da pes- quisa que se pretende fazer� Pesquisa qualitativa Será que todas as perguntas que fazemos podem ser respondidas através de números e quantificação ou existem fenômenos que não são mensuráveis? As pesquisas de abordagem qualitativa são carac- terizadas por considerar o estudo de fenômenos de maneira não quantificável. Nesse tipo de pesquisa os elementos subjetivos são levados em conside- ração, bem como a interpretação e os significados atribuídos pelo participante da pesquisa ao fenô- meno estudado� Diferentemente das pesquisas quantitativas, que trabalham com dados objetivos, as pesquisas de cunho qualitativo têm o ambiente natural, ou a reali- dade onde os fenômenos ocorrem, como a principal fonte de dados� Pesquisas nesta abordagem não buscam respostas exatas para as perguntas feitas, mas possibilidades de significados que podem ser atribuídos, dando maior importância ao processo de pesquisa do que exclusivamente ao seu produto� 12 No campo das ciências humanas, as pesquisas qualitativas são interessantes, pois consideram o contato mais próximo do pesquisador com o objeto de estudo� O pesquisador, nesse contexto, interpreta as informações obtidas� Em pesquisas qualitativas é possível analisar a percepção de pessoas sobre determinado assunto, suas opiniões e representa- ções, história de vida e práticas de um grupo, entre muitas outras coisas� Se você estivesse conduzindo um estudo sobre o estresse provocado por trabalho noturno e adotasse o método quantitativo, seria útil coletar dados objetivos e numéri- cos, tais como taxas de absenteísmo, níveis de produtividade etc. Todavia, caso adotasse um método qualitativo, você poderia coletar dados subjetivos sobre o estresse enfrenta- do por trabalhadores noturnos em termos de percepções, saúde, problemas sociais e assim por diante (COLLIS; HUSSEY, 2005, p. 27). As possibilidades de realização de pesquisas quali- tativas são várias e a teoria tem um papel importante em cada etapa, pois fornecerá recursos para que as interpretações sejam feitas com aprofundamento e melhores argumentos, além de ser o mais impor- tante recurso à generalização de resultados para pesquisas que não utilizam recursos estatísticos e probabilísticos� 13 Figura 1: Fonte: https://www.gapingvoid.com Pesquisa quantitativa Como o nome já diz, as pesquisas de abordagem quantitativa referem-se à quantificação das informa- ções� Nesta modalidade de pesquisa, os dados cole- tados são quantificáveis, trabalha-se com números, probabilidade e estatística. Diversas áreas realizam pesquisas quantitativas e não apenas aquelas do campo das ciências exatas� Os artifícios quantitativos podem ser utilizados tanto na coleta de dados, para buscar, registrar e codificar as informações, como na posterior análi- se, que apresentará essas informações já tratadas� Lembre-se que, tanto na pesquisa qualitativa quanto na quantitativa, o problema de pesquisa já indicará 14 https://www.gapingvoid.com uma (ou mais de uma) abordagem para a realização da pesquisa� Reflita Que tipo de perguntas direcionam a pesqui- sa para a abordagem quantitativa? Pense em exemplos na sua área! Cabe ressaltar-se que os recursos quantitativos são vários e complexos a depender da área em que a pesquisa é realizada, ou mesmo seu tema� Assim, se houver interesse, vale a pena procurar nas bi- bliografias especializadas. Existem hoje diversos recursos tecnológicos, programas e softwares que auxiliam no tratamento e cruzamento dos dados estatísticos� Conhecê-los também é interessante para otimizar-se a realização do estudo, principal- mente se envolverem dados diversos e em grande quantidade� Pesquisa quali-quantitativa As pesquisas quali-quantitativas são aquelas que utilizam as duas abordagens de investigação� Embora tenham diferenças entre si, os dois recur- sos podem ser empregados no mesmo estudo� Uma pesquisa que faça uma tabulação numérica, por exemplo, mas busque relacioná-la com outros da- dos coletados, como a percepção de uma pessoa sobre determinada vivência, pode abarcar as duas abordagens� 15 A depender dos objetivosda pesquisa, a abordagem quali-quantitativa pode ser enriquecedora para a análise, pois apresenta uma multiplicidade de re- cursos para a compreensão sobre o