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PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA -Para qualquer teste diagnóstico, independente da técnica ou do laboratório utilizado, a obtenção de resultados confiáveis inicia-se com a coleta e o manuseio adequados da amostra. -A coleta, o processamento, a análise e a interpretação da amostra > realizados adequadamente em uma série de eventos sequenciais > resultado diagnóstico tenha seu valor pretendido. -até mesmo o teste mais confiável, realizado no estabelecimento mais confiável e interpretado pelo diagnosticador mais habilidoso, não consegue superar o erro causado pelo uso de técnica inapropriada para a coleta ou para o manuseio da amostra. -AMOSTRAS QUE IREMOS ESTUDAR > sangue e fluidos cavitários; ● Recipientes para a coleta de amostras - TUBOS - contêm o anticoagulante apropriado para os vários tipos de procedimentos diagnósticos e vácuo para a obtenção de um volume adequado de sangue. - comumente conhecidos como tubos Vacutainer™ -tubos a vácuo comumente utilizados são descritos utilizando-se a ordem aproximada de sua frequência de uso. -referidos pela cor de sua tampa, que é utilizada para identificar o tipo de sistema anticoagulante contido no tubo/ou ausência de anticoagulante; 1. Tubo de tampa lilás/roxa / lavanda : contém o anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético (EDTA); usado na coleta de sangue para determinações hematológicas (hemograma) ; EDTA provoca a preservação mais consistente do volume celular e das características morfológicas em esfregaços sanguíneos corados; sal líquido tripotássio (K3) é a apresentação mais comumente utilizada do EDTA; Uma formulação mais nova é o dipotássio (K2), que é pulverizado seco em tubos plásticos; tubos são maiores e têm uma linha visível do preenchimento recomendado . tubos plásticos contendo K2 podem ser mais indulgentes ou preenchidos abaixo do indicado. Apresentações em pó não são recomendadas devido à demora e à inconsistência ao se homogeneizar com o sangue adicionado ao tubo ; na separaçao obtemos o plasma (apresenta fibrinogênio; contém proteínas e fatores da coagulação); A presença de coágulos na amostra prejudica as contagens de células e plaquetas; OBS: testudíneos (tartarugas) não posso usar porque causa lise das hemácias; 2. Tubo de tampa vermelha ou tubo de coleta de soro: possui ativador de coágulo; na separação obtemos o soro (não tem anticoagulante/ é o plasma sem fibrinogênio e fatores da coagulação.); não tem anticoagulante; sem fator de coagulação, pois estes foram consumidos pelo coágulo; exames no laboratório clínico, por exemplo os de bioquímica e sorologia, são realizados utilizando o soro ; Muitos podem ser feitos utilizando o plasma mas, pela praticidade e qualidade (líquido livre de células), a maioria dos laboratórios utilizam o soro; usado na maior parte para análise bioquímica/perfil bioquímico e sorológica; pesquisa de anticorpos; 3. Tubo de separação de soro ou tubo Sure-Sep: é uma variação do tubo de tampa vermelha, não contendo anticoagulante ; tampa é vermelha com um marmoreado preto; contém um gel que separa a fração correspondente ao volume globular do soro quando submetido à centrifugação; É conveniente para uso em situações em que se desejam a centrifugação no local da coleta e o transporte até o laboratório sem a necessidade de transferir o soro para um tubo separado. O gel separa fisicamente as células do soro, prevenindo, dessa maneira, a ocorrência do metabolismo da substância analisada na interface célula/líquido . gel amarelo na parte inferior; pode causar falsa redução de glicose porque as células presentes liberam enzimas que quebram e consomem a glicose; 4. Tubo de tampa azul : contém citrato de sódio > forma um quelato 1 com o cálcio, ou seja, ele irá se ligar aos íons cálcio da amostra e a cascata da coagulação será interrompida, pois o cálcio é importante para a produção do fator IX ativado da coagulação; usado para determinações bioquímicas de coagulação; usado para teste de coagulação (Fibrinogênio, KPTT (tempo parcial da protrombina), TAP (tempo de atividade da protrombina) e estudo das plaquetas (Fator de Von Willebrand). 5. Tubo de tampa cinza : contém fluoreto de sódio (não é um anticoagulante) > inibe as enzimas da via glicolítica e evita que os eritrócitos metabolizem a glicose enquanto o sangue total é transportado ao laboratório; usado mais especificamente para medir glicemia (teste glicêmico); Não é utilizado rotineiramente; OBS: muito importante em neonatos, animais pediátricos e pacientes críticos; 6. Tubo de tampa verde ou com heparina: contém heparina lítica > Esse anticoagulante utilizado para alguns testes bioquímicos especiais, hemogasometria ; pode ser sangue arterial ou venoso; A vantagem é a de não ser necessário aguardar que a coagulação se complete para obter o soro; O plasma pode ser separado imediatamente para testes, sendo que os resultados da maioria das substâncias analisadas são equivalentes no soro e no plasma; Anticoagulante de eleição para aves e selvagens. OBS duas exceções: valor da proteína total será levemente