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INTRODUÇÃO Laboratório clínico = onde os exames são realizados. EXAMES: ELETRÓLITOS · Natremia – concentração de sódio; · Calemia – concentração de potássio. GASOMETRIA · PH - avalia acidose ou alcalose; · Pressão O2; · Pressão CO2; · Concentração de HCO3. RENAL · Ureia – avalia sintomas; · Creatinina – avalia o problema; · Urina 1 – avalia a presença ou ausência de substancias específicas. HEMOGRAMA COMPLETO · Hemácias - faz a relação com as hemácias e avalia a presença de anemia e sua causa; · Leucócitos – faz a relação leucocitária e assim marca a situação nutricional. LESÃO MUSCULAR · Esquelético; · Cardíaco. FÍGADO · Bilirrubina; · Enzimas hepáticas: TGP, TGP, GGT e Fosfatase-alcalina. DISLIPIDEMIAS · Perfil lipídico: Colesterol total, TG, LDL, HDL. MARCADORES DE DIABETES · Glicose em jejum; · Hemoglobina glicada; · Teste de tolerância à glicose; · HOMA: IR e B. PANCREAS · Amilase; · Lipase. DIAGNÓSTICO, MONITORAMENTO E PROGNÓSTICO Os laboratórios são divididos nos respectivos setores: Histopatologia: análise de tecidos (biópsia); Imuno: sociologia, anticorpos no sangue (para infecção viral); Micro: fluídos (urina, sangue, soab) para informação bacteriana e fúngica; Parasito: fezes (presença de parasitas); Hematologia: hemograma completo; Bioquímica clínica: são para análises de emergências, como tem um fluxo maior, é divido em setores: - BIOQUÍMICA BÁSICA: eletrólitos, ureia e creatinina, ácido Úrico, proteína total e albumina, bilirrubina, glicose, gases no sangue, ALT, AST e amilase; - BIOQUIMICA EMERGENCIAL: ureia (identifica problemas renais), eletrólitos (K+), gases no sangue (acidose e alcalose) e glicose (hipo e hiperglicemia); - ANÁLISE ESPECIALIZADO: hormônios, proteínas específicas (de fatores tumorais), vitaminas e DNA; Setor diagnóstico: serve para preparar as amostras para sua distribuição e análise. As amostras são preparadas em cores diferentes para que seja diferenciar cada uma e saber se está preparada de forma correta para aquela análise. AMOSTRAS COLETA DE SANGUE Pode ser feita através de 2 tipos: PUNÇÃO VENOSA: · Tipo mais comum e fácil; · Usa tubos a vácuo (vaculaveis) para que o sangue entre nele por conta da pressão; · A maioria dos exames utiliza sangue venoso. PUNÇÃO ARTERIAL: · São para exames específicos (gasometria); · Tira sangue das artérias, normalmente feita no pulso. PUNÇÃO DA PELE: · Feita principalmente em idosos e bebes, quando não é possível realizar punção venosa; · O sangue não é coletado puro, pois contém junto dele pedaços de pele, células, entre outros. Formas de utilização dessas amostras: SANGUE TOTAL: células sanguíneas + plasma = utiliza o tubo inteiro; PLASMA: coloca-se anticoagulante no tubo para as células decantarem – a centrifugação acelera o processo de decantação - e a parte que fica em ciam é o plasma – o plasma possui mais fibrinogênio, interferindo na análise de anticorpos; SORO: o sangue no tubo forma coágulos, e o que sobra é o soro – o soro possui menos fibrinogênio, bom para a análise de anticorpos (ELISA). Formas que o sangue pode chegar no setor alvo: NORMAL: possui a cor normal e é bom para uso; LIPÊMICO: cor esbranquiçada, com maior quantidade de lipídeos e de quilomícrons geralmente em pacientes em jejum inadequado, dislipidemias ou efeito de drogas; HEMOLISADO: cor mais avermelhada por conta de hemólises. O plasma não fica puro, podendo causar alterações em diversos exames. Geralmente em pacientes com anemia hemolítica ou por erros na coleta ou centrifugação; ICTÉRIA: cor verde amarelada, por conta do acúmulo de bilirrubina, interferindo em diversos exames. COLETA DE URINA: O laboratório passa as instruções. Caso não seja examinado imediatamente, deve ser guardado sob refrigeração. ERROS NOS EXAMES: PRÉ ANALÍTICO – antes da analise o paciente não faz o jejum que deveria, a coleta de sangue é manuseada incorretamente, funcionários estocaram ou fizeram a centrifugação de modo incorreto; ANALÍTICO – problemas durante a análise do sangue, erro no reagente, calibração incorreta da máquina; BIOLÓGICO – relacionado com as características do paciente, como anemia hemolítica. ÁGUA: A água para exames que mexem com concentrações de substâncias: I = solvente (glicose) - quantidade soluto (H2O) - volume A água do volume se iguala ao volume do plasma = volemia. Em pacientes eutróficos essa volemia é equilibrada através do ADH, secretado em hipovolemia para impedir a excreção de H2O, e é inibido em hipervolemia, estimulando a excreção de H2O. Qualquer alteração no ADH causa alteração de volemia e assim dos exames, PACIENTE DESIDRATADO: volemia baixa = a concentração de soluto tende a ficar maior do que o normal. Em bebes e idosos essa alteração é mais frequente por sua fácil desidratação; PACIENTE HIPERHIDRATADO: volemia alta = a concentração de soluto tende a ficar menor que o normal, alterando resultados. NATREMIA E CALEMIA EQUILIBRIO HIDROELETROLITICO: esse equilíbrio é necessário para o corpo, e avaliado pela concentração de íons no sangue, sendo os principais sódio e potássio. Natremia – concentração de Na+ no plasma; Calemia – concentração de K+ no plasma. NATREMIA SÓDIO – CARACTERISTICAS: - Principal íon (cátion) extracelular = íon com maior concentração fora das células; - Principais funções · Papel importante no potencial de ação, através da excitabilidade neuromuscular; · Papel importante na estabilidade das membranas; · Papel importante no controle da volemia (quantidade de água no sangue). BALANÇO NORMAL DO SÓDIO: - As dietas normalmente contêm de 4 a 5g de sódio por dia; - Apenas 25% do sódio do organismo é fixo; - A concentração de sódio do plasma depende = RESPONSÁVEIS POR CONTROLAR A NATREMIA: · Ingestão de sódio; · Ingestão de água; · Excreção de água, afetada pelo hormônio ADH; · Rins, que excretam ou conservam o sódio, dependendo do conteúdo LEC e do volume sanguíneo. Quando o sódio é ingerido em excesso ele vai ser excretado pelos rins, de modo que um problema nos rins pode acarretar um problema na regulação do sódio. DESREGULAÇÃO DA NATREMIA: Hiponatremia = baixa concentração de sódio no plasma; Hipernatremia = alta concentração de sódio no plasma. REFERÊNCIA: 135 – 145 mEq/L MAIS PERIGOSA = HIPONATREMINA SEVERA. HIPONATREMIA: Concentração de sódio ABAIXO 135 mEq/L Hiponatremia leve: concentração baixa, mas próxima de 135 mEq/L - Organismo consegue se recuperar sozinho; - Normalmente assintomática = pode ter náuseas, vômitos, fraqueza, dor de cabeça e letargia (raciocínio lento). Hiponatremia severa: concentração abaixo de 120 mEq/L - Organismo não consegue