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141 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Unidade IV 7 RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS À ESTÉTICA 7.1 Radiação infravermelha A radiação infravermelha foi descoberta por William Herschel, astrônomo alemão. Herschel colocou um termômetro de mercúrio no espectro obtido por um prisma de cristal com a finalidade de medir o calor emitido por cada cor e notou que este acusava aumento de temperatura. Surgiu então o termo infravermelho, que foi dado à radiação calórica cuja faixa se estende desde o espectro visível até a faixa de radiocomunicações. Terapeuticamente, a radiação infravermelha – RIV é uma forma de calor superficial por conversão, na qual a radiação eletromagnética incide na pele e provoca um forte impacto nas moléculas, as quais se chocam determinando um aumento de movimento e, portanto, de energia cinética. A consequência disso é o aquecimento do meio absorvente logo nos primeiros milímetros do tecido ou, no máximo, no primeiro centímetro. Ao contrário da radiação ultravioleta, que produz um efeito predominantemente químico, actínico, as RIV têm efeito puramente térmico. As fontes de RIV podem ser divididas em luminosas e não luminosas. As fontes luminosas são todos os corpos incandescentes, como as lâmpadas de filamento tungstênio ou carvão. As não luminosas consistem em resistências elétricas enroladas em um indutor próprio e recobertas por cobre. A ampla utilização terapêutica da RIV por meio de fontes luminosas está embasada no fato de que estas produzem RIV curta, por isso, visível e com maior poder de penetração, enquanto as fontes não luminosas produzem apenas RIV longa (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 7.1.1 Efeitos fisiológicos da radiação infravermelha Os efeitos fisiológicos da radiação infravermelha são: • relaxamento muscular e de outras estruturas superficiais; • vasodilatação cutânea; • aumento do fluxo sanguíneo superficial; • aumento da permeabilidade capilar superficial; • aumento da sudorese. 142 Unidade IV Há um acréscimo na migração de leucócitos através da parede dos vãos, na área aquecida. Os músculos relaxam sob a ação da radiação, assim como a analgesia e a transpiração também são evidenciadas com a aplicação da radiação infravermelha. A aplicação do calor úmido no antebraço por um período de 20 a 30 minutos, a uma temperatura de 45 ºC, aumenta duas vezes o coeficiente da circulação sanguínea e esse efeito persiste por aproximadamente uma hora após a retirada do estímulo. É notável também um aumento do conteúdo de oxigênio no sangue venoso (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Observação A RIV está presente na maioria das mantas térmicas utilizadas nos procedimentos estéticos. Ela potencializa a ação dos protocolos devido ao aumento da temperatura e aos incrementos na circulação. 7.2 Alta frequência O equipamento de alta frequência é um aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência, cujos parâmetros de frequência e tensão podem variar de acordo com o fabricante. Normalmente os equipamentos apresentam frequência variando entre: • 100 e 200 Hz, com uma tensão que oscila entre 25.000 V e 40.000 V e uma intensidade de 100 µA; • 150 KHz a 200 KHz, com tensão oscilando entre 30.000 V e 40.000 V; • 500 KHz e 1 MHz, com tensão entre 40.000 V e 90.000 V; • 1 MHz e 2 MHz, com tensão oscilando entre 100.000 V e 15.000V. A passagem de ondas eletromagnéticas pelo ar ou outros gases rarefeitos provoca a formação de ozônio, como acontece, por exemplo, na ozonosfera do nosso planeta (as ondas eletromagnéticas do sol passam pelo ar rarefeito da ozonosfera, gerando ozônio) (BORGES, 2006). O ozônio é conhecido principalmente por suas propriedades bactericida, antimicrobiana e anti‑inflamatória. Lake et al. (apud BORGES, 2006) afirmam que a ação anti‑inflamatória ocorre por causa da diminuição significativa dos microrganismos presentes na inflamação. O ozônio é transferido para a pele através dos eletrodos de vidro. 143 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Figura 109 – Eletrodos de vidro do equipamento de alta frequência 7.2.1 Efeitos fisiológicos do equipamento de alta frequência Efeito térmico O principal efeito fisiológico das correntes de alta frequência é a geração de calor e, consequentemente, o aumento da temperatura. Como consequência desse efeito, ocorre a vasodilatação periférica local. Devido ao aumento do calor, consegue‑se uma elevação do fluxo sanguíneo e, portanto, produz‑se uma melhora do trofismo, da oxigenação e do metabolismo celular. Vasodilatação e hiperemia Esse efeito fisiológico aparece como consequência do efeito térmico. A vasodilatação provoca um aumento da circulação periférica, gerando a hiperemia local. Assim como no efeito térmico, a hiperemia só ocorre com o uso de intensidades altas e por um tempo maior de aplicação, portanto, a hiperemia normalmente não é verificada nos procedimentos estéticos nos quais usamos a alta frequência. Aumento da oxigenação celular Esse efeito está associado à vasodilatação, e, consequentemente, ao aumento do fluxo sanguíneo, elevando, assim, o aporte de oxigênio por intermédio do sangue (BORGES, 2006). 7.2.2 Efeitos terapêuticos da alta frequência Efeito bactericida e antisséptico Esse é o principal efeito do aparelho de alta frequência. Muitas de suas indicações são justificadas por causa desse efeito, como a sessão de limpeza de pele após a extração de comedões. 144 Unidade IV As “faíscas” que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele geram o ozônio a partir do oxigênio ambiental. A ação oxidante justifica o efeito bactericida e antisséptico. Além da ação bactericida, o aparelho de alta frequência também pode atenuar a atividade das toxinas bacterianas. Melhora do trofismo dérmico Esse efeito está relacionado à ação bactericida, pois muitas vezes o trofismo da pele, relacionado a processos de regeneração tecidual, é prejudicado pela ação de bactérias presentes no sangue. Ação anti-inflamatória A ação bactericida também está relacionada com a ação anti‑inflamatória, pois a presença de bactérias no local pode prejudicar e dificultar o organismo no processo de reparação tecidual. O aumento do fluxo sanguíneo também justifica essa ação, uma vez que, quanto maior o aporte de sangue, maior a quantidade de nutrientes e oxigênio no tecido – e ambos são fundamentais para o processo de cicatrização. 7.2.3 Indicações para utilização do equipamento de alta frequência A maior parte das indicações para uso desse equipamento é devida à ação bactericida. Na área da estética, ele é muito recomendado nos protocolos nos quais há a necessidade de destruição de bactérias ou reparação tecidual, por exemplo: • desinfecção após a extração de comedões e lesões que contenham secreção sebácea, como pápulas, pústulas, míliuns e cistos; • desinfecção de peles acneicas; • desinfecção do couro cabeludo em protocolos de terapias capilares; • protocolos de ação antisseborreica no couro cabeludo e na pele; • pós‑depilação (epilação), devido à ação cicatrizante, principalmente em peles nas quais haja histórico de foliculite, causada principalmente pela presença de bactérias que penetram na pele após o procedimento de remoção dos pelos; • tratamento de úlceras de pressão, comuns em pessoas acamadas. 145 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Figura 110 – Evolução no tratamento de úlcera de pressão com alta frequência, após cinco semanas de estimulação diária 7.2.4 Técnica de aplicação O aparelho consiste em um gerador de alta frequência, em um porta‑eletrodo e diversos eletrodos de vidro, cada um com uma indicação diferente. Os eletrodos são constituídos de vidro e devido a isso são muito frágeis. No interior deles, há geralmente o vácuo parcial, quer dizer, ar rarefeito ou um gás, como o gás neon. A passagem da corrente provoca uma ionização das moléculas de gás, as quais, sob o forte impacto energético, tornam‑se fluorescentes. Os eletrodos de vidro possuem formatos e nomes diferentes, que são utilizados conforme o protocoloe a região do corpo. O eletrodo standard é o esférico maior, utilizado para fluxação ou faiscamento direto. O eletrodo esférico menor é menor que o standard e, por seu tamanho, se adequa melhor a pequenas curvaturas. O fulgurador é um eletrodo pequeno, utilizado para auxiliar o processo de cicatrização de lesões de acne, por exemplo, pápulas e pústulas. O pente é usado em protocolos de terapias capilares; a forquilha, em regiões como o pescoço; o saturador é indicado na ionização de produtos cosméticos específicos para uso em eletroterapia e na ativação da circulação e vascularização da pele. O rolo é um eletrodo de manuseio fácil, pois desliza sobre a pele, contudo, não se adapta a pequenas regiões. 