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Sistema Digestório

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Luciane Souza - ATM 272 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Camadas da Parede Gastrointestinal de fora para dentro, as principais camadas são: serosa, 
muscular, submucosa e mucosa 
Alguns locais também tem a camada Adventícia (mais externa) 
 
Digestão: transforma uma macromolécula em uma micromolécula 
Possui partes químicas (ação enzimática) e partes mecânicas (sem ação enzimática) 
➢ Boca tem as duas partes: mastigação mecânica e amilase salivar (ptialina) atuando 
quimicamente 
➢ Líquidos são digeridos mais rapidamente do que sólidos 
 
Fase Cefálica: olfato, paladar 
Fase Gástrica: distensão do antro, alimento no estômago 
Fase Intestinal: Secretina e Colecistocinina 
 
DENTE 
Esmalte e dentina são desprovidos de inervação → Camada pulpar é inervada 
➢ As vezes o problema é na dentina (microtúbulos) mas reflete dor na camada pulpar 
O dente é inervado por porções das divisões maxilar e mandibular do trigêmeo (a porção 
mandibular é a principal envolvida na mastigação). → Dentes podem aguentar grande pressão 
Molares → Mastigação 
Incisivos e Caninos → Corte do alimento 
 
Tratamento de Canal: quando uma cárie chega até a dentina, o dente morre. Fazem a abertura 
do esmalte (chega até a dentina e a pulpa) e preenchem o dente com material necessário (nunca 
mais o dente irá doer, pois ele “está morto”) 
 
Núcleos do Trigêmeo 
Principal: mecanorreceptores da face e da cavidade oral (tato e pressão) 
Espinhal: sensibilidade térmica e dolorosa (ipsilateral ao estímulo) 
Mesencefálico: propriocepção → reflexos da mastigação 
Motor: reflexos da mastigação 
O Tato Gastrointestinal é como um tubo → possui cavidade de entrada e de saída 
Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo tanto simpático quanto parassimpático → contém 
músculo liso e pelo Sistema Nervoso Entérico 
 
Sistema Nervoso Entérico (SNE) 
Rede nervosa que controla apenas o Trato Gastrointestinal 
Dividido em: Plexo Submucoso e Plexo Miontérico 
• Plexo Submucoso (camada submucosa) 
• Plexo Miontérico (camada muscular) 
 
O sistema gastrointestinal tem regulação neural representada pelo Sistema Nervoso Entérico e 
pelo Sistema Nervoso Autônomo (Simpático e Parassimpático) 
O Sistema Nervoso Entérico tem dois componentes: plexo submucoso e plexo miontérico, tendo 
ação independente sobre a motilidade e secreção de substâncias pelo Trato gastrointestinal 
➢ O Sistema Nervoso Autônomo exerce, portanto, papel regulador sobre ele 
 
As fibras parassimpáticas têm, em geral, ação excitatória, tendo como principal 
neurotransmissões para isso a acetilcolina 
O sistema nervoso simpático, cujo neurotransmissor é a norepinefrina, tem ação principalmente 
inibitória, promovendo vasoconstrição e reduzindo o aporte sanguíneo para o Trato 
gastrointestinal 
 
COM EXCEÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR DOS VASOS SANGUÍNEOS, O SIMPÁTICO E O 
PARASSIMPÁTICO POSSUEM AÇÃO INDIRETA SOBRE O TRATO GASTROINTESTINAL (nervo vago 
é a principal inervação do sistema digestório) 
➢ O Sistema Nervoso Entérico tem ação direta 
 
Glândulas Salivares 
Parótida: saliva aquosa, rica em enzimas 
Sublingual: saliva rica em muco → serve para lubrificação, mastigação, fala 
Submandibular: saliva rica em muco e enzimas 
 
SALIVA: formada por água, enzimas, eletrólitos, muco, ptialina, prolina (protege o esmalte dos 
dentes), também contém moléculas de defesa (imunoglobulinas) 
 
Glândula Salivar: é uma glândula túbulo-acinosa 
Região dos Acinos: secreção primária da saliva, produção da amilase salivar, soluções isotônicas 
(contém sódio, cloreto, bicarbonato) 
Região dos Ductos: secreção salivar secundária → ocorre uma modificação da saliva (absorção 
de certos íons). A saliva fica hipotônica em relação ao plasma 
 
