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Leia o excerto a seguir. “O ensino da língua inglesa, para os que defendem uma visão holística, envolve o desenvolvimento de quatro habilidades principais: a fala, a leitura, a escrita e a compreensão auditiva ( speaking, reading, writing and listening ). Esta era, portanto, a visão que eu tinha durante minha formação profissional no curso de Letras […], bem como ao longo de minha experiência […] como professora de inglês em escolas de idioma e […] da rede pública de ensino. Contudo, ao me deparar com uma sala de aula de ensino especial inclusiva em que a maioria dos alunos é surda, essa visão holística começou a me intrigar, pois em nossas vivências somos o tempo todo confrontados com as contradições da realidade. Surge então um impasse: a impossibilidade de se trabalhar em sala de aula as habilidades de comunicação oral e compreensão auditiva da língua inglesa. […] Enquanto professora de inglês, por meio de observação própria e relatos de alunos, percebo que a utilização da língua inglesa por alguns alunos ouvintes é maior devido ao interesse destes por músicas, programas de TV, filmes, jogos de vídeo game etc., que envolvem esta língua. Em contrapartida, nota-se durante a vivência entre os alunos surdos que o ensino da língua inglesa é pouco significativo para eles, pois no decorrer das aulas de inglês da escola pesquisada é facilmente observado que eles não a utilizam para a comunicação. O mesmo pode ser observado nos relatos dos próprios alunos que afirmam veementemente que para eles o uso da língua inglesa no seu cotidiano é ineficaz. […]. Atualmente como professora de língua inglesa da rede municipal e como intérprete de Libras da rede estadual de ensino, percebo que muitos alunos tanto ouvintes quanto surdos não sentem a importância e relevância de se estudar uma língua estrangeira, no caso, o inglês. Por isso, frequentemente esses alunos expressam abertamente que não gostam de estudar inglês, que inglês é muito difícil, tem muitos vocábulos complicados, que não há necessidade de aprendê-lo, já que não irão viajar para um país de língua inglesa etc.”. CARVALHO, R. A. M. de. Desafios do ensino da língua inglesa para surdos. In : VII SEMINÁRIO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, 2009, Goiânia. Anais eletrônicos […]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2009. p. 1, grifos nossos. Disponível em: https://www.letras.ufg.br/up/25/o/VIISLE_08.pdf . Acesso em: 16 fev. 2020. Nesse sentido, após ler o texto de Carvalho (2009), reflita sobre as habilidades e os fatores que estão implícitos no ensino-aprendizagem de língua inglesa na escola regular de Ensinos Fundamental e Médio. Dentro desse contexto, será que é possível estimular os alunos à apropriação de todas as habilidades linguísticas (fala, escrita, audição, interação, leitura, compreensão, interpretação, entre outros)? Depois, a partir dos conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina, redija um texto dissertativo argumentativo problematizando essa questão e propondo atividades didático-pedagógicas voltada para leitura, escrita e fala que Carvalho (2009) pode utilizar para desencadear soluções para suas indagações sobre ensinar e aprender línguas na escola pública. RESPOSTA https://www.letras.ufg.br/up/25/o/VIISLE_08.pdf A escola regular pública de Ensinos Fundamental e Médio apresenta diversos desafios ao ensino da língua inglesa, sendo o principal deles o grande número de alunos numa turma e a escassez de recursos. A abordagem holís�ca do ensino da língua nesse contexto é a maneira mais eficiente de fazer com que os alunos adquiram a língua, considerando-se que esses alunos possuem formas de aprender e necessidades individuais. Primeiramente, é necessário gerar interesse. Vídeos curtos de plataformas como o Youtube e o Tiktok são ferramentas valiosas aos professores atualmente. Tais vídeos despertam interesse nos alunos seja pelo humor, pela surpresa ou esté�ca. A familiaridade que muitos alunos já tem com esses conteúdos na língua portuguesa pode fazer com que percebam a língua inglesa como algo não tão distante da realidade deles. Com esses vídeos o professor poderá trabalhar as diversas habilidades. A compreensão oral pode ser trabalhada a par�r do audio do vídeo. Ao usar um vídeo legendado, o professor inclui alunos surdos e pode também trabalhar a compreensão escrita. Pontos de gramá�ca e de vocabulário podem ser extraídos do vídeo. Finalmente, a oralidade pode ser trabalhada quando os alunos produzem eles próprios vídeos curtos baseados no tema proposto. Os vídeos produzidos pelos próprios alunos podem ser conteúdo para novos estudos. Dessa forma, a par�r de pouco material, o professor consegue conteúdo para várias aulas. Ao mesmo tempo que, ao gerar seu próprio conteúdo, os alunos tendem a ficar mais interessados, num ciclo virtuoso
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