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Propostas de ensino a partir da oralidade (1)

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PROPOSTAS DE ENSINO A PARTIR DA ORALIDADE
Academico¹
Tutor²
Resumo: Esta pesquisa refere-se a importância de trabalhar com a oralidade nas aulas de língua inglesa na escola, pois, a comunicação entre alunos e professores acaba sendo negligenciada pelo estudo da gramática. Diversas metodologias de ensino vêm sendo discutidas nos meios escolares, mas sempre houve resistência quanto à oralidade. A maioria dos profissionais considera ser muito difícil introduzir a oralidade às aulas por vários motivos, sendo o mais frequente, a grande quantidade de alunos por turma e a falta de estrutura, principalmente das escolas públicas. Este trabalho tem como objetivo analisar a lei que regulamenta o ensino da língua inglesa e explorar propostas didáticas que valorizem o ensino da oralidade. A ancoragem teórica deste trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica pois é aliada aos estudos dos gêneros textuais na perspectiva do interacionismo sociodiscursivo expondo estudos de autores como Harmer (2007), Bakhtin (2000) e pesquisas importantes realizadas pela British Council. Verifica-se a necessidade do professor estabelecer metodologias que trabalhem a oralidade inserida na realidade de cada escola e turma. 
Palavras-chave: Oralidade, Metodologia, Ensino. 
1. INTRODUÇÃO 
Sabe-se que desenvolvimento humano ocorre através de interações dialéticas, ou seja, a língua oral é o meio de comunicação mais utilizado por todo o mundo. O autor Rector & Trinta (1985) retrata em seu livro “a comunicação não-verbal” que a comunicação humana é tanto um fenômeno quanto uma função social, pois se comunicar envolve a ideia de partilhar, de compartilhar e de transferir informação entre dois ou mais sistemas.
Entretanto, seu uso para aprendizagem no ensino de línguas estrangeiras é o que menos se leva em consideração, pois de acordo com a organização nacional do Reino Unido “British Counsil” em uma pesquisa publicada pelo jornal “O Globo”, de 30 de setembro de 2012, mostra que apenas 5% dos brasileiros sabem falar inglês, e que apenas 1% deles são fluentes. 
Apesar de muitos alunos estudarem inglês, geralmente, a partir da quinta série, a realidade nos mostra que esses alunos apresentam conhecimento insatisfatório sobre a língua e acaba sem conseguir comunicar-se, ainda que minimamente. 
Diante dos fatos, se torna importante investigar por que o ensino, principalmente a partir da oralidade é tão ineficiente e quais seriam boas metodologias didáticas e propostas para trabalhar o “speaking” dos alunos. 
Destarte, o presente trabalho tem como objetivo geral explorar propostas didáticas visando a produção oral para o desenvolvimento de uma comunicação eficiente dos alunos de língua inglesa, que se adequem a realidade dos alunos e a carga horária da disciplina em escolas públicas. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n. 9.394/96 (BRASIL,1996) torna obrigatório o ensino de uma Lingua Estrangeira nas escolas regulares, a partir da quinta série do ensino fundamental, cabendo à comunidade escolar decidir qual língua deverá ser ensinada. 
Quando nossas mães, pais, ou pessoa responsável cuidou de nós quando éramos bebês, para nos ensinar o idioma, eles não abriram um dicionário na nossa cara e nos forçaram a decorar os significados, o que aconteceu foi uma imersão da língua, na qual, todos a sua volta falam apenas aquele idioma, e você aprende, através da fala e da escuta.
Bakhtin (2000, p. 301) diz que:
A língua materna – a composição de seu léxico e sua estrutura gramatical - não a aprendemos nos dicionários e nas gramáticas, nós a adquirimos mediante enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos durante a comunicação verbal viva que se efetua com os indivíduos que nos rodeiam.
Porém, há uma obstinação por parte dos professores, não só da língua inglesa, focarem apenas em tópicos gramaticais e ensinarem dicas e macetes para os alunos conseguirem uma boa pontuação na prova do ENEM, deixando a oralidade de lado. Skimming e Scanning obviamente são técnicas de leitura muito importantes para um aluno exausto depois de ter lido 85 questões sobre outras matérias, e realmente pode fazer a diferença na pontuação do aluno, porém, o professor não deve ignorar a oralidade por completo.