A saliva possui ação involuntária, é controlada pelo Sistema Nervoso Autônomo 
➢ Quanto o Sistema Parassimpático quanto o Simpático estimula a secreção salivar 
O Simpático é por menos tempo, atinge o topo e desce, o estímulo tem uma ação transitória 
na secreção salivar → contração das células mioepiteliais e vasoconstrição – SALIVA ESPESSA 
O Parassimpático atinge o topo e se mantém constante (é o que mais estimula) – SALIVA 
AQUOSA 
 
Sialorreia: condição que gera salivação excessiva 
Xerostomia: ausência/escassez de salivação 
 
Funções da Secreção Salivar 
• Lubrificar (mucinas) → para não “arranhar” ao engolir, para falar melhor 
Gustação (gosto amargo atrás, depois azedo, salgado e o doce é na ponta), deglutição, fonação 
• Digestão 
Amilase salivar, lipase lingual 
• Limpeza 
Imunoglobulinas (anticorpos), lisozima (hidrolisa membranas externas bacterianas) 
• Também tem função Tamponante 
Trajeto do Alimento: boca > faringe > esôfago > estômago > intestino delgado (duodeno, jejuno 
e íleo) > intestino grosso (ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon 
sigmoide) > reto > ânus 
 
➢ No esôfago iniciam-se os movimentos peristálticos (contém uma secreção totalmente 
mucosa para garantir a lubrificação no momento da deglutição) 
 
➢ No estômago, o alimento sofre ação do suco gástrico e deixa de ser chamado de bolo 
alimentar, passa a ser chamado de quimo (quimificação) 
 
➢ No intestino grosso, o quimo passa a ser chamado de bolo fecal (alguns dizem que 
quando sair do estômago e vai para o intestino delgado passa a ser chamado de quilo) 
pH da boca: em torno de 6,8 
pH do estômago: em torno de 2 
pH do intestino delgado: em torno de 8 
➢ Cada enzima atua em seu pH ideal, uma enzima do estômago se fosse colocada no 
intestino delgado iria sofrer desnaturação 
 
Fase Oral/Voluntária: a língua separa parte do bolo alimentar e comprime contra o palato duro, 
para cima e para trás da boca, forçando-o contra a faringe, mecanorreceptores iniciam o 
processo de deglutição. Desce como uma “bisnaga de confeiteiro” 
 
Fase Faríngea: elevação do palato mole e da laringe, fechamento das cordas vocais e da epiglote, 
peristalses na faringe, interrupção da respiração e abertura do esfíncter esofágico superior 
 
Fase Esofágica: onda peristáltica do esfíncter esofágico superior até o esfíncter esofágico 
inferior, relaxando-o e permitindo a entrada do bolo alimentar no estomago (relaxamento 
receptivo). No esôfago, há uma transição de músculo estriado esquelético para músculo liso 
• Tônus do EEI: Acetilcolina, gastrina 
• Relaxamento: VIP e NO 
 
Quando o diafragma contrai, se fecha o Esfíncter Esofágico Inferior → DEFESA (conteúdo ácido 
do estômago pode lesionar o esôfago, quando o diafragma contrai, aumenta pressão) 
↑ pressão do estômago ↑ refluxo gastroesofágico 
 
Onda Peristáltica Primária: leva o bolo alimentar do esôfago até o estômago 
Caso seja necessária, a Onda Peristáltica Secundária vem e começa a partir de onde o 
alimento/medicamento estiver “preso” no esôfago 
 
Relaxamento Receptivo: Esfíncter gastroesofágico abre espaço/relaxa para o estômago receber 
o alimento (bolo alimentar) 
Parte do Fundo e do Corpo possuem paredes musculares mais finas → relaxamento receptivo 
ESTÔMAGO 
É vital, pois produz Fator Intrínseco (liberado pelas células parietais) → absorção de vitamina 
B12 no Íleo. Se não houver esse mecanismo → anemia perniciosa 
Secreção Gástrica: se refere ao que o estômago produz e libera para o sangue 
• Armazenamento e controle do armazenamento 
• Proteção das paredes estomacais 
• Proteção contra patógenos 
• Digestão 
• Auxilio na absorção de vitamina B12 
• Controle da ingestão alimentar 
 