maior no plasma, pois ele inclui o fibrinogênio; potássio é, em média, 0,5 mmol/ℓ maior no soro por causa de sua liberação pelas plaquetas durante a coagulação; heparina lítica também é utilizada para determinações eletroquímicas; * erro comum de manejo é a heparinização excessiva inerente à adição manual de heparina às seringas de coleta. Os vários sais de heparina irão provocar erros à maioria das mensurações eletroquímicas, incluindo gases sanguíneos, eletrólitos e hematócritos por condutimetria . heparina também tem a capacidade de se ligar fracamente ao cálcio e de causar falsa mensuração de baixo cálcio ionizado ; 7. Tubo de tampa branca : usado para transporte de amostras; 1 quelato é a associação de um íon metálico (no caso, o cálcio), com cadeias orgânicas (no nosso caso o citrato de sódio) através de ligações covalentes na forma de uma estrutura heterocíclica, que neutralizam a reatividade química do íon metálico. 8. Microtubos : Tubos com volumes muito pequenos; disponíveis para usos especiais, tais como para animais de laboratório muito pequenos; podem variar de 0,25 a 1 μℓ . Devem ser evitados na prática veterinária em geral devido ao potencial erro no manejo da amostra. ● Recomendações para o preenchimento dos tubos a vácuo - hábitos simples devem ser desenvolvidos para preencher os tubos adequadamente: ➔ Razão entre sangue e o volume do anticoagulante: importantena hematologia e em testes bioquímicos de coagulação; portanto, um tubo com anticoagulante deve ser preenchido até o volume especificado. A quantidade de vácuo dentro do tubo facilita isso; ➔ Recomendações quanto à ordem de preenchimento dos tubos após a punção venosa variam. Elas são diferentes em animais em relação à configuração utilizada em seres humanos devido às 90 diferenças na coleta. Quando coletar sangue para vários procedimentos diagnósticos, preencha inicialmente o(s) tubo(s) contendo anticoagulante e por último o tubo sem anticoagulante. A combinação mais comum de tubos utilizada é um tubo com EDTA e um para coagulação/soro. O tubo contendo EDTA deve ser preenchido primeiro para que a agregação plaquetária e a formação de coágulos sejam minimizadas. Isso não é importante no tubo sem anticoagulante, pois se espera que o sangue coagule no tubo. Quando se preenche primeiro o tubo com EDTA, existe o potencial de contaminar o sangue restante na seringa com EDTA. Isso pode alterar, de maneira grave, algumas mensurações bioquímicas, como cálcio e potássio. Portanto, é essencial evitar o fluxo sanguíneo do tubo para a agulha ou a seringa conectada quando se preenche um tubo com EDTA . roxo sempre deve ser colocado o sangue primeiro (exceto se eu precisar usar o tubo de tampa azul, daí o azul vem primeiro), e o de tampa vermelha sempre é o último; ROXO AZUL ROXO AZUL CINZA ROXO VERMELHO ROXO VERMELHO VERMELHO CINZA VERMELHO ➔ Tubos a vácuo devem ser preenchidos utilizando-se força positiva mínima , pois a passagem forçada do sangue através da agulha pode causar hemólise, o que, por sua vez, pode provocar erros nas mensurações bioquímicas . Agulhas com calibre pequeno têm maior probabilidade de causar hemólise (evitar usar seringa de insulina). Em particular, o uso de agulhas 25 G, defendido por alguns, deveria ser evitado pelo inerente fato de a coleta ser mais lenta e da hemólise na transferência para o tubo. agulha de 18 a 20 G é mais adequada para a maioria dos procedimentos de coleta . 4. ➔ importante que punções venosas assépticas sejam realizadas sem contaminação tecidual. Essa contaminação pode resultar em indesejável agregação plaquetária e coagulação das amostras coletadas utilizando-se anticoagulantes. Em virtude disso, escolha um local para a punção venosa (p. ex., a veia jugular) que provavelmente possibilitará a obtenção de volumes adequados de sangue necessários para os testes diagnósticos solicitados para determinado paciente. ponto de local de coleta > asséptico, sem contaminação tecidual, venipuntura; ➔ Selecione o local de punção venosa que possibilitará, facilmente, a obtenção da quantidade de sangue desejada (5-12mL). Isso significa ser apto à coleta do sangue sem que ocorra, ou que ocorra em pequena proporção, o colapso da veia, a fim de que, dessa maneira, o sangue possa ser transferido para os tubos com anticoagulantes o mais rápido possível. *Locais recomendados para punção venosa: -veia jugular: cães pequenos, gatos, cavalos e bovinos; pequenos ruminantes; -veia cefálica ou jugular: cães de médio a grande porte; -aves: depende do porte e idade; veia ulnar, jugular, cardíaca ou veia da asa da galinha (axila); -suínos: jugular; -cobra: intracardíaca; -jabuti: jugular; -peixe: intracardíaca; -bovinos: jugular e veia mamária; ● Procedimentos gerais de manipulação/manuseio da amostra -Procedimentos hematológicos > sangue coletado deve ser analisado em uma hora ou ser preparado de maneira adequada para análise posterior; Se o sangue não for analisado em uma hora, deve-se preparar um esfregaço sanguíneo (ideal) e o restante do tubo deve ser refrigerado; manter tubo sob refrigeração características morfológicas das células podem