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Controle do ciclo estral nas espécies domésticas

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Controle do ciclo estral nas espécies domésticas 
O ciclo estral dos an imais domésticos é 
dividido em 4 fases: 
Pro-estro: 
É o inicio do ciclo estral nos animais 
domésticos no qual ocorre uma serie de 
eventos hormonais no animal envolvendo o 
ovário e o eixo hipotálamo-hipofisário. 
O GnRH que é produzido no núcleo pré -
óptico que é um hormônio liberador de 
gonadotrofinas agindo na hipófise anterior 
liberando os hormônios LH e FSH que 
tem uma função conjunta no ciclo estral. 
O hormônio LH atua nas células da teca 
interna estimulando a produção de 
andrógeno que é o hormônio masculino 
(testosterona). O FSH age nas células 
granulosas para a produção de estrógeno. 
As testosteronas produzidas nas células da 
teca interna pela ação do LH passam por 
difusão dentro do antro e nas células 
granulosas as testosteronas são 
transformadas em estrógeno pela ação do 
FSH hipofisário pois, o FSH ativa enzimas 
que completam a ação da transformação 
do andrógeno nos estrógenos. 
Os estrógenos estimulam a fase de 
proestro promovendo a divisão e formação 
de receptores para FSH. Também agem 
na formação para receptores de LH no 
estro. 
Há uma estimulação por feedback positivo 
para LH no estro inibindo a produção de 
FSH. 
Também há uma estimulação por 
feedback negativo para LH durante o 
proesto, indicando na hipófise que já tem 
hormônios suficientes de ovulação, assim, 
dando inicio a maturação dos ovócitos. 
Na cadela ocorre sangramento na cadela 
devido a liberação de feromônios como o 
metil hidroxi benzoato que atrai o macho, 
mas, que não aceita ainda do coito. 
Estimula no periódo de estro, acontecendo a 
ovulação, a liberação de uma onda pré-
ovulatória de LH que te como função. 
Estro: 
No animal a fêmea só aceita o acasalamento 
no período do estro. 
O estro só é possível a partir da liberação 
atráves do feedback positivo GnRH no 
hipotálamo, que, através da hipófise estimula 
a liberação dos hormônios LH e FSH que 
atuam no folículo ovariano. 
Quando o folículo etsá maduro demonstra que 
há a produção de muito estrógeno nas células 
granulosas pela ação conjunta do FSH e LH 
para desencadear o “cio”. Assim, quando há 
esse acumulo o estrógeno na corrente 
sanguínea ele retroage até o hipotálamo 
Geovanna Ponte 
fazendo outro feedback positivo para GnRH 
que, após ser transportado pelo sistema porta 
hipofisário estimulando o LH. Além disso o 
aumento de estrógeno retroage também na 
hipófise, anterior atuando nas células 
gonadotróficas estimulando uma onda 
préovulatória de LH. Além disso o aumento de 
estrógeno retroage também na hipófise 
anterior atuando nas células gonadotróficas 
estimulando uma onda pré-ovulatória de LH. 
Dessa forma, quando o folículo esta maduro 
não é necessária mais a produção de FSH, 
que, através da inibina ela retroage para 
hipófise anterior inibindo o FSH nas células 
gonadotróficas através do feedback negativo 
para FSH e feedback positivo para LH. 
A onda pré-ovulatória de LH estimua as 
células granulosas na produção do hormônio 
PGF2 Alfa (prostraglandina), relaxina e 
ocitocina. Esses hormônios em conjunto 
rompe a parede do folículo liberando ovócito. 
Porém, diferente dos demais animais 
domésticos a cadela aceita apenas o coito 
mediante a produção de progesterona 
(hôrmonio da gestação). Durante o cio, o LH 
hipofisário provoca a luteilização parcial dos 
folículos maduros antes da ovulação 
estimulando a produção de progesterona, 
assim fazendo com que a cadela consiga ter 
o desejo para o coito. 