se recuperar sozinho; - Sinais clínicos: náuseas, vômitos, fraqueza, dor de cabeça e letargia (raciocínio lento), convulsão, coma e depressão respiratória severa. Letargia = relacionada com a função do sódio em disparar o potencial de ação, que pela falta ocorre então em menores proporções. FÓRMULA NATREMIA: quantidade de sódio/volemia CLASSIFICAÇÃO: Hiponatremia Hipervolêmica: causada pelo acúmulo de água em casos de retenção líquida, na qual esse acúmulo de água aumenta a volemia, diminuindo então a natremia. Hiponatremia Hipovolêmica: causada pela queda de concentração de água, junto do aumento da excreção de sódio, diminuindo a quantidade de sódio e volemia, e consequentemente a natremia. CAUSAS DA HIPONATREMIA: - Alterações renais = causam tanto a hipervolemia e hipovolêmica, dependendo da alteração, mas pode gerar com mais frequência a hipovolêmica. HIPERVOLÊMICA: - Cirrose hepática = pois o fígado é responsável por produzir proteínas, e com a cirrose essa produção diminui, causando retenção hídrica que aumenta a volemia; - ICC (insuficiência cardíaca crônica) = pois o sangue pela baixa força na circulação fica parado nas artérias e veias, causando retenção hídrica que aumenta a volemia. HIPOVOLÊMICA: - Diuréticos = estimula maior excreção de sódio e água, e podem levar a hiponatremia severa; - Episódios prolongados de vômitos ou diarreias, levandoa alta excreção de água e sódio presentes no suco gástrico. TRATAMENTO DA HIPONATREMIA: - Administração de sódio; - Administração de soro fisiológico ou NaCl. HIPERNATREMIA: Concentração de sódio ACIMA de 145 mEq/L Hipernatremia leve: até 148 – 150 mEq/L - Assintomática. Hipernatremia acima de 150 mEq/L - Sinais clínicos: náuseas, vômitos, fraqueza, dor de cabeça e letargia (raciocínio lento); - O corpo se recupera rápido, por isso não é severa. CAUSAS: - Desidratação = comum e é 90% dos casos, principalmente em idosos e bebes pelo baixo consumo de água – pois abaixa a volemia e a concentração de sódio no sangue aumenta; - Ingestão ou retenção excessiva de sódio no LEC; - Outras causas: inflamações, alterações renais. TRATAMENTO: - Administração de água oralmente; - Administração de solução de glicose, caso a pessoa estiver desacordada, pois a água administrada no sangue pode causar hemólise das hemácias. CALEMIA POTÁSSIO – CARACTERISTICAS: - Principal íons (cátion) intracelular = íon com maior concentração dentro das células; - Principais funções: · Contração do miocárdio = alterações de potássio altera o ritmo cardíaco; · Regulação da excitabilidade neuromuscular – importante na ação neural; · Manutenção do volume do LIC; · Manutenção da concentração de H+ = se houver aumento de potássio tem o aumento de H+ e vice versa, pois caminham juntos. REFERÊNCIA = 3,5 – 4,9 mEq/L = A variação, mesmo pequena, já causa muitas alterações. BALANÇO NORMAL DO POTÁSSIO: O balanço do potássio, como do sódio, pode ser controlado pelos rins, pois ele excreta o que foi ingerido em excesso e reabsorve o que foi digerido em baixas quantidades. Também pode ser controlado pela Insulina e Adrenalina, pois estes estimulam a bomba sódio e potássio e assim aumentam a retirada de potássio da circulação, diminuindo a concentração extracelular e aumentando a intracelular. A lesão/destruição celular e a pratica de exercício físico causa a liberação do potássio que se encontra nessa célula, para a circulação, alterando a Calemia. ALTERAÇÕES DA CALEMIA HIPOCALEMIA: Concentração de potássio abaixo de 3,5 mEq/L CAUSAS: - Ingestão deficiente (só ocorre em casos extremos) = dietas pobres em potássio, alcoolismo, anorexia, bulimia, etc.; - Aumento dos níveis de Insulina = ocorre quando o indivíduo está em terapia insulínica, e aplica mais insulina que o indicado (principalmente quando ele está no início do tratamento) e a insulina aumenta a entrada de potássio nas células pela bomba de sódio e potássio, diminuindo sua concentração no sangue; - Aumento da perda renal = o aumento da excreção, diminui a sua concentração no sangue, e essa perda maior pode ser por conta de inflamações nos rins (nefrite) ou pelo uso de altas doses de diuréticos (efeito dose-dependente); - Diarreia = causa o aumento da perda no Trato GI, pois o suco intestinal possui altas quantidades de potássio. SINAIS CLÍNICOS: - Hipocalemia leve (3-3,4mEq/L) = pode ser assintomática; - Fraqueza = por conta da paralisia muscular pelo menor potencial de ação; - Irritabilidade; - Náuseas; - Vômitos; - Problemas cardiovasculares = arritmias, por conta da sua função no controle dos batimentos cardíacos. TRTATAMENTO: · Administração de potássio de forma EV, com devido controle e monitoramento do ECG, pois suas altas doses podem causar hipercalemia e assim paradas cardíacas. HIPERCALEMIA: Concentração de potássio acima de 4,9 mEq/L Emergência mais comum. O indivíduo consegue viver com uma hipercalemia constante, portanto, que seja a abaixo de 8,0 mEq/L, sem que ocorram paradas cardíacas. SINAIS CLÍNICOS: - Alterações no ECG: aumento do marca-passo => aumento da FC => fibrilação muscular (concentração rápida, forte e constante) que impede o bombeamento correto do sangue, podendo levar a uma PARADA CARDÍACA; - Hipotensão arterial; - Fraqueza muscular; - Parada cardíaca. CAUSAS: - Insuficiência renal aguda ou crônica; - Lesão muscular ou celular = ocorre a liberação do potássio presente no interior das células, aumentando a concentração no sangue; - Terapia de reposição de potássio, oral ou EV. TRATAMENTO: - Infusão de insulina e glicose para mover o potássio para dentro da célula; - Diálise. CASOS: 1) Uma adolescente, 13 anos de idade, dá entrada no hospital com diarréia severa a vômito intenso, apresenta torpor, dificuldade de concentração mental, alterações da personalidade, confusão, delírio. O médico solicita exames bioquímicos, a partir dos resultados, ele inicia administração de soro endovenoso (0,9% NaCl além de outras medicações para alívio dos sintomas. Após um dia de internação, a criança já apresenta melhora e recebe alta. Sódio 118 (VR: 135-145 mEq/L); Potássio 3,5 (VR: 3,5-4,9 mEq/L) Baseado nos resultados responda: qual(is) distúrbio(s) hidro-eletrolítico(s) a adolescente pode apresentar? Justifique sua resposta e comente o tratamento. Pode apresentar Hiponatremia hipovolêmica severa, pois a alta quantidade de vômitos e diarreia leva a maior excreção de sódio e água, causando o desbalanceamento do sódio. O tratamento é a aplicação de soro fisiológico para aumentar a quantidade de sódio e água, já que este é rico em íons e água. 2) G.S.R., homem de 28 anos é diabético e faz uso de terapia insulínica. Ao