deteriorar-se rapidamente quando o sangue é armazenado em tubos com EDTA; um esfregaço sanguíneo seco ao ar preserva a morfologia de tais células para análise posterior; A refrigeração do tubo com sangue também auxilia a preservar os componentes celulares; - se o sangue for armazenado em um tubo a altas temperaturas ou à temperatura ambiente, ocorre um inchaço celular (tumefação celular e nuclear) que pode produzir aumentos artificiais do volume corpuscular médio (VCM) e do hematócrito. Para alguns sistemas analíticos que têm capacidade diferencial, é recomendado, pelo laboratório, que o sangue seja mantido em temperatura ambiente . No entanto, nunca se deve congelar o sangue, pois isso resultará em lise das células. - esfregaços sanguíneos não devem ser refrigerados, pois a condensação da água sobre o vidro da lâmina pode deteriorar a morfologia celular; fica na temperatura ambiente; -Para mensurações hematológicas, o tubo com EDTA deve ser preenchido até o volume especificado e deve-se evitar a contaminação por tecidos durante a punção venosa. -Preencher o tudo de EDTA abaixo de sua capacidade resulta em excesso de EDTA, o qual osmoticamente encolhe os eritrócitos. Por sua vez, isso resulta em falsa diminuição do volume globular e do VCM calculado quando utilizado o procedimento de micro-hematócrito. A contaminação com tecidos durante a punção venosa resulta em agregação plaquetária, diminuindo, assim, artificialmente, a concentração de plaquetas determinada por sistemas de contagem celular, e, além disso, pode contribuir para a obstrução fluídica em aparelhos hematológicos. MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS OU ERITRÓCITOS -são células vermelhas/sanguíneas de origem/linhagem mielóide; -função: transportar hemoglobina (responsável por carrear oxigênio para os tecidos); realizar trocas gasosas no pulmão; excreção de co2; -para realizar essa funçao ela possui algumas caracteristicas > 1. membrana permeável flexível: envolve os eritrócitos; bicamada lipídica composta por lipídios, proteínas e carboidratos; Alterações na composição lipídica da membrana (principalmente fosfolipídios e colesterol) podem resultar na formação de eritrócitos com forma anormal; proteínas da membrana - formam citoesqueleto; função na integridade e no formato da célula; denominação dessas proteínas baseia-se em sua localização relativa quanto ao local de migração, quando solubilizadas e submetidas a eletroforese; espectrina e actina são as principais proteínas do citoesqueleto ; Anormalidades na membrana proteica também têm sido associadas a eritrócitos de formatos anormais; 2. morfologia normal > varia entre as espécies; dos mamíferos são anucleados , sendo diferentes de todos os outros vertebrados, os quais têm núcleo; 3. são células arredondadas e bicôncavas: na maioria dos mamíferos, exceto na família Camellidae(lhamas, camelos e alpacas), em que se apresentam ovais; A biconcavidade dos eritrócitos provoca a falsa percepção de uma área central mais pálida ( área de palidez central ), devido ao fato de o observador olhar por uma quantidade menor de hemoglobina nessa região da célula; Na espécie canina, a palidez é mais aparente; Nas espécies com eritrócitos de menores dimensões, como gatos, equinos, bovinos, ovinos e caprinos, percebe-se menor grau de concavidade e, portanto, pouca ou nenhuma palidez central. onde tem mais hemoglobina é mais escuro, onde tem menos hemoglobina é mais claro; essa área de palidez também está relacionada com o teor de hemoglobina; 4. A forma de disco côncavo do eritrócito > eficiente para a troca de oxigênio e possibilita que a célula seja maleável à medida que se movimenta por vasos com diâmetro menor do que o seu; proporciona grande superfície em relação ao volume, o que facilita as trocas de gases e por ser bicôncava tem maior flexibilidade pra conseguir transportar por todo o organismo; passam facilmente pelas bifurcações dos capilares mais finos, onde sofrem deformações temporárias, mas não se rompem; -usam energia derivada da glicose -tamanho e grau de concavidade é diferente entre as espécies; -as diferenças significativas entre os eritrócitos das espécies incluem tamanho, forma, grau de palidez central, tendência de formar rouleaux, presença de pontilhados basofílicos e de reticulócitos na resposta regenerativa à anemia; ● Coloração dos eritrócitos ➔ POLICROMASIA -células policromatofílicas: são eritrócitos jovens que foram liberados prematuramente; são células grandes e com coloração mais azulada do que as células maduras; A cor azulada dá-se em razão das organelas remanescentes (ribossomos, mitocôndrias), que ainda se encontram presentes nas células imaturas; termo utilizado para descrever hemácias que apresentam variação de cor, mas geralmente exibem coloração róseo-azulada. Isso ocorre por causa da captação simultânea de corantes básicos pelo RNA ribossômico e à captação da eosina pela hemoglobina. presença ou a ausência de policromatofilia é muito importante para determinar a causa de anemia. Caso células imaturas tenham sido liberadas, a provável causa de anemia foi a perda sanguínea ou a