Além disso, segundo um artigo da British Council, publicado em 2015, muitos dos problemas do ensino da língua inglesa são características do sistema de ensino público como um todo, que afeta escolas municipais e estaduais, problemas dos quais são indicativos de ambiente de alta vulnerabilidade social, onde se encontra violência dentro e fora da escola, excesso de alunos em salas de aula, turmas desniveladas, falta de recursos didáticos, alunos com problemas básicos de leitura e escrita e a existência de funcionários com contratos de trabalho precários e insatisfação com seus salários. 
Os professores, de acordo também com entrevistas feitas pela British Council, percorrem uma trajetória exaustiva e solitária em busca de qualificações e condições de trabalho, pois desde cedo investem com seus próprios recursos em suas formações e cursos de especialização da área. 
Mas suponhamos, que vivemos em uma utopia e que todos esses problemas estão devidamente resolvidos e que todos os professores de inglês tenham uma competência linguística e oralidade desejável, para assim poder descrever neste trabalho algumas propostas de ensino da oralidade para serem aplicadas em uma escola de ensino regular. 
Uma boa proposta para trabalhar com a oralidade dos alunos é através da ludicidade, de jogos e brincadeiras, pois Grassi (2008, p. 46) afirma que na brincadeira diversas funções são mobilizadas: as psicomotoras, as neuropsicológicas, a cognitiva além de sentimentos e afetos. 
Pode-se realizar atividades como músicas em inglês, sempre contextualizando-a e trazendo-a para o universo dos alunos e combinando com os tópicos gramaticais que o professor precisa ensinar durante o ano letivo. Assim, podemos associar o ensino de leitura, escrita, compreensão oral e pronúncia, ou seja, a língua em sua totalidade.
Atividades com flashcards são ótimas para desenvolver a memória, ainda mais se o professor pedir para que os alunos falem junto com ele o nome das figuras. Se o tópico que o professor está ensinando são verbos no infinitivo, ele pode procurar por imagens de pessoas realizando essas ações, imprimir em formato de flashcards e ler junto com os alunos. Por exemplo, se a música fala algum verbo no passado, como “talked”, o professor pode selecionar esse flashcard, deixá-lo visível, pausar a música exatamente depois da cantora cantá-la e perguntar: “What did the Adele/Riahana do?”, “Yeah, she TALKED, very gooood!”. 
O professor pode também, criar trabalhos semestrais, dos quais os alunos possam gravar pequenos diálogo em inglês, tentando o máximo utilizar o connected speech, a entonação e o stress das palavras, e depois apresentar para a classe, há diversas possibilidades para trabalhar o listening e o speaking dos alunos, basta o professor, que em nossa utopia tem acesso a internet, buscar atividades em algum website. 
O professor deverá criar situações, promover atividades como conversas, discussões, poesia, dramatizações, fantoches, leitura de histórias, entrevistas, musicas, reconto de histórias, trava- língua, debates, exposições orais, de forma a possibilitar que a criança se torne mais comunicativa e tenha uma interação maior com o grupo. (CHAER e GUIMARÃES, 2012, p. 76)
Harmer (2007) reforça em seus estudos a importância de promover atividades que trabalhem com todas as particularidades que envolvem a língua, destacando o cuidado com o léxico, gramática e pronúncia, como no “connected speech”, para que a aula não se torne apenas repetições de frases isoladas. Além de que, o “stress” e a entonação da língua inglesa diferem muito da língua portuguesa, pois não ocorre a inalação das palavras.
Afinal, o “listening” é fundamental neste processo, pois uma palavra que o aluno internalize errado, pode mudar completamenteo sentido da frase, como por exemplo, a palavra “soup” que significa sopa, tem a pronúncia assim “so͞op”, mas se o aluno aprender a pronunciar assim “sōp”, pode ser que o nativo entenda sabão e não a sopa. 
Considerando a importância da presença de propostas didáticas a partir da oralidade, justificam-se estudos que tenham por objetivo conhecer o funcionamento da língua ensinada em questão. 