146 Unidade IV Figura 111 – Equipamento de alta frequência e eletrodo esférico Os eletrodos se conectam geralmente por pressão, através de uma base metálica, no porta‑eletrodo, que, por sua vez, está ligado diretamente a um cabo elétrico gerador de alta frequência. O aparelho pode ser portátil (modelo que possui um valor acessível) ou então acoplado a equipamentos conjugados com outros recursos eletroterapêuticos. Nos tratamentos mais comuns na face ou no couro cabeludo, o tempo de utilização é de aproximadamente três a cinco minutos, podendo chegar até dez minutos. Quando a aplicação ocorre no corpo, em áreas maiores, o tempo de aplicação também pode ser maior. Quanto à intensidade, normalmente se busca o máximo de faiscamento e/ou luminosidade do eletrodo, associado ao conforto ou à tolerância do paciente. Porém, em procedimentos estéticos, não é necessário utilizar intensidades muito altas. A junção entre o eletrodo e o porta‑eletrodo não deve tocar a pele do cliente, nem ser tocada pelo profissional e/ou pelo cliente, pois existe a possibilidade de um choque elétrico muito forte. Ao utilizar o equipamento, é comum aparecerem diferentes tonalidades, sendo as mais habituais: violeta, laranja e azul. O eletrodo de tonalidade laranja produz os mesmos efeitos que o violeta e o azul, porém, de uma forma mais suave. 147 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS 7.2.5 Tipos de aplicação Existem várias formas de se utilizar o equipamento de alta frequência. O tipo de eletrodos utilizados, bem como a intensidade, são escolhidos de acordo com o objetivo do tratamento e com a área a ser trabalhada. A aplicação pode ser direta ou a distância. A aplicação direta consiste em aplicar o eletrodo diretamente sobre a área a ser tratada, efetuando, dessa forma, uma massagem suave. Para esse tipo de aplicação são utilizados os eletrodos de superfície plana, pois eles se deslocam com mais facilidade pela pele. Figura 112 – Aplicação do aparelho de alta frequência com eletrodo esférico menor É importante ressaltar que a pele deve estar limpa e livre de produtos cosméticos, principalmente os inflamáveis, para a aplicação da corrente de alta frequência. Na aplicação a distância, o eletrodo se mantém a uma curta distância da pele (milímetros), porém, sem encostar nela em nenhum momento do tratamento. Como consequência da alta voltagem da corrente, saltam faíscas desde o eletrodo até a superfície da pele do cliente. Observação Alguns profissionais optam por utilizar uma gaze sob a pele para facilitar a aplicação, pois o eletrodo desliza melhor sobre a pele com a gaze. 148 Unidade IV Deve‑se considerar sempre a sensibilidade da pessoa que está recebendo a aplicação. O eletrodo que produz grande ação com faiscamento é o que tem forma de bico. Ele também é conhecido como cauterizador e promove fulguração na pele com alto poder bactericida e cicatrizante. Esse tipo de aplicação é recomendado para peles com lesões de acne. O eletrodo deve ficar a alguns milímetros da pele. Ao verificar o faiscamento, o profissional deve manter o jato por aproximadamente dois segundos. São indicadas em média cinco aplicações de dois segundos em cada lesão. Porém, esse número pode variar de acordo com a sensibilidade da pele. Figura 113 – Aplicação com eletrodo de bico fino para cauterização de lesão inflamatória A aplicação indireta ou saturação consiste na aplicação da corrente de alta frequência com eletrodo em forma de barra metálica ou de vidro com espiral metálica interna. O profissional deverá pedir para o cliente segurar o eletrodo com as mãos (orientando para que segure no local correto, longe da junção, para evitar choques). Enquanto o cliente segura o eletrodo, o profissional executa pinçamentos de Jacquet na pele. A sensação promovida é de choquinhos na ponta dos dedos. Esse tipo de utilização é feito em protocolos de rejuvenescimento facial. A) C)B) Figura 114 – A) Cliente segurando o eletrodo; B e C) pinçamentos de Jacquet 149 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS O eletrodo em forma de pente tem a finalidade de desinfetar o couro cabeludo. O eletrodo deverá ser movimentado levemente em movimentos circulares ou massageando o couro cabeludo. É indicado que os cabelos sejam penteados antes da aplicação para evitar nós e a possível quebra do eletrodo. Figura 115 – Aplicação do alta frequência com eletrodo de pente do couro cabeludo O eletrodo em forma de forquilha é indicado para a região submentoniana (pescoço), principalmente em pacientes que apresentam quadro de foliculite. Esse tipo de protocolo é muito utilizado em homens que necessitam fazer a barba com lâminas de barbear constantemente. Figura 116 – Aplicação de alta frequência com eletrodo forquilha na região do pescoço Os eletrodos em forma de cachimbo e de rolo normalmente são comercializados separadamente. O eletrodo em forma de cachimbo é muito utilizado por profissionais da podologia para a desinfecção dos dedos. 150 Unidade IV Figura 117 – Eletrodo em forma de cachimbo O eletrodo de rolo pode ser utilizado em qualquer região do corpo e sua vantagem é que ele “rola”, o que facilita a movimentação pela pele. Figura 118 – Aplicação da alta frequência com eletrodo de rolo A seguir veremos alguns exemplos de protocolos estéticos com equipamento de alta frequência. 151 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS 7.2.6 Protocolo de ação bactericida para controle da pele acneica Passo 1: higienização com emulsão de limpeza facial. Passo 2: esfoliação com produto específico para o biótipo. Passo 3: aplicação do equipamento de alta frequência por aproximadamente cinco minutos em toda a extensão da face com o eletrodo esférico. Ao fim desse tempo, é recomendado utilizar o eletrodo com bico fino para cauterização das lesões acneiformes. Figura 119 – Fulguração de pústula Passo 4: aplicação de máscara com princípios ativos secativos. Deixe agir por aproximadamente 20 minutos. Passo 5: aplicação de filtro solar, se for dia, ou hidratante em gel, se for noite. Observação Em casos de oleosidade excessiva e lesões inflamatórias contendo pus, é recomendada a utilização de loções secativas específicas para aplicação diária. Para poder indicar produtos home care de acordo com as necessidades e características individuais de cada cliente, é fundamental que o estudante da área de estética também se dedique ao estudo cuidadoso da área de cosmetologia. 152 Unidade IV 7.2.7 Protocolo de rejuvenescimento com método de saturação de alta frequência Passo 1: higienização com emulsão de limpeza facial. Passo 2: esfoliação com produto específico para o biótipo. Passo 3: aplicação do equipamento de alta frequência por aproximadamente cinco minutos em toda a extensão da face com o eletrodo esférico e com o eletrodo de bastão com espiral. O cliente segura o eletrodo enquanto o profissional executa movimentos de pinçamento de Jacquet e tamborilamento em toda a face, pescoço e colo. Nessa etapa do protocolo, é indicado e recomendado utilizar um produto ionizável com princípios ativos cosméticos específicos para a estimulação de colágeno. Passo 4: aplicação de máscara com princípios ativos hidratantes ou estimulantes. Deixe agir por aproximadamente 20 minutos. Passo 5: aplicação de filtrosolar, se for dia, ou hidratante, se for noite. 7.2.8 Protocolo de limpeza de pele com utilização de alta frequência Passo 1: higienização com emulsão de limpeza na região da face, pescoço e colo. Passo 2: esfoliação para remoção de células mortas e preparação da pele para a extração dos comedões. Passo 3: emoliência. Para essa etapa é utilizado o vapor de ozônio. Passo 4: extração dos comedões e das lesões que contenham secreção sebácea e pus. Passo 5: aplicação do equipamento de alta frequência para obtenção de ação bactericida. O eletrodo mais indicado é o esférico. Porém, não existe uma regra, o profissional poderá optar pelo eletrodo que desejar – lembrando que a forquilha é muito indicada para a região de pescoço, o esférico (redondo) grande é recomendado para toda a face, o esférico pequeno se adequa melhor a pequenas curvaturas, por exemplo, a lateral do nariz, e o eletrodo de bico fino é ideal para a fulguração das lesões de acne inflamatória. O tempo de aplicação é variável, podendo ser de cinco a dez minutos. Quando a pele apresentar grande quantidade de lesões inflamatórias, pode‑se estender a aplicação por mais do que cinco minutos. Uma média de tempo são oito minutos, porém, existe uma grande divergência entre os autores a respeito desse assunto. Passo 6: aplicação de máscara (normalmente com ação calmante). Passo 7: aplicação de produto com fator de proteção solar, caso seja dia, ou aplicação de hidratante ou nutritivo específico ao tipo de pele, se for noite. Esse tipo de protocolo normalmente é feito mensalmente. Porém, deve ser realizada uma avaliação prévia. 153 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS 7.2.9 Contraindicações Algumas contraindicações estão relacionadas à ação das ondas eletromagnéticas no organismo. Entre elas estão: • marca‑passo cardíaco; • gestantes; • pessoas com distúrbios de sensibilidade; • pele com cosméticos inflamatórios, contendo álcool, pois podem sofrer queimaduras por fogo, desencadeado pelo faiscamento do aparelho de alta frequência. 7.2.10 Caso clínico P. V. é do sexo masculino, tem 15 anos, possui pele lipídica e acneica com predominância de lesões inflamatórias, como pápulas e pústulas. P. V. procurou a estética porque a pele com oleosidade excessiva e lesões inflamadas, popularmente conhecidas como “espinhas”, está abalando sua autoestima. Qual tipo de procedimento você indicaria para esse cliente? Parecer profissional A pele oleosa e com lesões inflamatórias é comum nessa idade por causa de alterações hormonais. Inicialmente, como em qualquer tipo de procedimento estético, o profissional deverá verificar se há contraindicações. Não havendo, o recomendado seria realizar uma limpeza de pele na primeira sessão para remoção dos excessos de sebo oxidado no folículo piloso e drenagem das lesões contendo pus. Após a limpeza de pele, o profissional poderá realizar sessões semanais do protocolo do qual falaremos logo na sequência. 