destruição de eritrócitos (anemia hemolítica), com a medula óssea tentando compensar, fazendo uma rápida liberação de células ; Se a anemia for ocasionada por aplasia ou por hipoplasia eritrocitária dentro da medula, o nível de células policromatofílicas não aumenta; No entanto, a espécie equina é diferente, pois não libera um número significativo de células policromatofílicas quando ocorre anemia . -O grau de policromasia está bem correlacionado à concentração de reticulócitos ; entretanto, é mais objetivo quantificar a resposta regenerativa por meio da contagem de reticulócitos; *para sabermos se é uma anemia regenerativa ou arregenerativa contamos os reticulócitos; O reticulócito é análogo ao eritrócito policromatofílico, mas ele se cora com corante essencial (p. ex., novo azul de metileno ou azul cresil brilhante), o que induz a aglomeração de ribossomos e de outras organelas celulares na forma de grânulos visíveis -Reticulócitos são eritrócitos imaturos recém-saídos da medula óssea -número elevado de reticulócitos sugere uma vida curta dos eritrócitos e consequente resposta da medula óssea produzindo mais células - anemia regenerativa; fonte: h ttps ://www.fac ebook .c om /porta l labc urs os /pos ts /951438365284929/ . 1 - células policromatofílicas 2- reticulócitos ➔ HIPOCROMASIA - eritrócitos hipocrômicos são claros e sua palidez central é mais acentuada devido a menor concentração de hemoglobina decorrente da deficiência de ferro ; - cães com deficiência de ferro, a hipocromasia é mais evidente do que nas células de outras espécies com a mesma deficiência; - eritrócitos de gatos com essa deficiência não são hipocrômicos; - É necessário diferenciar células hipocrômicas das células arredondadas (torócitos) ou de células “perfuradas”, que não apresentam significância clínica; 1. Torócitos > área central clara bem definida e uma borda de hemoglobina mais espessa do que a vista nas células hipocrômicas verdadeiras; OBS: Eritrócitos policromatofílicos imaturos também podem aparentar estar hipocrômicos, pois sua concentração de hemoglobina é menor do que a normal devido ao seu volume aumentado. https://www.facebook.com/portallabcursos/posts/951438365284929/ ➔ HIPERCROMASIA -Embora não se acredite que existam estados hipercrômicos, os esferócitos aparentam ter coloração mais intensa devido à ausência da concavidade. -NÃO EXISTE PORQUE AS HEMÁCIAS SÓ PODEM POSSUIR 4 HEMOGLOBINAS; ● Tamanho dos eritrócitos -anisocitose > variação no tamanho dos eritrócitos; hemácias de tamanhos diferentes, podendo ser macrócitos (grandes), micrócitos (pequenas) ou normais (normocíticos); Essa variação pode ser decorrente da presença de células grandes (ou seja, macrócitos ), de células pequenas (ou seja, micrócitos ) ou de ambas ; termo, por si só, não fornece informação significativa; - eritrócitos podem parecer menores no esfregaço sanguíneo devido ao diâmetro diminuído; todavia, o volume celular é o verdadeiro parâmetro para a avaliação do tamanho dos eritrócitos, sendo determinado em instrumento eletrônico -diz se as hemácias/sangue está ou nao homogêneo; ex.esferócito, que aparenta ser menor devido à sua forma esférica e, consequentemente, diâmetro diminuído; no entanto, o volume dos esferócitos quase sempre se encontra dentro do intervalo de referência. Por outro lado, eritrócitos microcíticos hipocrômicos deficientes em ferro, que apresentam volume diminuído determinado eletronicamente, podem ter diâmetro normal e, dessa maneira, não parecer menores no esfregaço sanguíneo. ➔ ERITRÓCITOS MICROCÍTICOS /MICROCITOSE - células devem estar marcantemente pequenas antes que se possa detectar visualmente seu diâmetro diminuído; -Para estimar o tamanho real dos eritrócitos, o volume corpuscular médio (VCM) é mais útil do que o exame do esfregaço sanguíneo; Utilizando os sistemas automatizados de contagem celular, pode-se obter um histograma ou a curva de distribuição por tamanho da população de eritrócitos; volume corpuscular médio é determinado pela análise dessa curva e o hematócrito é, então, calculado multiplicando-se o VCM pela concentração de eritrócitos; -VCM pode estar menor, pois é como se fosse amédia do diametro das hemácias; quanto maior a macrocitose maior o VCM; quando tem mais microcitose menor o VCM; e as vezes pode estar inalterado porque nao tem células suficientes para alterá-lo; -principal causa: anemia por deficiência de ferro → diminuição do VCM é marca registrada desse tipo de anemia; Em alguns pacientes com essa deficiência, o VCM pode ser normal, mesmo que o animal apresente uma população de células microcíticas > Nesses casos, é bom verificar a curva de distribuição por tamanho; - fisiopatologia da microcitose > pode ocorrer o envolvimento de precursores eritroides que se dividem continuamente até obterem a concentração de hemoglobina próxima ao normal, resultando em eritrócitos pequenos; As células não conseguem obter um teor normal de hemoglobina porque há necessidade de ferro para formar tal molécula; Em casos de deficiência grave de ferro, é possível verificar microcitose e hipocromia no esfregaço sanguíneo . também notam-se