retornar de uma viagem para o oriente, sofreu com episódios prolongados de vômito e diarreia por uma semana. Após alguns dias passou a ter dor de cabeça intensa, letargia, arritmia cardíaca e no oitavo dia ocorreu um episódio de convulsão. Foram obtidos os seguintes dados do equilíbrio hídrico: Na+ 90 (VR 135-145 mEq/L) K+ 2,8 (VR 3,5-4,9 mEq/L) a) Explique as prováveis causas das alterações dos níveis de sódio e de potássio do paciente. b) Explique a provável causa da convulsão e também a provável causa da arritmia. a) Ele tem Hipocalemia e Hiponatremia severa, causadas pelos intensos episódios de vômitos e diarreia, as quais levam a excreção excessiva de potássio, sódio e água. Caso sua administração de insulina não for correta, e sim excessiva pode acarretar também na Hiponatremia severa. b) A convulsão é causada pela Hiponatremia severa, pois ocorrem alterações neurais, enquanto a arritmia é causada pela Hipocalemia, pois o Potássio é extremamente importante para a contração e frequência cardíaca. EQUILIBRIO ÁCIDO-BASE GASOMETRIA O exame Gasometria é utilizado para avaliar: · pH; · Bicarbonato; · pO2 = pressão parcial de O2 (concentração de O2 no sangue); · pCO2 = pressão parcial de CO2 (concentração de CO2 no sangue). SANGUE UTILIZADO: Feito a partir do sangue arterial, pois o periférico é variável, de modo que não apresenta resultados reais, enquanto o arterial possui o sangue que acabou de sofrer a ação do pulmão, onde já ocorreu a ação do tampão; RESULTADOS: Esse exame observa os distúrbios ácido-base: · ALCALOSE = sangue mais básico; · ACIDOSE = sangue mais ácido. pH ácido = molécula em água que libera H+, por possuir maiores quantidades pH básico = molécula em água captura H+, por possuir menores quantidades A importância do pH do sangue é que este deve estar estável para que não ocorra alterações nas enzimas. TAMPÕES: Os íons H+ são produtos do metabolismo, e caso não existam tampões o sangue tende a ficar mais ácido. TAMPÕES = moléculas que vão estabilizar o pH mesmo com pequenas adições de ácidos ou base, mantendo a concentração de H+ estável. PRINCIPAIS: · Ácido carbônico (ácido) – Bicarbonato (base): Essa reação pode ir e voltar, dependendo da quantidade de H+ , de modo que quando tem pouco H+ a reação vai (=>) e quanto tem muito H+ a reação volta (<=). No organismo existe uma enzima anidse que transforma o ácido carbônico em H2O e CO2 e vice versa. Se tem muito CO2 e H2O, forma mais Ácido Carbônico (H2CO3) e assim mais H+ e Bicarbonato (HCO3), enquanto se tem muito H+ ocorre o cantrário, fornando mais Ácido Carbônico (H2CO3) ou CO2 e H2O. · Hemoglobina: Nos tecidos periféricos, exceto pulmão, as células permanecem vivas através de ATP, e para a produção de ATP é necessário queocorra a respiração celular (glicose + O2 = ATP + CO2 + H2O). As células utilizam apenas o ATP e jogam o CO2 e H2O no sangue, onde vão inicalmente sofrer ação do tampão Ácido carbônico–Bicarbonato, aumentando a concentração de H+ no sangue. Esses H+ vão se encontrar com as Hemoglobinas que acabaram de transportar O2 para as células, e vão se ligar nessas, até que essas retornem para o pulmão, onde a hemoglobina se solta desse íon para se ligar à mais O2, deixando o H+ na circulação do pulmão. Aumenta a concentração de H+ na circulação do pulmão e esse se junta com o tampão Bicarbonato para formar Ácido Carbonico e então CO2 e H2O, os quais são expelidos pela respiração, eliminando indiretamente o H+. ÓRGÃOS REGULADORES PULMÃO = através da hemoglobina que encaminha H+ até a circulação pulmonar, onde esse se junta com o tampão Bicarbonato para formar Ácido Carbonico e então CO2 e H2O, os quais são expelidos pela respiração = principal regulador do equilibrio ácido-base => quando ocorre o aumento da concentração de H+ na circulação do pulmão aumenta a frequencia respiratória, para aumentar a quantidade de CO2 e H2O a ser expelida => HIPERVENTILAÇÃO RIM = através da regulação da excreção e reabsorção de H+ e HCO3. REFERENCIAS DOS GASES SANGUÍNEOS: · pH 7,35-7,45 · [HCO3-] 22-26 mmol/L · PCO2 35-45 mmHg · PO2 80-110 mmHg DISTURBIOS ÁCIDO-BASE Os desequilíbrios ácido-base do sangue são decorrentes de condições patológicas, e podem ser classificados como: · METABÓLICOS: · Acidose Metabólica; · Alcalose Metabólica. · RESPIRATÓRIOS: · Acidose Respiratória; · Alcalose Respiratória. ACIDOSE METABÓLICA: Acidoses de origem extrapulmonar, a qual pode ter como origem o aumento da produção de H+, ou o aumento na excreção de Bicarbonato. ACIDOSE LEVE = ocorre na pratica de exercícios físicos, mas é recuperada rapidamente, pois o pulmão aumenta a frequencia repiratória => hiperventilação. CAUSAS: · CORPOS CETÔNICOS; · PERDA INTESTINAL ou RENAL DE BICARBONATO; · DIMINUIÇÃO DA EXCREÇÃO DE H+ - Insuficiencia Renla; · HIPERCALEMIA; · MAIOR PRODUÇÃO DE H+ por: · Diabetes não tratada; · Jejum prolongado; · Dietas sem carboidratos; · Exercicio físico. PH PO2 PCO2 HCO3 (Bicarbonato) – indica a causa da acidose metabólica BAIXO NORMAL NORMAL* ou BAIXA NORMAL (causa = H+) ou BAIXA (causa = HCO3) *PCO2 NORMAL = não está ocorrendo a compensação PCO2 BAIXA = está ocorrendo a compensação pela hiperventilação, excretando bastante CO2, diminuindo suas concentrações. SINAIS CLÍNICOS: · Arritmia; · Parada cardíaca; · Diminuição da consciencia; · Coma; · Morte. ACIDOSE RESPIRATÓRIA: Acidoses de origem pulmonar, pela diminuição da frequência respiratória (Hipoventilação) que causa um acúmulo de CO2 e assim de H+, deixando o sangue ácido. O corpo tenta compensar através do pulmão, pela hiperventilção, mas como o órgão já esta danificado o rim passa a agir aumentando a excreção de H+ e a retenção de Bicarbonato para manter o equilibrio. Entretanto, essa compensação do rim é lenta, sendo necessário aplicar um broncodilatador para permitir a compensação pelo pulmão. CAUSAS da Acidose Aguda: · Obstrução das vias aéreas; · Doenças neuromusculares; · Doenças do SNC. CAUSAS da Acidose Crônica: · DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), como asma, bronquite; · Efisema. PH PO2 PCO2 – indica a causa da acidose metabólica HCO3 (Bicarbonato) BAIXO BAIXA OU NORMAL (em Acidose Crônica Leve) ALTA – não está excretando CO2 suficiente (causa = acúmulo de CO2) NORMAL ou ALTA* *Bicarbonato normal = não está ocorrendo a compensação Bicarbonato Alto = está ocorrendo a compensação. PARA DESCOBRIR O TIPO DE ACIDOSE É SÓ PEDIR O EXAME PCO2 – CASO SEJA RESPIRATÓRIA SEMPRE VAI DAR ALTO. ALCALOSE METABÓLICA: Causa: maior produção e retenção de HCO3 e maior secreção de H+. - Raro de ocorrer; - Compensação = hipoventilação. PH PO2 PCO2 HCO3 (Bicarbonato) – indica a causa da acidose metabólica ALTO NORMAL NORMAL OU ALTO* BAIXA *ALTO – compensação. ALCALOSE RESPIRATÓRIA: Causa: hiperventilação dos alvéolos, com menor concentração de CO2. CAUSA da Aguda: · Lesão no SNC; · Envenenamento por salicitato; · Febre; · Ventilação artificial. CAUSA da Crônica: Altitudes elevadas possuem menor pressão atmosférica, diminuindo a concentração de CO2. PH PO2 PCO2 – indica a causa da acidose metabólica HCO3 (Bicarbonato) ALTO NORMAL BAIXA NORMAL ou BAIXA* * BAIXA = compensação. CASOS: 1- Um homem de 50 anos de idade procurou o setor de emergência de um hospital após retornar de uma viagem ao exterior, e apresentava os seguintes sintomas: vômitos persistentes, ao longo dos três dias anteriores, e respiração lenta. Foram obtidos os seguintes resultados dos gases sanguíneos: pH = 7,54 (7,35 – 7,45) [HCO3-] = 28 mmol/L (22 – 26 mmol/L) PCO2 = 58 mmHg (35-45 mmHg) PO2 = 81 mmHg (80-110 mmHg) Qual é o quadro ácido-básico do paciente? Explique Explique o nível da PCO2. Porque o paciente apresenta respiração lenta? 2- Após um acidente de carro, paciente chega ao PS com amputação parcial do braço esquerdo e diversas lesões traumáticas leves e moderadas pelo corpo. Apresenta respiração acelerada e taquicardia. Dado os resultados da gasometria responda: pH = 7,2 (7,35 – 7,45) [HCO3-] = 21 mmol/L (22 – 26 mmol/L) PCO2 = 38 mmHg (35-45 mmHg) PO2 = 82 mmHg (80-110 mmHg) Qual é o quadro ácido-básico do paciente? Explique. Explique o nível de bicarbonato e PCO2. Porque o paciente apresenta taquicardia? AVALIAÇÃO DE FUNÇÃO RENAL – UREIA E CREATININA Para avaliar a função renal os exames são quantitativos de concentração plástica (marcam a ausência ou presença de substancias no sangue), sendo os principais: · Ureia; · Creatinina; · Urina tipo 1. UREIA = produto nitrogenado feito através da oxidação de aminoácidos: Oxidação de aminoácidos => formação de amônia (substância tóxica ao corpo) => é encaminha ao fígado => transformação de amônia em ureia. Produção de ureia depende: · Ingestão proteica => alta ingestão proteica leva a maior oxidação de aminoácidos e assim a formação de mais ureia; · Turnover da proteína endógena = reciclagem da proteína (processos catabólicos); · Hepatopatias – o aumento da ureia não é causado apenas por alterações renais, mas se houver alguma, a concentração dela aumenta pois o rim que é responsável por excreta-la (90% da ureia é excretada pelo rim). FUNÇÃO: A ureia não é um bom marcador de lesão renal pois não depende só dos rins, variando muito, por ser reabsorvida nos néfrons e através do consumo proteico. Mas é utilizada para fechar diagnósticos e avaliar sintomas. UREIA ALTA – tratamento não está sendo eficiente. EXCREÇÃO: · 90% pela urina; · 10% no TGI e pela pele; · Filtrada pelos glomérulos; · 40-80% do filtrado sofre reabsorção por difusão passiva. Excesso = acima de 200 CREATININA = substância endógena formada pela desidratação da creatina ou fosfocreatina, para permitir sua excreção do organismo. - Liberada na circulação em uma taxa constante; - Excretada por filtração glomerular sem sofrer reabsorção; FUNÇÃO: avalia lesão e funcionamento renal, estimando a taxa de filtração glomerular (TFG), conseguindo identificr o estágio da Insuficiencia Rneal. Ele é um marcador de lesão renal – creatinina é liberada pelo musculo em uma concentração constante, de acordo com a massa muscular que ele tem. Fatores que alteram a massa muscular => alteram a taxa de filtração glomerular: · SEXO; · IDADE; · PESO. ALTO CONSUMO de creatina – a creatina não é totalmente utilizada pelo músculo, aumentando a concentração no sangue. TFG = volume de plasma filtrado/tempo TFG para um homem adulto: 90 – 120 ml/min. Real (com urina): Estimada (sem urina): Depuração Creatinina = Clearance de Creatinina = TFG EXCREÇÃO: · Rins = filtram e excretam a creatinina – se houver algum problema no rim, a concentração de creatinina aumenta bruscamente (rápido e altas quantidades), sendo o melhor marcador de lesão nos rins. URINA TIPO I CASOS:1)Paciente com IRC há 5 anos, tratamento conservador, passa por exames de rotina. Resultados alterados: Creatinina 2,4 (0,6 – 1,0 mg/dL) Uréia 262 (10 – 45 mg/dL) Responda: A paciente provavelmente apresenta sintomas ou não? Justifique e diga se há alguma terapêutica a ser alterada. Paciente provavelmente possui sintomas, pois a ureia é maior de 200 mg/dL, passando a ser tóxica. A creatinina alta é esperada por ele ter insuficiência renal. Desse modo é possível identificar que o tratamento conservador não está sendo suficiente, devendo trocar para o tratamento dialítico. 2) Mulher, 54 anos, apresenta dores fortes no quadrante lombar direito. Já havia sentido dores na região há 1 mês. Após exame clínico é constatada possível cólica renal. Tem oligúria e apresenta os resultados dos exames ligado ao funcionamento renal: Ureia (mg/dL) 86 Creatinina (mg/dL) 0,9 TFG (mL/min) 80 Responda: a) O rim da mulher deve está filtrando normalmente? Justifique. b) Qual a tendência, caso não haja nenhuma intervenção para o tratamento da origem da cólica renal? Diga os exames que se alterariam. a) Sim, pois a creatinina dela está normal, mas os outros exames estão alterados pois ela deve ter cálculo renal. b) Ela possui cálculo renal, e esse possui pontas e pode lesionar o rim e assim levando ao aumento da creatinina. 3) Paciente ESS do sexo feminino, pesando 65kg, 74 anos e medindo 149 cm dá entrada no hospital com quadro neurológico apresentando letargia, convulsões. Familiar relata que a paciente percebeu nos últimos dias que não conseguia urinar direito. Gasometria pH 7,29 (7,35-7,45) PCO2 41mmHg (40-45) HCO3- 16mmol/L (20-24) Creatinina no soro: 1,6 mg/dL (0,6-1,0) Volume de 24 horas: 700 mL (800-2800) a) A partir dos exames solicitados, qual o provável órgão acometido? Justifique. b) Baseado na gasometria e no caso clínico da paciente podemos afirmar que estamos diante de qual distúrbio ácido base? Justifique e comente sobre sua compensação. a) O órgão acometido é o rim, pois a creatinina encontra-se elevada. b) O distúrbio ácido base é Acidose Metabólica, pois o pH encontra-se baixo, indicando acidose, e o HCO3 encontra-se mais baixo que a referência, indicando que é metabólico, tendo como causa o acúmulo do mesmo. O PCO2 encontra-se normal, indicando que não está ocorrendo compensação. 