7.2.11 Protocolo para pele acneica Passo 1: higienização da pele com emulsão de limpeza. Passo 2: esfoliação, feita com cuidado especial nas lesões inflamadas. Procure um produto adequado. Passo 3: aplicação de alta frequência com eletrodo esférico em toda a face. Passo 4: aplicação de alta frequência com eletrodo fulgurado nas lesões inflamadas. Passo 5: aplicação de alta frequência com eletrodo de pente no couro cabeludo, pois a oleosidade do couro cabeludo também influencia diretamente a oleosidade da pele. Existem produtos específicos para o cabelo que podem auxiliar o tratamento da pele. A ação bactericida do ozônio no couro cabeludo será um auxílio ao tratamento. 154 Unidade IV Passo 6: aplicação de máscara com princípios ativos secativos. Deixe agir por aproximadamente 20 minutos. Passo 7: finalização com protetor solar ou produtos específicos ao tipo de pele. É importante ressaltar que o cliente deverá dar continuidade ao tratamento fazendo uso de produtos cosméticos específicos todos os dias, conforme orientação do fabricante. 7.3 Peeling ultrassônico O peeling ultrassônico é um recurso tecnológico que tem como função principal a eliminação de células mortas da superfície cutânea mediante um sistema de vibração mecânica de uma espátula quando entra em contato com a superfície da pele a uma frequência elevada. O equipamento possui uma estrutura central, através da qual se pode programar a frequência e a intensidade da vibração, o tipo de corrente associada e o tempo de duração do tratamento. Lembrete Cada empresa produz um modelo diferente e por esse motivo, assim como enfatizamos com relação a qualquer equipamento estético, é fundamental fazer o treinamento com o fabricante. Na maioria dos equipamentos, existe um gerador de corrente galvânica e esse efeito se soma aos outros efeitos do aparelho. É comum a presença de microcorrentes e corrente elétrica, sendo a última sugerida normalmente para a realização de iontoforese, na qual se objetiva o aumento da permeabilidade dos princípios ativos cosméticos com a aplicação da espátula plana. No interior do equipamento, encontra‑se um dispositivo gerador de microvibração de alta frequência que transforma a corrente elétrica em vibração mecânica, transmitida pela espátula. A frequência do ultrassom normalmente realizada fica em torno de 25 KHz a 30 KHz. Quando o equipamento está associado a uma corrente galvânica, a espátula atuará como um eletrodo de polo positivo ou negativo, segundo o seu programa, em função do tipo de cosmético utilizado no protocolo. Nesse caso de aplicação, será necessário um eletrodo dispersivo que se conectará ao cliente em uma superfície da pele próxima à área de tratamento. O equipamento é considerado de pequeno porte e de fácil manuseio. Porém, não é muito utilizado em sua prática clínica. A parte do equipamento que entra em contato com a pele é uma espátula (com ligeira curvatura), a qual consegue prover dois efeitos básicos diferentes: • Com a ponta da espátula: o movimento vibratório (promovido pela onda sonora) ocorre de tal maneira que, ao tocar a ponta da espátula na pele, as partículas semidesprendidas da superfície cutânea são retiradas, eliminando as células mortas da superfície da pele (BORGES, 2006). 155 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS A) B) Figura 120 – A) Remoção de células mortas com peeling ultrassônico; B) posição da ponteira • Se o profissional aplicar a parte plana da espátula, será realizada uma micropercussão na pele, proporcionando uma micromassagem cutânea. Essa forma de aplicação se realiza geralmente após a remoção das células mortas na etapa anterior. Se for aplicado um cosmético, a absorção dos princípios ativos pela pele é favorecida. A) B) Figura 121 – A) Micromassagem com peeling ultrassônico; B) posição da espátula 7.3.1 Efeitos fisiológicos A eliminação de células da camada superficial da pele estimula a renovação do tecido cutâneo. Esse é um método de esfoliação mecânica considerado menos agressivo do que muitos outros do tipo químico à base de ácidos específicos. Efeitos revitalizantes também podem ser observados com a aplicação do peeling, pois ocorre melhora da oxigenação e nutrição endógena do tecido que foi submetido à aplicação. 156 Unidade IV A micromassagem proporcionada com a aplicação do equipamento pode elevar a temperatura da pele e causar efeitos sedantes das terminações nervosas, bem como melhora da circulação sanguínea periférica (BORGES, 2006). 7.3.2 Protocolo de utilização do peeling ultrassônico O profissional pode utilizar os dois modos de utilização separadamente. Porém, o método que traz resultados mais satisfatórios é a combinação de ambas as técnicas, além da inclusão de outros protocolos e produtos cosméticos. Passo 1: higienização da pele com emulsão de limpeza facial. Passo 2: em casos de limpeza de pele, o profissional poderá utilizar um produto emoliente para facilitar a remoção de incrustados mais difíceis. Passo 3: aplicação da vibração mecânica da espátulapara a remoção das células mortas da epiderme. A espátula deverá estar em um ângulo de aproximadamente 45º com a superfície cutânea. Passo 4: quando a pele estiver seca, após o terceiro passo, é necessário voltar a pulverizar uma substância líquida, a qual pode ser um produto ionizável contendo princípios ativos cosméticos. Então a espátula deve ser invertida, de modo que a aplicação seja feita com sua parte plana. Caso o cosmético tenha caráter iônico, a corrente galvânica deverá ser usada (BORGES, 2006). Passo 5: dependendo de uma avaliação do biótipo cutâneo, poderá ser realizada, após o procedimento de ionização, uma massagem ativa para potencializar os efeitos da microcirculação periférica. Passo 6: após a massagem, poderá ser aplicada uma máscara contendo princípios ativos cosméticos para potencializar o protocolo. Ela poderá agir, em média, por 20 minutos. Passo 7: após a remoção da máscara, é recomendado aplicar produtos com proteção solar, se for dia, ou hidratante específico para o tipo de pele, se for noite. Observação Evite pressão muito forte com a espátula, pois pode ocasionar lesões. Além disso, é importante ressaltar que a sensibilidade do cliente deverá ser considerada, especialmente em áreas mais sensíveis; pescoço, proximidade da boca e olhos devem ter atenção redobrada a fim de evitar lesões. 157 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS 7.3.3 Contraindicações para a utilização de peeling ultrassônico Entre as contraindicações da utilização do peeling, estão (BORGES, 2006): • presença de feridas e lesões cutâneas; • aplicação em varizes e telangiectasias; • inflamações e infecções; • tromboses e tromboflebites, pela possibilidade de haver deslocamento do trombo, proporcionado pela vibração mecânica da espátula. 8 MICRODERMOABRASÃO A microdermoabrasão é uma técnica executada por um equipamento, que é composto de um compressor de ar com duas saídas (cânulas) simultâneas, uma que aspira os cristais utilizados e outra que expira finos cristais de óxido de alumínio pressurizados. A microdermoabrasão é um processo de esfoliação da pele, que ocorre pela força dos jatos de cristal projetados para a superfície da pele (PEREIRA, 2014). Células da pele morta Pele tratada Células da pele morta removidas Cristais Figura 122 – Técnica do jato e aspiração dos microcristais de óxido de alumínio Esse equipamento possui um sistema que controla o ar para a saída dos microcristais, o que permite uma aplicação ajustável ao tipo de pele, de acordo com a localização e necessidade do procedimento. A projeção dos cristais de óxido de alumínio, ao entrar em contato com a superfície cutânea, possibilita uma esfoliação controlada, estrato por estrato, até chegar ao nível desejado. 158 Unidade IV Figura 123 – Aplicação do equipamento de peeling de cristal na pele 8.1 Efeitos fisiológicos O efeito fisiológico é a eliminação de células na camada superficial ou mais profunda da pele, o que estimula a reparação tecidual, a renovação da camada dermoepidérmica e promove incrementos na circulação sanguínea. O grau de abrasão vai depender da pressão de expiração dos cristais, do tempo da aplicação, da velocidade da aplicação e do tipo de pele do cliente. O peeling pode ser superficial, médio ou profundo. Para ser considerado superficial, a esfoliação deve ocorrer somente em nível epidérmico, para ser considerado médio, pode chegar até a lâmina basal e, para ser considerado profundo, a abrasão deverá percorrer a totalidade da epiderme e de uma parte da derme (nesse caso, ocorre uma sudação hemorrágica). O procedimento profundo não é recomendado nos protocolos estéticos habituais, pois é indicado para profissionais de medicina estética (PEREIRA, 2014). 8.1.1 Indicações e contraindicações Entre as indicações, estão: • peeling facial ou corporal; • queratose; • cicatrizes de acne, varicela ou pós‑traumática; • prevenção e tratamento do envelhecimento cutâneo; 159 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS • diminuição de sulcos e linhas de expressão; • fotoenvelhecimento; • hioperpigmentação; • estrias. Entre as contraindicações, estão: • pessoas soropositivas; • herpes; • queloides; • acne ativa; • infecções ativas; • transtornos alérgicos; • presença de feridas; • imediatamente depois de se expor ao sol. Nunca utilizar em alterações cutâneas não diagnosticadas (PEREIRA, 2014). 