Atelectasia Pulmonar: Causas, Sintomas e Diagnóstico

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ATELECTASIA 
Centro universitário 
Abner Gonçalves da Silva
Malena Soriano da Silva Soares
Talia Guimarães de Araújo
FISIOTERAPIA 8º PERÍODO
Fisioterapia No Intensivíssimo
APRESENTAÇÃO DE SEMINARIO
Trabalho apresentado em cumprimento das exigências da disciplina (Fisioterapia No Intensivíssimo ), do curso de Fisioterapia 8º.
Eduardo
CONCEITO
O termo atelectasia deriva das palavras gregas atelez , que significa “imperfeito”, e ektasiz , que significa “expansão”. A atelectasia pulmonar, portanto, refere-se à expansão incompleta dos alvéolos e bronquíolos terminais. Em sua forma paradigmática, a atelectasia é representada pela desaeração completa das unidades pulmonares.
A atelectasia é uma complicação respiratória definida como o colapso dos espaços aéreos em decorrência a uma variedade de fatores, como a reabsorção dos gases na presença de obstrução das vias aéreas, força inadequada de distensão pulmonar e insuficiência no surfactante.
FISIOPATOLOGIA
A hipoventilação no período de recuperação pós-cirúrgica e traumatismos, causando períodos prolongados de imobilização, e a presença de distúrbios neuromusculares.
Após indução anestésica em decorrência do relaxamento e deslocamento cefálico do diafragma sob o peso das estruturas do mediastino.
Disfunção na produção do surfactante.
Oxigênio a 100% acelera a absorção ocasionando colapso dos alvéolos.
Falha no ajuste dos parâmetros do respirador, respiratórios após intubação traqueal. 
A ventilação com elevadas frações inspiratórias de oxigênio associada a altos volumes correntes e a não utilização de pressão positiva expiratória final (PEEP) em pacientes submetidos à anestesia geral, está associada à formação de colapso alveolar. 
O tempo prolongado e o posicionamento em decúbito dorsal durante a cirurgia.
etiologia
Quatro grandes causas, individualmente ou em associação podem dar origem a atelectasias e, em última circunstância, a colapso pulmonar:
Preenchimento da cavidade pleural por ar ou líquido leva, por um conflito de espaço, ao colapso pulmonar passivo;
Processos cicatrizais (Atelectasia Cicatricial) morada mente a fibrose levam, por redução da complacência pulmonar, à redução volumétrica do pulmão;
Alteração na tensão superficial intra-alveolar (Atelectasia Adesiva), nomeadamente por perturbação dos mecanismos de ação do surfactante pulmonar, podem condicionar o colapso alveolar com manutenção da permeabilidade das vias aéreas centrais;
Situações de obstrução brônquica (Atelectasia Obstrutiva ou de Reabsorção - são as formas mais comuns de atelectasia), a reabsorção do ar existente nos alvéolos acompanha-se de redução do volume pulmonar, que pode chegar ao colapso total de um lobo ou pulmão.
PASSIVA
ADESIVA
OBSTRUTIVA
COMPRESSIVA
CICATRIZAÇÃO 
SINAIS E SINTOMAS
Sinais diretos de atelectasia são:
 Aproximação das cissuras interlobares
Aproximação focal dos vasos e brônquios da área afetada
uma concentração das marcas vasculares, sendo também visível.
“broncograma aéreo”.
Basta 1 sinal para fazer o diagnóstico.
Sinais indiretos de atelectasia tem-se:
Aumento da densidade focal do pulmão.
Elevação do diafragma normalmente presente no colapso lobular inferior.
Deslocação homolateral do mediastino (traqueia, coração) no colapso lobular superior, suavemente, observa-se o desvio da traqueia para o lado afetado; no colapso lobular inferior pode haver desvio do coração para o lado afetado.
Deslocação homolateral do hilo pulmonar – o hilo desvia para cima no colapso lobular superior e para baixo no colapso lobular inferior.
Aproximação dos arcos costais
Hiperinsuflação compensadora do pulmão restante. 
(São necessários pelo menos 3 sinais para fazer o diagnóstico).
sintomas
Taquipneia.