Célula Principal: garante a produção de pepsinogênio por meio do aumento de AMPc ou 
aumento de IP3 (VIP, Secretina, Acetilcolina, Colecistocinina, Gastrina) 
Pepsinogênio torna-se pepsina em presença de pH ácido no estômago → a pepsina quebra 
proteínas em peptídeos menores (não chega a ser em aminoácidos) 
➢ Depende da Célula Parietal para ativar a pepsina (meio ácido) 
 
Célula Parietal: formação do Ácido Clorídrico (HCl) → garante a ativação do pepsinogênio em 
pepsina e tem ação antisséptica➢ Célula Parietal Oxíntica sintetiza fator intrínseco. CÉLULA VITAL DO ESTÔMAGO 
Vitamina B12: estocada no fígado, é preciso muito tempo de déficit para ocorrer problema 
 
➢ Pacientes sem estômago ou íleo não absorvem vitamina B12 via oral 
 
A secreção de ácido pelas células parietais ocorre por ação da bomba H-K-ATPase, a qual 
promove a saída de H+ a partir da entrada de K+ na célula 
➢ O omeprazol, (usado em refluxo gastroesofágico) age inibindo essa bomba, reduzindo a 
liberação de ácido pelas células parietais 
 
 
Acidez → Célula S → Secretina 
Secretina deprime a ação da célula parietal e tensiona o esfíncter pilórico (esvaziar mais 
devagar o estômago e neutralizar o pH porque o intestino delgado possui pH básico) 
 
Colecistocinina: secretada por células I na presença de produtos da digestão de lipídios e 
proteínas da dieta. Tem ação parecida com a secretina (retarda o esvaziamento gástrico para 
dar conta de digerir o que está chegando) 
Estimula/Deprime a célula parietal → dois receptores (CKK-A e CKK-B) 
 
 
ANATOMICAMENTE 
Estômago é dividido em: 
Cardia (produz muco e bicarbonato), é como um esfíncter 
Fundo (produz H+, Fator Intrínseco, Muco, HCO3-, Pepsinogênios, Lipase) 
Corpo (produz H+, Fator Intrínseco, Muco, HCO3-, Pepsinogênios, Lipase) 
Antro (produz Muco e bicarbonato → HCO3-) 
Piloro (produz Muco e bicarbonato → HCO3-), é como um esfíncter 
 
Mucosa Gástrica contém: 
• Células da mucosa que produzem muco e bicarbonato (protegem as células da acidez 
do estômago) 
 
• Células Parietais que produzem HCl (bactericida, garante a ativação do pepsinogênio) e 
Fator Intrínseco (combina-se com a vitamina B12 para garantir sua absorção → anemia 
perniciosa) 
 
• Células Principais que formam a Pepsina e a Lipase Gástrica (digerir proteínas e 
gorduras) 
 
• Células semelhantes às enterocromafins que produzem histamina 
 
• Células G: produzem gastrina. São influenciadas indiretamente pelo Nervo Vago através 
dos Plexos Miontéricos. 
Presença de aminoácidos estimulam a liberação de Gastrina → estimula as células parietais a 
liberarem HCl → o HCl atua sobre os aminoácidos e ativa a pepsina (digestão) 
 
• Células D: produzem somastatina (é formada em vários locais do corpo, ela tem ação 
inibitória quase sempre) 
 
• Células estomacais: produzem Grelina → induz à fome 
 
 
Acetilcolina (neurotransmissor vagal), histamina e gastrina estimulam a secreção de ácido, 
enquanto a somatostatina inibe. Outros hormônios entéricos com ação inibitória sobre a 
secreção ácida são colecistocinina, secretina, peptídeo YY e GIP. 
 
 
➢ O estômago tem Lipase Gástrica, mas 99% das gorduras são degradas pela Lipase 
Pancreática 
Estômago é mais um órgão de armazenamento do que de digestão 
 
Bactéria H. Pylori: causa danos teciduais, gosta de viver em meio ácido 
➢ Gera a diminuição de somatostatina (somatostatina inibe a liberação de ácido) 
H. Pylori contém uma enzima chamada Urease, essa enzima converte a ureia em amônia e a 
amônia neutraliza a acidez → cria uma capa isolante de proteção 
Ou seja, a acidez não mata a bactéria nesse caso e ataca as paredes estomacais 
Gastrite: lesão na camada mucosa, fase mais avançada da doença (pode levar a ulceras) 
 