3. METODOLOGIA
A principal função de um trabalho acadêmico é a consolidação do conhecimento, levando os estudantes a construir e pesquisar de diversas formas para edificar sua formação profissional. 
Assim pode-se dizer que a metodologia científica consiste no estudo, na geração e verificação dos métodos, das técnicas e dos processos utilizados na investigação e resolução dos problemas, com vistas ao desenvolvimento do conhecimento científico. O conhecimento científico se constrói por meio da investigação científica, da pesquisa utilizando-se a metodologia. (RODRIGUES, 2006, p.19).
A metodologia deste projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso foi construída através de revisões bibliográficas obtidas em livros, revistas, artigos e sites na internet, de autores como Vygotsky, Leo Kanner, Nogueira, entre outros que discorrem muito bem sobre o tema.
Para a realização desta pesquisa optou-se por uma pesquisa de caráter bibliográfico, sendo esta, uma pesquisa exploratória, que tem como objetivo, se familiarizar com o problema, o tornando mais explícito para construir hipóteses. Pretende-se buscar aprimoramento de ideias ou a descoberta através do levantamento bibliográfico, buscando desta forma, orientações que nortearão toda a escrita do trabalho. 
A técnica utilizada para esta pesquisa bibliográfica é a análise e o levantamento de dados em fontes impressas e eletrônicas, de forma que salienta a importância das interpretações dos eventos através de autores que dominam o assunto. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	A discussão abordada neste trabalho, foi que a oralidade é desprestigiada nas aulas de língua inglesa, pois a principal prioridade de grande parte dos alunos é aprender inglês para concurso ou provas como ENEM, e nessas provas não há questões que avaliem a fala dos alunos ou mesmo fluência e pronúncia, apenas questões escritas, das quais, muitas vezes, avaliam apenas a gramática. 
	Após esta pesquisa, fica ainda mais evidente que para se comunicar com clareza, precisamos trabalhar a oralidade dos alunos em sala de aula, mesmo com recursos limitados.
	
5. CONCLUSÃO
Almejo que os resultados dessa pesquisa possam ampliar meu conhecimento teórico-prático sobre gêneros orais e sua aplicabilidade no ensino de língua inglesa, já que é evidente a real necessidade de se trabalhar também com gêneros orais na sala de aula. 
Devemos priorizar um ensino que desenvolva as capacidades linguístico-discursivas dos alunos, lembrando que tais habilidades não são exclusivas da escrita. Quando produzimos um texto oral, é necessário observar o domínio (ou não) dessas capacidades. 
É necessário que o professor explique a importância da oralidade em sala de aula, bem como manter os alunos motivados, escolher uma metodologia dinâmica e lúdica, que se adeque a realidade dos alunos, pode ser significativo. 
6. REFERÊNCIAS 
BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Introdução. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV). Estética da Criação Verbal. Trad. de Maria E. G. G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 2000
CAFEZEIRO, Márcio. Por que apenas 1% dos brasileiros é fluente em inglês?. Mundo RH, 11 de nov. de 2020. Disponível em: https://www.mundorh.com.br/por-que-apenas-1-dos-brasileiros-e-fluente-em-ingles/. Acesso em: 02 de dez. de 2021.
CHAER, Mirella Ribeiro; GUIMARÃES, Edite da Glória Amorim. A importância da oralidade: educação infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Pergaminho, (3): p. 71-88, nov. 2012.
Instituto de Pesquisas Plano CDE. O ensino de inglês na educação pública brasileira. 1ª ed. São Paulo. 2015. Disponível em: estudo_oensinodoinglesnaeducacaopublicabrasileira.pdf (britishcouncil.org.br). Acesso em: 03 de dez. de 2021.
HARMER, Jeremy. The practice of English Language Teaching. Excess: Logman, 2007.
RECTOR, M.; TRINTA, A. A comunicação não-verbal: a gestualidade brasileira. Petrópolis, Vozes, 1985.
RODRIGUES, Auro de Jesus. Metodologia científica: completo e essencial para a vida universitária. [s.l]: Avercamp, 2006.
Academico ¹
Tutor²
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Letras - Inglês (Código da Turma) – Prática do Módulo I - 27/11/2021

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