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EXAMES LABORATORIAIS - Semiologia do adulto A - M5

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EXAMES LABORATORIAIS - SAÚDE DO ADULTO A
INTRODUÇÃO
A principal finalidade da realização de exames
complementares consiste em auxiliar no
diagnóstico médico. Também auxiliam o
monitoramento de pacientes com diagnóstico
estabelecido e em tratamento. Por fim, podem,
ainda, ser utilizados preventivamente, como uma
forma de check-up. Entretanto, é importante nunca
se basear em um único resultado anormal para
firmar um diagnóstico.
INDICADORES DE EFICÁCIA
○ Acurácia - frequência que o teste acerta o
resultado
○ Sensibilidade - capacidade de detectar a doença
○ Especificidade - números de vezes que o teste é
negativo na ausência de doença
○ Valores preditivos
・ POSITIVA: probabilidade de haver doença
diante resultado positivo.
・ NEGATIVA: probabilidade de não haver
doença diante resultado negativo.
○ Razão de verossimilhança - quantas vezes é
provável que o teste de positivo em paciente
com a doença do que em paciente sem a
doença.
PRINCIPAIS EXAMES DE PATOLOGIA CLÍNICA
• Hemograma + VHS.
• Glicose, uréia, creatinina, eletrólitos (sódio,
potássio, cloro, cálcio, fósforo, magnésio),
proteínas totais e frações.
• Lipidograma: colesterol total e frações (HDL, LDL e
VLDL), triglicerídeos.
• TSH e T4 livre.
• Hepatograma: TGO, TGP, fosfatase alcalina, gama
GT, bilirrubinas total, direta e indireta.
• Coagulograma: TAP, PPTA, plaquetas, tempo de
coagulação, tempo de sangramento, retração do
coágulo, prova do laço.
HEMOGRAMA
• Possui três séries: Hemograma de Schilling ou
Leucograma, Eritrograma e Coagulograma.
• Junto ao hemograma, é importante solicitar a
velocidade de hemossedimentação (VHS). Valor
máximo: F15 e M20. VHS>100 pode sugerir
neoplasia, colagenose ou tuberculose.
ERITROGRAMA
Índices Hematimétricos:
● HGM: hemoglobina globular média → conteúdo
de Hb médio dentro de cada hemácia.
● VGM: volume globular médio → tamanho médio
de cada hemácia.
● CHGM: concentração de hemoglobina globular
média → cor média de cada hemácia.
● RDW: amplitude de distribuição dos glóbulos
vermelhos → variação de tamanho entre as
hemácias, denominada anisocitose.
Alterações do Eritrograma (série vermelha):
anemias.
LEUCOGRAMA
Neutrófilo, basófilo e eosinófilo =
polimorfonucleares = granulócitos
• Fórmula Leucocitária: é importante gravar a
ordem da fórmula leucocitária, para interpretação
de casos clínicos.
N° total de leucócitos: 18500/mm³
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EXAMES LABORATORIAIS - SAÚDE DO ADULTO A
Achados na Fase Inicial de Infecção: leucocitose,
neutrofilia, desvio à esquerda (quantidade de
bastões), linfopenia, monocitopenia,
anaeosinofilia
Alterações do Leucograma: distúrbios
imunológicos e infecções.
○ Basofilia: reações alérgicas, retocolite
ulcerativa, anemia hemolítica crônica, Doença
de Hodgkin, uso de estrogênio, drogas
anti-tireoidianas e pacientes
esplenectomizados.
○ Eosinofilia: alergias, verminoses, dermatite,
artrite reumatóide, sarcoidose, tuberculose,
tabagismo.
○ Eosinopenia: choque, sepse, trauma, cirurgia,
corticoide, epinefrina.
○ Linfocitose (desvio à direita): hepatite viral,
citomegalovírus, mononucleose, tuberculose,
toxoplasmose, leucemia linfocítica,
intoxicação por chumbo e intoxicação por
arsênico.
○ Linfopenia: AIDS, LES, Doença de Hodgkin, uso
de lítio, uso de niacina, uso de corticoide,
irradiação ionizante.
○ Monocitose: Doença de Crohn, inflamações
granulomatosas crônicas e sífilis.
COAGULOGRAMA
ALTERAÇÕES NO COAGULOGRAMA
○ Elevação do TAP: sugere patologias que afetam
processo de absorção, síntese e metabolização
de vitamina K, deficiência do fator VII.
○ TTPA: avalia defeitos na via intrínseca de
coagulação (fatores VIII, IX, XI e XII).
○ Trombocitopenia: menor que 50. 000. Predispõe
a hemorragias. Ocorre em anemia aplástica,
hemorragia maciça, CID, hiperesplenismo.
○ Trombocitose: acima de 600.000. Predispõe à
trombose. Ocorre em anemia hemolítica, perda
crônica de sangue, após exercício físico, após
esplenectomia.