problema de pesquisa� Contudo, essa relação deve ser feita com coerência e cuidado para que a pesquisa não vire um amontoado de dados sem relação entre si� A tabela a seguir (Tabela 1) resume as característi- cas dos tipos de abordagem em pesquisa: 16 Pesquisa quali- tativa Pesquisa quantitativa Pesquisa quali- -quantitativa - Considera as- pectos subjetivos, como significados e opiniões - Os aspectos analisados não são mensuráveis - A coleta de da- dos pode ser feita na realidade onde o fenômeno ocor- re, como principal fonte de dados - Há menor con- trole sobre as vari- áveis relacionadas - A generalização dos resultados é feita por meio de análise argumen- tativa e teórica - Considera aspectos objetivos - Os aspectos analisados são mensuráveis - A coleta de dados é feita através de re- cursos quan- tificáveis e classificatórios - Há maior controle sobre as variáveis relacionadas - A genera- lização dos resultados é feita por meio de análise estatística - Considera as- pectos objetivos e subjetivos - Analisam-se aspectos men- suráveis e não mensuráveis - A coleta de dados pode ser variada, com uso de diversas técnicas - As informações obtidas de forma mista, a relação entre elas deve ser analisada - A generalização dos resultados é feita por meio de análise argumen- tativa, relacio- nada à análise estatística Tabela 1: Características dos tipos de abordagem em pesquisa. Fonte: elaborado pela autora. A escolha de abordagem deve estar voltada ao pro- blema de pesquisa e ao objeto de estudo� Assim, é necessário que o pesquisador delimite o que preten- de estudar e qual caminho é o mais adequado para realizar seu estudo� As técnicas para a realização de 17 pesquisas em ambos os casos são variadas, como estudaremos a seguir� Modalidades de pesquisa O termo modalidade foi aqui empregado para desig- nar formas de se fazer pesquisa a partir do que se pretende investigar e da maneira como se realiza� Destaca-se: pesquisa de campo, pesquisa-ação, pesquisa intervenção, pesquisa participante, estudo de caso, etnografia, pesquisa bibliográfica e docu- mental e pesquisa epidemiológica� Vale destacar- -se que essas modalidades foram escolhidas por contemplarem possibilidades variadas na realização de pesquisas, bem como por serem bastante utili- zadas em diversas áreas do conhecimento, contudo outras possibilidades podem existir em cada uma dessas áreas� Fique atento o uso do termo modalidade foi empregado para classificar as principais possibilidades de práti- cas de pesquisa adotadas, que são direcionadas pela base epistemológica, técnica e teórica (SE- VERINO, 2010). Em bibliografias sobre metodo- logia, essa classificação pode aparecer com ou- tro nome, como classificação quanto ao objeto de estudo� 18 Pesquisa de campo As pesquisas de campo são aquelas realizadas no ambiente natural do objeto de estudo, ou seja, na realidade onde esse objeto se encontra e se desen- volve� Ir a campo é ir ao encontro desse objeto, mas não em situações artificiais, e sim no seu contexto próprio� A pesquisa de campo é interessante, pois pode pro- porcionar ao pesquisador uma compreensão mais completa do fenômeno estudado, que será obser- vado em seu ambiente natural, espontâneo� Assim, através dos dados coletados no campo de estudo, é possível fazer-se pesquisas descritivas ou mais analíticas (SEVERINO, 2010)� Para tanto é preciso registrar as informações cole- tadas� Sugere-se que um diário de campo acompa- nhe o pesquisador, pois permite que o registro seja feito, reflexões e dúvidas sejam apontadas e pode compor posteriormente o olhar do pesquisador na elaboração da sua análise� Quando permitido pelos sujeitos que participam da pesquisa, registros como gravações de vídeo e áudio podem ser realizados� Os aspectos éticos desse tipo de registro serão abor- dados no Módulo 4� 19 Figura 2: Pesquisa de campo é realizada no ambiente natural do objeto de estudo.Fonte: https://unsplash.com/photos/xxwRujAXctY Podcast 1 Pesquisa-ação A pesquisa-ação é uma modalidade de pesquisa que pretende, além de analisar um determinado fe- nômeno social, intervir sobre ele. Diferentemente de outros formatos de pesquisa, que buscam manter- -se distantes ou neutros frente ao objeto de estudo, com o intuito de