8.2 Laserterapia Antes de falar sobre laser, é interessante rever algumas unidades de medidas. Para atribuirmos um valor à profundidade do laser, utilizamos a unidade nanômetro, mas você se lembra do que é um nanômetro? Lembrete Um nanômetro é a unidade de medida equivalente à bilionésima parte de um metro. Você com certeza conhece um milímetro. Se você dividir um milímetro por mil, terá um micrômetro, se dividi‑lo em mil, terá um nanômetro. Como você pode ver, é uma unidade de medida muito diminuta, que é utilizada para medir estruturas microscópicas. Quando falamos em profundidade de laser, utilizamos essa unidade e na maioria das vezes “achamos” que a profundidade é grande, mas não é. É fundamental guardar essa informação para que você entenda o local e as células que serão atingidas com o laser com o qual você trabalhará. 160 Unidade IV Além de entender essa unidade de medida, é fundamental rever a estrutura e anatomia do sistema epitelial. É fundamental rever quais células encontraremos em cada camada para entendermos a ação do laser. Laser é uma sigla de origem inglesa que significa light amplification by stimulated emission of radiation, que significa “amplificação da luz por emissão estimulada de radiação”. Assim, o laser produz uma luz, também conhecida como radiação eletromagnética, representada por um fluxo luminoso de alta energia. A luz é uma onda de radiação eletromagnética, de espectro amplo, que transporta energia em quanta, conhecida como fótons. A radiação do laser se diferencia da luz comum por apresentar algumas características diferentes, tais como: • Monocromaticidade: apresenta apenas um comprimento de onda, a uma frequência específica, e é representada, portanto, por uma única cor. • Coerência: as ondas eletromagnéticas andam paralelamente umas às outras, com uma sincronia entre elas, ou seja, caminham na mesma direção, no tempo e no espaço. • Colimadas: como os feixes caminham paralelamente, sem divergir a radiação, a energia pode se propagar a uma distância maior. Na prática clínica, os mais conhecidos são: o laser de Hélio‑Neônio, que está na faixa do vermelho visível de 632,8 nm, e o laser de diodo. As características de cada tipo de laser são definidas pelo comprimento, amplitude, frequência e velocidade da onda. Cada um dos parâmetros citados é representado por uma letra, sendo (KAMIZATO; BRITO, 2014): • comprimento de onda (λ): distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos. • amplitude (A): máximo valor alcançado por uma onda em uma crista ou vale. • frequência (f): número de vezes que essa onda se repete em um segundo. • velocidade (v): distância percorrida por unidade de tempo. A equação fundamental das ondas luminosas é: Velocidade (v) = Comprimento de onda (λ). Frequência (f) 161 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Crista Vale t(s) ‑ A A Amplitude (A) Propagação da onda Comprimento de onda (λ) Figura 124 – Velocidade do laser Em um espectro magnético, a luz é diferenciada e classificada de acordo com o comprimento, determinando também a sua cor específica. Os lasers utilizados na medicina e na odontologia estão no espectro das radiações visíveis. Essas radiações são classificadas quanto à sua funcionalidade na pele, de acordo com a frequência e com o comprimento de onda nas suas relações inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda e maior a capacidade de penetração no tecido (KAMIZATO; BRITO, 2014). As características do comprimento de onda são específicas do tipo da fonte de luz usado. Um laser de diodo,por exemplo, que é utilizado para remoção de pelos, tem um comprimento de onda de 800 nm e penetra somente de 2 a 3 milímetros, enquanto o laser de Nd:YAG tem comprimento de onda de 1.064 nm e penetração de 3 a 5 milímetros (HILL; OWENS, 2017). A luz pode ser refletida e transmitida de acordo com os fenômenos da óptica geométrica que qualificam a reflexão: fenômeno em que a luz retorna para o mesmo meio ao atingir a superfície. A refração é o fenômeno em que a luz não passa nem reflete para o outro meio ao atingir a superfície, os fótons são absorvidos pela matéria. A absorção é considerada o fenômeno de maior relevância no conceito de laser, pois a luz, ao penetrar nos tecidos, sofre um processo de espalhamento, é absorvida pelas células e convertida em efeitos biológicos. Devido a isso, é necessária a aplicação adequada do laser, posicionando o condutor de luz sempre perpendicularmente ao tecido (KAMIZATO; BRITO, 2014). 162 Unidade IV Luz absorvida Luz incidente Luz transmitida Luz refletida Meio A Meio B Figura 125 – Formas de propagação das ondas eletromagnéticas entre dois meios A absorção da luz ocorre porque os fótons (partículas quânticas de luz) são absorvidos por tecidos que apresentam moléculas diferenciadas em seu interior, denominadas cromóforos. Os cromóforos funcionam como enzimas, acelerando respostas biológicas, como a hemoglobina, a melanina, as porfirinas, os ribossomos e os citocromos. Tais moléculas reagem ao laser por absorver comprimentos de onda específicos. 8.2.1 Laser terapêutico de baixa intensidade O laser de baixa intensidade (LBI) é assim chamado porque sua potência pode chegar a 1 W, com elevação de temperatura inferior a 1 ºC, seu efeito é cumulativo, conhecido como modulador de processos biológicos, com a capacidade de estimular o metabolismo celular. A temperatura na qual opera explica o fato de não superaquecer a face e, portanto, evitar o risco de haver lesões na pele pelo excesso de temperatura. Por ter um efeito cumulativo e causar alteração do metabolismo celular, o laser de baixa intensidade tem o objetivo de auxiliar o processo de regeneração e de reparação tecidual, pois favorece a angiogênese e o processo de drenagem linfática, diminuindo o edema, a inflamação, a dor, e promovendo o estímulo à produção de colágeno, melhorando a qualidade do tecido (KAMIZATO; BRITO, 2014). Observação Angiogênese é o nome dado à formação de novos vasos sanguíneos a partir dos vasos preexistentes. Quando é aplicado um tipo de procedimento estético que estimula a circulação sanguínea, o tecido tem maior aporte de oxigênio e de sangue e por isso o corpo aciona mecanismos de defesa para formar novos vasos sanguíneos. Esse processo beneficia não só a beleza, mas também a saúde. 163 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS 8.2.2 Tipos de laser de baixa intensidade Entre os tipos de laser de baixa intensidade, estão: • Luz vermelha: 606 nm. É absorvida por cromóforos presentes nas mitocôndrias. Atua nas células por estimular a síntese de ATP, principalmente dos fibroblastos, estimulando, portanto, a síntese de colágeno e elastina. • Luz infravermelha: 808 nm. É absorvida por cromóforos conhecidos como rodopsinas, presentes na membrana plasmática das células. Com isso, promove a alteração na permeabilidade da membrana dessas células, possibilitando a maior absorção de nutrientes. Além disso, aumenta a circulação periférica, inclusive a circulação linfática, favorecendo a reabsorção das toxinas corporais. • LED azul: 470 mn. A absorção da luz ocorre pelo cromóforo presente nas camadas basais da epiderme, um pigmento denominado porfirina. O LED azul promove efeito hidratante no tecido, por quebrar espécies reativas de oxigênio incorporadas pela melanina, diminuindo sua capacidade de absorver luz e clareando a pele. Além disso, ele apresenta ação bactericida sobre a P. acnes, pois essa bactéria possui porfirinas e a incidência da luz emanada pelo LED a mata por apoptose (KAMIZATO; BRITO, 2014). Saiba mais Um artigo publicado em 2014 comprovou a eficácia da utilização de laser de baixa intensidade em procedimentos estéticos faciais, bem como os benefícios estéticos proporcionados de maneira segura e indolor. ESTRELA, J. V. Efeito do LED na flacidez tissular facial. Catussaba, ano 3, n. 2, abr./set. 2014. Disponível em: https://patriciafroes.com.br/gestao/files/ publicacao/arquivo/119/7f.pdf. Acesso em: 2 jun. 2020. 8.2.3 Fotótipo de pele Fotótipo de pele é uma classificação para a coloração da pele. Para determinar o fotótipo são consideradas a genética e a exposição solar. Quanto maior a produção de pigmentos de melanina, mais alto é o fotótipo. A classificação de Thoma Fitzpatrick é a mais utilizada para fazer o diagnóstico. De acordo com a quantidade de melanina, a pele pode ser classificada em (BORGES, 2016): • Fotótipo I: pele que sempre se queima quando exposta ao sol e nunca se bronzeia (pele muito clara). • Fotótipo II: sempre se queima, tem uma capacidade mínima de bronzeamento (pele branca). • Fotótipo III: se queima moderadamente e se bronzeia discretamente (pele morena clara). 