3) Mulher, 78 anos, internada por conta de DPOC (enfisema) há 1 semana. Apresenta dificuldade em respira e urinar; letargia e confusão mental. Não demonstra melhora no quadro instalado desde a internação. Após analise dos exames, é encaminhada para tratamento dialítico. Dados os exames: Gasometria Arterial: Exames plasmáticos: pH 7,24 (7,35 – 7,45) Creatinina 1,78 (0,6 – 1,2 mg/dL) pCO2 58 (35 – 45 mmHg) Ureia 73 (20 – 40 mg/dL) HCO3- 19(22 – 28 mEq/l) TFG: 48 (80 – 120 mL/min) pO2 68 (80 – 100 mmHg) Urina tipoI: Proteinúria, glicosúria e hematúria Responda: Qual o quadro ácido-básico da paciente? Justique e diga sua causa. O quadro é Acidose mista, tendo como causa a DPCO, que aumenta a PCO2, e possui creatinina alta, identificando problemas nos rins e excretando mais HCO3, justificando a metabólica. HEMOGRAMA – quantitativo Estuda as células, parte sólida do sangue. Tipos celulares: · Serie vermelha; · Serie branca; · Plaquetas. ERITROPOIESE = Processo de formação de células vermelhas: Ocorre na medula óssea e depende de FATORES ESTIMULANTES, como: · EPO (Eritropoietina) = secretado pelo rim e estimula a formação de hemácias; · Ferro = forma o HEME da hemoglobina; · Vitamina complexo B (B6 e B12) = faz com que o processo de eritropoiese ocorra pela síntese de DNA para a reprodução; · Ácido Fólico = síntese de DNA para a reprodução; · Aminoácidos = síntese proteica. HEMOGRAMA IDENTIFICA: - Contagem de hemácias; - Determinação da hemoglobina (Hb); - Determinação de hematócrito = porcentagem de hemácias presentes no sangue; - Contagem diferencial dos leucócitos = LEUCOGRAMA – contam os leucócitos e especificam a quantidade de cada tipo; - Indices hematológicos = HEMATIMÉTRICOS; - Contagem de plaquetas. INDICES HEMATIMÉTRICOS: Levam em consideração o tamanho das hemácias e o conteúdo de Hb dentro delas Mais utilizadas para avaliar anemia. - VCM = volume corpuscular médio – mede o tamanho das hemácias pela média: Resultado baixo – pequenas células; Resultado alto – grandes células. - CHCM = concentração de Hb corpuscular média – conteúdo de hemoglobina por hemácia; - HCM = Hemoglobina corpuscular média – mede a variação de tamanho: Confirma o VCM se estiver normal; Alterado significa que o VCM não é real. - RDW = amplitude da distribuição das hemácias, com diferentes tamanhos. SÉRIE VERMELHA: Pode apresentar maiores quantidades de hemácias (glóbulos vermelhos altos) por: · Desidratação; · Doença Renal Aguda; · Tabagismo; · Baixa pressão de O2 – em altas atitudes. Esse aumento em excesso é ruim pois o sangue fica viscoso e aumenta as chances de formar coágulos. Anemia = glóbulos vermelhos e hematócrito baixos, tendo como causas: · Hemorragia; · Doença Renal Crônica; · Hemólise; · Leucemia; · Infecções crônicas; · Alimentação deficiente. SÉRIE BRANCA BAIXA QUANTIDADE DE QUALQUER LEUCÓCITO = Leucopenia Causas principais: · Desnutrição; · Doença autoimune; · Insuficiência de medula; · Doeça de fígado ou baço. ALTAS QUANTIDADES DE ELUCÓCITOS = Leucocitose Causas principais: · Doenças infecciosas ou inflamatórias; · Leucemias; · Estresse físico ou emocional; · Dano tecidual, como queimaduras. LEUCOGRAMA Leucograma O que causa as alterações de cada célula: Neutrófilos Alto: Infecção, queimaduras, inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes ou gota Baixo: Falta de vitamina B12, anemia falciforme, uso de esteróides, pós cirurgia... Eosinófilos Alto: alergia, vermes, colite ulcerativa, doença de Hodgkin Baixo: uso de betabloqueadores, corticóides, estresse, infecção bacteriana ou viral Basófilos Alto: retirada de baço, leucemia mielógena crônica, policetemia, catapora, doença de Hodgkin Baixo: hipertireoidismo, infecções agudas, gravidez, choque anafilático LINFÓCITOS ALTO: INFECÇÕES AGUDAS BAIXO: DESNUTRIÇÃO – indicativo de desnutrição* Monócitos Alto: leucemia monocítica, doença de armazenamento lipídico, infecção por protozoários, colite ulcerativa crônica Baixo: anemia aplásica Plaquetas (trombócitos) Alto: câncer, policitemia, cirrose, pancreatite crônica ou anemia ferropriva. Baixo: púrpura trombocitopênica *O Linfócito B produz um anticorpo rico em aminoácidos, e por conta de desnutrição esses não podem ser produzidos, indicando a desnutrição. EPO – ERITROPOIETINA: - Hormônio produzido e secretado pelo rim; - Estimula a eritropoese = formação de hemácias; - Os níveis plasmáticos de EPO são inversamente proporcionais ao volume das hemácias e ao hematócrito = o EPO é secretado quando a quantidade de hemácias no sangue está baixa. Para quem tem anemia a EPO está sempre aumentada, exceto quando a causa é insuficiência renal, pois não tem como haver sua secreção pelo rim, pois o órgão está danificado. AUMENTO DE EPO: · Anemia; · Quimioterapia; · AIDS (após o tratamento); · Adenocarcinoma renal. DIMINUIÇÃO DE EPO: · Insuficiência renal; · Síndrome nefrótica; · AIDS (antes do tratamento). HEMOGRAMA – ANEMIAS ANEMIA = baixa concentração de hemácias e hematócrito. CLASSIFICAÇÃO: - LABORATORIAL: através de exames pode-se verificar a quantidade de hemácias e hematócrito através dos índices: VCM, CHCM e RDW. VCM – classifica a anemia em relação ao tamanho das hemácias: Baixo = ANEMIA MICROCÍTICA (hemácias pequenas); Alto = ANEMIA MACROCÍTICA (hemácias grandes); Normal = ANEMIA NORMOCÍTICA(hemácias normais). CHCM – classifica a anemia em relação à cor das hemácias: Baixo = ANEMIA HIPOCRÔMICA (pouca cor); Normal = ANEMIA NORMOCRÔMICA (cor normal). A concentração de hemoglobinas muda a cor pela presença de ferro. RDW – indica se o VCM é real ou não: Alto = o VCM não apresenta a realidade, pois tem muita hemácia macrocítica e muita microcítica, indicando uma ANEMIA MISTA. - FISIOPATOLÓGICA: FERROPRIVA: - Causa: Deficiência de ferro; - Características = MICROCÍTICA e HIPOCRÔMICA; - Para confirmar a causa analisar a ferritina e ferro sérico, se estiver baixa é ferropriva. MEGALOBLÁSTICA: - Causa: deficiência de B12; - Características = MACROCÍTICA e NORMOCRÔMICA; Para confirmar a causa analisar B12 e Ácido Fólico. INSUFICIENCIA CRÔNICA RENAL: - Causa: baixo funcionamento nos rins; - Em casos de diálise a quantidade de ferro e ferritina será muito baixa, indicando uma ANEMIA FERROPRIVA DE INSUFICIENCIA RENAL; - Quando não são realizadas diálises ocorre a diminuição da secreção da EPO, levando à diminuição da produção das células = ANEMIA NORMOCÍTICA RENAL. CASOS: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE DOENÇAS CARDÍACAS O coração = MÚSCULO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: ocorre pela diminuição do fluxo sanguíneo nas coronárias, podendo levar a lesão celular. Processo lento e progressivo Principais técnicas para diagnóstico: · EXAME CLÍNICO: através dos sintomas – cansaço e azia = confirma o diagnóstico; · ALTERAÇÕES NO ELETROCARDIOGRAMA = confirma o diagnóstico; · MARCADORES SÉRICOS – substâncias que vão