Microbiota Intestinal: temos muitas bactérias e microrganismos bons para nosso organismo 
Síntese de vitaminas, produção de gás, de odor, de ácidos orgânicos, importantes para reações 
de glicosidases, metabolismo de esteroides (ácidos biliares) 
A microbiota é fundamental para a nossa existência 
 
INTESTINO DELGADO 
Quando o alimento chega ao intestino delgado, no duodeno (parte inicial), tem a liberação do 
suco pancreático 
Intestino Delgado e Estômago, além da digestão, também produzem hormônios 
Movimentos de Segmentação (mistura) e Peristalse (empurra o alimento) 
Ejeção pilórica: partículas menores de 2mm → chega aos poucos 
 
➢ PÂNCREAS 
Glândula mista → porção exócrina (acinos pancreáticos) e endócrina 
Os Acinos Pancreáticos produzem o suco pancreático que chega no duodeno 
 
Suco Pancreático: Quimiotripsinogênio, Tripsinogênio, Nucleases, Elastases, Peptidases, 
Amilase, Lipase, Bicarbonato 
➢ Bicarbonato é fundamental para neutralizar a acidez do quimo que chega, pois as outras 
enzimas do suco pancreático atuam em meio básico e a mucosa não suporta tanta acidez 
Principal estimulo para a secreção de bicarbonato: Secretina 
• HCO3- no sangue (maré alcalina) → bobeira pós-prandial 
 
 
• Quimiotripsinogênio: ativado em Quimiotripsina, quebra proteínas em peptídeos de 
tamanhos menores 
 
• Tripsinogênio: ativado em Tripsina, quebra proteínas em peptídeos de tamanhos 
menores. 
Enzima Enteropeptidase auxilia no processo de conversão de tripsinogênio em tripsina. A 
Tripsina é muito importante para a ativação de outras proteínas/enzimas do suco pancreático 
 
• Proelastases: ativada em Elastase, quebra uma proteína chamada elastina 
 
• Procarboxipeptidases: ativadas em Carboxipeptidases, quebram peptídeos em 
aminoácidos 
 
➢ BILE 
No duodeno, também é liberada a Bile (formada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar) 
➢ Sal Biliar ≠ Bile 
Sal Biliar é apenas um dos Componentes da Bile, ela também contém água, bicarbonato, 
colesterol, lecitina 
 
Os ácidos biliares são conjugados com a glicina e a taurina, ficam ainda mais hidrofílicos → 
otimiza sua função de emulsificação no meio aquoso 
 
A função da Bile é emulsificar gorduras (não digere) → separa em partículas menores, 
aumentando a superfície de contato 
Facilita o processo digestivo → quem digere são as LIPASES, principalmente a Lipase Pancreática 
Colecistocinina: muito importante!! Estimula a liberação → CONTRAÇÃO DA VESÍCULA 
➢ A secretina também, mas em nível muito menor, sua principal função é liberar HCO3- 
 
Colipase: Impede inativação da lipase pancreática pelos sais e ácidos biliares, que bloqueariam 
sua ação, caso não houvesse Colipase no lúmen 
A Colipase é responsável por ancorar a lipase pancreática à gotícula de lipídio, impedindo o 
deslocamento que os sais biliares causariam 
 
Diminuir a reabsorção de ácidos e sais biliares no íleo: estratégia para diminuir o colesterol 
São eliminados na defecação, caso não sejam absorvidos 
 
• Jejum por tempo prolongado: pode promover o acúmulo de cálculos biliares. A vesícula 
fica com o conteúdo armazenado e concentrado e não põe para fora 
 
Quando a ação das enzimas lipolíticas está baixa 
↓ secreção biliar e ↓ área absortiva do intestino delgado 
Gera Esteatorreia: fezes gordurosas 
Lipídios são emulsificados, formam-se partículas menores, são digeridos pelas lipases, depois são 
reorganizados novamente e formam o Quilomícron → vai para o sistema linfático e depois, para 
a corrente sanguínea 
 
“SUCO” ENTÉRICO: conjunto de glicoproteínas encontradas na superfície das células intestinais 
São enzimas/proteínas da borda em escova 
Vilosidades do Intestino Delgado: aumentam a absorção (aumentam a superfície de contato) 
Ocorre a absorção de nutrientes → vão para o sangue 
➢ Os lipídios vão primeiro para os vasos linfáticos, para depois chegar ao sangue 
 