GLICEMIA
○ Valor de referência em jejum: 70-110 mg/dl.
○ Alterações da Glicemia:
➢ Hipoglicemia: pode ser resultante de causa
iatrogênica como aplicação de dose
excessiva de insulina em paciente diabético,
por hipersensibilidade à insulina,
insulinoma, dieta inadequada.
➢ Hiperglicemia: acima de 110 mg/dL.
➢ Diagnóstico de DM: duas glicemias acima de
126 ou qualquer glicemia acima de 200.
LIPIDOGRAMA
HEPATOGRAMA
Legenda:
TGO: ASP. Transaminase glutamicoxaloacética ou
aspartato aminotransferase. Encontrada em
diversos órgãos e tecidos como coração, fígado e
musculoesquelético.
TGP: ALT. Transaminase glutaminopirúvica ou
alanina aminotransferase. Encontrada
abundantemente no fígado. Pode estar elevada nas
miocardites e nos recém-nascidos por imaturidade
no fígado.
ALTERAÇÕES NO HEPATOGRAMA
○ Lesões necróticas ou agudas causam
primariamente aumento marcante de ASP e ALT.
○ As lesões de fígado como hepatites agudas, virais
ou medicamentosas, infarto e trauma sempre
além de alterar TGO e TGP, alteram o trato biliar
e, com isso, a bilirrubina direta por interferência
do fluxo biliar. Em consequência disso, também
se alteram fosfatase alcalina e Gama GT –
indicadores de colestase. Depois, ocorre lesão
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EXAMES LABORATORIAIS - SAÚDE DO ADULTO A
nos hepatócitos, causando perda da conjugação
da bilirrubina transportada e alteração da
bilirrubina indireta.
ELETRÓLITOS
FUNÇÃO RENAL
UREIA: molécula produzida no fígado como resíduo
nitrogenado do processo de metabolização das
proteínas da alimentação. É eliminada pela urina
após processo de filtração renal.
Valor normal: 20 a 40 mg/dl.
Alterações:
▪ Diminuição: insuficiência hepática grave,
desnutrição, doença alcoólica, tumor no fígado,
excesso de hidratação. Menos comum.
▪ Aumento: insuficiência renal grave,
hipercatabolismo proteico, desidratação.
CREATININA: molécula que advém de um ciclo que
se inicia com proteínas ingeridas pela dieta e
produção de creatina fosfato pelo fígado. Os
músculos para realizarem sua função consomem
esta creatina fosfato e, como resíduo desde
consumo constante da creatina fosfato, temos a
produção da creatinina que é lançada na corrente
sanguínea e, então, eliminada pela urina através
dos rins. A creatinina é inócua no sangue, sendo
produzida e eliminada constantemente pelo
organismo. Porém, se o paciente mantém sua
massa muscular mais ou menos estável e apresenta
aumento dos níveis séricos de creatinina pode
sugerir insuficiência renal, ou seja, o rim encontra
dificuldades para eliminá-la. o
Valor Normal: 0,7 a 1,4 mg/dl
PROTEÍNA
• A dosagem sérica de proteínas reflete o estado
nutricional do paciente e pode ser usada no
diagnóstico de doenças renais, hepáticas, dentre
outras.
• Proteínas totais: 5,5 a 8 g/dl.
• Albumina: 3 a 5,5 g/dl.
• Globulinas: 2 a 3,5 g/dl.
FUNÇÃO TIREOIDIANA
○ Valores de referência:
➢ TSH: 0,5 a 4,7 un/ml
➢ T4 livre: 0,8 a 2,7 mg/dl
○ Alterações:
➢ TSH elevado e T4 livre baixo:
hipotireoidismo → cabelo seco,
irritabilidade, cansaço, pele seca e áspera.
➢ TSH indetectável e T4 livre elevado:
hipertireoidismo → perda de peso, olhos
salientes, suores e pescoço inchado.
ELEMENTOS ANORMAIS DE
SEDIMENTOSCOPIA – URINA TIPO I
1. Cor: amarelo citrino.
2. Aspecto: límpido.
3. Densidade: 1005 a 1035
4. pH: 5,5 a 7,0
5. Glicose: ausente ou menor que 10 mg/dL. Se
presente, pode indicar DM.
6. Proteínas: ausente ou menor que 10 mg/dl
7. Hemácias/Hb: menos que 3 a 5 hemácias por
campo ou menos que 10000 células por ml.
8. Leucócitos ou piócitos: menor que 10000 células
por ml ou 5 células por campo → importante para
detectar ITU.
9. Cetonas ou corpos cetônicos: ausente.
10. Urobilinogênio e bilirrubina: ausentes.
11. Nitritos: ausente.
12. Cristais: ausentes.
13. Células epiteliais e cilindros: raras ou algumas.
14. Muco: ausente
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