Particularidades da ovulação na égua: 
A égua tem micção frequente, fica expondo 
os lábios e o clitóris durante o ciclo estral. 
O ovário da égua não tem epitélio germinativo 
circundando a periferia do ovário. Ele só tem 
o epitélio germinativo é limitado na fossa de 
ovulação. Ou seja, a égua só ovula nessa parte 
côncava do ovário. 
O ovário da égua possui uma parte côncava e 
outra convexa. As zonas corticas e medular 
são invertidas em relação às outras espécies. 
A zona cortical é central a zona medular é 
periférica. 
A zona nutridora do ovário é invertida na 
égua, e é a partir dai que se chega os 
hormõnios hipofisários que estimulam o estro. 
Mecanismo de ovulação induzida pelo coito, 
na coelha e na gata: 
Na coelha a ovulação é estimulada por a 
introdução do pênis do animal. Esse 
mecanismo é neuroendócrino induzido após o 
ato sexual. 
Quando o pênis toca o colo do útero estimula 
receptores de captação de energia que leva 
essa informação para o hipotálamo no núcleo 
pré-óptico assim, o hipotálamo libera o GnRH 
que é transportado pelo sistema porta 
hipotálamo-hipofisário que estimula os 
gonadotróficos na liberação LH, que rompe o 
folículo, levando a ovulação. 
Também via estimulação mecânica sem que 
haja a presença do macho nos coelhos há a 
liberação da ovulação, mas, que não tem a 
gestação. Dessa forma o folículo se rompe 
liberando o ovócito, assim o folículo se torna 
corpo lúteo. Dessa forma, a formação da 
pseudo-gestação ou pseudociese. 
Particularidades do cio na porca: 
A partir do torque dorso-lombar na porca, se 
houver um reflexo de imobilidade a porca 
está no cio. 
Sintoma fisioguinomonico é a característica 
do cio de cadaespécie. 
 
Geovanna Ponte 
Metaestro: 
Após o LH romper o folículo começa a 
formação do corpo lúteo/ corpo amarelo 
produzindo progesterona e promovendo a 
maturação do corpo lúteo. 
O LH (hôrmonio luteilizante) está iniciando a 
formação do corpo lúteo. O LH (hipófise 
anterior) luteinixa as células da granulosa e 
da teca interna para transformar as células 
luteinicas com a capacidade de produzir 
progesterona de forma moderada. Início da 
formação do corpo lúteo e presença do corpo 
hemorrágico. 
No momento que rompe o folículo devido a 
irrigação da teca interna rompem vasos e o 
sangue derrama dentro da cavidade do 
folículo no antro folicular e forma o corpo 
hemorrágico. 
As novilhas (vacas jovens solteiras que não 
tiveram gestação) no primeiro cio que ocorre 
na fase de metaestro, ela sangra. Nos 
próximos cios desaparece. 
 Diestro: 
Última fase do ciclo estral. É a fase que o 
corpo lúteo está totalmente maduro 
produzindo o máximo de progesterona e 
estrógeno em pequena quatidade. 
O PGF2 alfa (prostaglandina derivada do 
ácido araquidônico com 20 átomos de 
carbono insaturado, não considerada 
hormônio) promove a destruição do corpo 
lúteo (luteolise) transformando o corpo lúteo 
em corpo albicans (corpo branco). Origina a 
cicatriz no ovário resultante da destrição do 
corpo lúteo. No lugar das células que foram 
destruídas pelo PGF2 alfa surge um tecido 
conjuntico fibroso cicatricial chamado corpo 
albicans. 
A destruição do corpo lúteo ocorre em 
algumas espécies que produem PGF2 alfa: 
vacas, cabras, ovelhas, porcas, éguas e coelhas. 