ter uma visão imparcial sobre ele, a pesquisa-ação nasce com outra proposta de in- vestigação: a investigação teórica, e a ação sobre a situação em que se pretende intervir advém de uma demanda existente no contexto social sobre o qual a pesquisa se debruça� 20 https://famonline.instructure.com/files/70197/download?download_frd=1 Esta proposta foi desenvolvida inicialmente por Kurt Lewin (1890-1947), que apontava a importância dos pesquisadores que estudam os fenômenos sociais engajarem-se pessoalmente no processo de pes- quisa, para desenvolvê-lo e intervir sobre ele, par- ticipando do problema que se estuda (MELO; MAIA FILHO; CHAVES, 2016)� Para Lewin (1978, p� 216), pesquisa-ação é “um tipo de pesquisa de ação, uma pesquisa comparativa acerca das condições e resultados de diversas formas de ação social e pesquisa que leva à ação social”� A proposta dessa modalidade de pesquisa volta-se à resolução de uma questão social e ao empoderamento comunitário, que direcionará a análise teórica� Reflita Que ações poderiam ajudar na resolução ou transformação de uma demanda comunitária? Como a pesquisa pode contribuir com essas ações? Na pesquisa realizada por Reigada e Reis (2004), por exemplo, pretendeu-se, junto a crianças de 06 a 11 anos, contribuir com o desenvolvimento de ações de cuidado com o meio comunitário em que mora- vam, em uma Cohab em Botucatu/SP. As crianças participaram do projeto, das tomadas de decisão e ações desenvolvidas e, através da pesquisa-ação, puderam construir conhecimentos sobre o territó- rio onde vivem e seu papel no cuidado e melhoria desse espaço� 21 Figura 3: F o n t e : h t t p s : / / u n s p l a s h . c o m / p h o t o s / AEaTUnvneikPesquisa Alguns autores consideram que a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa participante, mas nem toda pesquisa participante é uma pesquisa-ação (THIOLLENT, 1987 apud ROCHA; AGUIAR, 2003)� A diferença maior é que a pesquisa participante volta- -se à relação pesquisador/pesquisado, ao papel do pesquisador na realização da pesquisa e a como as relações de confiança construídas contribuem para a apreensão das informações (THIOLLENT, 1987 apud ROCHA; AGUIAR, 2003)� O foco, nesse sentido, não está na ação social, mas na mudança de atitude entre pesquisador/pesqui- sado, que passam a desenvolver um trabalho coo- perativo, permanecendo o pesquisador um tempo estendido no campo, em interação constante com o pesquisado� O pesquisador não é mero observador, 22 tampouco o pesquisado o objeto de estudo distante; há a participação de ambas as partes no processo de pesquisa, sendo a relação desenvolvida entre eles e/ou junto ao grupo, algo fundamental para o desenvolvimento do estudo� Pesquisa-intervenção Dentro do rol das pesquisas participativas, a pesqui- sa-intervenção volta-se à intervenção socioanalítica na vida das coletividades (ROCHA; AGUIAR, 2003)� Assume-se, nesta modalidade, que a investigação constitui-se como um ato político, propondo uma articulação teórico-social dos conceitos, concep- ções e: [...] amplia as bases teórico-metodológicas das pesquisas participativas, enquanto proposta de atuação transformadora da re- alidade sócio-política, já que propõe uma intervenção de ordem micropolítica na expe- riência social (ROCHA; AGUIAR, 2003, p. 67). Assim, compreende que a transformação é a base para a construção de conhecimento. De acordo com Paulon e Romagnoli (2010, p� 92): Ao pesquisador que conceba a subjetividade à luz de um paradigmaético-estético, que se proponha a observar os efeitos dos proces- sos de subjetivação de forma a singularizar as experiências humanas e não a generalizá- 23 -las, que tenha compromisso social e político com o que a realidade com a qual trabalha demanda de seu trabalho científico, não é dada outra perspectiva de investigação que não a pesquisa-intervenção. A pesquisa-intervenção amplia as noções da pes- quisa participante e diferencia-se da pesquisa-ação na medida em que aponta para o ato político do pesquisador com maior ênfase, considerando as contradições nos processos de pesquisa e a possibi- lidade de transformar e criar algo novo, alterando, ao mesmo tempo, pesquisador e o campo de pesquisa nesse processo� Estudo de caso O estudo de caso tem