Quando esses nutrientes são absorvidos pelo intestino delgado, caem no sistema porta 
hepático: enviados para a veia porta do fígado 
O fígado faz a primeira “filtração” desses nutrientes 
Depois caem na veia cava -> átrio direito -> ventrículo direito -> pulmões -> átrio esquerdo -> 
ventrículo esquerdo -> veia aorta -> corpo 
• Transporte facilitado dos monossacarídeos para o sangue → Transportadores GLUT 
 
 
INTESTINO GROSSO 
O que não foi absorvido no intestino delgado, vai para o intestino grosso 
➢ Absorção de água e compactação do bolo fecal 
Não faz digestão (exceto pelas bactérias) 
Movimentos de Haustração (parecido com a segmentação, mistura o bolo fecal) e movimentos 
de massa (peristalses) 
Cólon Descendente > Cólon Transverso > Cólon Descendente Cólon Sigmoide> Reto > Ânus 
 
Reflexo de Defecação 
Quando há a necessidade de defecar, aumenta a pressão e o esfíncter anal interno relaxa (porém 
possuímos controle do esfíncter anal externo e podemos “segurar”) 
 
Aumenta a pressão interna pelo bolo fecal, o esfíncter anal interno relaxa reflexamente e nós 
possuímos controle sobre o esfíncter anal externo VOLUNTÁRIO 
 
Quanto mais tempo ficar sem defecar → mais secas ficam as fezes, pois o intestino grosso é um 
local de absorção de água, além disso, o esfíncter fica tensionado 
 
Manobra de Valsalva: inspiração profunda, diafragma abaixa → aumenta a pressão sobre as 
vísceras, fechamento da epiglote, relaxamento da musculatura do reto, “torna o reto, reto”, 
relaxamento voluntário esfíncter anal externo → ocorre a defecação 
➢ Estar sentado ou agachado é mais estratégico para esse mecanismo, gera um ângulo adequado 
 
Quando o estômago está cheio, há o relaxamento do Esfíncter Ileocecal → liberar espaço 
Reflexo Gastrocólico: aumenta a motilidade do cólon 
 
O Trato Gastrointestinal possui válvulas/esfíncteres que garantem a passagem do alimento de 
uma parte para outra (impedem o alimento de voltar) 
• Cárdia: passagem do esôfago para o estômago 
 
• Piloro: passagem do estômago para o intestino delgado 
 
• Valva Ileocecal: passagem do intestino delgado para o intestino grosso 
 
• Esfíncter Interno do Ânus e Esfíncter Externo do Ânus: relaxam para que ocorra a 
defecação 
Neurotransmissores Gastrointestinais 
Adrenalina/Norepinefrina: inibe a digestão 
Acetilcolina: estimula o trato gastrointestinal (relaxa os esfíncteres, aumenta a motilidade). 
Estimula as células parietais → ativadores da formação de HCl 
 
Hormônios Gastrointestinais 
Gastrina: produzida pelas células G, é inibida pelo pH baixo. Ela atua nas células parietais do 
estômago, promovendo a acidez. Possui efeito trófico (crescimento) sobre a mucosa estomacal 
e que estimula a produção de HCl pelas células parietais, estímulo ao crescimento da mucosa 
gástrica. Somastatina tem efeito inibitório sobre a Gastrina. 
 
Colecistocinina (CCK): produzidas pelas células I no duodeno, estimula os acinos pancreáticos. 
Promove a secreção de enzimas pelo pâncreas, a contração do piloro e, consequentemente, 
redução do esvaziamento gástrico (fecha o piloro). 
Também provoca a contração da musculatura da vesícula biliar e o relaxamento do esfíncter de 
Oddi, promovendo a liberação de bile. Estimula o pâncreas exócrino a liberar seu conteúdo 
enzimático. 
TUDO QUE RETARDA O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO, FAVORECE O REFLUXO (mantém o 
estômago mais tempo com conteúdo ácido) 
 
Secretina: produzida pelas células S intestinais na presença de acidez no intestino delgado, a 
secretina estimula a secreção de bicarbonato para neutralizar o quimo. Também inibe o 
esvaziamento gástrico → contrai o esfíncter pilórico 
Suas ações são fundamentais por possibilitarem um ambiente de pH mais elevado (básico), 
essencial para a atividade adequada das enzimas liberadas no intestino delgado 
Outra função é a de estimular as células principais a secretarem mais pepsinogênio 
 