As gatas, cadelas, primatas e mulher, não 
produzem PGF2 alfa. Razão pela qual a fase 
de diestro da cadela dura 75 dias fazendo o 
ciclo estral ser longo, sendo o maior ciclo 
estral. O corpo lúteo fica no ovário produzindo 
estrógeno e progesterona e fazendo feedback 
negativo para o GnRH no hipotálamo e para o 
LH e FSH na hipófise anterior impedindo que 
um novo ciclo comece. 
Como o diestro na cadela é prolongado, a 
presença do corpo lúteo produzindo 
progesterona, que engrossa, espessa o 
endométrio e estimula secreções no 
endométrio. Essas secreções podem se 
contamnar com bactérias e produzir piometra 
em cadelas. O piometra é uma infecção que 
provoca hiperplasia cística das células do 
endométrio, que o deixa grosso e cheio de 
pus. A solução é fazer uma ovarioesterectomia 
total: tirar o ovário e útero. Tratar não 
compensa. Essa é razão pela qual tambpem a 
cadela desenvolve câncer de mama, pois ela 
fica muito tempo exposta a ação de 
estrógeno e progesterona, e esses hormônios 
em taxas altas no sangue podem desencadearcâncer de mama, piometra. Muito tempo 
exposta a progesterona pode levar a uma 
pseudociese / pseudogestação: cresce a 
mama, produz leite, dentre os sintomas da 
gravidez. 
Pio = pus + metra = endometra 
Geovanna Ponte 
O efeito prolongado da progesterona começa 
a super estimular o endométrio aumentando a 
secreção gerando uma infecção bacteriana. 
Para prevenir essas doenças é necessária a 
castração antes do primeiro cio. A 
probabilidade é quase zero. 
Não é bom fazer a ovarioesterectomia (OSH) 
com a cadela em cio, pois no cio ela pode 
está sangrando e pode ocorrer um 
sangramento muito grande durante a cirurgia. 
O ideal é deixar passar essa fase. 
No segundo cio em diante, se for a 
ovarioesterectomia, ainda existe a 
probabilidade de ocorrer o cãncer de mama. 
O hormônio HCG (extraído da urina da 
mulher, produzido até o 3º mês gestacional) é 
usado na veterinária para romper cistos. O 
HCG é a base de LH (75%) e FSH (25%). 
Aplicada exogenamente. O LH rompe o 
folículo maduro, quando forma o cisto é um 
folículo que não conseguiu romper. 
Todo anticoncepcional tem que ser a base de 
estrógeno e progesterona para inibir o eixo 
hipotálamo-hipofisário. A combinação desses 
hormônios do GnRH no núcle-óptico, e inibe o 
FSH e LH. 
Com o uso de anticoncepcional o animal não 
entra em cio, não ovula, bloqueia o ciclo, pois 
a substância fica circulando fazendo 
feedback negativo. 
O diestro das cadelas já é longo e ela já 
produz estrógeno e progesterona. O uso de 
anticoncepcionais em cadela aumenta ainda 
mais os níveis desses hormônios na corente 
sanguínea. As mesmas substâncias, que elas 
produzem no diestro. Pode causar cânceres, 
problemas circulatórios e de pressão arterial. 
Anestro: 
Estado de completa inatividade sexual, sem 
manifestações de cio. 
O anestro ocorre devido à insuficiência 
hormonal que impede o desenvolvimento 
folicular e a manifestação do cio. 
A persistência do corpo lúteo também. 
Mecanismo de ação da PGF Alfa: 
As gatas, cadelas e primatas, não produzek 
PGF2 alfa. 
Como a PGF2 alfa age para promover a 
destruição do corpo lúteo? 
A substância se liga no receptor na célula 
luteinica. 
É produzida no endométrio, o corpo sinaliza 
para roduzir PGF2 alfa com a produção de 
progesterona. É a progesterona do corpo lúteo 
que estimula o endométrio a produzir PGF2 
alfa para destruir ele. No diestro o corpo lúteo 
precisa ser destruído. 
O corpo lúteo não pode ficar no ovário, pois 
ele bloqueia o ciclo e leva o animal a anestro. 
