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SEMINARIO III- AVALIACAO DO USO DE VESTIMENTAS DE PROTECAO RADIOLOGICA 3 (2) (3)

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AVALIAÇÃO DO USO DE VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO RADIOLOGICA
Maria Antônia Azevedo da Silva
Paola Cristina Alves da Silva Souza
Prof. Hérika Corrêa Brasil Ribeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
 Radiologia (RIA10557) - Seminário interdisciplinar
 
1. INTRODUÇÃO	
A radiação ionizante é utilizada a muito tempo em diagnóstico através de equipamentos hospitalares sua energia é transmitida em ondas eletromagnéticas ou partículas subatômicas capazes de ionizar átomos ou moléculas, gerando alterações estruturais nas células em efeitos biológicos que traz muito risco ao ser humano. Os efeitos são manifestados de duas maneiras: determinístico, altas doses de radiação num curto período, e estocástico, pequenas doses de radiação num longo período. Situação que inclui os profissionais das técnicas radiológicas, devido ao trabalho com os riscos físicos das radiações ionizantes, através de interações com partículas beta e alfa, e os raios x e gama. Para a área nem todos os equipamentos são homologados como EPI, e por isso passam a ser chamados de vestimenta de proteção radiológica (VPR) e dispositivo de proteção radiológica (DPR) (SOARES, 2011). 
Devido ao aumento de utilização da radiação, em 1956, foi criada a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) responsável pela segurança do uso da energia nuclear, da rádio proteção, do reconhecimento de urânio e publicação das normas que regulamentam a utilização da radiação ionizante no Brasil. A CNEN estabeleceu 3 princípios básicos da proteção radiológica: justificação - a exposição médica a radiação só é aceita caso resulte em benefícios para a sociedade ou indivíduo; limitação de dose - a exposição da radiação deve ser restringida, não excedendo a dose permitida e ao local de interesse; Otimização - a dose no paciente deve ser a menor possível, sem implicar a perda de qualidade de imagem. O princípio da otimização está ligado a filosofia ALARA (as low as reasonable achievable -radiação mais baixa possível), significa que a exposição à radiação deve ser reduzida. Ambos se baseiam na circunstância que a radiação afeta o sistema biológico, sem limite a partir do qual poderemos observar seus efeitos.
A Norma Brasileira IEC 61331-3 destaca que, as VPRs e DPRs são de suma importância para um ambiente que trabalhe com qualquer tipo de radiação ionizante, pois as mesmas têm por função diminuir a dose a ser recebida pelo indivíduo (BRASIL, 2004). 
Segundo a norma, dentre as VPRs e DPRs estão: Aventais Plumbíferos, Aventais protetores de gônadas, Protetores de escroto, Blindagem de ovário, Luvas de proteção, Luvas de proteção tipo escudo. Entre os que foram citados, todos devem possuir o certificado de aprovação (CA), que garante a qualidade dos mesmos, e exigindo informações como nome do fabricante, tamanho, espessura do chumbo, referência a legislação vigente entre outros (BRASIL, 2004). 
Segundo a Portaria 453/1998 do MS/ANVISA (1998), tanto o paciente quanto o acompanhante devem exigir e usar corretamente a VPR e a DPR. Toda sala de radiologia convencional deve conter no mínimo uma vestimenta de tronco, que inclui a proteção de gônadas e tireóide, com uma espessura de 0,25 mm de chumbo (BRASIL, 1998).
Considerando todas as normas vigentes, as VPRs e DPRs acabam sendo negligenciados e não utilizados com vigor pelos profissionais e nos pacientes.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Conforme Filipov (2013), foram necessários 30 anos desde a descoberta dos raios X, para que se criasse um órgão responsável por todas as questões envolvendo proteção radiológica. as questões relacionadas à radiação ionizante, bem como para desenvolver equipamentos de proteção radiológica, protocolos para medir níveis de radiação e cuidados ao trabalhar com a radiação ionizante. Devido a essa preocupação, no ano de 1928, foi estabelecida a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP – International Commission on Radiological Protection) tendo como objetivo principal informar e demonstrar procedimentos padronizados de proteção para os indivíduos sem limitar os benefícios através da exposição à radiação.
Segundo Pereira (2015, p.7) “O EPI também conhecido como Vestimenta de Proteção Radiológica (VPR) possibilita a redução da dose em até 95% [3], e é altamente necessário nos procedimentos diagnósticos e intervencionistas.”
Embora todos os profissionais reconheçam a importância do uso do EPI, nem sempre eles possuem conhecimento de como utilizá-lo [53]. Ademais, nem todos os estabelecimentos fornecem EPI, como observado na pesquisa de Navarro, no qual de 38 estabelecimentos, 33,3% não forneciam os protetores radiológicos. Outro problema enfrentado quanto aos aventais são os problemas ergonômicos como peso, conforto e temperatura [50-54] que afetam a usabilidade do mesmo. Tais atributos característicos aos aventais comprometem a satisfação (conforto) do profissional e podem ser determinantes quanto ao uso ou não destes. (PEREIRA, 2015, p.7).