164 Unidade IV • Fotótipo IV: se queima o mínimo, sempre se bronzeia (pele morena escura). • Fotótipo V: raramente se queima, bronzeia‑se profusamente (pele morena escura). • Fotótipo VI: nunca se queima, pigmentado profusamente (pele negra). A melanina é uma barreira para quase todas as cores do espectro eletromagnético. Portanto, quanto maior a quantidade de melanina no tecido, maior será a absorção da luz na epiderme. Sendo assim, fotótipos mais altos exigem doses menores. O profissional de estética deve sempre considerar o fotótipo da pele bronzeada para programar o tratamento com luz (isso quando for necessário identificar o fotótipo). Para alvos mais superficiais, como tratamentos estéticos da pele, e até mesmo a cicatrização, a barreira melânica não é problema, ou seja, o protocolo é o mesmo. Uma ocorrência comum sobre esse tipo de pele é a de que o cliente pode sentir uma sensação de queimadura na ponta da fibra óptica. Nesses casos, a fibra deve ser afastada em 2 mm (PEREIRA, 2013). Como já enfatizamos muitas vezes, é importante executar o treinamento com o fabricante para saber manusear o equipamento com segurança. Em protocolos de laser de alta potência, é fundamental saber identificar o fotótipo cutâneo e ainda saber quais os parâmetros adequados a cada tratamento. 8.2.4 Cuidados e contraindicações aos protocolos com laser São vários os cuidados importantes nos protocolos com laser. Entre eles, alguns merecem destaque especial: • O profissional e o cliente deverão usar óculos específicos para não danificar estruturas oculares. • Salas onde ocorrem protocolos com utilização de laser devem ter indicação na porta. Não pode haver acompanhantes, a menos que estes também estejam protegidos com óculos específicos. Não pode haver circulação de pessoas. • Antes de iniciar um trabalho de atendimento com laser, verifique se o equipamento a ser utilizado é de fácil manuseio e, principalmente se possui a manopla leve ou pesada. Apesar de a sessão ser rápida, o profissional normalmente atende muitos clientes no mesmo dia e o movimento é repetitivo, podendo causar LER (lesão por esforço repetitivo) ou Dort (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho). • Preste atenção à ergonomia, ou seja, o posicionamento que o profissional executa para realizar os atendimentos deve favorecer a coluna vertebral. • Na primeira consulta, o profissional deverá executar uma ficha de anamnese muito cuidadosa e orientar o cliente quanto aos cuidados nos pós‑laser. 165 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS As contraindicações são: • gestantes; • neoplasias. 8.2.5 Indicações de protocolos estéticos com laser de baixa potência O laser de baixa potência tem uma ampla aplicabilidade na estética e na área da saúde, na fisioterapia dermatofuncional. Devido a isso, é melhor enumerar as ações fisiológicas dotratamento, que são: • resiliência tecidual; • potencialização e catalização química; • dor e ardência; • edema; • inflamação e eritema; • fagocitose; • angiogênese; • ação antioxidante; • estímulo à respiração celular; • aumento da taxa de divisão celular; • regeneração epitelial; • estimulação da produção de colágeno; • tratamento de queloides; • estímulo a fatores de crescimento – kf (proteína que estimula as funções celulares, principalmente a produção de colágeno na derme); • ativador enzimático; • reperfusão sanguínea; 166 Unidade IV • otimização do trofismo tecidual; • ativação da microcirculação periférica; • digestão e catálise intracelular. A seguir falaremos de alguns protocolos utilizados na estética com laser de baixa potência e associações. 8.2.6 Protocolo de rejuvenescimento (com indução de processo inflamatório) Passo 1: massagem, que tem como principal ação desintoxicar e relaxar o tecido para potencializar a absorção do laser. Essa massagem deve ser realizada com a emulsão de limpeza. As manobras podem ser feitas ao longo de toda a extensão facial com o objetivo de causar hiperemia e leve processo inflamatório. Passo 2: limpeza facial. Essa etapa se caracteriza pela realização de esfoliação. Utilize um produto de sua preferência e siga corretamente as orientações do fabricante. Passo 3: limpeza profunda. O profissional deverá utilizar uma espuma de limpeza e fazer novamente manobras de massagem com o produto. O produto utilizado pode ser um kit de produtos específicos para o uso em protocolos com laser e, nesse caso, deverá ser utilizado conforme orientação do fabricante. Passo 4: peeling profundo. Essa etapa pode ser realizada com o equipamento de peeling de cristal, diamante ou peeling químico para maior abrasão da pele. O profissional deverá ter coerência e respeitar a sensibilidade de cada tipo de pele. Nesse protocolo, o intuito é gerar um processo inflamatório para que ele possa auxiliar a estimulação de colágeno. Passo 5: aplicação do laser. Essa etapa varia de acordo com as sessões. O objetivo é estimular os fibroblastos para aumentar a produção de colágeno. Até a quarta sessão, o laser deve ser irradiado 48 horas após o peeling e os passos de um a quatro devem ser repetidos, depois deve ser reaplicado o cosmético fotoativado antes do laser na região a ser trabalhada. Da quinta até a nona sessão, após o quinto passo, aplique o produto fotoativado e irradie o laser imediatamente. Para todas as sessões, selecione o recurso de laser vermelho e infravermelho, energia de 4 J/cm², cobrindo toda a área a ser trabalhada, com a distância de 1 a 1,5 cm entre os pontos. Passo 6: finalização. Sempre finalize o protocolo de acordo com as orientações do fabricante dos produtos utilizados no protocolo. Sugerimos também a utilização de filtro solar em casos de sessões realizadas durante o dia (PEREIRA, 2013). 167 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Observação Confira sempre se o cosmético utilizado para procedimentos com laser é fotoativo, pois os produtos para esse tipo de procedimento devem ter a capacidade de absorver a luz do laser, ou seja, serem fotossensíveis. Caso o produto não seja adequado, o protocolo será insatisfatório e, dependendo da potência do laser utilizado, poderão ser geradas lesões e até queimaduras na pele. 8.2.7 Protocolo de laser de baixa potência para clareamento facial Passo 1: laser. Essa etapa tem objetivo de acelerar a respiração celular e tecidual e aumentar o aporte sanguíneo. Com relação ao modo, escolha o recurso “laser vermelho e infravermelho” energia de 2 J/cm², cobrindo toda a área a ser tratada com distância de 1 cm a 1,5 cm entre os pontos. Figura 126 – Aplicação do laser vermelho em protocolos de rejuvenescimento facial Passo 2: massagem. Aqui o objetivo é desintoxicar, inflamar e relaxar o tecido para melhorar a absorção do laser na pele. Durante as manobras, realize movimentos de “arraste” na pele para induzir a hiperemia. Passo 3: limpeza superficial a fim de eliminar as impurezas da superfície da pele. Utilize um cosmético de sua preferência e siga as orientações do fabricante. Passo 4: limpeza profunda. Utilize uma espuma de limpeza – pode ser a espuma O² do kit do cosmético fotoativo. Aplique uma camada média nos locais a ser tratados, massageie o produto e remova com água. 168 Unidade IV Passo 5: peeling. Execute uma esfoliação em toda a área a ser tratada para a remoção das células mortas. Siga as orientações do fabricante. Remova com água. Passo 6: fotoativação. Aplique por toda a face um produto específico para protocolos com laserterapia. É recomendado massagear esse produto por um minuto. Passo 7: LED, que vai acelerar e potencializar a reação química dos cosméticos aplicados na pele do cliente. Os cromóforos dos cosméticos fotoativos absorverão a luz azul, que potencializa tanto a ação da luz quanto a ação química. Respeite o tempo de permanência do produto sobre a pele. A aplicação do cosmético fotoativo e do LED não deve exceder o tempo preconizado pelo fabricante do produto. Aplique o laser 40 segundos, cobrindo toda a área a ser trabalhada. Lave para fazer a remoção dos produtos. Figura 127 – Aplicação do LED em protocolos de clareamento facial Passo 8: finalização. Pode ser usado um produto pós‑peeling, e a utilização deverá ser realizada conforme as orientações do fabricante. O filtro solar é indicado se o protocolo for realizado durante o dia. 8.2.8 Protocolo de laser de baixa potência para tratamentos capilares O protocolo a seguir foi adaptado de Pereira (2013). Passo 1: vapor de ozônio ou alta frequência. Utilize o recurso tecnológico que possa transmitir ozônio por 10 minutos. Passo 2: laser vermelho. Aplique o laser vermelho associado de 2 J pontual de 2 x 2 cm, cobrindo até 1 cm além da área afetada. 169 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Passo 3: Ilib, que deve ser executado por meia hora. O Ilib é um recurso eletroterápico que utiliza a luz para promover um efeito fisiológico nas hemácias. A hemácia irradiada sofre uma espécie de amolecimento, conhecido como propriedade hemorreológica, ganho que é importante porque torna mais eficiente o trânsito da célula. Esse efeito beneficia a respiração e nutrição dos tecidos. Figura 128 – Técnica de aplicação do Ilib Passo 4: lavagem do cabelo, com ênfase no couro cabeludo. O xampu deve ser de limpeza profunda. Enxague bem. Passo 5: peeling. Faça uma esfoliação capilar utilizando um produto específico para isso e siga as orientações do fabricante. Passo 6: água termal. Aplique água termal na área a ser tratada e manipule por três minutos. Passo 7: dermaroller. Utilize princípios ativos que contenham fator de crescimento e sejam específicos para a associação com protocolo de dermaroller. Realize o protocolo por toda a extensão do couro cabeludo. Passo 8: tônico. Aplique conforme orientação do fabricante e utilize produto específico para o procedimento. Passo 9: laser. Aplique 3 J/cm² nas duas primeiras sessões e 2 J/cm² nas restantes. Devem ser usados laser vermelho e infravermelho pontual de dois em dois centímetros. Cubra até um 1 cm além de toda a borda da área acometida. 