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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO CEARÁ Escola de Ensino Fundamental e Médio Mário Hugo Cidrack do Vale Nome: _________________________________________________________________ Nº: ________ Ano: 1º Ano C. Turno: Noite. Data: ______/_____/______ Prof.ª: Ana Germana ATIVIDADE 1 – TEXTO LITERÁRIO X TEXTO NÃO-LITERÁRIO Leia os textos 1 e 2 e responda: Texto 1 Acerto de contas entre criminosos faz nova vítima Ontem, o menor V.S foi encontrado morto, por volta das 7 horas no morro da Providência. Ele era procurado por furto, roubo, receptação e tráfico. A mãe do menor, conhecida como Joaquina, afirmou não possuir documentos pessoais, o que dificulta a liberação do corpo. Afirmou ainda desconhecer as práticas criminosas do filho. “Meu filho era um menino bom, criei ele sozinha, com muita dificuldade. Ele me prometeu uma vida melhor e tava cumprindo, mas não era fazendo nada errado não.” Até o fechamento dessa matéria, a mãe ainda lutava pela liberação do corpo do filho. (Jornal Escola, 23/08/1991, por Mayra Pavan) Texto 2 O meu guri 05 10 15 20 Quando, seu moço, nasceu meu rebento Não era o momento dele rebentar Já foi nascendo com cara de fome E eu não tinha nem nome pra lhe dar Como fui levando, não sei lhe explicar Fui assim levando ele a me levar E na sua meninice ele um dia me disse Que chegava lá Olha aí Olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega suado e veloz do batente E traz sempre um presente pra me encabular Tanta corrente de ouro, seu moço Que haja pescoço pra enfiar Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Chave, caderneta, terço e patuá Um lenço e uma penca de documentos Pra finalmente eu me identificar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri 25 30 35 40 45 E ele chega Chega no morro com o carregamento Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar cá no alto Essa onda de assaltos tá um horror Eu consolo ele, ele me consola Boto ele no colo pra ele me ninar De repente acordo, olho pro lado E o danado já foi trabalhar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega estampado, manchete, retrato Com venda nos olhos, legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente, seu moço Fazendo alvoroço demais O guri no mato, acho que tá rindo Acho que tá lindo de papo pro ar Desde o começo, eu não disse, seu moço Ele disse que chegava lá Olha aí, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri (BUARQUE, Chico.1981.) 01. “O sentido conotativo (ou figurado) é aquele que as palavras e expressões adquirem um dado contexto, quando o seu sentido literal é modificado.” (ABAURRE et al., 2012, p. 25). Essa linguagem é muito comum em textos literários, como poemas, músicas e outros textos literários também prosa. Já o sentido denotativo (ou literal), predomina em textos não literários, como notícias, reportagens, textos científicos etc. “Dizemos que uma palavra foi utilizada em sentido literal quando é tomada em seu significado ‘básico’ [...]” (p. 25). Ou seja, em geral, é o primeiro significado que encontramos dessa palavra no dicionário. No texto 2, releia o trecho: “Quando, seu moço, nasceu meu rebento/ Não era o momento dele rebentar/ Já foi nascendo com cara de fome...” (versos de 1 a 3). Segundo o dicionário Houaiss, rebento é “broto”; enquanto rebentar é “estourar, explodir”. A partir dessas informações e dos seus conhecimentos, considere verdadeiro (V) ou falso (F): ( ) “Cara de fome” significa simplesmente que o menino era feio. ( ) “Rebento” tem o sentido figurado (conotativo) de “filho”. ( ) “Rebentar” tem o sentido literal (denotativo) de “nascer de repente, sem planejamento”. ( ) “Cara de fome” significa, no sentido figurado (conotativo), que o menino já nasceu com dificulda- de social e econômica. ( ) Para entender esse trecho, basta conhecer o significado literal (denotativo) apresentado pelo dicionário. A sequência correta está no item: A) F, F, V, F, V B) V, F, F, V, V, V C) F, V, F, V, F D) V, F, V, F, V E) V, V, V, F, F, F 02. De acordo com o texto 2, marque o item incorreto: A) O trecho “e ele chega”, repetido nos versos 13, 24 e 35, traz um significado de rotina, de que sempre o filho volta para a sua mãe depois do “trabalho”. B) No trecho “(ele) disse que chegava lá”, o “lá”, no verso 43, quer dizer “aparecer no jornal”. C) No trecho “(ele) disse que chegava lá” (versos 8 e 43), para o filho, quer dizer que ele daria muito orgulho para a sua mãe. D) No trecho “(ele) disse que chegava lá” (versos 8 e 43), para a mãe, quer dizer que o filho seria alguém famoso, que apareceria até em jornal. E) No trecho “(ele) disse que chegava lá” (versos 8 e 43), para a mãe, quer dizer que o filho seria um bandido famoso. 