como foco a compreensão e o aprofundamento de um caso específico, conside- rando aspectos privados, particulares e a história de vida daquele que participa da pesquisa� Por essa razão, é importante ter em vista o sigilo do pesqui- sador frente às informações coletadas (falaremos mais sobre ética em pesquisa no Módulo 4)� De acordo com Severino (2010, p. 121), o estudo de caso é uma: Pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo. A coleta 24 de dados e sua análise se dão da mesma for- ma que nas pesquisas de campo, em geral. Para alguns autores, o estudo pode ser feito com casos múltiplos, ou mesmo com um grupo ou insti- tuição como o caso a se analisar� A coleta de dados e o registro de informações no estudo de caso devem ser detalhados e rigorosos, bem como a análise feita, para que possa ser uma referência e pautar uma possível generalização para situações semelhantes (SEVERINO, 2010)� Outros autores apontam que, no estudo de caso, o objetivo é explorar, descrever e explicar o evento, podendo utilizar-se técnicas qua- litativas e/ou quantitativas para isso� É uma moda- lidade de pesquisa utilizada nas ciências humanas, sociais e nas áreas da saúde� Etnografia O estudo etnográfico, ou etnografia, tem sua origem na antropologia e é uma modalidade que, por ter caráter descritivo e detalhado, de imersão em um campo de estudo específico, contribui com a pro- dução de pesquisadores de diferentes campos� É uma modalidade de pesquisa de campo que utiliza observação participante por um longo período, o que permite ao pesquisador compreender as formas de organização de um determinado grupo ou cultura, seus valores, meios de interação e produção� Ela tem por objetivo: a) documentar o não documentado; 25 b) obter, como produto do trabalho analítico, sempre uma descrição; c) permanecer longamente no campo; d) interpretar e integrar conhecimentos locais à elaboração da descrição; e) construir conhecimentos, descrever realidades particulares buscando relações relevantes às in- quietações teóricas mais gerais (ROCKWELL, 1991 apud SOUZA; SATO, 2001, p� 33)� Assim, a etnografia é uma possibilidade interessante para pesquisadores que tenham como foco os es- tudos sociais, contribuindo com o campo teórico onde se insere� Figura 4: A sol aberto, Hector Carybé. 26 Reflita Muitas das obras do pintor argentino naturaliza- do brasileiro Hector Carybé ilustram a realidade baiana, seus costumes, estilo de vida e formas de produção� Com base nesses cenários, como você acredita que seria feita uma pesquisa etnográfica? Pesquisa bibliográfica A pesquisa bibliográfica é realizada a partir do le- vantamento da literatura e das referências teóricas publicadas, tanto em formato impresso como eletrô- nico. Os livros e artigos científicos são bibliografias e são essenciais para a realização de toda pesquisa� Para tanto, é preciso acessar as pesquisas produ- zidas anteriormente, que serão a base para essa modalidade de pesquisa� Como vimos no Módulo 2, a revisão de literatura é parte fundamental do processo de pesquisa e pode, inclusive, ser uma pesquisa completa� Pesquisa documental A compreensão do que é um documento é ampla, pois ultrapassa o texto impresso� Hoje, considera-se documento o material que não recebeu tratamen- to analítico ainda (SEVERINO, 2010), de natureza variada. Dentre os documentos englobam-se fo- tos, notícias de jornal, vídeos, filmes, documentos oficiais, tabelas estatísticas, pintura etc. A depen- 27 der do problema de pesquisa e objetivo, a pesquisa documental é uma modalidade rica de estudo com o(s) documento(s) selecionado(s)� [...] Ele é, evidentemente, insubstituível em qualquer reconstituição referente a um pas- sado relativamente distante, pois não é raro que ele represente a quase totalidade dos vestígios da atividade humana em determi- nadas épocas. Além disso, muito frequente- mente, ele permanece como o único teste- munho de atividades particulares ocorridas num passado recente (CELLARD, 2008, p. 295). Ao mesmo tempo em que o documento configura-se como uma fonte tradicional de informação, utilizada há bastante tempo nas diversas áreas, ele tem um caráter inovador, na medida em que a concepção do que seja um documento é ampla e diversa e con- templa