170 Unidade IV Figura 129 – Aplicação de laser vermelho no couro cabeludo Saiba mais Para ampliar os conhecimentos em laserterapia de baixa potência, faça a leitura do artigo: LINS, R. D. A. U. et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo de reparo. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 85, n. 6, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ abstract&pid=S0365‑05962010000600011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 19 maio 2020. 8.3 Fotocosméticos Diante de tudo que dissemos sobre laser, conclui‑se que a luz irradiada sempre terá um efeito sobre a matéria que absorve, e essa energia luminosa terá o destino de se transformar em alguma outra forma de energia, em calor, em trabalho ou de ser armazenada. Seja qual for a transformação,sempre resultará em algum efeito. Se for averiguado o coeficiente de absorção de qualquer matéria, basta irradiá‑la com a cor de absorção e os efeitos seguramente ocorrerão. Essa é a proposta para os cosméticos fotoativos: os ativos dos cosméticos absorvem a luz e se tornam mais energéticos. A luz induz a otimização do trofismo celular e tecidual porque suas moléculas a absorvem; da mesma forma, se as moléculas dos cosméticos absorvem alguma radiação, também responderão melhor aos seus processos. 171 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Uma reação química é a troca de energia de um composto que tem mais energia para um composto que tem menos. Se colocarmos mais energia nas reações químicas, elas ocorrerão com maior intensidade. No laser infravermelho longo que possui calor, a cada dez graus de aquecimento, a reação química dobra sua velocidade. Portanto, a energia absorvida define a otimização dos processos em melhor qualidade e tempo de trabalho. Com resultados animadores, essa novidade está rapidamente ganhando espaço entre esteticistas. A proposta é adicionar um cromóforo ao cosmético durante o procedimento, delegando ao ativo a propriedade de absorver a luz nos tratamentos empregando laser com luz azul, vermelha ou infravermelha, e utilizando a cor que já tem a indicação para aquela terapia; por exemplo, se for um ativo para produzir colágeno, então o cromóforo utilizado absorverá a luz de cor vermelha, que também ativa o colágeno (PEREIRA, 2013). 8.4 Associações de técnicas estéticas Ao associar técnicas, as especificações sobre a grandeza física, a forma de aplicação, a interação entre os sistemas e o tecido, tudo precisa ser composto com o objetivo do tratamento. As variantes envolvidas deverão ser cautelosamente estudadas para que uma técnica auxilie a outra – e não a atrapalhe. Essa possibilidade não se restringe apenas à eletroterapia, mas à junção de todas as técnicas que tenham um objetivo terapêutico ou estético, por exemplo, a associação do tratamento de peeling com o tratamento de laser. Muitos protocolos têm o objetivo principal de promover a inflamação dos tecidos e, acionando os mecanismos de defesa corporal, obter os resultados desejados, como o aumento da produção de colágenos que acontece após um processo inflamatório na maioria dos peelings químicos. O laser é antagônico à inflamação, ou seja, caso o profissional aplique laser após a aplicação de determinados procedimentos estéticos, poderá diminuir as chances de resultados satisfatórios. O laser infravermelho tem alto poder de cicatrização e, portanto, é contraindicado em casos de inflamação. O profissional deve estudar minuciosamente o protocolo que pretende aplicar em seu cliente e deve saber os efeitos fisiológicos de cada uma das etapas de tratamento proposta para, então, verificar quais as melhores associações manuais, eletroterápicas e de cosmetologia. Em alguns casos, o laser pode ser usado, mas com cautela. A indicação é que seja utilizado somente no final da primeira fase de inflamação, quando termina o período crítico e se inicia a fase de restauração das fibras de colágeno tipo 1, entre 48 e 72 horas após a aplicação – e isso vale para qualquer técnica. É a condição ideal para a laserterapia porque os estudos indicam que, exceto em glândulas, os tecidos inflamados reagem muito melhor à radiação terapêutica. O laser infravermelho pode ser aplicado antes da realização da micropigmentação para amenizar o processo inflamatório. Esse é um recurso que tornará o atendimento diferenciado (PEREIRA, 2013). 8.4.1 Protocolos de associação da eletroterapia com recursos manuais e cosmetologia Apesar de este livro‑texto ter como principal objetivo ampliar os conhecimentos sobre os recursos tecnológicos, é muito importante ressaltar que os resultados são melhores quando nós, profissionais, conseguimos entender que o conjunto de terapias é que vai fazer a diferença. 172 Unidade IV É importante estudar cosmetologia para identificar os produtos que poderão ser utilizados em associação com a eletroterapia. É importante estudar anatomia e fisiologia para entender os efeitos fisiológicos dos procedimentos estéticos. Além disso, é fundamental estudar química, formulações, patologia e diversas outras áreas da estética para que você, como profissional, consiga elaborar protocolos específicos e de acordo com as características individuais de cada um. Tendo tudo isso em conta, a partir de agora veremos alguns modelos de protocolos úteis para a rotina de um profissional de estética. 8.4.2 Protocolo sugerido para sequelas de acne – cicatrizes atróficas O objetivo desse procedimento é a diminuição da profundidade das cicatrizes deprimidas decorrentes de acne. Passo 1: anamnese e exame clínico. Passo 2: realização, a cada três ou quatro semanas, do seguinte protocolo (o intervalo entre as sessões dependerá da sensibilidade da pele). Passo 3: higienização da pele com sabonete queratolítico. Passo 4: aplicação da microdermoabrasão (peeling de cristal ou diamante) nas áreas das cicatrizes. O peeling de diamante também é um método de microdermoabrasão para realização de peeling físico. Nesse caso, é acoplada uma caneta de vidro com ponteiras específicas para a realização da esfoliação mecânica. As ponteiras menores têm menor abrasão, enquanto as maiores têm maior abrasão. A) B) Figura 130 – A) Equipamento de endermoterapia; B) ponteiras do peeling de diamante 173 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Lembrete Apesar de as ponteiras apresentarem maior ou menor poder de abrasão, é importante lembrar que a maneira como o profissional executa os deslizamentos é fundamental para caracterizar a profundidade do peeling. Quanto mais atritar a ponteira na pele, maior será a abrasão, independentemente da ponteira utilizada. A quantidade de deslizamento e a pressão devem ser calculadas de acordo com o objetivo do tratamento, com a sensibilidade do cliente e com o grau de inflamação que você deseja causar no tecido. É importante trabalhar sempre dentro de um nível de segurança. Cuidado! Preste atenção na pele de cada cliente e sempre procure ter o feedback dele na hora do procedimento. Passo 5: aplicação de peeling de ácido mandélico 10%, ph 3,5 (é muito importante que seja essa concentração, pois já foi realizado o peeling físico). Aplique uma pequena quantidade em toda a face e deixe agir por aproximadamente dez minutos. Passo 6: remova abundantemente o produto e finalize com protetor solar específico para o tipo de pele. É importante fazer prescrição cosmética com produtos específicos para esse tipo de pele. Exemplo: sabonete e tônico com princípios ativos calmantes (por causa do peeling), emulsão com ácido mandélico ou glicólico de uso diário para ser aplicado à noite, e protetor solar para ser usado durante o dia (PEREIRA, 2013). 8.4.3 Protocolo para rejuvenescimento facial com eletroestimulação neuromuscular e microcorrentes Os grupos musculares estimulados por esse protocolo são: • frontal: ponto logo acima da sobrancelha, em três pontos distintos; • orbicular dos olhos: ponto máximo ao canto externo do olho e na região temporal, próximo à inserção do cabelo; • zigomático maior e menor: no ponto sobre o osso zigomático, na linha do canto externo do olho e no músculo bucinador (no centro de uma linha imaginária que vai da comissura labial até o lóbulo da orelha); • platisma: dois pontos no músculo platisma, na região submandibular. 174 Unidade IV O protocolo a seguir foi adaptado de Pereira (2013). Passo 1: higienização da face, pescoço e colo com emulsão de limpeza facial. Passo 2: esfoliação. Passo 3: tônico de acordo com o biótipo. Passo 4: adapte os eletrodos de borracha com gel condutor neutro nos pontos musculares mencionados para este protocolo e explique a sensação promovida pela corrente (contração muscular). Deixe a corrente russa em intensidade confortável para o cliente por aproximadamente 15 minutos. Passo 5: removaos eletrodos. Passo 6: utilize o equipamento de microcorrentes na frequência de 100 Hz em média três minutos em cada região com intensidade de 200 µA. Modo de aplicação: com os dois eletrodos, realize movimentos contínuos, sempre no sentido contrário ao das linhas de expressão, aproximando os eletrodos das regiões com flacidez. Caso o cliente não tenha linhas de expressão significativas, os movimentos poderão ser feitos em zigue‑zague. Na região dos olhos, mantenha um eletrodo no canto interno e com o outro realize movimentos de deslizamento do canto interno em direção ao canto externo dos olhos. Na região de zigomático, deixe um eletrodo parado na região do músculo bucinador e faça movimentos ascendentes com o outro eletrodo. Passo 7: execute uma massagem ativa por aproximadamente 10 minutos para incremento e ativação da circulação. Passo 8: aplicação de máscara tensora. Utilize conforme instruções do fabricante e deixe agir por 20 minutos. Passo 9: aplique o filtro solar, se for dia, ou hidratante, se for noite. 