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anotações: SíndromeSíndrome MetabólicaMetabólica Diabetes tipo 1 (DM1); Diabetes tipo 2 (DM2); Diabetes gestacional (DMG); Outros tipos de diabetes. Tipo 1A: causa autoimune, ou seja, na vigência de autoanticorpos positivos (90% dos casos de diabetes melito tipo 1); Tipo 1B: causa idiopática (10% dos casos de diabetes melito tipo 1); Diabetes autoimune latente do adulto (LADA): uma forma lentamente progressiva de diabetes por destruição do pâncreas por autoanticorpos. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a classificação baseada na etiopatogenia do diabetes: O DM tipo 1 é uma doença autoimune causada pela destruição seletiva de células beta pancreáticas por linfócitos T alvejando antígenos mal definidos de células beta. Subdivide-se em: Mais comum em crianças e adolescentes. Necessidade de insulinoterapia plena desde o diagnóstico ou após curto período. **Na suspeita de DM1 o tratamento com insulina deve ser iniciado imediatamente, independentemente da confirmação laboratorial. Resistência periférica à ação insulínica nos adipócitos e, principalmente, no músculo esquelético; Secreção deficiente de insulina pelo pâncreas; Aumento da produção hepática de glicose, resultante da resistência insulínica no fígado. Os principais mecanismos fisiopatológicos que levam à hiperglicemia no DM2 são: Fernanda Jorge Martins DIABETES MELLITUS Entretanto, outros componentes desempenham importante papel na patogênese do DM2: o adipócito (lipólise acelerada), o trato gastrintestinal (deficiência/resistência incretínica), as células alfa pancreáticas (hiperglucagonemia), o rim (reabsorção aumentada de glicose pelos túbulos renais) e o cérebro (resistência à insulina). Coletivamente, esses componentes compreendem o que foi chamado por octeto ominoso de DeFronzo. Alterações na microbiota intestinal também contribuem para o surgimento de resistência insulínica e DM2. O diagnóstico de DM2 em crianças deve ser suspeitado, especialmente em adolescentes obesos e afrodescendentes, com história familiar positiva para DM2,que apresentam hiperglicemia e/ou glicosúria em exames de rotina. Angiotensina II: Produzida nos rins, aumenta a resistência vascular periférica; Aldosterona: Produzida pelas glândulas suprarrenais em resposta à angiotensina II, afeta as quantidades de sódio, potássio e água excretados pelos rins; A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg. A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. Pequenas alterações na homeostase do sódio renal, no tônus ou estrutura das paredes vasculares agem em combinação, causando a hipertensão essencial. Essa doença é hereditária, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: fumo, alcoolismo, obesidade, estresse, elevado consumo de sal, níveis altos de colesterol ou falta de atividade física A hipertensão não apenas acelera a aterogênese, mas também causa alterações degenerativas nas paredes das grandes e médias artérias, o que pode levar à dissecção da aorta e à hemorragia cerebrovascular. A hipertensão também está associada com duas formas de doenças em pequenos vasos: arteriolosclerose hialina e arteriolosclerose hiperplásica. A pressão arterial varia dependendo do nível de atividade e de tensão física e emocional. É controlada em grande parte pelo sistema nervoso autônomo e por alguns hormônios, incluindo: Catecolaminas: Como a adrenalina, são produzidas pelas glândulas suprarrenais em resposta a estresse, aumentam a frequência cardíaca e a resistência vascular periférica. HIPERTENSÃO ARTERIAL O diagnóstico de HAS não deve se basear exclusivamente na medida da PA em apenas uma consulta médica, a menos que esteja substancialmente elevada (HAS estágio 3) ou haja diagnóstico estabelecido de lesão de órgão alvo (LOA) ou de doença CV. São necessárias 3 medidas da PA durante a consulta, utilizamos a média das 2 últimas medidas, com intervalo de 1 a 2 minutos. O indicado é que na primeira consulta a PA seja medida em cada um dos membros superiores com o paciente deitado, sentado e em pé (diferenças entre os dois membros devem ser consideradas apenas se: PAS>20 mmHg e PAD>10 mmHg). A partir da segunda consulta, basta que seja medida no membros superior com maiores valores. Sendo feita apenas nas 3 posições em pacientes diabéticos, idosos, alcoolistas ou em uso de medicações antihipertensivas, caso contrário, apenas uma vez com ele sentado. Há situações em que a PA está falsamente elevada (hipertensão do avental branco ou mascarada). Nesses casos, podemos usar outros 2 métodos diagnóstico: MRPA (medida residencial da PA) e o MAPA (medida ambulatorial da PA). SM - INTRODUÇÃO Síndrome Metabólica (SM) é um termo utilizado para designar um conjunto de fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2 que ocorrem juntos com mais frequência do que ao acaso. Obesidade central; Hipertrigliceridemia; Baixos níveis de HDL; Hiperglicemia; Hipertensão Arterial. As principais características da SM são: FATORES DE RISCO Sobrepeso / obesidade: A adiposidade central é uma característica essencial, e a prevalência da síndrome reflete a forte relação entre a circunferência abdominal e o aumento de adiposidade; Sedentarismo: A