defeitos de membranas, os quais frequentemente ocasionam anormalidades específicas na forma e fragmentação ; -outras causas: Cães com shunt porto-cava podem manifestar anemia microcítica, geralmente associada ao metabolismo anormal de ferro e à baixa concentração sérica de ferro . Algumas raças de cães (Akita e Shiba Inus) normalmente apresentam eritrócitos menores . Ocasionalmente, eritrócitos de animais com anemia ou doenças inflamatórias podem estar moderadamente microcíticos. -organismo produz hemácias menores e em menor quantidade para gastar menos ferro ja que ta tendo deficiência; ➔ ERITRÓCITOS MACROCÍTICOS / MACROCITOSE - são grandes e apresentam VCM aumentado; -principal causa: aumento da quantidade de eritrócitos imaturos, que se apresentam policromatofílicos em esfregaços sanguíneos corados por Wright; -Ao contrário de outras espécies domésticas, os equinos liberam macrócitos não policromatofílicos . Nessa espécie, o aumento do VCM geralmente representa a única evidência de regeneração eritroide . -Durante a regeneração, as espécies animais, com exceção dos cães, tendem a produzir macrócitos regenerativos que têm, aproximadamente, duas vezes o tamanho dos eritrócitos normais, resultando em alteração acentuada do VCM. -os cães liberam macrócitos que, em geral, são levemente maiores do que os eritrócitos normais . - Macrocitose sem policromasia ou sem outra evidência de resposta regenerativa apropriada >> é um achado comum em gatos anêmicos com mielodisplasia e doença mieloproliferativa ;Essa macrocitose está associada à infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV) e também pode ser constatada em gatos infectados por FeLV que não estejam anêmicos. -Outras causas: menos comuns; macrocitose de cães da raça Poodle toy ou miniatura e estomatocitose hereditária . 1. cães da raça Poodle toy ou miniatura > ocorrência de macrocitose é rara e hereditária, normalmente se tratando de um achado acidental; cães afetados não são anêmicos, mas a contagem de eritrócitos pode estar diminuída; VCM geralmente varia de 90 a 100 fℓ; Outros achados incluem aumento da quantidade de eritrócitos nucleados, aumento da quantidade de corpúsculo de Howell-Jolly (frequentemente múltiplos/oriundo de restos de dna) e de neutrófilos hipersegmentados; Ao exame de esfregaço de medula óssea, observam-se várias anormalidades nos precursores eritroides, inclusive megaloblastos com assincronia citoplasmática e nuclear de maturação. A causa dessa anomalia é desconhecida e não há sinal clínico associado ao distúrbio. 2. estomatócitos de cães das raças Malamute-do-alasca e Schnauzer miniatura com estomatocitose hereditária são macrocíticos; tem formato de boca. 3. alguns medicamentos anticonvulsivantes, como fenobarbital, fenitoína e primidona, induzam macrocitose - mais em humanos; tal fato, porém, não foi reproduzido experimentalmente em cães tratados com anticonvulsivantes por tempo prolongado. 4. deficiências de vitamina B12 (cobalamina) e de folato não causam macrocitose em animais domésticos, mas tais deficiências são causas comuns de macrocitose em humanos. 5. Cães da raça Schnauzer gigante com má absorção hereditária de cobalamina são anêmicos, mas essa anemia é preferencialmente normocítica a macrocítica . ● Morfologia dos eritrócitos -poiquilócitos: eritrócitos com formas anormais; essa terminação não é útil, pois não indica a alteração específica da forma; Dessa maneira, não é possível realizar uma interpretação específica. -alterações morfológicas mais importantes: vários tipos de eritrócitos espiculados, esferócitos e excentrócitos; 1. eritrócitos espiculados: apresentam um ou mais espículos na superfície e incluem equinócitos, acantócitos, ceratócitos e esquistócito . examinador deve ser o mais específico possível ao relatar as alterações morfológicas dos eritrócitos, uma vez que certos tipos de anormalidades morfológicas estão associados a determinadas doenças . -Eritrócitos com alterações morfológicas menos importantes incluem leptócitos (células dobradas ou células-alvo), codócitos (células-alvo), dacirócitos (eritrócitos em forma de lágrima) e torócitos (ou seja, eritrócitos arredondados); -Algumas anormalidades associadas a alterações morfológicas nos eritrócitos têm sido descritas em animais, incluindo a estomatocitose hereditária em cães, a eliptocitose hereditária resultante da deficiência da banda 4.1 em cães e a esferocitose hereditária em bovinos da raça Japanese Black resultante da deficiência da banda 3; -maior parte das anormalidades morfológicas hereditárias dos eritrócitos está associada a alterações na proteína do citoesqueleto ou na concentração de colesterol ou fosfolipídios no plasma ou na membrana dos eritrócitos. ➔ ESQUISTÓCITOS E CERATÓCITOS -são fragmentos de eritrócitos, geralmente resultam do cisalhamento eritrocitário devido a algum trauma intravascular. -associado a qualquer evento que causa traumatismo nas hemácias ou intravascular como a CID; -Podem ser vistos em: animais com 1. coagulopatia intravascular disseminada (CID) em consequência da lise dos eritrócitos por filamento de fibrina; Animais com CID também podem apresentar trombocitopenia concomitantemente; 2. com neoplasia vascular (p. ex., hemangiossarcoma - neoplasia do sistema vascular) ; Quando podem ser observados fragmentos eritrocitários em esfregaços sanguíneos (esquistócitos) de cães com hemangiossarcoma, geralmente também são observados acantócitos. 