8.4.4 Protocolo com iontoforese Para a execução desse protocolo, utilize o equipamento de corrente galvânica no modo de ionização. Inicialmente, defina a polaridade do produto e defina os parâmetros de utilização no seu equipamento. Passo 1: higienização com emulsão de limpeza. Passo 2: esfoliação. Passo 3: emprego de tônico com auxílio de algodão ou tamborilamento. Passo 4: aplique um produto ionizável que seja coerente com as necessidades específicas do cliente. 175 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Passo 5: selecione a intensidade em torno de 0,5 µA e 1 µA e realize movimentos contínuos com o eletrodo ativo. Execute a eletroterapia por aproximadamente cinco minutos. Passo 6: aplique uma máscara hidratante e siga as orientações do fabricante. Passo 7: finalize com protetor solar, se for dia, ou hidratante, se for noite. 8.5 Biossegurança Antes de falar sobre a higienização dos eletrodos, chamex e ponteiras utilizadas nos equipamentos de estética, devemos ressaltar a importância da biossegurança no geral dentro de uma cabine de atendimento de estética. As medidas ditadas como regras pela biossegurança são utilizadas para reduzir os riscos de exposição dos profissionais e dos clientes a doenças infecciosas e são chamadas de “precauções padrão”. Elas representam um conjunto de medidas que devem ser aplicadas pelo profissional no atendimento a todos os clientes, independentemente de seu estado presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou com suspeita de contaminação. As precauções padrão, que incluem o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), devem ser aplicadas todas as vezes em que houver a possibilidade de contato com sangue, por exemplo, na limpeza de pele e na epilação (remoção de pelos pela raiz). Além disso, o profissional de estética e cosmética deve estar atento a fluidos corpóreos, pele não íntegra e mucosas. Na maioria dos protocolos estéticos, caso o cliente apresente qualquer tipo de lesão cutânea, o tratamento será interrompido ou contraindicado. A prevenção de exposição ao sangue é a principal medida para que não ocorra contaminação por patógenos de transmissão sanguínea. Muitas vezes, o profissional de beleza e estética encontra‑se muito sobrecarregado pelo trabalho ou desconhece as medidas de higiene necessárias para trabalhar com segurança. Porém, o profissional que não respeitar essas regras e normas básicas de segurança estará exercendo a profissão de maneira inadequada e colocando em risco a saúde pública. Nesses casos, se houver denúncias, um fiscal da vigilância sanitária poderá interditar o funcionamento do local. A lavagem das mãos é a medida mais simples e indispensável a qualquer tipo de procedimento dentro de uma cabine de estética. O procedimento é simples (PEREIRA, 2013): • Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar na pia. • Aplicar uma quantidade suficiente de sabão líquido (e não em barra) nas mãos. • Ensaboar as mãos, friccionando‑as entre si. • Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice‑versa. 176 Unidade IV • Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais. • Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vaivém e vice‑versa. • Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando movimentos circulares e vice‑versa. • Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice‑versa • Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular, e vice‑versa. • Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão, no sentido dos dedos para os punhos. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira. • Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel toalha na lixeira para resíduos comuns. O profissional de beleza deve fazer deste procedimento um hábito. 8.5.1 Esterilização É o processo mais indicado atualmente para a destruição de fungos, bactérias e microrganismos que possam estar presentes nos materiais de trabalho. O método consiste em um equipamento (autoclave) que produz vapor saturado sob pressão. Pode ser realizado em autoclave convencional horizontal ou autoclave a vácuo. O mecanismo de esterilização pelo calor saturado sob pressão está relacionado com o calor latente e o contato direto com o vapor, promovendo a coagulação das proteínas (PEREIRA, 2013). O procedimento consiste em primeiramente lavar os materiais tomando as devidas precauções e cuidados. Após a lavagem, o material deverá ser colocado em um papel específico e devidamente lacrado para depois ser acomodado em uma autoclave para a esterilização. É recomendado seguir o tempo prescrito pelo fabricante, bem como a quantidade de materiais que serão esterilizados de cada vez. Como em todo processo, a efetividade da esterilização deverá ser monitorada, incluindo métodos físicos, químicos e biológicos. O controle de segurança do processo de esterilização depende do tipo de equipamento, da natureza do artigo processado, do seu acondicionamento e do carregamento do material no equipamento. A eficiência do processo de esterilização também deve ser constantemente acompanhada, conforme indicam as regras de biossegurança (PEREIRA, 2013). 177 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS 8.5.2 Limpeza ou higiene dos eletrodos e ponteiras utilizadas na eletroterapia A limpeza é um processo de remoção de sujidade. Esse deve ser o primeiro procedimento realizado nos materiais. É importante que a sujeira seja removida antes do processo de esterilização, pois resíduos de sujeira poderão dificultar a esterilização do material. A limpeza reduzirá a população microbiana existente e sempre deve preceder os procedimentos de esterilização e desinfecção, sendo realizada com esponjas e sabão. O profissional precisa utilizar uma luva grossa para assegurar que nenhum objeto o machuque ou contamine. Esponjas e escovas com cerdas macias também são indicadas para proteção e melhor limpeza de estruturas pequenas. Após a lavagem com sabão ou detergente, os materiais devem ser enxaguados abundantemente. As escovas empregadas na limpeza dos materiais deverão ser limpas e mantidas secas. A falha no procedimento de limpeza impede a esterilização, pois age como uma espécie de barreira para o contato com os agentes esterilizantes físicos ou químicos que serão posteriormente utilizados (PEREIRA, 2013). Resumo Esta unidade abordou recursos tecnológicos que são fundamentais para realização de procedimentos estéticos faciais e corporais. A radiação infravermelha é utilizada para promover incrementos na circulação superficial, que é indicada em protocolos estéticos em geral. O aparelho de alta frequência é um equipamento de grande utilidade na estética,principalmente na estética facial, no procedimento de limpeza de pele. O objetivo principal da terapia que o utiliza é o efeito bactericida e fungicida que o ozônio proporciona nos protocolos. É indicado para desinfecção nos protocolos de limpeza de pele, tratamento de acne, pós‑depilação (epilação), cuidados com foliculite e diminuição de lesões inflamatórias decorrentes da acne. O peeling ultrassônico é indicado para a remoção de células mortas da camada epidérmica e aumento da permeação de princípios ativos cosméticos. A microdermoabrasão é um recurso tecnológico que utiliza jatos de cristais que executam uma esfoliação mecânica, a qual pode ser realizada em nível superficial, médio e profundo. A profundidade vai depender da força exercida pelo profissional e dos ajustes de intensidade do aparelho. 178 Unidade IV O laser de baixa intensidade pode ser empregado em vários tipos de protocolos estéticos corporais, faciais e capilares. O objetivo principal do laser de baixa intensidade é aumentar o metabolismo energético das células, que beneficia o processo de cicatrização e renovação dos tecidos biológicos. Por fim, abordamos o tema da união de algumas técnicas para auxiliar você, aluno, a elaborar protocolos estéticos incluindo recursos estéticos manuais e eletroterápicos. Exercícios Questão 1. Assinale a alternativa que apresente apenas os efeitos fisiológicos da radiação infravermelha: A) Relaxamento muscular e de outras estruturas superficiais, vasodilatação cutânea e aumento da frequência respiratória. B) Vasodilatação cutânea, aumento do fluxo sanguíneo superficial e aumento da permeabilidade capilar superficial. C) Aumento do fluxo sanguíneo superficial, aumento da permeabilidade capilar superficial e aumento da frequência respiratória. D) Aumento da permeabilidade capilar superficial, relaxamento muscular e de outras estruturas superficiais e aumento da frequência respiratória. E) Aumento da sudorese, vasodilatação cutânea e aumento da frequência respiratória. Resposta correta: alternativa B. Análise da questão Os efeitos fisiológicos da radiação infravermelha são: • relaxamento muscular e de outras estruturas superficiais; • vasodilatação cutânea; • aumento do fluxo sanguíneo superficial; • aumento da permeabilidade capilar superficial; • aumento da sudorese. 