GIP (é uma incretina): inibe o esvaziamento do estômago, dá mais tempo para a digestão (fecha 
o piloro), estimula a liberação de insulina, diminui a secreção gástrica, ação lipogênica. 
Produzido no jejuno, duodeno 
 
GLP1 (é uma Incretina): presença de nutrientes no intestino estimula a liberação de incretinas. 
Retarda o esvaziamento gástrico, aumenta a sensibilidade dos receptores de insulina, estimula 
secreção de insulina, diminui secreção de glucagon, diminui a fome (pois induz à saciedade). 
Produzido no Íleo colon. Muito usado para tratamento de pacientes diabéticos 
 
Motilina: aumenta a motilidade do trato gastrointestinal (barulho da barriga), é inibida pela 
ingestão de alimento. Produzida pelas células M 
 
Grelina: atua na regulação do apetite, liberada quando o estômago está vazio → ativa o 
neurônio orexigênio (NPY), induz à fome. Atua também regulando a secreção de insulina, tem 
influência nas gônadas, do tônus vascular e coração, regula a secreção gástrica 
 
Peptídeo YY (PYY): formado pelas células L intestinais. Inibição do esvaziamento gástrico e da 
secreção de H+, estimulação da secreção enzimática do pâncreas, contração da vesícula biliar, 
inibição da ingestão dos alimentos. A presença de ácidos graxos faz com que ele seja liberado 
 
Somatostatina: produzida no duodeno pelas células D, inibe outros hormônios → inibe a 
secreção de ácido gástrico HCl. Antagoniza os efeitos da histamina 
 
Histamina: produzida pelas células enterocromafins, estimula a produção de ácido pelas células 
parietais 
 
• Hipotálamo é o grande centro regulador da fome 
Centro Anorexigênico: neurônio que inibe a fome 
Centro Orexigênico: induz à fome 
 
Neurócrines Gastrointestinais 
• Acetilcolina 
• Noradrenalina 
• Encefalina 
• Substância P 
• VIP 
 
Motilidade do Sistema Gastrointestinal 
Podemos nos alimentar mesmo de cabeça para baixo 
Depende de músculo liso (é autônomo) e dos esfíncteres 
1. Esfíncter Esofagial Superior 
2. Esfíncter Esofagial Inferior 
3. Piloro 
4. Esfíncter Hepatopancreático (Esfíncter de Oddi) 
5. Esfíncter Ileocecal 
6. Esfíncter anal interno 
7. Esfíncter anal externo 
 
Nós temos controle sobre o primeiro esfíncter (mastigação) e sobre o último (esfíncter anal 
externo). Só ocorre a defecação se ele for relaxado voluntariamente. São constituídos por 
músculo esquelético 
 
Músculo Liso Circular: quando se contrai, torna o diâmetro menor 
Músculo Liso Longitudinal: quando se contrai, torna o comprimento menor 
Esses músculos são conectados por junções comunicantes do tipo GAP → quando uma célula 
despolariza, passa informação para a célula vizinha e assim vai continuando o movimento 
Movimentos Peristálticos: contrai/relaxa, são ondas lentas. Direção craniocaudal 
 
Relaxamento Receptivo: controlado pelo Nervo Vago (libera VIP). O estômago relaxa 
inicialmente para receber o alimento 
No estômago temos uma Camada Muscular Oblíqua → quebrar, amaçar, misturar alimento 
 
Retropulsão: o alimento que não passa pelo Piloro volta ao estômago e é misturado/triturado 
novamente, alimento misturado novamente com secreções 
➢ O alimento vai saindo do estômago aos poucos pelo Esfíncter Pilórico 
 
Células Marca Passo: geração de estímulos elétricos (ficam na região do corpo do estômago). 
Geram oscilações nos potenciais de membrana → oscilações na contractilidade no músculo 
➢ Essas oscilações são conduzidas célula a célula, como uma onda 
As contrações podem ser mais fracas ou mais fortes, dependendo da intensidade do estímulo 
(se ultrapassam o limiar mecânico) 
Quando não atinge o limiar → oscilação (são mais fracas) 
 
Esvaziamento do Estômago 
 Estimula Retarda 
Parassimpático Simpático 
Gastrina Secretina 
Motilina CCK 
 GIP 
 H+ no duodeno 
 Alimento hipertônico ou hipotônico 
 