3. com deficiência de ferro > hemácia fica mais suscetível a lesões oxidativas, pois o ferro é constituinte de enzimas como a catalase que atua convertendo as espécies reativas de oxigênio (peróxidode hidrogênio) em moléculas menos nocivas; fragmentação de eritrócitos com deficiência de ferro resulta aparentemente de lesão oxidativa que deixa a célula mais frágil/favorecendo o processo de lise e induz danos nas membranas ou aumento da suscetibilidade ao traumatismo intravascular; Eritrócitos com deficiência de ferro, inicialmente, desenvolvem uma vesícula ou vacúolo aparente e acredita-se que tal lesão represente um dano oxidativo, no qual as superfícies internas da membrana se ligam através da célula. A extrusão de hemoglobina pode ser responsável pela área incolor. Posteriormente, essas lesões ampliam e rompem-se, formando células com uma ou mais espículas. Quando uma espícula está presente, essas células comumente são denominadas células tronco de macieira; quando duas ou mais espículas estão presentes, são denominadas ceratócitos ; Na sequência, as projeções dos ceratócitos provavelmente se desprendem dos eritrócitos, originando os esquistócitos . ➔ ACANTÓCITOS - células com esporões, são eritrócitos espiculados irregulares , com poucas projeções na superfície, de comprimento e diâmetro variáveis, distribuídas aleatoriamente ; -Acredita-se que sejam provenientes das alterações nas concentrações de colesterol ou de fosfolipídios na membrana do eritrócito . -Humanos: Geralmente vistos naqueles que apresentam alterações no metabolismo de lipídios, como pode ocorrer na doença hepática; entretanto, raramente são observados em esfregaços sanguíneos de cães com doença hepática; -frequentemente observados em gatos com lipidose hepática e também comumente vistos em esfregaços de cães com hemangiossarcoma . -patogênese dessa alteração morfológica de cães com hemangiossarcoma não é conhecida, mas a presença de acantócitos em animais de raças de grande porte, de meia-idade ou mais velhos, com anemia regenerativa concomitante, é bastante sugestiva de hemangiossarcoma ; ➔ EQUINÓCITOS -células espinhosas; -células espiculadas que têm em sua superfície numerosas pequenas projeções de rombas a afiadas, uniformemente espaçadas e que são relativamente uniformes em tamanho e forma; - formação de equinócitos pode ser um resultado artefatual ( crenação) decorrente de alteração do pH durante a secagem lenta do esfregaço sanguíneo, mas também tem sido associada a doença renal, linfoma, acidentes ofídicos por cascavel (patognomônico), quimioterapia em cães e depois do exercício em equinos. -equinócitos vistos nos casos de mordida por cascavel são denominados de equinócitos tipo 3 e são bastante característicos, com numerosas espículas muito finas sobre todos os eritrócitos, exceto nos policromatofílicos ; - Em alguns casos de envenenamento por cascavel, são formados os esferoquinócitos >> parecem ser esferócitos, com finas espículas, geralmente presentes de 24 a 48 h após o acidente ofídico e são indicadores seguros de que ocorreu o envenenamento; não tem halo de palidez central, não é biconcava; animal com acidente ofidico perde o halo de palidez; ➔ ESFERÓCITOS -eritrócitos de coloração escura que perderam a palidez central; -completo (perda total do halo de palidez) ou incompleto (permanencia de pequeno grau de palidez - parece uma bolinha); -Parecem ser pequenos, mas o seu volume é normal. -não são facilmente detectados em animais, exceto em cães, devido ao tamanho pequeno e à perda da palidez central nos eritrócitos normais da maioria das outras espécies de animais domésticos; - apresentam menor quantidade de membrana, como resultado de fagocitose parcial, decorrente da presença de anticorpos ou de complemento na superfície do eritrócito. - sua presença sugere anemia hemolítica imunomediada como em casos de hemoparasitoses ; Entretanto, eles também podem ser constatados após transfusão sanguínea com sangue incompatível . Há relatos de ocorrência em cães após picadas de abelha e intoxicação por zinco > Esta última também pode ocasionar anemia por corpúsculo de Heinz; -Em alguns casos, um pequeno grau de palidez central vai permanecer no esferócito, sendo então denominado esferócito incompleto > representam uma fase da contínua remoção da membrana que, por fim, resulta em uma esfera completa; ➔ EXCENTRÓCITOS -possuem deslocamento da hemoglobina para uma parte da célula, perda de palidez central normal e uma zona clara delimitada por membrana; - associado à lesão oxidativa, especialmente em cães , e pode ser encontrado em conjunto com corpúsculos de Heinz -animais com inerente deficiência da enzima eritrocitária glicose-6-fosfato desidrogenase podem demonstrar suscetibilidade aumentada à lesão de eritrócitos induzida por substância