O anestro é ausência prolongada do cio. 
Quando chega na fase de diestro que o corpo 
lúteo está presente maduro produzindo muita 
progesterona, esta, estimula o endométrio a 
produzir PGF2 alfa nas espécies, que a 
produzem. 
A PGF2 alfa é produzida no endométrio nas 
células endometriais no corno uterino, ela 
passa para os capilares venosos e vão para as 
veias uterinas. Na veia a concentração de 
PGF2 alfa é muito alta e passa por difusão 
Geovanna Ponte 
para artéria ovariana. Essa artéria leva o PGF2 
alfa para o corpo lúteo e vai fazer a luteolize. 
A PGF2 alfa se liga na c´lula luteinica 
estimula a liberação de cálcio no retículo 
endoplásmatico da célula luteinica. O cálcio va 
para o citosol e mata a célula luteinica por 
citotoxidade de cálcio (apoptose- morte 
programada). 
No lugar do corpo lúteo se cria um tecido 
conjuntivo fibroso cicatricial. Forma-se o corpo 
albicans, malha de tecido cicatricial, 
resultante da degeneração ou luteolise do 
corpo lúteo pela ação da PGF2 nas espécies 
que a têm. 
As espécies que não têm PGF2 alfa, o ciclo é 
mais longo. Mulher – 28 dias. A maioria das 
espécies domésticas, o ciclo é de 20-22 dias 
no máximo. 
A fase de diestro da cadela é longo. Ocasiona 
piometra. 
A gata devido a ovulação por coito, só ovula 
se tiver o ato sexual. Se não, o folículo que 
amadureceu no cio se degenera e acaba o 
cio. Não ovula, se não tiver ato sexual. Se não 
tiver o coito, o cio prolonga. 
O corpo lúteo foi feiro para morrer, por isso é 
uma estrutura transitória durande o ciclo 
estral no óvario. Ele forma e se não teve 
gestação que regredir para tirar o feedback 
negativo para começar um novo ciclo. Se 
houve gestação, o corpo lúteo pode continuar. 
Espécies que o coro lúteo não vai até o final 
da gestação: mulher, égua, primatas. 
Na mulher, o corpo lúteo só fica no ovário até 
o terceiro mês de gestação e sofre luteolise 
espôntanea e regride. Quem assume a 
produção de progestrona até o final da 
gestação é a placenta. A placenta é uma 
glândula endócrina produtora de hormônio 
que produz estrógeno e progesterona que 
mantém a gestação até o 9º mês. Nos 
primatas, a mesma coisa. 
Na égua, o corpo lútep vai até o 7º mês da 
gestação e sofre luteolise pela PGF2 alfa. 
Quem assume a produção de estrógeno e 
progesterona para manter a gestação é a 
placenta. O período de gestação da égua é de 
11 meses se for um cavalo, garanhão que 
acasalou com ela, originando o potro. Se for 
um jumento, dura 12 meses originando o burro 
ou a mula. 
Se retirar cirurgicamente o ovário da égua 
(onde está o corpo lúteo) de uma égua 
gestante no 6º mês de gestação, ela aborta. 
Porque o corpo lúteo produz progesterona 
para manter a gestação até o 7º mês, se 
retirar no 6º mês, não terá corpo lúteo 
produzindo progesterona. Sem progesterona, o 
animal aborta. 
Se retirar cirurgicamente o ocário égua no 9º 
mês de gestação, ela não aborta, pois a 
placenta se encarrega de produzir a 
progesterona atpe o final. 
Nas outras espécies o corpo lúteo fica até o 
final da gestação para produzir progesterona. 
A progesterona é produzida no corpo lúteo e 
na placenta para manter a gestação. 
A persistência patológica do corpo lúteo gera 
infertilidade. Porque o corpo lúteo fica 
produzindo estrógeno e progesterona fazendo 
feedback negativo para o LH e FSH e para o 
GnRH, o animal não entra em cio. 
Geovanna Ponte

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