naturezas variadas� Pesquisa epidemiológica A epidemiologia é compreendida tanto como ciência quanto como método� Como ciência, a epidemiologia estuda os fatores relacionados à propagação de doenças – epidemias –, a frequência e modo como ocorre, além de sua evolução numa determinada população; como método, volta-se ao desenvolvi- mento de estratégias para investigação e aplicação aos estudos nos campos da saúde (FRANCO, 1995)� 28 Dentro dessa gama de estudos existem os de cará- ter experimental ou quase-experimental, realizados com maior controle, ou mesmo os ensaios clínicos; existem, também, os estudos observacionais, com menor controle, voltados à doença e sua exposição� Para tanto, é possível realizar estudos de caso, uti- lizar grupos experimentais e controle, relações de causa e efeito, além da relação com o campo clínico� Os recursos quantitativos são bastante utilizados� As pesquisas epidemiológicas contribuem signifi- cativamente com o conhecimento sobre a saúde da população e podem ser base para o desenvolvimento de estratégias para tratar doenças, suas causas e evolução� Para resumir o que vimos até o momento: Modalidade de pesquisa Características Pesquisa de campo Pesquisas realizadas no ambiente natural do objeto de estudo, ou seja, na realidade onde esse objeto se encontra e se desenvolve� Ir a campo é ir ao encontro desse objeto, no seu contexto próprio� Pesquisa-ação Objetiva realizar investigação teórica e ação sobre a situa- ção que se pretende intervir, a partir de uma demanda exis- tente no contexto social sobre o qual a pesquisa se debruça� 29 Pesquisa- participante O pesquisador interage com o pesquisado ao longo de todo o processo de pesquisa� Há a participação de ambas as partes no processo de pes- quisa, sendo a relação desen- volvida entre eles, e/ou junto ao grupo, algo fundamental para o desenvolvimento do estudo� Pesquisa- intervenção Volta-se à intervenção socio- analítica da vida das coletivi- dades, apontando para o ato político do pesquisador com maior ênfase, que considera as contradições nos proces- sos de pesquisa e a possi- bilidade de transformar e criar algo novo, alterando, ao mesmo tempo, pesquisador e o campo de pesquisa nesse processo� Estudo de caso Tem como foco a compreen- são e o aprofundamento de um caso específico (ou múlti- plos casos), considerando as- pectos privados e particulares e a história de vida daquele que participa da pesquisa� Etnografia Utiliza observação partici- pante por um longo período, o que permite ao pesquisador compreender e descrever as formas de organização de um determinado grupo ou cultura, seus valores, meios de intera- ção e produção� 30 Pesquisa bibliográfica Levanta e analisa referen- cias teóricas e pesquisas já publicadas� Pesquisadocumental Seleciona documentos de natureza variada, ainda não tratados e analisados, para realizar a pesquisa, tais como jornais, imagens e documen- tos legais� Pesquisa epidemiológica Estuda a evolução das doen- ças em uma determinada po- pulação, através de pesquisas experimentais e clínicas� Tabela 2: Modalidades de pesquisa. Fonte: elaborada pela autora. Você sabia que essas duas modalidades de pes- quisa já foram utilizadas juntas? Ouça o podcast para saber mais! Podcast 2 31 https://famonline.instructure.com/files/70198/download?download_frd=1https://famonline.instructure.com/files/70198/download?download_frd=1 Aspectos quantitativos nas modalidades de pesquisa Como apontado anteriormente, o método estatís- tico é aquele empregado nas pesquisas de cunho quantitativo e caracteriza uma forma específica de coleta e análise de informações� No planejamento deste tipo de pesquisa é preciso ter em vista quais variáveis serão investigadas� As variáveis são valores referentes a elementos de uma determinada população� Existem variáveis quali- tativas e quantitativas� Como o nome indica, es- ses valores podem variar e, no caso das pesquisas quantitativas, podem ser medidos e mensurados� a) As variáveis discretas são aquelas referentes a valores inteiros e contáveis, como o número de livros de uma biblioteca, a quantidade de irmãos de uma pessoa e o número de ingressos vendidos� b) As variáveis contínuas referem-se a valores em uma escala contínua, que