oxidante, resultando na formação de excentrócitos ou em incidência aumentada de corpúsculos de Heinz. ➔ LEPTÓCITOS E CODÓCITOS -Leptócitos → são eritrócitos que sofreram alterações na razão superfície:volume, restando excesso de membrana em relação aos conteúdos internos e resultando em dobras da membrana e em formação de células-alvo; pouca importância ao diagnóstico e pode formar-se in vitro, se ocorrer contato com excesso de ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) como resultado de preenchimento inadequado dos tubos de coleta de sangue. -células-alvo ou codócitos →eritrócitos arredondados e finos, com densa área central de hemoglobina que está separada da região hemoglobinizada periférica por uma zona pálida. As células em alvo podem ser vistas em cães com aumento da concentração sérica de colesterol, mas também são observadas em uma variedade de outras condições e têm pouca importância. ➔ ESTOMATÓCITOS -eritrócitos unicôncavos com uma área clara semelhante ao formato de uma boca, próximo do centro da célula -presença de alguns estomatócitos no esfregaço sanguíneo não tem grande significado. -Há relatos de formação hereditária de estomatócitos em várias raças de cães, incluindo os Malamutes-do-alasca, Schnauzers miniatura e Drentse Partrijshond. -Todos os distúrbios são herdados de maneira autossômica recessiva, mas a formação do estomatócito é causada por diferentes anomalias em diversas raças, envolvendo a membrana celular e/ou o controle do volume celular. - Malamutes-do-alasca com estomacitose hereditária também apresentam condrodisplasia e apenas uma pequena porcentagem dos eritrócitos se transforma em estomatócitos. Considera-se que a formação deles seja secundária a um defeito de membrana que admite conteúdos aumentados de sódio e água nos eritrócitos; - Cães da raça Drentse Partrijshond com estomatocitose também apresentam gastrite hipertrófica, crescimento retardado, diarreia, cistos renais e polineuropatia. Acredita-se que nessa raça o defeito de eritrócitos ocorra devido à concentração anormal de fosfolipídios na membrana eritrocitária. - Schnauzer miniatura com estomatocitose são assintomáticos; a causa do defeito eritrocitário nessa raça não foi descrita. ● Estruturas observadas nos eritrócitos ➔ CORPÚSCULOS DE HEINZ -A desnaturação oxidativa da hemoglobina resulta na formação de corpúsculos de Heinz. -Aproximadamente de 1 a 2% dos eritrócitos de gatos normais contêm esses corpúsculos, possivelmente devido a uma propensão incomum de desnaturação da hemoglobina pelo fato de a molécula de hemoglobina felina conter duas vezes a quantidade de grupos sulfidrila reativos em comparação à molécula de hemoglobina de outras espécie s; -estruturas pequenas, pálidas e excêntricas dentro dos eritrócitos e nos esfregaços sanguíneos corados com Wright. -parecem se projetar discretamente pelas bordas dos eritrócitos - apresentam 0,5 a 1,0 μm de diâmetro, mas podem ser maiores. -se apresentam como estruturas grandes e únicas em eritrócitos felinos; já nos eritrócitos caninos, comumente são pequenos e múltiplos. -difíceis de ser vistos em esfregaços sanguíneos corados com Wright, particularmente em eritrócitos caninos, nos quais a formação de excentrócitos pode ser mais evidente. Quando corados com corantes vitais (p. ex., novo azul de metileno ou azul cresil brilhante), os corpúsculos de Heinz aparecem como estruturas azuis ou basofílicas; -presença deles reduz a deformação da célula, tornando-a mais suscetível às hemólises intra e extravascular. Caso um grande número de eritrócitos seja afetado, pode ocorrer anemia hemolítica grave . - Medicamentos e substâncias oxidantes que sabidamente induzem a formação de corpúsculos de Heinz incluem cebola, alho, Brassicas spp., folhas murchas ou secas de bordo-vermelho (Acer rubrum), benzocaína, zinco, cobre, paracetamol, propofol, fenazopiridina, fenotiazina, fenilidrazina, naftaleno, vitamina K, azul de metileno e propilenoglicol . -Gatos enfermos podem desenvolver uma alta quantidade de corpúsculo de Heinz, mesmo sem terem sido expostos a medicamentos ou a substâncias químicas. -distúrbios mais comuns associados ao aumento da concentração de corpúsculo de Heinz em gatos incluem diabetes melito, linfoma e hipertireoidismo; entretanto, também é possível verificar aumento do número desses corpúsculos simultaneamente a várias outras doenças ➔ PONTILHADO BASOFÍLICO - agregação de ribossomos in vivo, na forma de pequenos grânulos basofílicos , é denominado pontilhado basofílico; -Normalmente, em ruminantes, está associado a eritrócitos imaturos e também pode ser visto, porém em menor grau, em cães e gatos com anemia altamente regenerativa . - Pontilhados basofílicos não associados à anemia grave são sugestivos de intoxicação por chumbo , porém nem todos os animais assim intoxicados apresentam tal alteração; enzima pirimidina 5´-nucleotidase, que está presente em reticulócitos, normalmente cataboliza os ribossomos; a atividade dessa enzima é reduzida nos casos de intoxicação por chumbo e normalmente é baixa em ruminantes. ➔ ERITRÓCITOS NUCLEADOS -aumento da quantidade de eritrócitos