 
Complexo Mioelétrico Migratório (Onda de Varredura) 
Ocorre durante o período de jejum (só ocorre em jejum) → repetido a cada 90 minutos 
➢ Mediado pela Motilina 
Funciona para ir empurrar algum alimento que tenha ficado no Trato Gastrointestinal 
Esfíncter Pilórico fica menos tensionado e permite a passagem de partículas maiores 
 
Emesis → Reflexo de vômito (controle medular) 
1. Peristalse reversa 
2. Relaxamento do estômago e do piloro 
3. Inspiração profunda → MANOBRA DE VALSALVA 
4. Relaxamento do esfíncter inferior e superior do esôfago 
5. Expulsão forçada do conteúdo gástrico 
 
ABSORÇÃO 
Acontece principalmente no intestino → sobretudo o delgado 
Medicamentos e álcool são absorvidos no estômago, mas a maior parte dos alimentos não 
 
No intestino grosso: muito líquido absorvido (água e eletrólitos). Uma metade dele absorve 
muito e a outra metade faz a estocagemde fezes. 
Absorção de íons é igual a do intestino delgado → gradiente eletroquímico, transporte ativo 
➢ Onde o sódio vai a água vai atrás (absorção de água) 
Absorvemos cerca de 5 a 8 litros de água, se passar muito disso e o intestino não conseguir 
reabsorver, ocorre a diarreia 
Fezes: ¾ de água e ¼ de componentes sólidos (bactérias mortas, gorduras, matéria inorgânica, 
proteínas, restos de comida, sucos digestivos, epitélio) 
 
Absorção de água e íons 
• Água segue o princípio de osmose → vai do mais diluído (bolo alimentar) para o menos 
diluído (sangue) 
• Íons (principal é o sódio) → gradiente eletroquímico 
Onde o sódio vai, a água vai atrás 
 
Absorção de carboidratos (glicose) 
Carboidrato mais comum é o amido → maltose → glicose 
Glicose e Galactose são absorvidas pelo cotransporte com o sódio (a frutose não precisa de sódio 
→ faz difusão facilitada para entrar na célula) 
 
Absorção de Proteínas 
São absorvidas pelo cotransporte de sódio 
 
Cotransporte de Sódio 
Sódio é retirado das células intestinais (a partir de transportadores de sódio), que gastam ATP e 
jogam o sódio para o espaço paracelular (entre células) 
Com isso, tem menos sódio dentro da célula e mais sódio concentrado fora dela → SÓDIO ENTRA 
→ se conecta a uma proteína transportadora (que só libera sódio dentro da célula se ele estiver 
ligado a um peptídeo ou aminoácido) 
 
Absorção de Gorduras 
É emulsificada (bile) e digerida (lipases) 
Forma ácidos graxos em formato de micelas → esses ácidos graxos se desligam das micelas e 
formam triglicerídeos → forma Quilomícron 
O Quilomícron cai na corrente linfático e, posteriormente, na corrente sanguínea 
 
Intolerância à Lactose 
Deficiência nas enzimas lactases (responsáveis por degradar a lactose em glicose e galactose) 
➢ Não há uma boa absorção de galactose e glicose por não haver a digestão adequada de lactose 
A atividade da enzima lactase diminui de forma acentuada após o desmame 
 
Galactose fica disponível na luz intestinal, bactérias fazem fermentação → gases 
Lactose não absorvida favorece a liberação de água para a luz intestinal → diarreia 
➢ Com a maior motilidade intestinal, há uma menor absorção total de nutrientes, incluindo a 
glicose, já reduzida pela não degradação da lactose em galactose e glicose, diminuindo os níveis 
plasmáticos da mesma 
 
Maré Alcalina 
Definida como um aumento da concentração plasmática de bicarbonato e redução de Cloro 
secundário ao aumento da secreção acida no lúmen gástrico 
O efeito do bicarbonato no sangue após a secreção ácida pode ser detectado e é conhecido 
como a maré alcalina, essa alcalinização do sangue leva a um quadro de sonolência após 
grandes refeições. 
 
 
Digestão de Carboidratos 
Combustível do corpo humano, extraímos maior parte da nossa energia → glicose, frutose, 
galactose, glicogênio (reserva de energia) 
São digeridos na cavidade oral e depois no intestino delgado 
Cavidade Oral: mastigação → digestão mecânica + ptialina. Ocorre a insalivação do alimento, 
na boca começa principalmente a digestão do amido. pH neutro (em torno de 7) 
 
➢ Deglutição: o bolo alimentar é empurrado para o esôfago. A epiglote se abaixa (fecha) 
sobre a laringe para que o alimento não vá em direção à traqueia. 
 