envolve números fracio- nados, na maioria das vezes, medido por meio de instrumentos, por exemplo, o peso, altura, velocidade ou tempo� A seguir, analisemos outra classificação das variá- veis, bastante utilizada em pesquisas experimentais: 32 a) As variáveis dependentes são aquelas que de- pendem de outros valores de medidas� b) As variáveis independentes são aquelas que não dependem de nenhum outro valor de medida variável� Por exemplo: em uma pesquisa que busque compa- rar os batimentos cardíacos entre homens e mulhe- res, os batimentos seriam as variáveis dependentes e o sexo as variáveis independentes, ou mesmo ou- tras, como idade� Em pesquisas de abordagem estatística também é possível generalizar-se os resultados obtidos quan- do trabalhada a amostra de uma determinada po- pulação� A população é um conjunto de elementos (pessoas, eventos etc�) que possui características comuns, seria o universo que se pretende estudar estatisticamente. Dentro desse universo, a amostra é o subconjunto que representa essa população, se- lecionada a partir de critérios determinados� Assim, estima-se que, ao obter-se um resultado em relação à amostra, ela represente a população a que se re- fere� As pesquisas eleitorais de intenção de votos, por exemplo, são realizadas considerando-se uma amostragem que representa a população, realizadas através dos métodos estatísticos e considerando a margem de erro� Veja o esquema a seguir: 33 Amostra População Figura 5: – Relação população e amostra. Fonte: elaborado pela autora. 34 Algumas dúvidas que aparecem... Pesquisa participante, pesquisa-ação, pes- quisa e intervenção e etnografia são tipos de pesquisa de campo? SIM, todas elas vão ao encontro da realidade que se pretende estudar Toda pesquisa de cam- po é necessariamente uma dessas citadas? NÃO, o pesquisador pode ir a campo, mas não ter nenhuma dessas ações como objetivo central da pesquisa As variáveis em uma pesquisa podem ser qualitativas e quantitativas? SIM, em pesquisas que utilizam as duas abordagens é possível considerá-las, mas a natureza dessas variáveis poderá ser diferente� Tabela 3: Dúvidas sobre modalidades de pesquisa. Fonte: elaborada pela autora. 35 CONSIDERAÇÕES FINAIS No Módulo 3 pudemos dar continuidade ao conteúdo iniciado no Módulo 2, referente às etapas do pro- cesso de pesquisa� Vimos que a pesquisa pode ser classificada quanto ao seu objetivo, seja ele explorar, descrever, explicar ou propor uma experimentação em determinado estudo, sendo que mais de um ob- jetivo pode ser inserido em uma mesma pesquisa� A classificação quanto à natureza do estudo foi di- vidida entre qualitativa, quantitativa e quali-quan- titativa, abordagens adotadas no curso do estudo� Dentre as modalidades de pesquisa, diferenciamos o que é pesquisa de campo, pesquisa-ação, pesqui- sa-participante, pesquisa-intervenção, estudo de caso, etnografia, pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, todas essas modalidades configuram- -se como possibilidades de estudo dos diferentes fenômenos, havendo menor ou maior proximidade do pesquisador com o campo sobre o qual se debruça� As abordagens quantitativas foram apresentadas brevemente, apontando para a definição de variáveis e as formas de generalizar os resultados por meio de recursos estatísticos� Considera-se que todas essas possibilidades es- truturam a pesquisa e defini-la é um passo impor- 36 tante para as decisões tomadas no decorrer da investigação� No Módulo 4 falaremos sobre as etapas finais do processo de pesquisa, a coleta de dados por meio de fontes de informação, os processos de tratamento e análise dos dados e os aspectos éticos relacionados à construção do estudo� 37 Síntese Modalidade de pesquisa • Pesquisa de campo • Pesquisa-ação • Pesquisa- participante • Pesquisa- intervenção • Estudo de caso • Etnografia • Pesquisa bibliográfica • Pesquisa documental • Pesquisa epidemiológica Natureza da pesquisa Qualitativa: Considera aspectos subjetivos do fenômeno estudado, como significados e opiniões. Quantitativa: Pesquisa feita através da quantificação das informações, através de recursos estatísticos e probabilísticos mensuráveis. Quali-quantitativa: Considera os aspectos objetivos e subjetivos do fenômeno estudado, analisam-se aspectos mensuráveis e não mensuráveis. E-book 3 METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA Classificação das pesquisas Classificação das pesquisas: • Exploratória • Explicativa • Descritiva • Experimental Referência Bibliograficas & Consultadas CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos� Petrópolis: Vozes, 2008� CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica� São Paulo: Pearson Pretense Hall, 2007� COLLIS, J�; HUSSEY, R� Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós- -graduação. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. FRANCO, L. A pesquisa em Epidemiologia: dificul- dades e perspectivas� Saúde soc�, São Paulo, vol� 4 n. 1-2, 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ sausoc/v4n1-2/06.pdf. Acesso em: 27 fev� 2019� GIL, A� C� Métodos e técnicas de pesquisa social� 5� ed� São Paulo: Atlas, 1999� LEWIN, K� Problemas de dinâmica de grupo� São Paulo: Cultrix, 1978� http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v4n1-2/06.pdf http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v4n1-2/06.pdf MATTAR, F� N� Pesquisa de marketing� 3� ed� São Paulo: Atlas, 2001� MELO, A� S� E�; MAIA FILHO, O� N�; CHAVES, H� V� Lewin e a pesquisa-ação: gênese, aplicação e fina- lidade. Fractal: Revista de Psicologia, v� 28, n� 1, p� 153-159, jan�-abr� 2016� PAULON, S� M�; ROMAGNOLI, R� C� Pesquisa- intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos� Estud� pesqui� psicol�, Rio de Janeiro, v.10 n.1, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/ pdf/epp/v10n1/v10n1a07.pdf. Acesso em: 27 fev� 2019� REIGADA, C.; REIS, M. F. C. T. Educação ambiental para crianças no ambiente urbano: uma propos- ta de pesquisa-ação. Ciênc. educ. (Bauru) [online], vol� 10, n� 2, pp�149-159, 2004, ISSN 1516-7313� Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1516- 73132004000200001� Acesso em: 27 fev� 2019� ROCHA, M. L.; AGUIAR, K. F. Pesquisa-intervenção e a pro- dução de novas análises. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 23, n. 4., 2003. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/ pdf/pcp/v23n4/v23n4a10.pdf� Acesso em: 27 fev� 2019� SEVERINO, A� J� Metodologia do trabalhocientífico� 23� ed� Editora Cortez: São Paulo, 2010� SOUZA, M� P� R�; SATO, L� Contribuindo Para Desvelar a Complexidade do Cotidiano Através da Pesquisa Etnográfica em Psicologia. Psicologia USP, São Paulo, http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v10n1/v10n1a07.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v10n1/v10n1a07.pdf http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132004000200001 http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132004000200001 http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v23n4/v23n4a10.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v23n4/v23n4a10.pdf v. 12, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S010365642001000200003&script=sci_ abstract&tlng=pt� Acesso em: 28 mar� 2019� CASARIN, Helen; CASARIN, Samuel� Pesquisa cientí- fica: da teoria à prática� Curitiba: Intersaberes, 2012� [Biblioteca Virtual]. Acesso em: 11 jul. 2019. CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al� A pesquisa qualitativa: enfoques epistemo- lógicos e metodológicos� Petrópolis: Vozes, 2008� CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica� São Paulo: Pearson Pretense Hall, 2007� COLLIS, J�; HUSSEY, R� Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós- -graduação. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência� São Paulo: Atlas, 2º ed., 2013. [Minha Biblioteca]. Acesso em: 11 jul� 2019� FAZENDA, Ivani; GODOY, Hermínia; TAVARES, Dirce. Interdisciplinaridade na Pesquisa Científica� Campinas: Papirus, 2017. [Biblioteca Virtual]. Acesso em: 11 jul� 2019� FRANCO, L. 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Acesso em: 11 jul. 2019. _GoBack Introdução Objetivo da pesquisa Pesquisa exploratória Pesquisa descritiva Pesquisa explicativa Pesquisa experimental Natureza da pesquisa Modalidades de pesquisa Considerações finais Síntese bt_foward 15: Página 1: bt_foward 17: Página 39: Página 40: Página 41: Página 42: Página 43: Página 44:
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