Taquicardia. 
Dispneia.
Cianose.
Hipoxemia.
Expansão pulmonar reduzida.
Ruídos respiratórios diminuídos.
Retração dos espações intercostais.
Dificuldade respiratória.
Doenças de Base.
AVALIAÇÃO DINÂMICA DA RADIOGRAFIA TORÁCICA 
RIP 
O que é o RIP? Depois de verificar a quem pertence essa imagem, analisar os critérios de qualidade dela baseado nos padrões de Rotação, Inspiração e Penetração.
ABCD DO TÓRAX 
O que é o ABCDE do tórax? 
Aéreas/Airways: verificar ar na traqueia, brônquios, pulmões e pleura.
Breath: verificar bordas dos pulmões;
Coração/Circulation: coração e centro, nessa fase medimos o índice cardiotorácico. Vemos basicamente coração, vasos e mediastino.
Diafragma: observar cúpulas e seios cardiofrênicos e costofrênicos.
Esqueleto, exterior: observar partes moles, esqueleto (costelas, vértebras, clavículas e escápulas).
 SINAIS RADIOLÓGICOS
Sinal do Broncograma Aéreo
A Opacidades alveolares, associadas a brônquios fisiológicos pérvios, com conteúdo aéreo.
Comumente, é associado com uma consolidação, isto é, uma lesão onde ocorre redução da transparência (imagem fica mais “branca”, sem haver perda de volume pulmonar), porém pode estar associada também com nódulos, massas e também pode surgir na atelectasia.
Costuma aparecer na pneumonia, outras situações são em casos de edema pulmonar e em tumores como o adenocarcinoma pulmonar.
Pneumonia lobar com broncograma aéreo (setas pretas), setas brancas indicam contorno pulmonar, raio-X de tórax em PA.
Sinal de lufstsichel
“Luftsichel” Sinal com nome na língua alemã que representa imagem de crescente aéreo adjacente ao arco aórtico na radiografia em PA, indicando colapso acentuado do lobo superior do pulmão esquerdo por diferentes patologias, inclusive por neoplasia obstrutiva central. A imagem radiotransparente se deve ao segmento superior do lobo inferior esquerdo hiperinsuflado e deslocado superiormente (hiperinsuflação compensatória).
Pico justafrênico 
Imagem triangular que surge no aspecto mediano da cúpula diafragmática associada a atelectasia de lobo pulmonar superior, visto na radiografia em PA. Este sinal é pouco específico e está relacionado a diferentes causas de atelectasia superior.
S de Golden 
O sinal do S de Golden, descrito por R. Golden em 1925, está relacionado a uma neoplasia central obstrutiva levando a atelectasia distal, mais comumente representando um carcinoma broncogênico. A porção côncava da opacidade (aspecto de S invertido) representa o contorno da massa e a porção convexa representa a atelectasia pós obstrutiva. Mais tipicamente é visto nos tumores do lobo superior do pulmão direito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fundamento: Após a cirurgia cardíaca, a fisioterapia é um procedimento de rotina realizado com o objetivo de prevenir complicações pulmonares pós-operatórias.
Objetivos: Determinar se a fisioterapia pré-operatória com componente de exercício pode prevenir complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes de cirurgia cardíaca e avaliar qual tipo de benefício para o paciente e qual tipo de fisioterapia é mais eficaz.
Resultados principais: Oito ensaios clínicos randomizados com 856 pacientes foram incluídos. Três estudos usaram uma intervenção mista (incluindo exercícios aeróbicos ou exercícios respiratórios); cinco estudos utilizaram treinamento muscular inspiratório. Os pacientes que receberam fisioterapia pré-operatória tiveram um risco reduzido de atelectasia pós-operatória (quatro estudos incluindo 379 participantes, risco relativo (RR) 0,52; IC 95% 0,32 a 0,87; P = 0,01).
Conclusões dos autores: Evidências derivadas de pequenos estudos sugerem que a fisioterapia pré-operatória reduz as complicações pulmonares pós-operatórias (atelectasia e pneumonia) e o tempo de internação hospitalar em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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