Segundo Brand (2011, p.5), “uso contínuo dos EPI ao trabalharem com radiações ou entrarem em contato com fonte de emissão de radiações ionizantes, 12,5% dos entrevistados referiram não fazer o uso constante dos mesmos.” 
Estudos demonstram que profissionais e/ ou estudantes de alguns hospitais ou centros de saúde há negligência quanto ao uso/disponibilidade de todos os EPIs necessários ao trabalho nesta atividade. Nem todos os sujeitos que têm contato com radiação ionizante, utilizam-se de métodos de radioproteção individual tais como protetores de gônadas, de tireoide, luvas, óculos plumbíferos, biombo de proteção individual, entre outros, embora os aventais sejam usados por muitos2,4 o que demonstra a necessidade tilizando o princípio da otimização de investimentos em formação acadêmica e em educação permanente em saúde, de forma a prevenir agravos. (BRAND, 2011, p.5).
Conforme Figueiredo (2012), os profissionais devem se aperfeiçoar sempre na proteção radiológica utilizando o princípio da otimização.
Na realização de exames radiográficos, será necessário que todos os profissionais da área da saúde tenha conhecimento em biossegurança, onde consiste um conjunto de várias ações que devem ser tomadas sempre com o objetivo de prevenir, diminuir, ou até mesmo eliminar todos os riscos para os profissionais e pacientes que venha ser expostos no momento em que o exame e realizado. Entre essas ações está o uso correto de EPI, tais como: 17 protetores de tireoide, saias de proteção, protetores abdominais, aventais de proteção, mangas protetoras, protetor de gônadas, luvas de proteção, óculos e também o uso de EPC, como: a cabine de segurança de incêndio, vidro plumbífero entre outros (SOUZA, 2010).
Figura 1.https://www.hci.med.br/imgArtigos/7479b82356e71214af2d74e484d8b71a.jpg
Segundo Soares, Pereira e Flôr (2011, p.4):
 A Portaria nº 453, em seu item 5.5, descreve que para cada equipamento de raios X deve haver uma VPR, a qual deve garantir proteção do tronco dos pacientes, incluindo tireoide e gônadas, com pelo menos 0,25 mm de equivalente de chumbo (mmPb). Além disso, no item 5.10a é estabelecido que caso um indivíduo precise assistir a um paciente debilitado, este deve utilizar um avental plumbífero com no mínimo 0,25 mmPb. Já para os profissionais, a Portaria, no item 4.26a (ii), relata que durante procedimentos radiológicos os profissionais devem proteger-se da radiação espalhada usando VPRs ou barreiras protetoras com atenuação não inferior a 0,25 mmPb.
Para evitar os efeitos danosos da exposição intensa recomenda-se a conscientização de todos os profissionais envolvidos. O trabalhador que executa atividades em áreas onde possuem fontes de radiações ionizantes deve ficar nestas áreas durante procedimentos cirúrgicos o menor tempo possível, reconhecer os perigos relacionados ao seu trabalho e utilizar os EPIs apropriado para a minimização dos riscos. (HUHN, VARGAS; 2016).
3. METODOLOGIA
Foi realizado uma pesquisa no hospital X, onde foram entrevistados 20 profissionais atuantes no radiodiagnóstico, onde foram ouvidos técnicose tecnólogos em radiologia do hospital x por meio de um questionário de 3 pergunta onde o questionário conseguirmos entender quantos profissionais utilizam as vestes de proteção radiológica .O questionário de caráter quantitativo, prezou a não identificação dos entrevistados, viabilizando a veracidade das respostas, obtendo informações necessárias para o desenvolvimento do estudo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 Os demais gráficos apresenta o resultado da pesquisa.
. 	
Gráfico 1.
Fonte: Dados da pesquisa
 O gráfico mostra que 92% dos profissionais conhecem a portaria, e 8% desses mesmo profissionais nunca se quer ouviu falar. Vale ressaltar que o fato de conhecer não significa que colocam em pratica.
Em seu estudo, Huhn et, al. (2016), relatam que existe um descaso dos profissionais quanto à oferta das VPRs e DPRs para os pacientes (HUHN et al., 2016). Essa prática vai de encontro ao princípio de otimização da CNEN (2014), que recomenda a proteção, assegurando que a exposição voluntária de acompanhante, ao ajudar um paciente durante um procedimento radiológico, seja otimizada (BRASIL, 2014).