nucleados está associado à anemia regenerativa ou à liberação precoce dessas células em resposta à hipoxia ; -Também podem ser observadas quantidades aumentadas em animais com disfunções de baço e com altos níveis de corticosteroides endógenos ou exógenos. -Aumento no número de eritrócitos nucleados desproporcional ao grau de anemia é frequentemente associado à intoxicação por chumbo, porém nem todos os animais assim intoxicados irão apresentar aumento no número dessas células. -Em gatos, a presença na ausência de policromasia acentuada, geralmente é indicativa de mielodisplasia ou de doença mieloproliferativa . ➔ CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY -Restos nucleares dentro dos eritrócitos; -Concentração aumentada de corpúsculos de Howell-Jolly está associada à anemia regenerativa, à esplenectomia e à supressão da função esplênica . -inclusões pequenas, arredondadas, de cor azul-escura e tamanhos variáveis ➔ GRÂNULOS SIDERÓTICOS -grânulos de ferro coráveis presentes em mitocôndrias e lisossomos; -chamadas de corpúsculos de Pappenheimer e acredita-se que sua ocorrência esteja associada à síntese prejudicada da porção heme . -Eritrócitos contendo essas inclusões são siderócitos - Em animais domésticos, os siderócitos são raros ; contudo, esse tipo de célula tem sido associado a terapia com cloranfenicol, mielodisplasia e eritropoese ineficaz de causa desconhecida . ➔ PARASITAS - formação de esferócitos e a aglutinação podem ser observadas em esfregaço sanguíneo de animais com parasitas eritrocitários, pois tais microrganismos induzem anemia imunomediada; -principal hemoparasitose em felinos é a infecção com Hemobartonella felis > micoplasma e o agente causador de anemia infecciosa felina; aderem à membrana externa do eritrócito na forma de bastonetes na superfície dos eritrócitos ou como um fino anel basofílico na célula; -hemoparasita menos comum em gatos é o protozoário Cytauxzoon felis > formato de anel; contém um pequeno núcleo basofílico; -Em cães > rara a ocorrência de hemoparasitas (aqui no piauí é muito comum); Hemobartonella canis ocorre, normalmente, apenas em cães que foram esplenectomizados ou que apresentam disfunções esplênicas; Tais microrganismos assemelham-se a pequenos pontos, formando cadeias na superfície dos eritrócitos; Babesia canis e B. gibsoni são protozoários que parasitam eritrócitos de cão, produzindo anemia hemolítica grave; Geralmente, B. canis é observada como sendo uma estrutura em forma de gota de lágrima, porém B. gibsoni é menor e varia consideravelmente em tamanho e forma; Outros parasitas eritrocitários incluem B. bigemina, Eperythrozoon sp . e Anaplasma sp; ➔ INCLUSÕES VIRAIS - vistas em eritrócitos de cães com cinomose (Corpúsculos de lentz - patognomônico); -apresentam variação no tamanho (1 a 2 μm), na quantidade e na cor (azul-claro a magenta), sendo vistas mais frequentemente em eritrócitos policromatofílicos; esse corpúsculo pode estar nas hemácias e em outras células também; -se a hemácia matura não tem núcleo como que forma os corpúsculos? porque o vírus invadiu a célula quando ela ainda era imatura, ou seja, lá na medula quando ela ainda era nucleada; ● Distribuição de eritrócitos no esfregaço sanguíneo -número de identificação e nome; fonte:https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/59344.pdf . https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/59344.pdf ➔ FORMAÇÃO DE ROULEAUX - formação corresponde ao posicionamento espontâneo dos eritrócitos em forma de pilhas lineares, sendo sua aparência semelhante à de uma pilha de moedas -Em equinos, é normal a marcante formação de rouleaux, sendo que uma pequena quantidade também é normal em cães e gatos; - nota-se maior formação quando a concentração de certas proteínas do plasma, tais como o fibrinogênio e as imunoglobulinas, está aumentada. -pode ser normal ou patológico; -aumento da formação frequentemente é sugestivo de gamopatia; animais com mieloma múltiplo quase sempre apresentam aumento na formação rouleaux; comum achar em cão com leishmaniose visceral canina, erliquiose; qualquer coisa que cause alteração dessas proteínas pode causar essa formação; ➔ AGLUTINAÇÃO -aglutinação de eritrócitos resulta em aglomerados celulares irregulares e esféricos devido à formação de pontes relacionadas com os anticorpos - é sinal sugestivo de anemia hemolítica imunomediada, porém também pode ser observada após transfusão sanguínea comsangue incompatível . -Para confirmar a presença da aglutinação, misture uma pequena quantidade de sangue com uma gota de solução salina isotônica. -A aglutinação vai persistir na presença da solução salina, enquanto a formação de rouleaux irá dispersar, pois as ligaçoes são fracas neste caso; e na aglutinação é ligação covalente; - pode ser muito intensa, de modo que pode ser vista grosseiramente em esfregaços sanguíneos e na parede de tubos que contenham EDTA > Essa aglutinação pode resultar em falsa elevação do VCM e em falsa diminuição na contagem de eritrócitos, uma vez que os eritrócitos aglutinados (ou seja, duplos e triplos) podem ser contados como uma única célula grande;