03. Você observou que os dois textos abordam o mesmo tema. Apesar disso, eles são bastante diferentes. Essas diferenças se devem ao objetivo e ao gênero de cada um dos textos, bem como ao público a que cada um deles se destina. Com base nisso, relacione as características de cada texto, presentes na coluna da direita, ao número correspondente a cada um, da coluna da esquerda: (0) Nenhum dos dois (1) Texto 1 (2) Texto 2 ( ) Apresenta uma linguagem objetiva, voltada para explicar um problema da realidade. ( ) Trata-se de um texto literário por recriar ficcionalmente a realidade. ( ) Trata-se de um texto não literário por ter uma linguagem organizada de propósito para criar mais de um sentido. ( ) Trata-se de uma notícia de jornal. ( ) Apresenta uma linguagem organizada com o objetivo de criar expectati- va ou envolvimento do leitor. ( ) Seu objetivo principal é informar o leitor sobre um acontecimento. ( ) Trata-se de um poema/música. ( ) Seus principais objetivos são entreter o leitor e provocar reflexão sobre as más condições de vida de algumas pessoas. A sequência correta da coluna direita está no item: A) 1, 2, 1, 0, 0, 1, 2, 2 B) 2, 2, 0, 1, 2, 1, 2, 2 C) 1, 2, 0, 1, 2, 1, 2, 2 D) 0, 1, 0, 2, 1, 2, 1, 2 E) 0, 0, 1, 2, 1, 2, 1, 2 Leia o seguinte diálogo e o verbete do verbo ficar e responda à questão 4: ficar v. 1 pred.int. e pron. permanecer num lugar; continuar a estar num lugar <ficamos deitados a manhã inteira> <não posso f. para o almoço> <todos partiram e ele ficou-se por ali> 34 [...] manter com (alguém) convívio de algumas horas, sem compromisso de estabilidade ou fidelidade amorosa [...] HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 04. Marque V, para as afirmativas verdadeiras, e F, para as falsas: a) ( ) O interesse em discutir o significado dessa palavra deve-se ao fato de ela ter permanecido com o mesmo sentido para pessoas de diferentes gerações. b) ( ) Para o pai, ficar significa “esperar”. c) ( ) A palavra “irreversivelmente” está associada ao sentido de ficar como “permanecer junto de alguém por tempo indeterminado”. d) ( ) Para o filho, ficar significa ter uma relação momentânea com outra pessoa. e) ( ) Nesse diálogo, quando a palavra “ficar” significa algo duradouro, ela está entre aspas. f) ( ) O termo ficar é considerado uma gíria criada pelos jovens da atualidade. g) ( ) O jovens atualmente têm o mesmo modo de perceber as relações afetivas que os jovens de antigamente. h) ( ) O termo ficar, indicando uma relação afetiva provisória, foi criado pelos jovens da atualidade como uma alternativa ao termo namorar, que indica uma relação de maior compromisso. Observe o anúncio abaixo e responda à questão 5: 05. Marque novamente V ou F: a) ( ) A escolha dessa expressão ajuda a reforçar,para o leitor, a associação entre o objeto a ser vendido (uma sandália) e sua função (calçar os pés). b) ( ) O texto, por explorar simultaneamente os sentidos denotativo e conotativo da expressão cheio de dedos, ganha maior expressividade. c) ( ) A duplicidade de sentidos não foi proposital, pois, nesse anúncio, o sentido conotativo não tem nenhuma relação com o denotativo. d) ( ) O sentido mais explícito (mais encontrado no dicionário), ou seja, o denotativo, da expressão estar cheio de dedos é ter (vários) dedos. e) ( ) O sentido atribuído culturalmente pelas pessoas, ou seja, o conotativo, da expressão estar cheio de dedos é “o sofrimento alheio não faz com que nós soframos, porque não nos afeta”.
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