Lesyuk et al (2016) discorre sobre a presença de profissionais de diversas especialidades sem formação específica na área de radioproteção pode levar à exposição excessiva às radiações ionizantes de profissionais de saúde presentes no bloco operatório. Em seu estudo, Huhn et, al. (2016), relatam que existe um descaso dos profissionais quanto à oferta das VPRs e DPRs para os pacientes (HUHN et al., 2016)
Gráfico 2
Fonte: Dados da pesquisa 
 Dos 20 profissionais entrevistados 36% relataram que por falta de recurso ao hospital x falta vestimentas e equipamento de proteção e 64% relataram que usam corretamente as vestimentas e o equipamento de proteção.
Entretanto, Costa (2014) expõe que alguns profissionais não realizam o procedimento de forma correta, por carência de tempo, ou por não consideram importante a utilização dos meios de proteção. Em consonância com isso, as empresas também não oferecem devido treinamento de proteção radiológica, descumprindo assim as diretrizes de radioproteção. Visto que, independentemente do profissional ser o mais habilitado ou a empresa possuir o equipamento mais moderno, não se tem garantia de segurança contra os efeitos biológicos.
Figura 3.
Fonte: Dados da pesquisa.
O 3 gráfico mostra que 27% dos profissionais sofrem algum tipo de sequela por falta de equipamentos de segurança 73% relataram que ainda não tiveram nenhum tipo de sequela.
Diante disso, ficou claro que a proteção radiológica não vem sendo tratada como prioridade, e os profissionais da saúde vem sendo submetidas a exame radiográficos de forma vulnerável. Sendo assim, discussões, atualizações e medidas devem ser adotas para que os malefícios da radiação não venham a acometer os profissionais, e cuidados sobre saúde e segurança sejam prioridades no radiodiagnóstico.
5. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 61331-1: Dispositivo de proteção contra radiação-x para fins de diagnóstico médico parte 3: Vestimentas de proteção e dispositivos de proteção para gônadas. Rio de Janeiro: Abnt, 2004. 26 p. 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Ministério da Saúde (Org.). Portaria SVS/MS n° 453. 1998. Disponível em: Portaria SVS-MS nº 453, de 01-06-1998.doc (conter.gov.br). Acesso em:/11/2022.
BRAND, C. I.; FONTANA, R. T.; SANTOS, A. V. DOS. A saúde do trabalhador em radiologia: algumas considerações. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 20, p. 68–75, mar. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/ckgFR6q4ZNMmD7r6typyGwb/?lang=pt. Acessado em: 14/11/2022
Conheça Os Principais EPIs Na Radiologia E As Formas Seguras De Proteção - Blog Da Rdicom., 14 jul. 2021. Disponível em: https://rdicom.com.br/blog/epis-na-radiologia/. Acesso em: 09/11/2022.
COSTA, Rogério Ferreira da. Avaliação do conhecimento e da prática dos profissionais em radiologia, na proteção do paciente, nos exames com raios-x em ambientes coletivos e a melhoria da qualidade do serviço através do treinamento. INTERNATIONAL JOINT CONFERENCE RADIO, Gramado p. 26-29, 2014
FIGUEIREDO, F. M. DE; GAMA, Z. A. DA S. Melhoria da proteção radiológica mediante um ciclo de avaliação interna da qualidade. Radiologia Brasileira, v. 45, n. 2, p. 87–92, abr. 2012. Disponivel em: https://www.scielo.br/j/rb/a/Ggv5fxNck5hxSyS8YgBff6L/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 14/11/2022.
FILIPOV, Danielle, Proteção Radiológica: Radioproteção do Profissional. Uniter PR,2013.
HUHN,Andrea;et al. Plano de proteção radiológica e responsabilidade ética. Brazilian Journal of Radiation Sciences, v. 4, n. 1A, 2016.
PEREIRA, A.; VERGARA, L.; CARDOSO, V. Radioproteção na perspectiva do Residente em Radiologia, out. 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Aline-Pereira-10/publication/282819537_Radioprotecao_na_perspectiva_do_Residente_em_Radiologia/links/5730edf208aed286ca0dc2fe/Radioprotecao-na-perspectiva-do-Residente-em-Radiologia.pdf. Acesso em: 13/11/2022 
SOARES, F. A. P.; PEREIRA, A. G.; FLÔR, R. DE C. Utilização de vestimentas de proteção radiológica para redução de dose absorvida: uma revisão integrativa da literatura. Radiologia Brasileira, v. 44, p. 97–103, abr. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/j/rb/a/pbwgL4FqJcXnSmFSFW6HT7m/?format=html&lang=pt Acesso em: 09/11/2022.
SOARES, F.L.P, et al.Utilização de vestimentas de proteção radiológica para redução de dose absorvida: uma revisão integrativa da literatura. Radiol Bras vol.44 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842011000200009. Acesso em 27 de maio de 2019
Proficionais que conhecem a portaria 453\98
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Profisionais que não usam vestes por falta de vestimentas
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Proficionas que tiveram alguma seuqela por falta de vestimentas e equipamentos
Vendas	
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