inatividade física é um preditor de eventos de DCV e risco de morte; Diabetes mellitus: Cerca de 75% dos pacientes com DMT2 ou com tolerância à glicose diminuída, tenha SM; Etilismo e tabagismo; Doença cardiovascular: Indivíduos com SM são 2x mais propensos a morrer de DCV; e o risco de IAM e AVE é 3x maior; Envelhecimento: A SM acomete 50% da população com mais de 50 anos de idade. ETIOLOGIA Resistência insulínica: A abundância de ácidos graxos livres contribui para o desenvolvimento da resistência à insulina. Os ácidos graxos prejudicam a captação de glicose mediada pela insulina e acumulam-se como triglicerídeos tanto no músculo esquelético quanto no cardíaco, enquanto o aumento da produção de glicose e o acúmulo de triglicerídeos ocorrem no fígado; Intolerância à glicose: Os defeitos na ação da insulina na síndrome metabólica levam à deficiência na supressão da produção de glicose pelo fígado e pelos rins, além de redução da captação de glicose e do metabolismo nos tecidos sensíveis à insulina, isto é, tecidos muscular e adiposo; Hipertensão Arterial: A insulina é um vasodilatador com efeitos secundários na reabsorção de sódio nos rins. Entretanto, em caso de resistência à insulina, o efeito vasodilatador da insulina é perdido, porém o efeito renal na reabsorção de sódio fica preservado; Citocinas pró-inflamatórias: o aumento nas citocinas pró- inflamatórias – incluindo as interleucinas 1, 6 e 18, a resistina, o fator de necrose tumoral α e o biomarcador sistêmico da proteína C- reativa – refletem superprodução pela massa de tecido adiposo expandida. QUADRO CLÍNICO Acantose Nigricans (dermatose caracterizada por lesões hiperpigmentadas): Circunferência abdominal aumentada, hipertensão arterial, dislipidemia, hiperglicemia. Síndrome do ovário policístico: reflete defeitos na ação da insulina na reabsorção tubular renal de ácido úrico e pode contribuir para hipertensão por seu efeito no endotélio: Esteatose Hepática: acúmulo de gotículas lipidicas nos hepatócitos, provocando hepatomegalia e hiperecogenicidade ao USG: Hiperandrogenismo: hirsutismo, acne, implantação masculina dos pelos, amenorreia, ovários policisticos: Hiperuricemia: reflete defeitos na ação da insulina na reabsorção tubular renal de ácido úrico e pode contribuir para hipertensão por seu efeito no endotélio: Apneia Obstrutiva do Sono: é comumente associada à obesidade, hipertensão, aumento das citocinas circulantes, comprometimento da tolerância à glicose e resistênciaà insulina: DIAGNÓSTICOS De acordo com a I Diretriz Brasileira para Síndrome Metabólica (I-DBSM) e o NCEP- ATP III, para confirmar a síndrome, o paciente deve ter pelo menos 3 dos 5 critérios: Segundo os critérios da OMS em indivíduos com intolerância à glicose (TOTG ou glicemia de jejum), presença de 2 ou mais dos seguintes fatores de risco: Hipertrigliceridemia > 150mg/dl; HDL < 35mg/dl para homens e < 39mg/dl para mulheres; PA > 140/90 mmhg ou uso de medicação anti-hipertensiva; Relação cintura/quadril (RCR) > 0,9 em homens e >0,85 em mulheres ou IMC > 30Kg/m2; Microalbuminúria > 20ug/min ou relação albumina/creatinina > 30 mg/g. Os critérios da IDF (Internacional Diabetes Federation): PLANO TERAPÊUTICO Plano Alimentar: Controle de peso (Recomendação da ADA): Para todos os pacientes com sobrepeso ou obesidade, a modificação do estilo de vida para atingir e manter uma perda de peso mínima de 5% é recomendada para todos os pacientes com diabetes e pré-diabetes; Exercícios (Recomendação da ADA): - Meta: 150 minutos ou mais de atividade aeróbica de intensidade moderada a vigorosa por semana; - Pelo menos 3 dias/semana, com no máximo 2 dias consecutivos sem atividade; - 2-3 sessões por semana de exercícios de resistência em dias não-consecutivos. ADA 2022: ADA 2017: OBESIDADE Avaliação antropométrica: Obesidade grau 1 está presente (IMC maior que 30); Sobrepeso (IMC 25-30) associado a morbidades; Falha do tratamento não farmacológico. Sibutramina (inibidor de recaptação de noradrenalina e serotonina); Orlistat (inibidor lipase pancreatica); Liraglutida (análogo GLP-1). Quando tratar? - Pode ser feita pela prega cutânea; - USG; - Bioimpedância; - DEXA (absorciometria com raio x de dupla energia) → padrão ouro; - RNM, TC. O tratamento farmacológico é indicado quando: Medicamentos aprovados: REFERÊNCIAS BARROSO, Weimar Kunz Sebba, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516- 658, mar. 2021. BIREME/OPAS/OMS-MÁRCIO ALVES. Síndrome metabólica Biblioteca Virtual em Saúde MS. Saude.gov.br. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/sindrom e-metabolica/>. Acesso em: 6 ago. 2022. Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes - Ed. 2022. Disponível em: <https://diretriz.diabetes.org.br/>. Acesso em: 6 ago. 2022. 1. 2. 3. 4.Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT, Afiune Neto A, Bertolami A, et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Arq. Bras. Cardiol. 2017;109 (2 suppl 1):1-76. 5.I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2005, v. 84, suppl 1 [Acessado 6 Agosto 2022] , pp. 3- 28. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0066- 782X2005000700001>. Epub 17 Out 2005. DISCUSSÕES
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