Intestino Delgado: contém vilosidades que aumentam a área de contato ↑ absorção 
No intestino, o amido é convertido em maltose, isomaltose e oligossacarídeos (a partir da 
amilase pancreática presente no suco pancreático, ocorre a hidrólise que forma esses produtos) 
Depois, esses produtos são hidrolisados/clivados por enzimas presentes na borda em escova 
(microvilosidades) 
➢ Maltose é quebrada pela maltose → dá origem a glicose + glicose 
 
Há três tipos de oligossacaridases presentes na borda em escova. Formam monômeros que são 
capazes de serem absorvidos 
• Lactase 
• Maltase 
• Sacarose-isomaltase 
Distribuem-se de forma variada pelo intestino delgado, estando presentes em maior 
quantidade na região proximal do jejuno 
 
 
Digestão de Proteínas 
Formadas por aminoácidos. A digestão inicia no estômago e é finalizada no intestino delgado 
Estômago: há a liberação de gastrina → estimula a liberação de HCl e pepsinogênio (só é 
convertido em pepsina na luz do estômago, onde há mais HCL e pH ácido) 
 
➢ A pepsina ativa faz a hidrólise de proteínas e libera peptídeos 
 
Intestino Delgado: o quimo chega junto com muito ácido → estimula a liberação de Secretina, 
a Secretina faz com que o Suco Pancreático (inicialmente rico em bicarbonato) seja liberado → 
NEUTRALIZA O ÁCIDO E TORNA O pH BÁSICO 
As células intestinais liberam CKK → estimula a liberação da parte enzimática do Suco 
Pancreático, que contém enzimas que hidrolisam peptídeos em aminoácidos (Quimiotripsina, 
Tripsina), também contém enzimas que hidrolisam outras macromoléculas importantes 
➢ São liberadas na forma inativa (impedem a destruição das células que as produziram) 
 
 
Digestão de Lipídios 
São fonte energética → β-oxidação, proteção mecânica, hormônios, membranas celulares 
Intestino Delgado: 99% dos lipídios é digerido por lipases no intestino delgado 
Suco Pancreático → Lipases pancreáticas 
➢ Os lipídios são hidrolisados em ácidos graxos e glicerol 
A Bile é um “detergente biológico” que emulsifica as gorduras para facilitar a digestão (NÃO É 
UM PROCESSO ENZIMÁTICO, NÃO HÁ DIGESTÃO PELA BILE) 
Lipases: lipídios |Fosfolipase A2: fosfolipídios| Colesterol Enterase: colesterol 
• Recém nascidos tem capacidade de digerir lipídios no estômago (pH neutro). É uma 
adaptação, pois o leite materno é rico em gorduras 
 
 
• A redução do pH duodenal aumenta a liberação de secretina, que por sua vez vai reduzir 
a velocidade do esvaziamento gástrico pela inibição de contrações antrais e o aumento da 
contração do esfíncter pilórico. 
 
• O quimo é extremamente ácido e é lançado em um ambiente alcalino, que será 
neutralizada pela ação do HCO3-. No entanto, reflexos neurais percebem a ação do ácido, que 
irão aumentar a contração do esfíncter pilórico. 
 
• As soluções hiper osmóticas produzem reflexos inibitórios, no duodeno e no jejuno, 
onde a passagem de eletrólitos que dependem de proteínas transportadoras ou de canais 
específico reduz a velocidade do esvaziamento gástrico, para poder exercer essa função. Dessa 
forma não haverá a passagem de soluções não isotônicas para o intestino delgado, evitando, 
portanto, variações nas concentrações de íons. 
 
• O elevado grau de distensão no duodeno quando o quimo entra no duodeno, 
desencadeia múltiplos reflexos nervosos, com origem na parede duodenal, esses reflexos 
interagem e retardam o esvaziamento gástrico, se o volume de quimo for excessivo. 
 
• A distensão da parede gástrica provoca uma secreção de gastrina que leva a um 
aumento da secreção do suco gástrico, levando a uma intensificação a bomba pilórica e com 
isso uma aceleração do esvaziamento gástrico.

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