aparecer no sangue = temporalizam o infarto para saber quando ocorreu, sua extensão, descobrindo como tratar o IAM. · CK Total ou CKMB; · MIOGLONINA; · TROPONINA. Essas são proteínas que ficam dentro das células musculares cardíacas e elas são liberadas para o sangue quando há lesão nas células. CK: Enzimas envolvidas com a reserva de energia. CK TOTAL ELEVADA = pode ocorrer por conta da lesão em 3 lugares diferentes: · Músculo esquelético; · Musculo cardíaco; · Cérebro. Desse modo, por ocorrer em 3 lugares ela é inespecífica, não localizando onde foi a lesão. A CK tem isoformas diferentes, de acordo com as diferentes junções das cadeias B e M: · CKBB – Encontra-se principalmente no cérebro; · CKMM – Encontra-se principalmente no músculo esquelético; · CKMB – Encontra-se principalmente no músculo cardíaco = utilizada para indicar IAM. O coração, entretanto, possui mais CKMM que CKMB, mas o CKMM está em maior porcentagem no músculo esquelético que no coração, de modo que sua elevação indica lesões no músculo esquelético, já que é um órgão maior. ALTERAÇÕES DA CK: A CKMB pode ser aumentada por: - IAM; - Isquemia; - Angina; - Cardiomiopatia. Entretanto a CKMB tem baixa especificidade, pois pode aumentar pelo coração ou por conta de lesões extensas na musculatura esquelética, como: - Exercício intenso; - Miopatias; - Doenças musculares; - Neoplasias; - Queimaduras; - Traumatismos. Em Atletas a CK total é elevado, de modo que o patologista deve sempre avaliar a CKMB total, e se ela estiver muito alta significa que o treinamento está muito intenso, devendo diminuir seu treinamento, caso contrário seu rendimento diminuirá. CKMB EM RELÇAÕ AO INFARTO: Início = aumento 4 a 6 horas depois do início dos sintomas. Permanece por 3 dias. CKMM pode aumentar por: - Distrofia muscular; - Polimiosite; - Atividade física; - Queimaduras. CKBB pode aumentar por: - Encefalopatia; - AVC; - Convulsão; - Choque do SNC. MIOGLOBINA: Proteína presente na musculatura cardíaca e esquelética, que faz o transporte de oxigênio e extravasa com a lesão celular. A proteína do tecido cardíaco é a mesma do tecido esquelético: MIOGLOBINA TOTAL ALTA não diferencia onde foi a lesão. Inicio: aumenta imediatamente depois dos sintomas. Permanece alta por 1 dia – rapidamente eliminada pelos rins por seu baixo peso molecular. É utilizada na prática para saber se o infarto foi nas ultimas 24 horas, mas como não é específico, só é utilizado quando já houve a confirmação do infarto. TROPONINA: MELHOR MARCADOR Proteína regulatória presente no músculo estriado, responsável pela contração muscular, expondo os sítios de ligação para miosina e actina. Ela é formada por 3 unidades diferentes: - Troponina C (TnC) que se une ao cálcio; - Troponina T (TnT) que se liga a tropomiosina; - Troponina I (TnI) molécula inibitória que previne a contração na ausência de cálcio. As troponinas TnI e TnT possuem isoformas e a subunidade troponina I existe em três isoformas, duas no músculo esquelético e uma no músculo cardíaco. Formas cardíacas: cTnT e cTnI diferenciam-se das formas musculares pela sua composição e são presentes apenas no coração, sendo de maior especificidade. Inicio: entre 4 a 8 horas após o inicio dos sintomas. Pico: 24 a 72 horas. Permanece entre 7 a 14 dias. O exame mais feito na prática para o diagnóstico é o CK total + ECG + sintomas, pois o CK total é rápido e prático, enquanto a troponina, apesar de ser mais específica, demora de 6 a 8 horas para dar o resultado, como a CKMB. · VALORES DE REFERÊNCIA · Troponina T: 0,1 a 0,2 ng/ml · Troponina I: > 0,4 ng/ml · CK total: homens15-160 U/L; mulheres 15-130 U/L · CKMB (até 16 U/L, ou < 6% da CK total) · Mioglobina: < 70 g/L CASO CLÍNICO Paciente de 76 anos de idade, sexo masculino, branco foi internado no hospital para realização de cirurgia não cardíaca. Várias horas depois do pós-operatório passou a apresentar mal estar e dor no peito. Exames laboratoriais revelaram aumento da enzima creatina quinase (CK total e CK-MB) no plasma consistente com um infarto do miocárdio. a) O que são isoenzimas? Qual é a importância das isoenzimas para o diagnóstico clínico? b) No caso em questão por que as enzimas CK total e CK-MB estavam aumentadas? 1-a) A CK total e a CKM por conta de lesões cardíacas ou por conta da lesão muscular da cirurgia. b) Outro exame que poderia ser feito é a identificação de troponina plasmática. 2- a) Os exames são importantes pois temporalizam o infarto e permitem identificar a extensão da lesão e assim aplicar o tratamento mais indicado. b) de mais de 24 horas, pois a mioglobina nã está alterada, até 3 dias anteriores. DIAGNÓSTICO DE DOENÇA HEPÁTICA O teste da função hepática vai ser feito através: · Bilirrubina total; · Bilirrubina conjugada e não conjugada; · AST (TGO); · ALT (TGP); · GGT; · Fosfatase alcalina. FUNÇÕES DO FÍGADO: Metabolizar: - Aminoácidos; - Lipídios; - Carboidratos; - Substâncias exógenas (fármacos e toxinas). Armazenar: - Glicogênio; - Vitaminas: A, D e B12; - Ferro. Sintetizar: - Lipídeos; - Ácidos Biliares; - Ureia; - Proteínas plasmáticas (fatores de coagulação e angiotensinogenio). BILE: - Produzida no fígado e armazenada na vesícula; - Produzida em até 1 Litro por dia; - Liquido com pH entre 7,5 e 8,0; A maior parte dos ácidos presentes na bile (90 – 95%) são reabsorvidos, sendo esses ácidos biliares: Ácidos Biliares Primários: - Cólico = conjugado com a glicina; - Quenodesóxicólico = conjugado com a taurina. Ácidos Biliares Secundários: - Desoxicólcio; - Litocólico; - Ursodesoxicólico. COMPOSIÇÃO DA BILE: COMPONENTES INORGÂNICOS: · Eletrólitos; · Sódio; · Potássio; · Magnésio; · Cálcio; · Cloreto; · Bicarbonato. COMPONENTES ORGÂNICOS: · Ácidos Biliares; · BILIRRUBINA; · Colesterol; · Fosfolipídios (lecitina, cefaliina, esfingomielina, lisolecitina); · Ácidos Graxos livres. Todas essas não são moléculas puras, são moléculas que sofreram conjugação = o fígado conjuga moléculas para elas serem encaminhadas para a Bile e serem excretadas. BILIRRUBINA: Segunda substância em maior proporção na bile, mas não tem nenhuma função para a bile em si. Principal pigmento da bile = da cor à bile; Substância derivada da degradação de grupo heme (grupo orgânico presente nas proteínas hemoglobinas) => Bilirrubina é uma forma de excretar os grupos hemes. A produção de bilirrubina é diária, pois diariamente o corpodegrada hemácias, que contém hemoglobinas, degradando o grupo heme = produção de bilirrubina. De modo que a Bilirrubina está presente na Bile, substância que vai para o intestino e assim para as fezes = excreção fecal. DEGRADAÇÃO DE HEMOGLOBINAS: Hemácias – possuem apenas 120 dias na circulação e são então retiradas do sangue pelo fígado ou baço, para fazerem a reciclagem dessas moléculas (O órgão que degrada mais as hemácias é o BAÇO - 70%). De modo que o fígado e o baço jogam essas células no sistema macrófago fagocitário (SMF) e os macrófagos fazem a degradação das hemácias. HEMACIA – é quebrada em HEME + GLOBINA => onde: GLOBINA => é quebrada e vira aminoácidos; HEME => é quebrado (principalmente pelo baço) e vira BILIRRUBINA. Essa bilirrubina é produzida então pelo baço, mas para ser excretada precisa ser enviada para o fígado através da ligação com a albumina, para ser excretada pela Bile, mas para ser encaminhada para a bile precisa passar pelo processo de conjugação: bilirrubina liberada pelo fígado é BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA e a bilirrubina que passou pelo processo é a BILIRRUBINA CONJUGADA. DIFERENÇA ENTRE BILIRRUBINA CONJUGADA E NÃO CONJUGADA: Diferença de polaridade Não conjugada = APOLAR – não hidrofílica; Conjugada = POLAR. Essa Bilirrubina não conjugada que chegou ao fígado pode também sofrer outro processo onde ela é enviada para a circulação e vai para o RIM e ele a transforma em UROBILINOGÊNIO (forma de excretar a bilirrubina pela urina = MINORIA) FÍGADO QUE NÃO ESTÁ MAIS EXERCENDO A FUNÇÃO CORRETA NÃO CONSEGUE CONJUGAR BILIRRUBINA ACUMULA BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA NO SANGUE FEZES CLARAS E URINAS ESCURAS = pois a bilirrubina não conjugada não consegue ir para a bile, então não consegue ser excretada pelas fezes, então o corpo tenta excreta-la pelos RINS, formando uma urina mais escura. ENTRETANTO A EXCREÇÃO PELO FÍGADO É MAIS EFICAZ de modo que só pelos rins ainda vai haver acúmulo no sangue. EXAME DE BILIRRUBINA: Exame plasmático (de sangue) que exibe: - Bilirrubina total = bilirrubina conjugada + não conjudada; - Bilirrubina conjugada; - Bilirrubina Não conjugada. PROBLEMA HEPÁTICO => AUMENTO DA BILIRRUBINA TOTAL (HIPERRUBILIRRUBINEMIA) Essa HIPERBILIRRUIBINEMIA pode ser: - PRE-HEPÁTICA = HEMOLÍTICA: (mais rara) Aumento da bilirrubina pela alta hemólise = degradação de hemácias – degrada muito grupo heme => forma muita bilirrubina não conjugada. A hemólise leva à anemia falciforme. A bilirrubina deveria ir para o fígado e ser conjugada, mas a produção é tão grande, que ele não consegue conjugar todas as bilirrubinas, levando a um AUMENTO DA BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA mesmo com o funcionamento adequado do fígado. Em alguns casos a conjugada também pode aumentar, se houver muita produção de conjugada e acúmulo de bile. - HEPÁTICA = HEPATOCELULAR: Aumento da bilirrubina no fígado por conta de uma lesão hepática (nas células hepáticas) – causas: cirrose ou hepatite. O fígado não consegue conjugar a bilirrubina => AUMENTO DA BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA e essa vai tentar ser excretada pelos rins, deixando a urina mais escura e as fezes mais claras. NEM TODA LESÃO HEPÁTICA VAI CAUSAR HIPERBILIRRUBINEMIA HEPÁTICA – pois o aumento da bilirrubina só ocorre quando há perda de função e a lesão não significa diretamente que ocorreu essa perda. OU SEJA => AUMENTO DA BILIRRUBINEMIA por lesão no fígado significa que o fígado está comprometido. BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA É UM MARCADOR DE LESÃO HEPÁTICA - PÓS-HEPÁTICA = OBSTRUTIVA: Aumento da bilirrubina por conta de problemas na bile, por conta de obstruções em canalículos, vesículas biliares ou ductos pancreáticos (caminhos da bile para o Intestino). Nesse caso o fígado possui o funcionamento normal. Obstrução => a bile fica represada e retorna para o fígado => é acumulada no fígado => extravasamento de bilirrubina conjugada para o sangue => AUMENTO DA BILIRRUBINA CONJUGADA no sangue. Principal causa: Cálculo biliar, e o calculo quando vai para os ductos causa a obstrução e causa o retorno da bile. Possui duas características: CAUSA INTRINSICA (Colastease extra-hepática): problema em canalículos ou vesícula biliar – pois estes estão juntos do fígado CAUSA EXTRINSICA (Colestase extra-hepática): obstrução por conta de algum órgão além do fígado, como a pancreatite, tumores na região pélvica Nem toda hiperbilirrubinemia significa problemas hepáticos, apenas a HEPÁTICA. Sinais clínicos: - Dor abdominal; - Nauseas; - Fezes claras; - ICTERÍCIA: = Sinal clínico onde a pessoa fica amarela Ocorre quando a bilirrubina fica acima de 2,5 (maior que o dobro dos valores de referência) Para um adulto a icterícia não tem efeito deletério, o problema é a causa da icterícia, pois normalmente está relacionadas com lesões hepáticas. Para um bebê ou criança é normal nascer com icterícia pois o fígado não está pronto e demora um tempo para ele amadurecer e conjugar a bilirrubina, demorando até 15 dias. O problema é que quando passa dos 15 dias, a bilirrubina por ser apolar consegue chegar até o cérebro do bebê que está em formação, levando a inibição de processos de maturação neuronal – não forma a massa cinzenta necessária. Para passar icterícia = colocar na luz, onde a azul é mais eficiente, a qual incide a bilirrubina e a deixa mais polar, permitindo que a bilirrubina seja encaminhada para a bile. ENZIMAS HEPÁTICAS: = Enzimas intracelulares; = Marcadores de lesão hepática, de modo que elas estão presentes nas células e só vão para o sangue quando as células são lesionadas; - ALT ou TGP; - AST ou TGO; - Fosfatase Alcalina; - GGT. USADAS PARA: · Confirmar lesão renal; · Tipificação; · Localização (na Masia hepática ou Canaliculos biliares) · MASIA HEPATICA = células ativas do fígado, responsáveis pela maior funcionalidade do rim, como a realização do ciclo da ureia ou do ciclo da bilirrubina ; · CANALÍCULOS BILIARES = região com células. ALT e AST: Enzimas que fazem a confirmação de lesão hepática: ALT + AST = LESÃO HEPÁTICA Elas são diretamente proporcionais ao tamanho da lesão: ALT + AST = Lesão Hepática ALT: enzima citoplasmática (fica no citoplasma das células hepáticas) AST: enzima predominantemente mitocondrial, mas também citoplasmática. ELEVAÇÃO ATÉ 2X MAIS QUE O NORMAL = lesão inespecífica (não se sabe a origem) e autor recuperável (onde a lesão volta ao normal e consequentemente o exame). Essa elevação até 2x não é preocupável, podendo ter diversas causas, como o uso crônico de certos medicamentos. ELEVAÇÃO MAIOR QUE 2X: Podem ocorrer em duas situações: - ALT > AST ou Valores próximos: · Lesão provavelmente aguda e que pode voltar ao normal; · Lesão branda e superficial = lesão leve ocorre na membrana celular; · Causa: Esteatose gordurosa e/ou Hepatite Viral ou medicamentosa. - AST > ALT: · Lesão mãos grave – há lesão na mitocôndria, significando uma lesão mais agressiva, onde a célula está morrendo; · Lesão provavelmente crônica; · Lesão agressiva e profunda no nível das células, afetando as células como um todo; · Causa: Lesão hepática por origem alcoólica ou por cirrose. EXEMPLOS: 1) - ALT: 300 - AST: 100 Lesão AGUDA 2) – ALT: 100 - AST: 300 Lesão CRÔNICA e mais perigosa, pois é agressiva e lesiona a célula inteira. 