179 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS GERAIS Há um acréscimo na migração de leucócitos através da parede dos vãos, na área aquecida. Os músculos relaxam sob a ação da radiação, assim como a analgesia e a transpiração são evidenciadas com a aplicação da radiação infravermelha. A aplicação do calor úmido no antebraço por um período de 20 a 30 minutos, a uma temperatura de 45 ºC, aumenta duas vezes o coeficiente da circulação sanguínea e esse efeito persiste por aproximadamente uma hora após a retirada do estímulo. É notável também um aumento do conteúdo de oxigênio no sangue venoso (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Questão 2. A alta frequência é uma técnica em que se utilizam vários modelos de eletrodos de vidro com uma corrente alternada de frequência alta. No seu interior, existe um gás com propriedades físico‑químicas que facilita a transmissão da alta voltagem para o outro extremo do eletrodo, que pode ser: árgon, neônio ou xênon. O meio condutor entre a bobina e o cliente ioniza as moléculas desse gás, gerando um campo eletromagnético que produz ozônio, na parte externa do vidro. (DINO_OLD, 2019). Assinale a alternativa que apresenta corretamente os passos e a sequência do protocolo de rejuvenescimento com método saturação de alta frequência. A) Higienização com emulsão de limpeza facial → esfoliação com produto específico para o biótipo → aplicação do equipamento de alta frequência → aplicação de máscara com princípios ativos hidratantes ou estimulantes → aplicação de filtro solar, se for dia, ou hidratante, se for noite. B) Higienização com emulsão de limpeza na região da face, pescoço e colo → esfoliação para remoção de células mortas e preparação da pele para a extração dos comedões → emoliência → extração dos comedões e das lesões que contenham secreção sebácea e pus → aplicação do equipamento de alta frequência para obtenção de ação bactericida. C) Higienização com emulsão de limpeza facial → esfoliação com produto específico para o biótipo → aplicação do equipamento de alta frequência → extração dos comedões e das lesões que contenham secreção sebácea e pus → aplicação do equipamento de alta frequência para obtenção de ação bactericida. D) Higienização com emulsão de limpeza na região da face, pescoço e colo → esfoliação para remoção de células mortas e preparação da pele para a extração dos comedões → aplicação de máscara com princípios ativos hidratantes ou estimulantes → aplicação de filtro solar, se for dia, ou hidratante, se for noite. E) Aplicação de filtro solar, se for dia, ou hidratante, se for noite → higienização com emulsão de limpeza na região da face, pescoço e colo → esfoliação para remoção de células mortas e preparação da pele para a extração dos comedões → emoliência. Resposta correta: alternativa A. 180 Unidade IV Análise das alternativas A) Alternativa correta. Justificativa: o protocolo de rejuvenescimento com método saturação de alta frequência segue os seguintes passos • Passo 1: higienizar com emulsão de limpeza facial. • Passo 2: esfoliar usando produto específico para o biótipo. • Passo 3: aplicar o equipamento de alta frequência por aproximadamente cinco minutos em toda a extensão da face com o eletrodo esférico e o eletrodo de bastão com espiral. Nesse caso, o cliente segura o eletrodo enquanto o profissional executa movimentos de pinçamento de Jacquet em toda a face, pescoço e colo. Nessa etapa do protocolo, é recomendado utilizar um produto ionizável com princípios ativos cosméticos específicos para estimulação de colágeno. • Passo 4: aplicar máscara com princípios ativos hidratantes ou estimulantes, deixando agir por aproximadamente 20 minutos. • Passo 5: aplicar filtro solar, se for dia, ou hidratante, se for noite. B) Alternativa incorreta. Justificativa: essa sequência é a do protocolo de limpeza de pele com utilização de alta frequência. C) Alternativa incorreta. Justificativa: essa sequência é parte de um protocolo de limpeza de pele. D) Alternativa incorreta. Justificativa: essa sequência é composta por passos de um protocolo de rejuvenescimento. E) Alternativa incorreta. Justificativa: essa sequência é parte de um protocolo de limpeza de pele. 181 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, K. W. H. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. p. 6. Figura 2 A) NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, K. W. H. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. p. 23. B) NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, K. W. H. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. p. 23. Figura 3 A) NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, K. W. H. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. p. 23. Adaptada. B) NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, K. W. H. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. p. 23. Adaptada. Figura 4 NELSON, R. M.; HAYES, K. W.; CURRIER, K. W. H. P. Eletroterapia clínica. 3. ed. Barueri: Manole, 2003. p. 23. Adaptada. Figura 10 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 46. Figura 11 PEREIRA, M. F. L. et al. Recursos técnicos em estética. São Caetano do Sul: Difusão, 2013. v. 1. p. 128. Figura 12 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 47. Figura 18 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 22. 182 Figura 21 TAMLER, et al. Classificação do melasma pela dermatoscopia: estudo comparativo com lâmpada de Wood. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 1, n. 3. 2009. Disponível em: http://www.surgicalcosmetic. org.br/detalhe‑artigo/30/Classificacao‑do‑melasma‑pela‑dermatoscopia‑‑estudo‑comparativo‑com‑lampada‑de‑Wood. Acesso em: 8 maio 2020. p. 116. Figura 22 TAMLER, et al. Classificação do melasma pela dermatoscopia: estudo comparativo com lâmpada de Wood. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 1, n. 3. 2009. Disponível em: http://www.surgicalcosmetic. org.br/detalhe‑artigo/30/Classificacao‑do‑melasma‑pela‑dermatoscopia‑‑estudo‑comparativo‑com‑ lampada‑de‑Wood. Acesso em: 8 maio 2020. p. 117. Figura 65 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 246. Figura 66 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 248. Figura 69 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 250. Figura 89 FILE:GLATTE_MUSKELZELLEN.JPG. https://commons.wikimedia.org/wiki/Muscle#/media/File:Glatte_ Muskelzellen.jpg. Acesso em: 2 jun. 2020. Figura 90 7990F132356DC4B9EE2949417AC064B52B47B06F. Disponível em: https://openstax.org/resources/799 0f132356dc4b9ee2949417ac064b52b47b06f. Acesso em: 30 jul. 2020. Figura 91 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 172. Adaptada. Figura 93 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 174. Adaptada. 183 Figura 94 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 178. Adaptada. Figura 98 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 142. Figura 100 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 143. Figura 101 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 337. Figura 102 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2016. p. 386. Figura 104 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 360. Figura 110 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 79. Figura 117 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 82. Figura 118 BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 82. Figura 120 A) BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 141. B) BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 141. 184 Figura 121 A) BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 142. B) BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. p. 142. Figura 122 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 175. Figura 123 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 177. Figura 124 KAMIZATO, K. K.; BRITO, S. G. Técnicas estéticas faciais. São Paulo: Érica, 2014. p. 103. Figura 125 KAMIZATO, K. K.; BRITO, S. G. Técnicas estéticas faciais. São Paulo: Érica, 2014. p. 104. Figura 126 PEREIRA, M. F. L. et al. Recursos técnicos em estética. São Caetano do Sul: Difusão, 2013. v. 1. p. 189. Figura 127 PEREIRA, M. F. L. et al. Recursos técnicos em estética. São Caetano do Sul: Difusão, 2013. v. 1. p. 211. Figura 128 PEREIRA, M. F. L. et al. Eletroterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2014. p. 199. Figura 129 PEREIRA, M. F. L. et al. Recursos técnicos em estética. São Caetano do Sul: Difusão, 2013. v. 1. p. 216. 185 REFERÊNCIAS Textuais ANDRADE FILHO, J. H. C. et. al. A influência da termoterapia no ganho de flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, n. 3, p. 227‑230, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517‑86922016000300227&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 11 maio 2020. BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. BORGES, F dos S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética. São Paulo: Phorte, 2016. BORGES, F dos S.; SCORZA, F. A. Fundamentos de criolipólise. Fisioterapia Ser, v. 9, n. 4, 2014. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:FF8Dt4C7Dt0J:www. proffabioborges.com.br/wp‑content/uploads/2015/02/Criolipolise‑FisioSer‑36‑2014.pdf+&cd=2&hl=pt‑ BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox‑b‑e. Acesso em: 8 maio 2020. CARPES, P. B. M. et al. A eletrolipólise percutânea como possibilidade de diminuição da adiposidade em abdome e flancos. Biomotriz, v. 6, 2012. DINO_OLD. 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