3) – ALT: 600 - AST: 300 Lesão AGUDA e o caso de maior lesão entre os 3, pois 300 + 600 = 900 (maior quantidade de enzimas. FOSFATASE ALCALINA (FA) Encontrada em: - Tumores malignos; - Ossos; - Fígado = região específica: canalículos biliares. Seu aumento NÃO significa lesão hepática pela sua baixa especificidade. LESÃO OBSTRUTIVA: FA Em lesões obstrutivas ocorre o aumento da FA, mas o aumento de ALT e AST permanecem até 2X. FA + 2X de ALT e AST GGT: Enzima específica do fígado, presente nos canalículos biliares = INDICA LESÃO NOS CANALÍCULOS Sua concentração também é afetada pelo álcool, pois suas células produtoras são sensíveis ao álcool: LESÃO ALCOOLICA =GGT onde GGT > FA Exemplo: ALT = 70 AST = 50 Lesão obstrutiva, pois FA está elevada e GGT é menor que FA. FA = 400 GGT = 180 Na cirrose não causada por alcool a GGT não aumenta, só aumenta se a causa for alcóolica. Exemplo: ALT = 120 AST = 480Lesão alcoolica que também afeta os canalículos (aumento da FA) FA = 200 GGT = 480 DISLIPIDEMIAS Está relacionada com a alteração das concentrações de lipídeos plasmáticos e de lipoproteínas. PRINCIPAIS LIPÍDEOS NO PLASMA: - TRIACILGLICEROL (TAG); - COLESTEROL Estes possuem alto grau de apolaridade, então não podem estra presentes no sangue sem a companhia de lipoproteínas, caso contrario o sangue se tornaria viscoso. Deste modo, a alteração de lipoproteínas também leva à alteração de lipídeos. LIPOPROTEÍNAS IMPORTANTES: - VLDL = carrega mais TAG que CL - LDL - HDL Essas são responsáveis por carregar COLESTEROL e TAG, passando a possuir estes em sua composição. O Quilomícron também é uma lipoproteína que transporta lipídeos, entretanto não está presente nos exames, pois estes devem ser realizados em jejum, e a lipoproteína é advinda da alimentação. A partir dos exames dessas lipoproteínas, é possível analisar o funcionamento delas e assim relacionar com as dislipidemias. Elas se diferem nas seguintes características: · Densidade; · Diâmetro; · Conteúdo de lipídeos; · Conteúdo e tipo de apoproteínas; · Função. METABOLISMO: FÍGADO – principal órgão produtor de TAG e CL. COLESTEROL: · Produção diária constante; · Pode ir para a bile, permanecendo no fígado ou excretada pelas fezes, ou pode ir para os tecidos onde são utilizados: · Glândulas produtoras de hormônios; · Células musculares para a reposição de membranas. TAG: · Sua produção depende de estímulos de nutrientes = Carboidratos (principais) e Lipídeos. Curiosidade – álcool potencializa essa produção. · Não é normalmente armazenado no fígado; · É enviado para os tecidos armazenadores de TAG, como Tecido Adiposo e muscular. Para o TAG ser enviado aos tecidos, ele deve se ligar à lipoproteína VLDL. A VLDL entrega o TAG para os tecidos (com a ajuda de enzimas) e então esse VLDL com menores quantidades de TAG pode seguir duas vias: 1- Voltar para o fígado, órgão que possui facilidade em retirar a VLDL da circulação, e o ciclo é reiniciado, onde a lipoproteína recebe mais lipídeos e retorna aos tecidos. 2- Permanecer no ciclo em que ela entrega todo seu TAG para os tecidos, diminuindo a sua porcentagem no interior da célula e aumentando a porcentagem de CL (não pela entrada, mas sim pela diminuição do TAG). Quando o aumento da porcentagem de CL é maior que 50% a VLDL é convertida em LDL na circulação. A LDL vai levar o CL para os tecidos que usam o colesterol. Após essa entrega de CL, ela volta para a circulação a caminho do fígado, entretanto, ele só consegue retirar LDL da circulação de tiver o receptor B-100, caso contrário a lipoproteína fica acumulada no sangue. AUMENTO DE LDL PLASMÁTICO = AUMENTO DE RISCOS: cardiovasculares pela aterosclerose, formando com maior facilidade placas de asterona. HDL: - Pode vir do fígado ou do enterócito; - Presente na circulação: quando encontra lipoproteínas ricas em CL, ela pega esse CL para ela mesma e volta para o fígado => diminui as chances do VLDL formar LDL, diminuindo sua concentração plasmática. EXAMES: PERFIL LIPÍDICO: - Feito com sangue arterial ou venoso; - Feito em jejum => sem o jejum o resultado não é real. AVALIA: Colesterol Total = concentração de colesterol presente em todas as lipoproteínas. LDL – lipoproteína que mais interfere no CT causa principal do aumento do colesterol total = mas o colesterol total alto não é causado obrigatoriamente pelo aumento do LDL HDL = concentração de HDL – ela vai ser produzida em maior quantidade na presença de inflamação, mas seu aumento por outros motivos não causa a inflamação. Sua presença em alta quantidade é algo bom. Causas de HDL baixo: · Sedentarismo; · Cigarro. LDL concentração: Causas do aumento: · Consumo excessivo de gorduras saturadas e trans = elas no fígado estimulam a diminuição de receptores B-100 e a LDL não é capturada pelo fígado com eficiência, permanecendo no sangue. Triglicérides = o quanto de TAG tem no sangue, presente em todas as proteínas. Nesse caso, sempre que o exame estiver alto está relacionada com o aumento de VLDL. Causas do aumento: · Consumo excessivo de Carboidrato (principal) e lipídeos. TIPOS DE DISLIPIDEMIAS: HIPERTRIACILGLICEROLEMIA TG => VLDL CT = normal LDL = normal HDL = diminuída ou normal Causa: Estilo de vida = alto consumo de CHO. Tratamento: Diminuição no consumo de CHO, podendo ou não tomar fármacos. Risco: esteatose (risco hepático) pois o fígado produz muito VLDL e pode acabar armazenando TAG. HIPERCOLESTEROLEMIA ISOLADA CT pelo aumento de LDL TG = normal HDL normal ou reduzida Causa: estilo de vida = consumo de gord trans e saturada. Tratamento: diminuição do consumo de gorduras trans e saturadas. Risco: aterosclerose (risco cardiovascular) HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR Causa: Genética – diminuição de B-100 causando: LDL e CT Diagnóstico: clinico Tratamento: medicação DISLIPIDEMIA MISTA CT TG LDL HDL Risco: hepático, cardiovascular e ALTO riso de desenvolver SINDROME METABÓLICA. SM - Caracterizada por: · DISLIPIDEMIAS (AUMENTO DE TG); · RESISTENCIA A INSULINA => diminui HDL e aumenta o risco · HAS => aumenta CT e LDL, aumentando o risco · Obesidade
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